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FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA
Apostila para o Ensino médio
259 páginas – revisada em 2007
Professor Flávio Chame Barreto
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FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA
Professor Flávio Chame Barreto
CONTEÚDO:
• Célula - Histórico
• Membrana – composição, estrutura, funções, especializações;
• Organelas endomembranares – estrutura, funções;
• Citoplasma, citosol, citoesqueleto.
• Núcleo;
• Cromossomos.
• DNA e RNA
Divisão celular
• Mitose;
• Meiose.
Histologia .............................................................................................................................................Pagina 46
• Tecido Epitelial
• Tecido Conjuntivo
• Tecido Muscular
• Tecido Nervoso
Reprodução e desenvolvimento
• Tipos
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• Categorias taxionômicas;
• Reinos;
• Vírus, bactérias, protistas e fungos.
• Classificação
• Morfologia;
• Fisiologia
Invertebrados ..........................................................................................................................................Pagina 91
• Poríferos;
• Cnidários;
• Platelmintos.
• Nematódeos
• Anelídeos
• Moluscos
• Artrópodes
• Equinodermas
Cordados
• Cefalocordados;
• Urocordados;
• Vertebrados.
• Digestório
• Cardiovascular
• Linfático
• Imunológico
• Respiratório
• Urinário
• Endócrino
• Nervoso
• Tegumentar
• Sustentação
• Muscular
• Reprodução
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Quadro do professor
1o Ano - 1o Mês - Conteúdo 1
De onde viemos? Como surgiu a própria espécie?
A temperatura e a densidade aumentam com a profundidade. Esta relação tem o nome de Grau
Geotérmico.
Grau Geotérmico: Significa o número de metros de profundidade necessários para que a
temperatura se eleve em 1ºC.
Atmosfera: Camada de ar que circunda o planeta.
Hidrosfera: Massa de água que circunda o planeta
Biosfera: Conjunto de regiões do planeta onde existam seres vivos.
Origem da Biosfera: Começou há mais de 3,5 bilhões de anos. E vem se diversificando
Pangea: A 200 milhões de anos atrás todos os continentes atuais estavam juntos, formando um
único continente.
Teoria do Big Bang: Em 1940, o cientista George Gamow concebeu a teoria de que todo o
universo teria nascido de um ponto zero de volume e densidade. que entre 12 e 15 bilhões de
anos atrás, a explosão de um ponto condensado criou a matéria e a energia. (Principal evidencia
atual: As galáxias continuam se afastando uma das outras). Forma-se uma imensa nebulosa (nuvens
de hidrogênio, o elemento mais simples, e poeira).
A alta temperatura começa a cair e 1 bilhão de anos depois começam a surgir as galáxias, o sol e os
planetas.
Quando a matéria chegou a 10 milhões de graus Celsius, ocorreu uma reação atômica, fusão
nuclear, gerando o sol, a 5 bilhões de anos. (Fusão nuclear: átomos de H se fundem e formam He
liberando alta energia - luz e calor).
Os planetas: são restos da nebulosa que se fundiram
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Atmosfera primária.
A Terra já desenvolvera gravidade e atraia e H e He constituindo um envoltório gasoso.
Atmosfera secundária . (gases trazidos por meteoros que se chocaram com o nosso planeta).
hidrogênio (H2); metano (CH4); Gás carbônico (CO2); nitrogênio (N2); Amônia (NH3); Vapor
d´água (H2O)
Atmosfera atual.
Gás nitrogênio (N 2 ) 77%; Gás oxigênio (O 2 ) 21%; Gás carbônico (CO 2 ) 0,04%; Outros gases
1,96%
A teoria da Abiogênese defendia que todo ser vivo é resultado da geração espontânea dos seres a
partir da matéria inerte ou orgânica em decomposição.
A teoria da Biogênese defendia que todo ser vivo é resultado da reprodução de outros seres vivos.
Seus maiores defensores foram Francesco Reddi, Lazzaro Spallanzani e Louis Pasteur.
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Por exemplo: Imagine o seguinte diálogo entre três amigos que viajam em um trem através de um
país desconhecido.
Em dado momento, um deles exclama: - Vejam! As ovelhas aqui são rosas.
