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FASES DE TRAMITAÇÃO DO PROCESSO DE DECLARAÇÃO ORDINARIA E
SUMARIA: (5 FASES)
ordinaria:
- fase dos articulados
- fase da condensação
- fase da instrução
- fase da audiência final
- fase da sentença
PROCESSO ORDINARIO
-Articulados - noção os articulados são as peças em que as partes expõem os
fundamentos da acção e da defesa e formulam os pedidos correspondentes conforme
define o art.º 151, nº1 CPC.
-Articulados normais : Petição inicial 467 e contestação 486
-Articulados eventuais: replica 502º, treplica 503 e em certas situações artic7ulados
supervenientes 506
-Requisitos dos articulados
A) 139º, nº1 redigidos em português e devem de estar assinados 474º.
B) Os articulados devem ser entregues na secretaria judicial ou ser remetidos por via
postal, registada, com os respectivos docs. E duplicados. Data do acto processual e
da efectivação do registo postal – 150º, nº1 Tb por telecopia 150º, nº3
C) Os articulados devem ser apresentados com duplicado que se destina á parte
contraria. Devem apresentar-se tantas copias forem as partes contrarias a não ser que
sejam representados pelo mesmo mandatário 152º. Deve a parte oferecer mais um
articulados para ser arquivado e servir de base á reforma do processo em caso de
descaminha 152º, nº5
D) Com os articulados pode a parte pedir apoio judiciário.
PETIÇÃO INICIAL
Noção – este articulado é a base fundamental do processo. a PI é o primeiro articulado,
aquele em que o autor deduz a sua pretensão de tutela jurisdicional, e formula o pedido
contra o reu, expondo os respectivos fundamentos.
Forma: é composta por 4 partes:
- Intróito ou cabeçalho ou preambulo (onde se designa o tribunal onde a acção é
proposta, endereçando-a ao respectivo juiz; se identificam as partes, 467º, nº1, a))
indica-se a forma de processo 4687, nº1, b) se a PI não contiver estes elementos a
secretaria deve recusar o seu recebimento 474,a, b, c).
- Narração ( o autor deve expor os factos que constituem a causa de pedir e servem
de fundamento á acção bem como as razoes ou fundamentos de direito que
justificam o pedido 467º, nº1c). os factos que fundamentam o pedido devem ser
deduzidos por artigos 151, nº2 e se os factos não forem alegados a petição é inepta
por falta de causa de pedir 193º, nº2 a). o tribunal vai decidir sobre o pedido tendo
em conta a causa de pedir alegada pelo autor, se a acção for julgada improcedente o
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autor pode instaurar nova acção baseada noutra causa de pedir, ainda que o pedido
seja o mesmo.
- Conclusão (é na conclusão que o autor deve formular o pedido ou pretensão 467º,
nº1, d). A falta da indicação do pedido ou a contradição deste coma causa de pedir,
conduzem a ineptidão da petição inicial 193, nº2, a) e b).
- Elementos complementares (seguem-se algumas indicações complementares – o
Autor pode pedir a citação do Réu no prazo e sob a cominação legal, após a
distribuição, mas esta indicação não é imposta por lei. Deve pedir a citação do Réu
se pretender que esta se faça antes da distribuição 478º, justificando no seu
requerimento a urgência que tenha em citar o réu por ex.: para interromper a
prescrição 323, nº1 cc. Autor deve indicar Tambem o valor da causa 467º, nº1, e),
sem o qual a PI não deve ser recebida 474 d). Deve mencionar a quantidade docs.
523, nº1 e indicar os duplicados juntos e procuração se existir. Deve indicar o
endereço e o nome do mandatário que deve assinar a PI para os efeitos do previsto
n.º 254, nº1 e atento ao disposto no 474 e). AS tem a faculdade de indicar o rol de
testemunhas e requerer outros meios de prova 467, nº2, requerimento que pode ser
mais tarde alterado se quiser nos termos do 512 ou antes se houve audiência
preliminar 508 A nº2 a)
PEDIDOS
Na pi e quanto ao pedido - Há a possibilidade de deduzir pedidos:
- Alternativo 468, A pede que o réu seja condenado a pagar certa quantia em € ou em
alternativa, á escolha do réu, um objecto de ouro de igual valor – o valor da acção
neste caso é o do pedido de maior valor 306, nº3 cpc
- Subsidiário 469, A pede que R lhe entregue a mercadoria que ficou de lhe entregar
em consequência da venda e subsidiariamente no caso deste não proceder, pede que
R lhe devolva a mercadoria como efeito da nulidade do contrato.
