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Marcadores Sorológicos no

Diagnóstico das Hepatites


Virais

8ª Jornada Baiana de Patologia Clínica


5ª Jornada Baiana de Análises Clínicas
Dezembro 2002-Ilhéus-Bahia
Hepatites Virais

Marcadores Sorológicos (Imunológicos)

 Conjunto de antígenos e anticorpos


presentes no soro, em conseqüência da
infecção pelos diferentes vírus.
Utilização:

 Diagnóstico etiológico

 Evolução

 Grau de infectividade

 Cura

 Avaliar indicação e resposta a


vacinação
Hepatites Virais
Vírus A
 Vírus RNA. Família picornavirus.
 Transmissão fecal-oral.
 Presença do vírus nas fezes.
 Período de incubação 15 a 45 dias.
 Não cronifica.
 Pode ser mais complicada em adultos.
Diagnóstico Sorológico:
 Anticorpos anti-HAV
 anti-HAV IgM : positiva-se no início do
quadro clínico, permanece positivo por uma
média de 3-6 meses (30-420 dias).
 anti-HAV IgG: indica infecção pregressa
ou resposta vacinal. Soroprevalência aumenta
com a idade.
Indicação Clínica Marcador
Infecção Aguda anti-HAV IgM
Determinação do Anti-HAV IgG (total).
“Status” imune (contato
com o vírus / pós
vacinação).

obs: Candidatos à vacina: anti-HAV IgG (total)


 Positivo : imune, não vacinar
 Negativo : suscetível, vacinar
Hepatite A
Hepatites Virais
Vírus B
 Vírus DNA. Família Hepadnaviridae

 Replicação com formação de RNA


intermediário.

 Envelope: HBsAg

 Core: HBcAg, HBeAg


 Período de incubação: 60 a 180 dias.
 Transmissão parenteral, sexual e vertical.

 Cronificação de acordo com idade e modo


de transmissão: 90% em neonatos e 10%
casos em adultos
Diagnóstico Sorológico
HBsAg e anti-HBS
HBcAg e anti-HBc (IgG /total)
HBeAg e anti-HBe

 Após a infecção começam a surgir de


forma ordenada.

 Uso racional dos marcadores.


Infecção aguda: HBsAg e anti-HBc IgM

 HBsAg: já está positivo no período de


incubação. Deve se negativar antes do 6º mês

 anti-HBc IgM : positiva-se no início do


quadro clínico e permanece por ± 6 meses
Replicação Viral

HBeAg: marcador de replicação e infectividade


 Desaparece nos indivíduos que curam a infecção
aguda.

 Indivíduos com doença crônica, indica atividade

anti-HBe : ausência de replicação  na doença


aguda, seu aparecimento indica resolução da doença.
Seguimento da infecção aguda

 HBsAg, HBeAg e anti-HBe após 60 ou 90 dias.


 Persistência do HBsAg e HBeAg  tendência a
cronicidade.

 Manutenção desse perfil após 6 meses indica:


portador crônico
Nos pacientes que se curam:

HBsAg fica negativo


anti-HBc IgG (total) é positivo
anti-HBs é positivo - Imunidade
Candidatos à vacina: melhor triagem anti-HBc
total

Negativo = suscetível  vacinar


Positivo = testar HBsAg - anti-HBs
obs: Observar história vacinal!
Mutação Pré-Core

 Acredita-se que 7 a 30% dos infectados pelo


HBV apresentam replicação viral sem HBeAg.

 A situação mais comumente associada com


essa alteração é a presença de mutação na
região pré-core.

 Prevalência variável de acordo com a região


geográfica.
Hepatite B Aguda
Hepatite B Crônica
Marcador/condição anti-HBc
HBsAg HBeAg aHBcIgM anti-HBe anti-HBs
clínica IgG (total)

Fase aguda com + + + - + -


viremia
Fase aguda c/
provável evolução + - + + + -
p/cura
Fase de infecção
crônica + +/- +/- a +/- b + -
Indivíduos vacinados - - - - - +
Infecção pregressa - - - +/- + +

+positivo, -negativo, +/- pode ser detectado a- pode ser positivo em 10-15% dos
pacientes com reativação da infecção, b- pacientes crônicos usualmente possuem
HBeAg ou anti-HBe detectável.
Perfis Sorológicos da
Hepatite B
Resultados Discordantes ou pouco usuais que
requerem maior avaliação:
 HBsAg positivo/anti-HBC negativo

 HBsAg, anti-HBs e anti-HBc positivos

 anti-HBc positivo isolado

 anti-HBs positivo isolado em paciente não imunizado

 HBsAg negativo/HBeAg positivo


 anti-Hbe e HBeAg positivos

 anti-HBc total neg/anti-HBc IgM positivo


Laboratory diagnosis of hepatites virusis American Society for Microbiology 1998 .
Hepatites Virais
Vírus C

 Vírus RNA, envelopado. Família flaviviridae.

 Transmissão parenteral, sexual, perinatal.

 Período de incubação 40 - 90 dias.

 Maioria dos casos (80%) evoluem para


formas crônicas.
Pesquisa de anticorpos: anti-HCV

 ELISA: teste de triagem


 não diferencia infecção pregressa de atual.
 aparecimento tardio.

 RIBA: confirmatório. Indicações: populações com


baixa prevalência da doença ou para confirmar
infecção prévia pelo HCV em pacientes com viremia
negativa
Infecção ativa: Detecção HCV-RNA.
Janela
Elisa Antígenos do vírus C Sensibilidade Imunológica
C 100-3 NS3 Core NS5
1ª Geração Sim 70-80%

2ª Geração Sim Sim Sim 92-95% 11 semanas


3ª Geração Sim Sim Sim Sim 97% 7-8 semanas
Hepatites Virais
Vírus D
 Vírus RNA defectivo.
 Replicação depende da presença do HBV
(HBsAg).

 Transmissão semelhante ao HBV.

 No Brasil, apenas no Amazonas.


Diagnóstico Sorológico: anti-HDV (total)

Indicação:
HBsAg positivo - sinais ou sintomas de hepatite
aguda/crônica - regiões alto risco para hepatite D.

 Co-infecção:
Doença aguda grave - Baixo risco de cronificação -
anti-HBc IgM positivo.

 Superinfecção:
Ocorre cronificação do HDV - Anti-HBc IgM negativo.
Hepatites Virais
Hepatites Virais
Hepatites Virais
Vírus E
 Vírus RNA.
 Transmissão fecal-oral.

 Período de incubação 15 a 65 dias.

 Não cronifica.
Diagnóstico Sorológico:

 Anticorpos anti-HEV
 anti-HEV IgM : fase aguda da doença.
 anti-HEV IgG: indica infecção pregressa.

*** Doença apresenta resolução após 2 a 6


semanas.
Hepatites Virais
Seja o que for que você puder
fazer ou sonhar que pode fazer,
comece. A coragem traz em si
mesma a genialidade, o poder, a
magia.

Goethe Obrigada!

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