Ao que outro replica: - Não, não. Aquela ovelha é rosa. Sobre as outras ovelhas deste país nada
podemos afirmar.
E o terceiro arremata utilizando uma metodologia científica:
- Sendo mais rigoroso, podemos apenas dizer que o lado que vemos da ovelha é rosa, mas podemos
elaborar uma teoria que comprove a hipótese que o outro lado dela também seja rosa e, finalmente,
outras hipoteses que se comprovadas, possam generalizar que todas as ovelhas deste território são
rosas.
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Teoria de Oparin
Stanley Miller e seu professor Harold Urey – 1953 – Construíram um aparelho que reproduzia as
condições da terra primitiva (Metano, Amônia, Hidrogênio, Vapor de água e Descargas elétricas).
Após uma semana: surgiram aminoácidos e substancias orgânicas simples no liquido. (Experimento
de Urey e Miller)
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Moléculas Primordiais:
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Teoria clássica :
os primeiros seres eram heterotróficos (Não produziam o seu alimento).
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Fenômenos Osmóticos
Moléculas Orgânicas
Carboidrato = C n (H 2 O) n
Lipídios = ésteres de ácidos graxos com álcoois. (ácidos graxos são longas cadeias de C n H 2n + 1
COOH).
Proteínas = Aminoácidos unidos por ligações peptídicas. (Amino = NH2 + Carbono central = C +
Acido = COOH).
Ácido nucléico = Bases nitrogenadas (ATCG ou AUCG) + pentose + fósforo
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Importância:
• Acumulador da energia proveniente do Sol: Glicose – Fotossíntese
• Reserva energética para uso rápido: Polissacarídeos (amido em plantas, glicogênio em animais)
• Componente estrutural da parede celular em plantas (celulose)
AMIDO = >
CELULOSE =>
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Ceras : Óleos e gorduras compostos pela união de moléculas de álcool mais longos que o glicerol e
três moléculas de ácidos graxos. Plantas usam como impermeabilizantes nas folhas para evitar a
perda de água.
Importância:
• Reserva energética para uso a longo prazo;
• Impermeabilizante;
• Isolante térmico e contra choques;
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• Função enzimática - toda enzima é uma proteína. As enzimas são reguladoras das reações
biológicas. Ex.: Lipases
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4 - Presença de inibidores (competem com o Substrato pelo sitio ativo da Enzima). Podem ser
inibidores reversíveis ou irreversíveis)
• Função hormonal - muitos hormônios de nosso organismo são de natureza protéica. Exemplo:
Insulina
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Outras Funções :
• Coagulação sangüínea - vários fatores da coagulação possuem natureza protéica (fibrinogênio,
globulina anti-hemofílica).
• Transporte - pode-se citar como exemplo a hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de
oxigênio no sangue.
As proteínas são formadas por aminoácidos. Os aminoácidos são monômeros dos peptídeos e das
proteínas.
Tipos de aminoácidos:
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Constituem os genes que contem todas as instruções para a síntese das proteínas, ordenadas de
forma específica para cada ser vivo, logo, controlam a produção das enzimas (que são proteínas) e
o metabolismo geral, ou seja, comandam todo o funcionamento das células e do organismo.
Constituídos de centenas a milhões de nucleotídeos (polinucleotideos em cadeia).
Possuem dois tipos DNA e RNA de acordo com a sua ribose (pentose/açúcar).
O DNA possui a desoxirribose e o RNA possui a ribose.
O DNA ao se replicar mantém a mesma sequencia de toda a codificação genética para a síntese das
proteínas, transferindo essas informações para a nova célula que será formada.
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Tipos de RNA:
RNA Mensageiro – síntese de proteínas
RNA Transportador
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Nutrição
• Os seres vivos incorporam substâncias do ambiente externo e as transformam em substâncias do
próprio corpo.
• Alguns seres produzem seu próprio alimento (vegetais, por exemplo, através da fotossíntese)
AUTOTRÓFICOS.
• Outros se alimentam de outros seres vivos (animais e fungos, por exemplo)
HETEROTRÓFICOS.