- Cumulativos 470 na mesma acção pode o senhorio pedir contra R o despejo
cumulativamente com o pagamento de rendas em divida.
- Genéricos 471 o A pretende pedir indemnização por facto ilícito
RECEBIMENTO
A PI deve ser entregue ou enviada a secretaria geral do tribunal 150º, nºs 1 e 3 com o
documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça. A secretaria recusara o
recebimento da PI nos casos do 474º CPC pode reclamar o A 475º usar beneficio 476
DISTRIBUIÇÃO
Uma vez recebida a PI, segue-se a distribuição, que é uma actividade que tem por fim
repartir por igual o serviço pelos diversos juízos e secções do tribunal 209º
DESPACHO LIMINAR
Á distribuição segue-se a citação do réu. É incumbido á secretaria da secção promover
oficiosamente nos termos do 234, nº1.
234, nº4 – enumera varias hipótese em que a citação do réu depende de prévio despacho
judicial nomeadamente nas acções sujeitas a registo c) e de citação urgente f), 234 A, nº1
estabelecemos casos em que juiz pode indeferir liminarmente a petição.
O indeferimento liminar extingue a instancia ex: 287º a) e produz caso julgado quanto
ao seu fundamento. Porem pode o autor entregar no prazo de 10 dias após a notificação
do indeferimento liminar, uma nova PI 476º. Mas o juiz pode decidir sobre o eventual
indeferimento da PI ate ao despacho saneador 510º, nº1.
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Neste despacho de indeferimento da PI cabe sempre recurso de agravo, até á relação,
qualquer que seja o valor da acção 234A, nº
EFEITOS DA CITAÇÃO
A citação produz efeitos processuais e efeitos substantivos ou materiais.
Efeitos processuais – tornam estáveis os elementos essenciais da causa. Ou seja: partes,
causa de pedir e pedido 268, 481 b)
O réu fica impedido de intentar outra acção contra o Autor com a mesma causa de pedir.
Se o fizer há litispendência 497 a 499 que é de conhecimento oficioso 495.
Efeitos materiais – interrupção da prescrição 323, nº1 cc mesmo que a citação seja
irregular 482 cpc e 323, nº3 cc.
O prazo de prescrição interrompe-se pela citação. A prescrição considera-se
interrompida assim que tenham decorrido 5 dias após a data de propositura da acção
323º, nº2cc
Via edital – é efectuando quando o citando se encontra em parte incerta 233, nº6
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processo que o réu tomou conhecimento da existência da acção que corre contra si,
através da citação pessoal, ou da citação em edital, o Réu junte ao processo, procuração
a mandatário judicial dentro do prazo de contestação.
Revelia inoperante – quando embora sendo absoluta, a citação não tenha sido pessoal e
nas situações previstas nos artºs. 485, casos em que não havera efeito cominatorio semi-
pleno.
O réu também pode arguir falta ou nulidade da citação. Há falta de citação como prevê
o 194, nos casos referidos no art.º. 195. Há nulidade de citação quando não tenham sido
observadas as formalidades prescritas na lei, como dispõe o 198. Segundo determina o
196 a arguição da falta ou nulidade da citação deve ser feita na primeira intervenção do
reu no processo, sob pena de se considerar sanada.
A contestação em sentido material – quando o réu por ex: numa acção por divida se
limita a juntar aos autos o recibo comprovativo do pagamento daquela divida.
A contestação em sentido formal – é o articulado do réu em que se responde ao
articulado do autor 487 a 490.
REQUISITOS FORMAIS
A contestação deve apresentar conteúdo formal igual á pi 488º - intróito cabeçalho ou
preambulo (onde identifica o tribunal, as partes e o processo); Narração (na qual expõe
as razoes de facto e de direito da sua defesa) Conclusão (onde o réu deve formular o seu
pedido de defesa que poder a ser a absolvição da instancia ou do pedido); Indicações
complementares (referencia aos duplicados, documentos, procuração, identificação do
mandatário se existir e a assinatura deste ou do réu).
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CONCENTRAÇÃO
Toda a defesa deve se r deduzida na contestação 489º, nº1.
