Professional Documents
Culture Documents
2- Limpeza
3- Moenda
4- Aquecedores
5- Purificadores
6- Filtros
7- Evaporadores
Vinhaça ou Vinhoto
Outro resídio da cana, que também pode ser usado como adubo, mas muitas
vezes no Brasil é lançado aos rios, causando grave poluição e mortandade de
peixe.
Aspectos Gerais
A Usina Ester é uma empresa que produz e vende açúcar e álcool. Mas quais são os
procedimentos e processos utilizados na fabricação desses produtos? A safra da cana-de-açúcar é
sazonal iniciando em maio e terminando em novembro. Neste período ocorre o amadurecimento
da cana devido a fatores climáticos como falta de umidade, luminosidade e frio. Com o
amadurecimento, as canas passam a ser cortadas de forma planejada.
Corte da cana
Transporte
O transporte da lavoura até a unidade industrial é feito por caminhões. Cada carga
transportada, pesa aproximadamente 16 toneladas. Hoje há caminhões com capacidade de
até três ou quatro carrocerias em conjunto, aumentando muito a capacidade do transporte.
Depois de cortada e transportada para a Usina, a cana-de-açúcar é enviada para a moagem,
onde se inicia o processo de fabricação do açúcar e do álcool.
PROCESSO
Moagem
A cana que chega à unidade industrial é processada o mais rápido possível. Este
sincronismo entre o corte, transporte e moagem é muito importante, pois a cana é uma
matéria prima sujeita a contaminações e conseqüentemente de fácil deterioração. A
moagem diária é de 9.000 toneladas.
Antes da moagem, a cana é lavada nas mesas alimentadoras para retirar a terra proveniente
da lavoura. Após a lavagem, a cana passa por picadores que trituram os colmos,
preparando-a para a moagem. Neste processo as células da cana são abertas sem perda do
caldo. Após o preparo, a cana desfibrada é enviada à moenda para ser moída e extrair o
caldo. Na moenda, a cana desfibrada é exposta entre rolos submetidos a uma pressão de
aproximadamente 250 kg/cm², expulsando o caldo do interior das células. Este processo é
repetido por seis vezes continuamente. Adiciona-se água numa proporção de 30%. A isto se
chama embebição composta, cuja função é embeber o interior das células da cana diluindo
o açúcar ali existente e com isso aumentando a eficiência da extração, conseguindo-se
assim extrair cerca de 96% do açúcar contido na cana. O caldo extraído vai para o processo
de tratamento do caldo e o bagaço para as caldeiras.
Geração de vapor
O bagaço que sai da moenda com muito pouco açúcar e com umidade de 50%, é
transportado para as caldeiras, onde é queimado para gerar vapor, que se destina a todas as
necessidades que envolvem o acionamento das máquinas pesadas, geração de energia
elétrica e o processo de fabricação de açúcar e álcool. A sobra de bagaço é vendida para
outras indústrias. O bagaço é muito importante na unidade industrial, porque é o
combustível para todo o processo produtivo. Um bom sistema térmico é fundamental.
Usamos processo vapor direto, vapor de escape e vapor vegetal.
Parte do vapor gerado é enviado aos turbogeradores que produzirão energia elétrica
suficiente para movimentar todos os acionamentos elétricos e a iluminação. O consumo é
de 4.500 kw.
FABRICAÇÃO DE AÇÚCAR
Tratamento de caldo
O caldo extraído na moenda, chamado de caldo misto, é um caldo impuro, sendo necessário
passar, por um processo de clarificação para retirada de sólidos em suspensão. O caldo é
sulfitado e caleado. Este processo é chamado de dosagem. A adição de enxofre e cal facilita
a floculação das substâncias coloidais.
Filtração do lodo
Como o lodo ainda é rico em sacarose, é feito uma filtração nos filtros rotativos à vácuo
para succionar o material líquido, chamado de caldo filtrado, que sofrerá novo tratamento
de clarificação. O material sólido retido nas telas dos filtros é denominado torta de filtro.
Esta torta é enviada à lavoura, sendo utilizada como adubo.