Crescimento
• Ocorre devido à incorporação e transformação dos alimentos com a nutrição.
• Há aumento do número de suas células.
Homeostase
• Os seres vivos reagem às modificações no ambiente produzindo alterações no seu comportamento
ou na própria estrutura corporal, o que melhora as suas condições de sobrevivência.
Metabolismo
• É o conjunto de processos químicos responsáveis pela transformação e utilização da matéria e da
energia pelos organismos.
• Apresenta duas etapas: anabolismo (processos de síntese) e catabolismo (processos de
degradação).
Reprodução
• Permite aos seres vivos a perpetuação da espécie;
• Pode acontecer de duas formas básicas:
• Reprodução sexuada ou gâmica
• Reprodução assexuada ou agâmica
Evolução
• É o processo pelo qual as espécies se formam e se transformam ao longo do tempo
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Quadro do professor
1o Ano - 2o Mês - Conteúdo 5
Célula
A denominação 'célula' foi criada em 1665 pelo cientista inglês Robert Hooks para indicar
pequenas cavidades no interior de cortiça que ele havia observado com um microscópio muito
rudimentar. Na realidade o que ele viu foi apenas o envoltório da célula. Estudos posteriores
demonstraram a presença de células em todos os seres vivos, permitindo que dois alemães, o
botânico Mathias Schleiden e o zoólogo Theodor Schwann enunciassem a teoria celular: 'Todos
os seres vivos são formados por células'.
Membrana Plasmática – Todos as células (Animal ou Vegetal) possuem. É composta por uma
bicamada de fosfolipideos e proteinas.
Formada por uma Cabeça Polar Hidrofílica (afinidade com água) e uma Cauda Apolar
Hidrofóbica composta por Hidrocarbonetos (aversão a água).
É uma Molécula Anfipática pois ao mesmo tempo é hidrofílica (Cabeça/Colina) e hidrofóbica
(Cauda de hidrocarbonetos).
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Polaridade
Estrutura Polar = A carga (+) se concentra numa extremidade e a carga (–) na outra. Formam
polos.
Exemplo: a água = Carga (+) concentrada nos Hidrogênios e a carga (-) no Oxigênio
Formam ligações fracas (Pontes de Hidrogênio)
Estrutura Apolar = A carga é distribuída igualmente na ligação. Não formam polos. Exemplo:
Hidrocarbonetos. Os Hidrogênios praticamente não têm carga líquida (+) nas ligações covalentes
com os Carbonos.
Estrutura da membrana:
Estrutura da membrana:
Microvilosidades: aumentam a superfície de absorção das células.
Estruturas de adesão celular: desmossomos e junções aderentes.
Estruturas de vedação entre as células: zona oclusiva
Estrutura de comunicação entre as células: junção comunicante
Glicocálix –– Malha molecular frouxa de glicídios que reveste EXTERNAMENTE a célula animal.
Funções:
1 - Proteção contra lesões mecânicas,
2 - Adsorvem água conferindo superfície lisa impedindo que haja uma união indesejada,
(Células sanguíneas com a parede dos vasos),
3 - Reconhecimento das células que tem que interagir entre si (Como uniforme escolar) ,
(Oligossacarídeos e polissacarídeos próprios e personalizados para cada espécie. Exemplo:
Glicocalix do Óvulo reconhecendo o glicocalix do Espermatozóide).
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Quando ligações covalentes entre os fosfatos são quebradas liberam energia na forma de calor.
(Cal/mol).
A ruptura entre o 3o fosfato (o mais externo) e o 2o fosfato gera 8.000 cal/mol (ATP => ADP).
A ruptura entre o 2o fosfato e o 1o fosfato gera 8.000 cal/mol (ADP => AMP).
A ruptura entre o 1o fosfato (o mais interno) e o açúcar gera apenas 2.000 cal/mol (AMP =>
Adenosina).
Tipos de Transportes
Transporte passivo (sem gasto de energia - sem gasto de ATP)
Difusão: Passagem de solutos (gases, Íons, moléculas) do meio de maior concentração
(Hipertônico) para o meio de menor concentração (Hipotônico). Exemplo: Oxigênio do sangue para
as células.