É a regra da preclusao, fica precludida a possibilidade em regra de apresentação
posterior. Se forem invocados mais tarde factos que não foram alegados na contestação
o tribunal não pode considera-los na sua decisao final. Se o tribunal conhecer desses
factos tardiamente invocados, a sua decisão será nula 668, nº1, d). exceptuam-se aqui os
casos de defesa separada (nos incidentes) 489, nº1 e defesa diferida (factos
supervenientes)489, nº2 e 506, nº2 ou quando seja permitida a apresentação de defesa
posterior 102, nºs1 e 2.
Por fim é admitida defesa diferida quando o réu invoque factos de conhecimento
oficioso, visto que o tribunal pode conhecer desses factos a todo o tempo 660, nº2 2º
parte.
Requisitos materiais
A defesa do réu pode revestir varias modalidades:
- A defesa por impugnação
- A defesa apor excepção (dilatória ou peremptória) 487º.
Ex: o réu afirma que nada comprou ao autor e por isso nada lhe deve. Há impugnação
directa ou de facto.
Se o réu reconhece que celebrou um contrato com o autor, mas lhe atribui outra
qualificação legal – há impugnação indirecta.
Se o réu pelo contrario, opõe a esse efeito a alegação de um facto impeditivo,
modificativo ou exytintivo, verifica-se a dedução de uma excepção peremptória.
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Defesa por excepção
Consiste na invocação de factos que obstem á apreciação do mérito da acção, (o réu
alega a falta de um pressuposto processual e invoca uma excepção dilatória) 493, nº2.
ou que servindo de causa impeditiva, modificativa ou extintiva do direito invocado pelo
autor, importam a procedência total ou parcial do pedido 487, nº2, 2º parte ( o réu opõe
uma excepção peremptoria.193, nº3)
Defesa por excepção dilatória 493º, nº2 – consiste na invocação de factos novos, que
obstam á apreciação do mérito da causa e conduzem á absolvição da instancia ou á
remessa do processo para outro tribunal.
O caso julgado pressupõe também a repetição de uma acção depois de a primeira acção
Ter sido decidida por sentença já transitada em julgado 497, nº1. 2ª parte.
O caso julgado é uma excepção dilatória
Ex: A celebrou contrato com B onde devia pagar certa quantia ate 1 de fevereiro.
Próximo daquela data A e B acordam prorrogar o prazo por mais 60 dias. Todavia
passados 30 dias A demanda B em acção judicial. B defende-se invocando o aditamento
ao contrato que dilatou o prazo de pagamento para data que não se venceu ainda.
Pode parecer defesa por impugnação por se afirmar que os factos alegados por A não
podem produzir o efeito jurídico pretendido, mas Tb se pode entender que o réu se
defende por excepção peremptória, pois são alegados factos, na contestação, que são
modificativos do direito que o autor se arroga. Táctica: estamos perante uma excepção
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qd os factos invocados pelo réu forem susceptíveis de integrar uma causa de pedir
autónoma e estamos na presença de uma impugnação no caso inverso.
RECONVENÇÃO 501
O réu pode deduzir um pedido autónomo contra o autor, funciona como um contra-
ataque cruzado com o pedido do autor na mesma instancia. Tb é considerada uma forma
de defesa.
Este pedido chamado reconvencional, só é admitido nos casos 274º, nº2:
A) quando o pedido do réu emerge do facto jurídico que serve de fundamento á acção
ou á defesa. Ex: A instaura contra B acção a pedir o cumprimento de certo contrato.
B ao contestar reconvem pedindo que se julgue o contrato nulo por falta de
forma.Aqui o réu B poderia apenas dizer que não cumpria o contrato por este ser
nulo e então estaríamos operante uma excepção peremptória. Porem ao requerer
autonomamente o pedido de declaração de nulidade, deduziu uma reconvenção.
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Após a entrega deste articulado (contestação) o réu tem 10 dias para pagar a taxa de
justiça ( código custas judiciais 23 e 24), mas mesmo que não pague a contestação é
notificada ao autor.152º, nº2 para se for caso disso poder tomar posição sobre o
conteúdo deste articulado e sobre os docs. Juntos pelo réu. Aqui já é por notificação
(sempre que se quer chamar alguém a juízo – comparência ou dar conhecimento de
um certo facto 228º, nº2. A notificação pode ser feita ao autor, ao réu ou a qualquer
outra pessoa, mas a estes desde que não seja exigida a citação.
Actualmente a PI e a contestação não fica sem efeito por falta de pagamento da taxa
de justiça. É apenas sancionada nos termos do 28º Código custas judiciais
REPLICA
A replica Tb tem de ser articulada 151º e com ela devem ser entregues os duplicados e
cópias 152º, Ter Tb intróito e......