Caldo clarificado
Evaporação
Cozimento A
Cozimento B
Centrifugação da massa B
Secagem do açúcar
Nesta etapa o açúcar passa no secador para a retirada da umidade contida nos cristais. Na
saída do secador, o açúcar é enviado por esteiras sanitárias até a moega de açúcar
(reservatório próprio para açúcar), de onde é feito o ensacamento.
Ensacamento
Produção
Tratamento do Caldo
Parte do caldo é desviado para tratamento específico para fabricação álcool. Este
tratamento consiste em aquecer o caldo a 105ºC sem adição de produtos químicos, e após
isto, decantá-lo. Após decantação, o caldo clarificado irá para a pré-evaporação e o lodo
para novo tratamento, semelhante feito ao lodo do açúcar.
Pré-evaporação
Preparo do mosto
Fermentação
Centrifugação do vinho
Tratamento do fermento
A levedura após passar pelo processo de fermentação se "desgasta", por ficar exposta a
teores alcoólicos elevados. Após a separação do fermento do vinho, o fermento a 60% é
diluído a 25% com adição de água. Regula-se o pH em torno de 2,8 a 3,0 adicionando-se
ácido sulfúrico que também tem efeito desfloculante e bacteriostático. O tratamento é
contínuo e tem um tempo de retenção de aproximadamente uma hora. O fermento tratado
volta ao primeiro estágio para começar um novo ciclo fermentativo; eventualmente é usado
bactericida para controle da população contaminante. Nenhum nutriente é usado em
condições normais.
Destilação
O vinho com 9,5% em álcool é enviado aos aparelhos de destilação. A Usina Ester produz
em média 35O m³ de álcool / dia, em dois aparelhos, um com capacidade nominal para 120
m³/dia e outro para 150 m³/dia. Produzimos álcool neutro, industrial e carburante, sendo o
álcool neutro o produto de maior produção, 180 m³/dia. O álcool neutro é destinado à
indústria de perfumaria, bebidas e farmacêutica.
Na destilação do vinho resulta um subproduto importante, a vinhaça. A vinhaça, rica em
água, matéria orgânica, nitrogênio, potássio e fósforo, é utilizada na lavoura para irrigação
da cana, na chamada fertirrigação.
Qualidade
1. AMOSTRAGEM
Carregamentos Número de
%
entregues /dia carregamentosAmostrados
01 - 05 Todos 100,0
06 - 10 05 62,5
11 - 15 06 46,2
16 - 20 07 38,9
21 - 25 08 34,8
26 - 30 09 32,1
31 - 35 10 30,3
36 - 40 11 28,9
41 - 45 12 27,9
46 - 50 13 27,1
51 - 55 14 26,4
56 - 60 15 25,9
61 - 65 16 25,4
66 - 70 17 25,0
71 - 75 18 24,7
76 - 80 19 24,4
81 - 85 20 24,1
86 - 90 21 23,9
91 - 95 22 23,1
96 - 100 23 23,0
> 100 24 -
2. PREPARO DA AMOSTRA
Equipamentos
- Sacarímetro automático;
Técnica
L1
IP = ------- x 100
L0
3. EXTRAÇÃO DO CALDO
7. INFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS
8. CREDENCIAMENTO DE REPRESENTANTES
PBU = 10,0g
onde:
LPb = leitura sacarimétrica equivalente a de subacetato de
chumbo;
B = Brix do caldo
Bq
B1 . P1 + B2 . P2 + ... + Bn . Pn
Bd =
----------------------------------------------
P1 + P2 + ... + Pn
onde:
S1 . P1 + S2 . P2 + ... + Sn . Pn
Sd =
------------------------------------------ ,
onde:
P1 + P2 + ... + Pn
F1 . P1 + F2 . P2 + ... + Fn . Pn
Fd =
--------------------------------------------
P1 + P2 + ... + Pn
onde:
12.4 Fator K
K1 . P1 + K2 . P2 + ... + Kn . Pn
Kd = ----------------------------------------------, onde;
P1 + P2 + ... + Pn
onde:
onde:
onde:
13.4. Fator K
15.1. ATR
Onde:
F = Fibra % cana
15.2. AÇÚCAR
R = [99,74/(99,74-40)]x[1-40/(Pza-1)]
R= 1,66957 x [1-40/(Pza-1)]
ATR = 138,62 kg
Açúcar = 114,43 kg
Álcool AEA residual = 10,1985 l/t
1. Componentes
2. Homogeneização
1. REFRATÔMETRO
1-Teste de Linearidade
Estabelece que a "Saída da Linearidade" sobre qualquer
parte da faixa até 30o Brix, não devendo exceder à mais
ou menos 0,1o Brix.