Osmose: Passagem de solvente (água) do meio de menor concentração (Hipotônico) para o meio de
maior concentração (Hipertônico). Exemplo: Uma célula mergulhada em água açucarada ,
murcharia
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Organização do Citoplasma
Funções:
Conduzir substâncias pelo citoplasma.
Produzir substâncias (síntese protéica)
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Mitocôndrias
Bolsas membranosas em forma de bastonetes
Possuem a capacidade de se autoduplicar (possuem RNA, DNA e Ribossomos)
Possuem uma membrana externa que possuem a proteina Porina formadora de poros.
Possui uma membrana interna impermeável a entrada de Íons (com carga) e moléculas
Na membrana interna possui a proteína ATPsintetase.
Função:
Respiração Celular
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Fenômeno pelo qual organismos clorofilados (algas e vegetais) produzem compostos orgânicos a
partir de material inorgânicos, utilizando a energia fornecida pela luz.
Onde Ocorre: Cloroplastos (Organelas plasmáticas vegetais chamadas plastos ou plastídeos de cor
verde). Nos Cloroplastos as moléculas inorgânicas de Gás carbônico (CO2), utilizando a energia
luminosa, se combinam com as moléculas inorgânicas da água (H2O), para produzir moléculas
orgânicas de Glicose (C6 H12 O6 ) e Oxigênio (O2).
Lamelas = Pregas na membrana interna do Cloroplasto, que servem de base e onde surgem discos
(semelhantes a moedas) superpostos, cada disco é chamados de Tilacóide.
Granum = Uma pilha de Tilacóides - Grana = Conjunto de várias pilhas (Plural de Granum).
Estroma = Substância gelatinosa rica em enzimas, hidratos de carbono e lipídios e que ocupa o
espaço interior do Cloroplasto.
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Fase Clara: Fosforilação Cíclica - Transferência da energia da luz (fótons) para formar ATP
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Fase Clara: Fosforilação Acíclica - Transferência da energia da luz (fótons) para formar
NADP.H2 e ATP.
Tambem há a fotólise da água com liberação de O2
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Fotossíntese bacteriana
Embora as bactérias não possuam clorofila nem cloroplastos, algumas possuem pigmentos
especiais denominados bacteriopurinas ou bacterioclorofilas, com as quais conseguem realizar
um tipo diferenciado de fotossintese.
Nessa fotossíntese não é consumida H2O e nem é eliminado O2.
Elas na presença da luz reagem o CO2 do ambiente com outro composto inorgânico, como por
exemplo sulfeto de hidrogenio (H2S), obtendo assim hidratos de carbono e liberando enxofre (S) no
lugar de oxigênio (O).
Exemplos:
Sulfobactérias => 6 CO2 + 12 H2S == Luz ==> C6 H12 O6 + 6 H2O + 12S (liberando enxofre).
Ferrobacterias => Usam sais ferrosos oxidando-os a hidróxido férrico.
Nitrobactérias => Nitrosas (nitrossomas) oxidam sais de amônia a ácido nitroso originando os
nitritos no solo.
Nitrobactérias => Nítricas (nitrobacter) oxidam nitritos a nitratos liberando energia.
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Respiração celular
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2a ETAPA: Ciclo de Krebs – ocorre nas mitocôndrias (8 reações na Matriz Mitocondrial dos
Eucariotos)
Precisa de O2.
Todos os Eucariotos fazem e Ganham 2 GTP - Guanosina Trifosfato
(Nesta fase somente as bactérias aeróbicas e plantas ganham 2 ATP).
Libera elétrons energizados e H que são capturados pelo NAD que é reduzido a NADH.H e pelo
FAD que é reduzido a FADH.H ( FAD = Flavina Adenina Dinucleotideo).
Líbera CO 2 (Todo o CO 2 desprendido na respiração celular surge no Ciclo de Krebs).