Á contestação pode o autor responder na replica, se for deduzida alguma excepção e
somente quanto á matéria desta. Servindo também a replica para o autor deduzir toda a
defesa quanto á matéria da reconvensão, mas a esta não pode ele opor nova reconvensao
502,nº1
Portanto o autor só pode replicar se o réu deduziu alguma excepção ou formulou algum
pedido reconvencional
O Autor poderá na replica ou na sequência da contestação, alterar o pedido e a causa de
pedir 272º e 273.
A replica justifica-se em obediência aos princípios da igualdade das partes 3ºA e do
contraditório 3º, nº1 a 3.
A replica pode ser apresentada no prazo de 15 dias a contar da notificação da
contestação 502,nº3-1ª parte.
No caso da acção ser de simples apreciação negativa ou o réu deduzir reconvenção o
prazo é de 30 dias 502, nº3 – 2º parte.
Estes prazos são prorrogaveis504.
FALTA DE REPLICA
tem os efeitos previstos no 490. Se o réu ao contestar deduziu alguma excepção ou
formulo algum pedido reconvencional, dando-se por admitidos os factos não
impugnados respeitantes á excepção e á reconvenção.
TREPLICA
É a resposta do réu á replica do autor 503, nº1
Destina-se a assegurar o contraditório do réu quanto as novas matérias trazidas pelo A
por força do 505 o ónus da impugnação Tb se aplica na treplica. Portanto a falta de
impugnação implica em regra a admissão por acordo da nova causa de pedir e da
excepção.
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A treplica deve ser apresentada nos 15 dias seguintes á notificação da apresentação da
replica503º, nº2. Este prazo Tb pode ser alargado ate ao limite de 15 dias 504ºcpc
Nota: no caso de serem vários réus e apenas alguns terem contestado, entende-se que os
não contestantes podem treplicar.
ARTICULADOS SUPERVENIENTES
São articulados utilizados para a alegação de factos supervenientes que por isso não
puderam ser invocados nos articulados normais 506, nº1
A superveniencia pode respeitara factos constitutivos, modificativos ou extintivos do
direito em litígio, ocorridos depois dos prazos para a apresentação dos demais
articulados ou respeitar a factos que embora ocorridos anteriormente aos ditos
articulados, a parte só deles teve conhecimento depois de findar o prazo de apresentação
desses articulados 506, nº2
PRAZO
O articulado superveniente deve ser oferecido ou na audiência preliminar ou nos 10 dias
posteriores á notificação da marcação da audiência de discussão e julgamento ou nesta
mesma audiência 506, nº3. Se for na audiência os factos são apresentados oralmente e
então não haverá um verdadeiro articulado 507º
PRE-SANEAMENTO OU PRE-SANEADOR
após serem supridas as faltas, que sejam sanáveis, dos pressupostos processuais 494º
indispensáveis para que o juiz possa apreciar e decidir sobre o mérito da causa ou afim
de serem aperfeiçoados os articulados 508nºs2a5 tem lugar um despacho do juiz a que
se pode chamar pre-saneador
os objectivos do pre-saneamento são: a) - providenciar pelo suprimento das excepções
dilatórias que sejam sanáveis 494; b) – convidar as partes ao aperfeiçoamento dos
articulados 467, 193, nº2, 508, 488 e 501. Pode ainda convidar as partes a suprir as
deficiências ou imprecisões 273º, 489 e 490.
Do despacho de aperfeiçoamento não cabe recurso.508, nº6
Quando deste despacho resulte a apresentação de um novo articulado este fica sujeito ao
principio do contraditório 508, nº4 e 517.
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AUDIENCIA PRELIMINAR
Conclusos os actos ou diligências que constituem o pre-saneamento, ser convocada uma
audiência preliminar. E destina-se a:
a) realização de uma tentativa de conciliação
b) facultar as partes a discussão da matéria de facto e de direito relativa as excepções
dilatórias e ao mérito da causa.
c) Discutir as posições das partes com vista á delimitação nos termos do litígio
d) Suprir as insuficiências ou imprecisos que ainda subsistam na exposição da matéria
de facto
e) Proferir despacho saneador 510º
f) Seleccionar matéria de facto relevante.