- Preparar soluções padrão de sacarose, respeitando
intervalos de 10o Brix e cobrindo a faixa de 0 à 30o Brix.
Ex.: 0, 10, 20 e 30o Brix.
- Efetuar 5 leituras de cada solução;
- Tirar a média das 5 leituras de cada solução e comparar
com o valor em oBrix esperado para cada solução,
interpolando linearmente os extremos da faixa;
Exemplo:
- Aparelho: Refratômetro
- Solução : 10oBrix
- Leituras: 10,1, 10,2, 10,0, 10,1, 10,0o Brix
- Média das Leituras: 10,1o Brix
- Valor esperado: média entre o maior e o menor valor =
(10,0 + 10,2)/2 = 10,1º Brix.
- Calcular a média das diferenças e comparar com o valor
especificado de +/- 0,10º Brix
- Repetir o procedimento para as outras faixas de Brix.
2.Teste de Repetitividade
Requer que a diferença entre dois
resultados simples, obtidos no instrumento,
no mesmo laboratório, operado pelo mesmo
analista, utilizando a mesma amostra, não
deve exceder mais ou menos 0,2o Brix em
mais de um par de resultados em duplicata,
em 20 repetições da mesma solução (ou 5
pares em 100 repetições);
- Preparar soluções de 0, 10,
20 e 30o Brix;
-Efetuar 20 leituras para cada
um dos intervalos
determinados, calcular o
desvio padrão, reportando
assim a repetitividade.
2. SACARÍMETRO
MÉTODO DE TANIMOTO
1. Objetivo
Medir o teor de fibra real com secagem do bolo ou bagaço
úmido(PBU) da prensa hidraulica após a extração do caldo.
2. Equipamentos e materiais
3. Técnica
Obs.: O tempo de secagem para cada estufa deve ser determinado com
ensaios iniciais até peso constante. O teste inicial é feito com secagem
por 3 horas, pesagem e secagem por mais 1 hora e isto deve continuar
até que não se obtenha variações no peso do material seco, ou esta não
seja significativa.
4. Cálculo
Exemplo:
B = brix do caldo
1. Material
2. Reagentes
Solução de Fehling A;
Solução de Fehling B;
Solução de Azul de metileno, 1%;
Solção de EDTA, 4%;
Solução de açúcar invertido, 1% e 0,2%.
3. Técnica
4. Cálculo
AR = (f x t) / (V x me), onde:
f = fator de diluição
V = volume gasto corrigido
me = massa específica do caldo = 0,00431 x B + 0,99367
B = brix do caldo, válido entre 9 e 23
t = fator que considera a influência da sacarose na análise, dado
por:
t = 5,2096 – (0,2625 x 0,26 x LPb x V) / 500, onde:
LPb = leitura sacarimétrica do caldo
V = volume gasto corrigido
Exemplo:
Leitura sacarimétrica (LPb)........................ 54,55
Fator de diluição........................................ 5
Brix do caldo (%)........................................ 15
Volume gasto corrigido (ml)....................... 34,2
Substituindo:
AR = 5 x [5,2096 – (0,2625 x 0,26 x 54,55 x 34,2) / 500] / [34,2
x (0,00431 x 15 + 0,99367)} = 0,68
Diluição em peso
AR = (100 x t) / (V x m), onde:
V = volume gasto corrigido
M = massa de caldo em 100 ml da solução a titular
t = 5,2096 – 0,2625 x S
onde:
S = (m x S x V) / 10 000
S = quantidade de sacarose contida na amostra
V = volume gasto corrigido
Exemplo:
Sacarose contida na amostra....................... 13,4
Massa de caldo em 100 ml da solução(g) ... 20,0
Volume gasto corrigido (ml).......................... 36,2
S = (20 x 13,4 x 36,2) / 10 000= 0,97
t = 5,2096 – 0,2625 x 0,97= 4,9497
AR = (100 x 4,9497) / (36,2 x 20)= 0,68
5. Preparo de soluções
5.4 EDTA à 4%
Uso: Dosagem dos açucares redutores, pelo método de Lane & Eynon.