3a ETAPA: Cadeia respiratória - ocorre nas mitocôndrias (7 reações nas Cristas Mitocondriais –
membrana interna)
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RESUMO: Respiração aeróbica precisa de oxigênio e produz como saldo total 38 ATP
Fermentação Alcoólica:
Fermentação Láctica:
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Existe uma teoria que propõe que organelas que compõem as atuais células vivas tenham surgido
como conseqüência de uma associação simbiótica entre organismos. Esta teoria defende que os
cloroplastos e as mitocôndrias dos organismos eucariontes têm origem num procarionte
autotrófico que viveu em simbiose dentro de outro organismo unicelular, obtendo assim proteção e
fornecendo ao hospedeiro a energia fornecida pela fotossíntese.
A energia absorvida pelos organismos vai diminuindo gradualmente em cada níveis trófico.
Os produtores ocupam o primeiro nível trófico da cadeia alimentar.
Os decompositores ocupam o último nível trófico da cadeia alimentar, decompondo dejeitos
orgânicos em uréia e amônia, fornecendo assim material para as bactérias nitrificantes.
Estas, a partir destes produtos, liberam nitritos e nitratos para as plantas.
Além disso, liberam também o carbono presente na matéria orgânica em decomposição, logo,
os decompositores participam diretamente dos ciclos de nitrogênio e do carbono devolvendo-os
para o ambiente
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• Núcleo;
• Cromossomos.
• DNA e RNA
Divisão celular
• Mitose;
• Meiose.
Quadro do professor
1o Ano - 3o Mês - Conteúdo 10
Núcleo
O núcleo celular, descoberto em 1833 pelo pesquisador escocês Robert Brown, é uma estrutura
presente apenas em células eucariontes (gr. eu, 'verdadeiro'; karion, 'núcleo'; onthos, 'ser'), ou
seja, células portadoras de núcleo individualizado devido à presença de uma cariomembrana ou
carioteca que congrega o material nuclear separando-o do citoplasma.
Os organismos procariontes (gr. pro, 'anterior'; karion, 'núcleo'; onthos, 'ser') não possuem núcleo
individualizado, ou seja, o material nuclear encontra-se disperso no citoplasma.
O núcleo celular contém o DNA (ácido desoxiribonucleico) da célula delimitado pelo envoltório
nuclear (carioteca), e se comunica com o citoplasma através dos poros nucleares.
O núcleo possui duas funções básicas:
1 - regular as reações químicas que ocorrem dentro da célula, e
2 - armazenar as informações genéticas da célula.
Além do material genético, o núcleo também possui algumas proteínas com a função de regular a
expressão das características hereditárias (expressão gênica) e uma estrutura denominada nucléolo
que armazena matéria prima para a produção de pedaços dos ribossomos.
Os ribossomos são formados por proteínas e RNA (ácido ribonucleico) e desempenham papel
extraordinário na síntese de todas as proteínas agindo como local básico para que as partes que
formarão cada proteína se acoplem.
O interior do núcleo é composto por uma matriz colóide (gr. kolla, 'goma'; eidos, 'semelhante')
denominada de nucleoplasma.
Esta solução coloidal podem mostrar-se no estado sol (estado de maior fluidez) ou no estado gel
(consistência mais gelatinosa), conforme o grau de agregação dos componentes imersos nela.
Imersas no nucleoplasma estão bases nitrogenadas, enzimas e proteínas.
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Cromossomo
É uma estrutura nuclear que surge durante a divisão celular pela espiralização dos cromonemas que
encerram os elementos responsáveis pela transmissão dos caracteres hereditários. São compostos
por uma longa seqüência de DNA.
Nos cromossomos dos eucariontes, o DNA encontra-se numa forma semi-ordenada dentro do
núcleo celular, agregado a proteínas estruturais, chamadas histonas Os procariontes não possuem
histonas nem núcleo.
Na sua forma não-condensada, partes do DNA pode servir como modelo para a produção de
proteínas e também todo ele pode sofrer replicação (fazer uma cópia de si).
Cada cromossomo tem um centrômero (área de constrição formada por um minúsculo grão
denominado cinossomo) que durante a divisão celular, apresenta dois braços (que representam,
inicialmente, cópias idênticas) saindo do centrômero, as cromátides ou cromátides-irmãs.
Os cromossomos das bactérias podem ser circulares ou lineares. Algumas bactérias possuem
apenas um cromossomo, enquanto outras têm vários. O DNA bacteriano toma por vezes uma forma
linear sendo chamado de plasmídios.