Explicação:
Na audiência preliminar: a) Pode Ter lugar a uma tentativa de conciliação. Esta pode
ocorrer em qualquer fase do processo por iniciativa das partes por documento autentico
ou particular ou por termo no processo. B) Cumpre ao juiz apreciar as excepções
dilatórias .Veiu permitir ao juiz conhecer imediatamente no todo ou em parte do mérito
da causa. C) a discussão s/ as posições das partes com vista a delimitação dos termos do
litígio, visa expurgar do processo as irrelevancias, delimitar os termos do litígio e suprir
as insuficiências ou imprecisões . d) o despacho saneador tem sempre lugar, quer haja
ou não audiência preliminar, para os fins previstos no 510 e que são:
1º conhecer as excepções dilatórias e nulidades, suscitadas pelas partes e de
conhecimento oficioso.
2º conhecer imediatamente do mérito da causa, sempre que o estado do processo o
permita, neste caso chamar-se-a saneador-sentença.
3º declarando-se em termos genéricos a verificação dos pressupostos processuais e a
não verificação de nulidades. E) se a acção tiver de prosseguir e tiver de ser contestada,
o juiz na audiência preliminar ira proceder a condensação da matéria de facto 508A
nº1,e) e 511º.
Esta condensação assenta na matéria de facto relevante e que se considera Assente
ouProvada.( Esta selecção da matéria de facto pode ser objecto de reclamação a
apresentar pelas partes 511, nº2 – 2 ª parte. Apenas pode ser impugnada no recurso que
venha a ser interposto da decisão final 511,nº3.)
Os factos provados constituem caso julgado positivo. Estes factos uma vez dados como
provados não podem vir a ser considerados não provados. Os factos provados podem
ser fundamentados na prova documental já junta ao processo; na confissão de alguma
ou ambas as partes ou admissão de acordo.
O rol de testemunhas pode ser alterado ou aditado ate 20 dias antes da data da audiência
do julgamento 512 A
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Tb aqui se deve designar data para a realização do julgamento . qualquer das partes
pode requerer a gravação da audiência final 522C a fim de permitir a reapreciação da
matéria de facto em caso de recurso 690A .
FASE DA INSTRUÇÃO
Conceito – em sentido cronológico – é a fase que se desenvolve entre o final da
audiência preliminar, ou se esta não teve lugar, entre a notificação as partes nos termos
do 512 e o inicio da audiência final de discussão e julgamento. Em sentido lógico –
significa a obtenção para o processo de meios de prova. Prova antecipada 520; prova
documental 523, nº1, produção de prova na audiência final 652º, nº3 e 653, nº1.
Prova documental – o tribunal tem poder em obter oficiosamente ou sob sugestão das
partes a documentação necessária .
Prova pericial – eliminou-se a exigência preclusiva de elaboração de quesitos pelas
partes.
A prova testemunhal – foi alargado o leque de possíveis depoentes..
em casos excepcionais, a testemunha que esteja impossibilitada de comparecer ou de
depor poderá depor por escrito se o tribunal o aceita dentro de certas garantias.
PROVA
Noção CC 341 a 396 e no cpc 513 a 522.
As provas tem por função a demonstração da realidade dos factos. São os factos a
demonstrar. Apenas os factos articulados e relevantes, ou seja os que persistem após a
condensação, são os que integram a base instrutoria.
342CC ónus da prova – determina este artigo que àquele que invocar um direito cabe
fazer a prova dos factos constitutivos do direito alegado e a parte contra a qual é
invocado o direito, tem o ónus de provar os actos impeditivos, modificativos ou
extintivos do direito.
VALORES DA PROVA
Prova bastante, prova plena e prova plenissima
• prova bastante – é q eu cede perante simples contraprova, ou seja desde que se
ponha em duvida o facto a provar.
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• Prova plena – é q eu cede perante prova em contrario. Ex: se o autor apresenta uma
escritura publica, a prova em contrario consiste na demonstração da falsidade dos
factos. 371 CC.
• Prova plenisima – é que não admite prova em contrario 1260nº3CC
MEIOS DE PROVA
341 A 396CC E 518 CPC
• Prova por presunção – 349º CC
• Prova por confissão – 352CC
• Prova por documentos – 362 CC
• Prova pericial - 388 CC
• Prova por inspecção judicial – 390CC
• Prova testemunhal – 392 CC
• Prova por apresentação de coisas moveis ou imóveis 518 cpc
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FASE DA AUDIENCIA FINAL
Terminada a fase de instrução com a produção de prova, segue-se a fase da audiência
final, na qual s partes, através de mndatarios, procuram demonstrar a existência dos
factos que alegaram como integradores do direito ou direitos que invocaram.