Pesar 69,5 g de sulfato de cobre pentahidratado p.a. e transferir
para balão volumétrico de 1 000 ml
Observação:
DE CANA-DE-AÇÚCAR
1. BALANÇA RODOVIÁRIA
2. LOCALIZAÇÃO DO LABORATÓRIO
4. ENERGIA ELÉTRICA
5. TEMPERATURA AMBIENTE
- Sonda amostradora;
- Desintegrador de cana;
- Balança de precisão;
- Prensa hidráulica;
7. SONDA AMOSTRADORA
8. DESINTEGRADOR
9. BALANÇA SEMI-ANALÍTICA
10.PRENSA HIDRÁULICA
11. REAGENTES
Verificar a procedência dos reagentes e a especificação técnica do
fabricante. Observar se estão sendo utilizadas as quantidades
recomendadas.
13. IMPRESSOS
14. CÁLCULOS
16. MÃO-DE-OBRA
LUÍS CORTEZ
PAULO MAGALHAES
JÚLIO HAPPI1
Introdução
A secagem do bagaço
- Fibra 42,5%
- Cinzas 2,25%
- Umidade menos de 5%
- Cinzas menos de 1%
A fim de demonstrar a viabilidade desta tecnologia a
COPERSUCAR (1987) construiu uma planta piloto de pelletização
(400 kg/h) e briquetagem (1800 kg/h) na Usina Barra Grande
ligada a um secador de bagaço.
Ca n.d. 0,12
P n.d. 0,02
K n.d. 0,16
DIVMS(1) 35,31 64,82
Fósforo 0,75
Lisina 1,87
Metionina 1,27
Hisitidina 0,47
Arginina 0,98
Ácido Aspartíco 3,06
Treonina 1,57
Serina 0,94
Glicina 1,45
Valina 1,97
Alanina 1,87
Isoleucina 1,37
Leucina 2,02
Tirosina 0,87
Penilalanina 1,06
Fonte: (1) CORTEZ & MAPLES (1987) (2) CLAY & KARNOESKI (1981) 128
Componentes Mosto
pH 3,8-5,0
Sólidos Totais (g/l) 21,0-85,0
• efluente é
fertilizante
- Combustão em Caldeiras • disposição completa não é pesquisado
• prod. Energia útil teste em pequena
escala
• recuperação do
potássio nas cinzas
- produção de Proteínas • alimento caro
não é pesquisado
• não deixa resíduos
5. A torta de filtro
CEP 19280/Theodoro ~ P
-MENEGAZ S/A
Bibliografia
Abstract
Lavagem de cana
Extração do Caldo
Tratamento de Caldo
Fábrica de acúcar
Destilaria
Desmineralização do álcool
R - No Brasil e em outras regiões tropicais do planeta o açúcar e álcool são produzidos a partir da
cana-de-açúcar, enquanto na Europa o açúcar é extraído da beterraba. Aqui, da cana-de-açúcar
também se faz álcool, produto que, nos Estados Unidos, provém principalmente do milho.
R- Trata-se do
processo de
adição do leite
de cal (Ca
(OH)2) ao
caldo, elevando
o seu pH a
valores da
ordem de 6,8 a
7,2. A calagem
é realizada em
tanques ou em
linha, num
processo
contínuo,
objetivando o
controle do pH
final. O leite de
cal também é
produzido na
própria usina
através da
"queima" da cal
virgem (CaO)
em tanques
apropriados
(piscina de cal
ou hidratador)
segundo a
reação: CaO +
H2O Ca (OH)2
+ calor O Ca
(OH)2
produzido
apresenta uma
concentração
de 3 - 6°
"Baumé", antes
de ser
adicionado ao
caldo.
Esta
neutralização
tem por
objetivo a
eliminação de
corantes do
caldo, a
neutralização
de ácidos
orgânicos e a
formação de
sulfito e fosfato
de cálcio,
produtos estes
que, ao
sedimentar,
arrastam
consigo
impurezas
presentes no
líquido.
O consumo da
cal (CaO) varia
de 500 a 1.000
g/TC, segundo
o rigor do
tratamento
exigido.