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Figura : (1) Cadeia simples de DNA . (2) Filamento de cromatina ( DNA com histonas ). (3)
Cromatina condensada com centrômeros . (4) Cromatina duplicada e mais condensada (5)
Cromossomo
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Constituem os genes que contem todas as instruções para a síntese das proteínas, ordenadas de
forma específica para cada ser vivo, logo, controlam a produção das enzimas (que são proteínas) e
o metabolismo geral, ou seja, comandam todo o funcionamento das células e do organismo.
Constituídos de centenas a milhões de nucleotídeos (polinucleotideos em cadeia).
Possuem dois tipos DNA e RNA de acordo com a sua ribose (pentose/açúcar).
O DNA possui a desoxirribose e o RNA possui a ribose.
O DNA ao se replicar mantém a mesma sequencia de toda a codificação genética para a síntese das
proteínas, transferindo essas informações para a nova célula que será formada.
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possui as seguintes bases nitrogenadas: Adenina, Uracila (no lugar da Timina do DNA), Citosina e
Guanina
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Divisão Celular
Existem dois tipos de divisão celular:
1 - A mitose que forma células com o mesmo número de cromossomos e as mesmas informações
genéticas da célula-mãe (células diplóides = 2N), ou seja, uma célula diplóide se divide gerando
duas células diplóides identicas.
2 - A meiose que reduz esse número a metade (células haplóides = n), ou seja, uma célula diplóide
se divide gerando quatro células haplóides.
Nesta fase o DNA está disposto em Cromonemas gr. Khroma , cor ; Nema , Filamento (filamento
não condensado). Posteriormente, durante a divisão celular esses filamentos se condensam
(engrossando e encurtando) e passam a se chamar Cromátides gr. Khroma , cor ; Thyde ,
diminutivo. Duas cromátides compõem um cromossomo, ou seja, as cromátides são cada uma,
metades dos cromossomos.
Divisão celular
Mitose:
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Ao final da mitose cada célula (2n) forma 2 células identicas (2n) após passar por uma divisão
equacional (cada célula origina duas com igual número de cromossomos).
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Divisão I ou Meiose I
Prófase I (subdividida em 5 partes)
1 - Leptóteno (gr Lepto , fino; Taina , filamentos)
espiralização dos fios finos dos cromonemas
separação dos centrossomos (duplicados na Interfase) e
f ormação dos centrômeros dos cromossomos.
Citocinese (gr. Kytos , célula; Kineim , movimento) Separação das células filhas .
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Ao final da meiose cada célula germinativa inicial (2n) forma 4 células gaméticas (n) após passar
por duas divisões celulares, a primeira reducional (redução pela metade do número de pares de
cromossomos) e a segunda equacional (cada célula origina duas com igual número de
cromossomos).
(Nos humanos uma célula germinativa (2n) gera 4 óvulos (n) nas femeas ou 4 espermatozóides (n)
nos machos).
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Histologia
• Tecido Epitelial
• Tecido Conjuntivo
• Tecido Muscular
• Tecido Nervoso
Reprodução e desenvolvimento
• Tipos
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Tecidos:
Tecido epitelial = células intimamente unidas com função de revestir a superfície externa
Epitélios de revestimento:
Epitélio glandular = Glândulas => células especializadas em fabricar e eliminar secreções
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Tecido muscular estriado esquelético = maior parte da musculatura . Liga-se aos ossos. Possui
estrias alternadas ao longo do seu comprimento.
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Tecido sanguíneo
Componentes Líquidos: Mais de 50% do sangue consiste em um líquido (plasma), que é composto
principalmente por água que contém sais dissolvidos e proteínas.
A principal proteína do plasma é a albumina .
As outras são anticorpos (imunoglobulinas) e proteínas que participam do processo da
coagulação .
O plasma também contém hormônios, eletrólitos, gorduras, açúcares, minerais e vitaminas .
O plasma faz muito mais que transportar as células sangüíneas. Ele provê um reservatório de água
para o organismo, impede o colapso e a obstrução dos vasos sangüíneos e ajuda a manter a pressão
arterial e a circulação através do organismo.