TRAMITES DA AUDIÊNCIA
Se houver conciliação das partes:
No dia designado para a audiência final e se não houver adiamento 651, nº1, uma vez
aberta a audiência o juiz presidente procurara conciliar as partes 652º, nº2 e se obtiver a
conciliação das partes, esta será homologada por sentença, extinguindo-se
consequentemente a instancia 287 d) e 300, nº4 cpc.
Se não houver conciliação das partes:
Segue-se a parte instrutoria desta audiência, com a produção de provas reservadas para
este momento e pela ordem estabelecida no 652, nº3. finda esta produção de prova,
seguem-se os debates sobre a matéria de facto, podendo cada advogado replicar uma
vez 652, nº3.
O julgamento das questões de facto, cabe em principio, ao tribunal singular. Salvo se
não for requerida a intervenção do colectivo por ambas as partes. 646, nº1. Se houve
gravação da audiência por alguma das partes não pode haver julgamento com tribunal
colectivo. Mas se a gravação é oficiosa já poder haver 522B
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facto e de direito 659, nº2) Termina com a decisão, ( o juiz de acordo com a
fundamentação, resolve o litígio, concedendo ou alegando a providencia jurisdicional
pedida. Determina como é resolvida a causa. Deve Ter em conta a ordem do julgamento
660, nº1 e deve resolver todas as questões que as partes tenham submetido á sua
apreciação e a eventual condenação deve respeitar os limites impostos no art.º 661.
Acessoriamente o juiz condenara em custas a parte que a elas deu causa ou quem do
processo tirou proveito 446º, nº1 cpc e decidir sobre a litigancia de ma fé 456.
Uma vez proferida, datada, e assinada pelo juiz devera a sentença ser notificada ás
partes, concluindo com forma usual “ registe-se e notifique-se 157º nº4 e 259º.
EFEITOS DA SENTENÇA
A sentença extingue a relação jurídica processual (instancia) uma vez que tenha força de
caso julgado.
Uma vez proferida a sentença fica esgotado o poder jurisdicional do juiz quanto á
matéria da causa 666º, nº1. E se deixar de ser susceptível de recurso ou de reclamação
678º e 679º considera-se transitada em julgado 677 cpc. Passa assim a Ter força
obrigatória no processo (caso julgado formal) .
Por ex: se o réu foi absolvido da instancia por ser julgada procedente uma excepção
dilatória; ou dentro e fora dele (caso julgado material) nos limites fixados nos arts. 497
e ss.
A sentença pode Ter efeito executorio por constituir um titulo executivo nos termos do
46º, 47º, nº1
O prazo prescricional dos direitos nela reconhecidos são de 20 anos – 311ºCC
A sentença pode servir de titulo de constituição de hipoteca 710º, nº1 CC
A sentença pode sofrer de vícios que a podem afectar.Para a reclamação e correcção de
eventuais vícios 666 e670 cpc.Tal regime permite rectificar erros materiais, nulidades,
esclarecer duvidas e ate reformar a sentença quanto a custas e multas. Arguido algum
vicio, será notificada a parte contraria para responder e só depois se decidira.670º, nº1
CC.O prazo para requerer a rectificação de erros materiais – 667, nº2. Em caso de
recurso as rectificações podem ser requeridas ate ao momento da subida do recurso ao
tribunal superior. Não havendo recurso, é a todo o tempo.Para arguir os vícios as partes
dispõem Dom prazo geral de 10 dias a contar da notificação da sentença – 153ºcpc . O
prazo para a interposição do recurso é de 10 dias 685 cpc.
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O autor pode responder á contestação no prazo de 10 dias se for para responder as
excepções deduzidas pelo réu 785º. Este prazo é alargada para 20 dias se se destinar a
responder á reconvenção do réu ou a acção for de simples apreciação negativa 786º,
limitando-se a resposta á matéria das excepções , da reconvençao e da resposta, aos
factos constitutivos do direito invocados pelo réu ou aos factos extintivos e
modificvativos do direito, nas acções de simples apreciação negativa. A consequência
da falta de resposta são as que podem resultar da aplicação do disposto no art.º.
490cpc.
Nunca há treplica em processo sumario. Assim não pode o autor na resposta a
contestação alterar o pedido ou a causa de pedir 273cpc. Podem ser apresentados
articulados supervenientes.
b) saneamento e condensação
a audiência preliminar só se realiza nos termos do 787. O numero de testemunhas que
cada parte pode oferecer é reduzido para 10, no total, sendo apenas 3 o numero de
testemunhas que podem depor sobre cada facto 789.
c) audiência final
A instrução, discussão e julgamento da causa incumbe sempre a juiz singular 791º, nº1.
Mas se a decisão final admitir recurso ordinário, qualquer das +partes pode requerer a
gravação da audiência 791, nº2.
Aqui a sentença não apresenta particularidades de regime, salvo o disposto no 784º
PROCESSO SUMARISSIMO
Emprega-se o processo sumarissimo sempre que o valor não exceda o valor fixado para
a alçada do tribunal da 1º instancia (3740,98Euros) e a acção se destinar ao
cumprimento de obrigações pecuniárias, á indemnização por dano e á entrega de coisas
moveis, de acordo com 462 cpc. Este processo rege-se nos termos do 464cpc . as
disposições que lhe são proprias são as dos 793 a 800 cpc.
Aqui a PI e a contestação não necessitam de ser articuladas 793º cpc
As partes devem oferecer as provas logo nos articulados (PI e contestação so) 793º e
794, nº1. ´+a contestação segue-se a marcação do dia para julgamento 795º.
Consequentemente não e admissível pedido reconvencional neste processo, nem o autor
pode responder á dedução de excepções por parte do réu a não ser no inicio da audiência
final como se prevê no art.º, 3º. Nº4. O prazo para contestar é de 15 dias 794º, nº1. O
numero máximo de testemunhas que cada parte pode oferecer é de seis 796º, nº1 e em
regra são apresentadas pelas partes porquanto não são notificadas, salvo se a parte que
as arrolou queiram que sejam notificadas 796º, nº4.A falta de qualquer das partes não +e
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motivo de adiamento 796º, nº2. Se aparecem ambas o juiz tentara a reconciliação 796,
nº1. Não existe uma fase de instrução autónoma.O juiz singular julga tanto de matéria
de facto como de direito e a sentença é ditada para a acto de julgamento. É
fundamentada sucintamente 796º, nº7 cpc. A sentença apenas admite recurso nos casos
abrangidos pelo nº2 do 678, que é o caso do recurso de agravo a interpor para o tribunal
da relação 800º cpc. Não sendo admissível recurso, a sentença apenas pode ser objecto
de reclamação 667º a 669 cpc.
DOS RECURSOS:
As decisões dos tribunais não são irrevogáveis. Há a reclamação e o recurso
A reclamação é feita perante o mesmo órgão judicial.
O recurso é feito para órgão diferente, hierarquicamente superior.
Casos de reclamação previstos no Cpc: 511º, nº2 e 666 e 667
Estas reclamações diferenciam-se dos recursos pelo seguinte:
676º, nº1 e 666 nº1 e nº3
quem decide sobre o recurso não ´+e o juiz que proferiu a sentença recorrida, mas um
tribunal hierarquicamente superior.
Noção
Os recursos classificam-se me ordinários e extraordinários.
Os recursos ordinários – são interpostos antes do transito em julgado da decisão
impugnada e são a pelação, o agravo e a revista.
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DECISOES QUE ADMITEM RECURSO
Todas as decisões judiciais (sentenças, despachos, e acórdãos) admitem recurso
ordinário 676, nº1. Há no entanto excepções:
Assim quando o tribunal julga uma acção cujo o valor esta compreendido na sua alçada,
esse julgamento é , por regra definitivo. Mas há então as excepções 678, nº2 a 6.
• art.º. 678, nº2 em situações em que se da relevo á sua fundamentação na violação
das regras da competência internacional, em razão da matéria ou da hierarquia ou a
ofensa de caso julgado. Nestes casos é sempre admissível recurso,
independentemente do valor da causa.
• Art.º. 678º, nº1 independentemente do valor da causa e da sucumbencia, é sempre
admissível recurso para a relação (mas não para o supremo), nas acções em que se
aprecie a validade ou subsistência de contratos de arrendamento para habitação. Ex:
A instaura acção de reivindicação de propriedade contra B e este contesta invocando
a existência de contrato de arrendamento para habitação.
• Também no regime jurídico de arrendamento urbano, se estabelece no 57º, nº1 que
nas acções de despejo de prédios urbanos é sempre admissível recurso para a
relação, qualquer que seja o valor da acção.
• 678º, nº6 estabelece que é admissível o recurso das decisões proferida contra
jurisprudência uniformizada pelo STJ.