Os anticorpos são proteínas presentes no plasma que defendem ativamente o organismo contra
substâncias estranhas como vírus, bactérias, fungos e células cancerosas, assim como existem
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proteínas que participam do processo de coagulação, como por exemplo o fibrinogênio que ajudam
a controlar um sangramento.
Além de transportar hormônios e regular seus efeitos, o plasma resfria e aquece o sangue de
acordo com a necessidade.
I - Eritrócitos: (glóbulos vermelhos) são os mais numerosos dos três componentes celulares e,
normalmente, representam quase a metade do volume sangüíneo.
Essas células encontram-se repletas de hemoglobina, o que lhes permite transportar oxigênio a
partir dos pulmões e liberá-lo para todos os tecidos do organismo.
O oxigênio é consumido para prover energia às células, deixando o dióxido de carbono como um
produto metabólico, o qual os eritrócitos retiram dos tecidos e participam do seu transporte até os
pulmões.
II - Leucócitos : (glóbulos brancos) Sua quantidade é menor, em uma proporção de 1 leucócito para
cada 660 eritrócitos.
Existem cinco tipos principais de leucócitos que atuam em conjunto para prover os principais
mecanismos de combate contra infecções do organismo, incluindo a produção de anticorpos.
2- linfócitos: Os linfócitos são divididos em dois tipos principais: os linfócitos T , que auxiliam na
proteção contra as infecções virais e conseguem detectar e destruir algumas células cancerosas, e os
linfócitos B, que transformam-se em células produtoras de anticorpos (células plasmáticas ou
plasmócitos).
III- Trombócitos (plaquetas) - As plaquetas são partículas semelhantes à célula e menores do que
os eritrócitos e os leucócitos. Sendo parte do mecanismo protetor do sangue de interrupção do
sangramento, elas acumulam-se no local do sangramento, onde são ativadas.
Após serem ativadas, elas tornam-se pegajosas e aglomeram, formando um tampão que ajuda a
vedar o vaso sangüíneo e interromper o sangramento. Concomitantemente, elas liberam substâncias
que ajudam no processo de coagulação.
Os eritrócitos tendem a circular livremente no fluxo sangüíneo, mas isso não ocorre com os
leucócitos. Muitos deles aderem às paredes dos vasos sangüíneos ou inclusive penetram nas paredes
para entrar em outros tecidos. Quando os leucócitos atingem o local de uma infecção, eles liberam
substâncias que atraem mais leucócitos. Os leucócitos atuam como um exército.
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Sangue e Linfa:
Desenvolvimento das células sanguíneas:
As células-tronco dividem-se e seguem vias de desenvolvimento diferentes que resultam em
diferentes tipos de células sangüíneas e plaquetas . Neste diagrama, várias formas intermediárias
foram omitidas.
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Os linfócitos também são produzidos nos linfonodos , no baço e os linfócitos T são produzidos
e amadurecem no timo , que é uma pequena glândula localizada próximo do coração. O timo
somente encontra-se em atividade nas crianças e nos adultos jovens .
No interior da medula óssea , todas as células sangüíneas originam-se de um único tipo de célula,
que é denominada célula-tronco . Quando uma célula-tronco se divide , ela inicialmente torna-se
uma forma imatura de eritrócito, de leucócito ou de célula produtora de plaquetas
(megacariócito). A seguir, a célula imatura se divide, amadurece e, finalmente, torna-se um
eritrócito, um leucócito ou uma plaqueta.
A medula óssea produz e libera mais leucócitos (glóbulos brancos), em resposta a infecções, e
mais plaquetas, em resposta ao sangramentos.
Células hematopoiéticas primordiais são definidas como células que possuem a capacidade de se
auto-renovar e também são pluripotentes, ou seja, capazes de se diferenciar em várias linhagens ou
tipos celulares.
Na medula óssea, esta célula hematopoiética primordial , na presença de células do estroma,
matriz extracelular e sob a ação de diversos fatores de crescimento e citocinas, irá originar dois
grandes progenitores , que são o mielóide e o linfóide , os quais geram todas as células dos
sistema imune.