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• Ao recorrente e ao recorrido incumbe proceder á transcrição dactilografada das
passagens em que se baseiam as suas conclusões.
AS ALEGAÇÕES
Devem ser sempre apresentadas em qualquer recurso no tribunal “ a quo” antes da
subida do recurso 698, nº2 e 724, nº1 e 743, nos 1 e 2
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ESPÉCIE DE RECURSOS
*Apelação 691 a 720. É o recurso mais importante. A apelação cabe da sentença final e
do despacho saneador que decidam do mérito da causa 691,nº1. Pode acontecer que
uma decisão final não conheça do mérito da causa, como no caso da sentença final que
se limita a julgar procedente uma excepção dilatória que obste ao conhecimento do
mérito da causa.Os efeitos do recurso visam conciliar os interesses em confronto do
recorrente e do recorrido. Este recurso tem efeito suspensivo satisfazendo o interesse
do recorrente, assim se obtém a conciliação. Em casos especiais, fazendo prevalecer o
interesse do recorrido, em atenção a razoes de urgência confere-se ao recurso de
apelação efeito meramente devolutivo 692º, n1e2. O efeito meramente devolutivo sé é
atribuído mediante requerimento do apelado 693º, nº1. Findo os prazos para
apresentação das alegações previstas no nº2, 698 o recurso é expedido para o tribunal
superior.
RECURSOS EXTRAORDINARIOS
Estes recursos pressupõem o transito em julgado da decisão recorrida que visam anular ,
em casos excepcionais indicados na lei. Para a sua admissibilidade é indiferente o valor
da acção e são dirigidos ao tribunal que proferiu a decisão e por ele julgados.
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Recurso de oposição de terceiro 778 a 783 - a decisão a impugnar alem de Ter
transitado em julgado deve ser uma decisão final e o recorrente deve ser terceiro no
processo 779, nº1, terceiro este que foi prejudicado, não nos seus direitos mas sim nos
seus interesses patrimoniais. O recorrente deve intentar +previamente uma acção de
simulação processual em processo declarativo comum a fim de o tribunal reconhecer a
existência da simulação e do prejuízo para terceiro em decisão que, uma vez transitada
em julgado, inicia o prazo para interpor o recurso que é de 3 meses 780º, nº1. O prazo
máximo é de 5 anos a contar do transito da sentença recorrida 780º, nº2. Este prazo
refere-se á acção previa.
O recurso desencadeia-se com o requerimento de interposição que deve ser instruído
com a sentença transitada em julgado proferida na acção de simulação onde se decretou
que a decisão recorrida resultou de simulação processual das partes e envolve prejuízo
para terceiro 779º, nº1.
Se a decisão final julgar o recurso procedente, a rescisão do caso julgado implica a
anulação do processo simulado, porquanto este só na aparência é que existiu.
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Índice
Petição inicial.........................................................................................................................................2
Contestação....................................................................................................................................................5
Requisitos materiais...................................................................................................................................6
Defesa por excepção..................................................................................................................................7
Defesa por excepção peremptória..............................................................................................................7
Falta de replica...........................................................................................................................................9
treplica........................................................................................................................................................9
ARTICULADOS SUPERVENIENTES..................................................................................................10
FASE DE SANEAMENTO E CONDENSAÇÃO 508 A 512................................................................10
No caso da audiencia preliminar ser dispensada 508B............................................................................12
FASE DA INSTRUÇÃO.........................................................................................................................12
Valores da Prova......................................................................................................................................12
PRINCIPIOS FUNDAMNETAIS SOBRE A PROVA ......................................................13
MEIOS DE PROVA................................................................................................................................13
Tramites da audiência ......................................................................................14
PRINCIPIOS QUE REGEM A AUDIENCIA........................................................................................14
Fase da sentença final..............................................................................................................................14
Requisitos e estrutura da sentença final...................................................................................................14
Efeitos da sentença...................................................................................................................................15
Noção ......................................................................................................................................................17
DECISOES QUE ADMITEM RECURSO .............................................................................................18
ACTOS DAS PARTES............................................................................................................................18
Prazo parta interposição de recurso.........................................................................................................19
EFEITOS DA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO...................................................................................19
AS ALEGAÇÕES....................................................................................................................................19
Espécie de recursos..................................................................................................................................20
RECURSOS EXTRAORDINARIOS......................................................................................................20
Índice............................................................................................................................................................22
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