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Linfa
O sistema linfático é uma rede complexa de tecidos, capilares e vasos linfóides que produzem e
transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório. O sistema linfático é
um importante componente do sistema imune, pois colabora com glóbulos brancos para proteção
de bactérias e vírus invasores.
O sistema linfático possui três funções interrelacionadas:
1 - remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais,
2 - absorção dos ácidos graxos e transporte subseqüente da gordura para o sistema
circulatório e,
3 - produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos
conhecidas como plasmócitos).
O sistema linfático coleta a linfa por difusão pelos capilares linfáticos, e o retorna para dentro
do sistema circulatório.
Uma vez dentro do sistema linfático o fluido é chamado de linfa, e tem sempre a mesma
composição do que o fluido intersticial. Produzida pelo excesso de líquido que sai dos capilares
sanguíneos ao espaço intersticial ou intercelular, sendo recolhida pelos capilares linfáticos que
drenam aos vasos linfáticos mais grossos até convergir em condutos que se esvaziam nas veias
subclávias.
A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das
artérias próximas e do movimento das extremidades. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se
acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema.
Pode conter microorganismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço
são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios
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Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos através da força do coração, o
sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende
exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob
baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos
esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A contração rítmica das paredes dos vasos também
ajuda o fluido através dos capilares linfático.
Este fluido é então transportado progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se no
ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e no ducto torácico (para o
resto do corpo); estes ductos desembocam no sistema circulatório na veia subclaviana esquerda
e a direita, seguindo desta forma em direção ao abdome, onde será filtrada e eliminará as toxinas e
gases dissolvidos como por exemplo o gás carbônico.
Reprodução e desenvolvimento:
Reprodução: Capacidade de um organismo de reproduzir outros semelhantes a si mesmo
Tipos:
Sexuada = o novo individuo é gerado a partir da fusão de gametas de dois genitores
Assexuada = um único genitor dá origem a vários descendentes.
Tipos Assexuada:
Binária = própria divisão de uma célula em duas (bactérias, protozoários, algas e fungos
unicelulares)
Esporulação = uma célula que se liberta de um organismo multicelular e ao encontrar um ambiente
propício, germina.
(algas e fungos).
Brotamento = Formam-se brotos na superfície corporal que se desprendem e passam a ter vida
independente (algas e fungos).
Fragmentação = Fragmentos se destacam do corpo e reconstituem o que falta (algas, fungos,
platelmintos, anelídeos e equinodermos)
Partenogenese = O gameta feminino se desenvolve sem haver fecundação. (Abelhas => Machos
haplóides por partenogenese e fêmeas por fecundação)
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Gametogênese: As Células Germinativas dos seres humanos dão origem aos gametas
As Células Germinativas são diplóides (2n):
Espermatogônias => formam os Espermatozóides (Machos => Testículos)
Ovogônias => formam os Óvulos (Fêmeas => Ovários)
Meiose:
Na 1 a divisão da meiose o Espermatócito primário origina 2 células filhas iguais (2n):
Espermatócito secundário (2n)
Na 2 a divisão da meiose cada Espermatócito secundário origina 2 células filhas (n):
Espermátide (n)
Em um dado momento dessas mitoses: Ovogônia pára de se dividir e começa a crescer = Ovócito
primário (I)
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Meiose: inicia-se a meiose que para na primeira divisão (na prófase I) e OS OVOCITOS
PRIMÁRIOS ENTRAM EM LATENCIA ATE A PUBERDADE.
Ao sair da latência, a 1 a divisão da meiose é concluída e o Ovócito primário origina 2 células
filhas muito diferentes entre si (2n): 2 Ovócito secundário (2n).
Um fica com quase todo o citoplasma e vitelo e um outro praticamente fica sem citoplasma que
se degenera, sendo chamado glóbulo polar I ou primeiro corpúsculo polar.
O ovócito secundário é recoberto por uma membrana = Zona Pelúcida .
Na 2a divisão da meiose cada Ovócito secundário origina 2 células filhas (n): Ovócito (n).
Um retém a maior porção de citoplasma e o outro praticamente sem citoplasma se degenera.
(glóbulo polar II ou segundo corpúsculo polar).
Cada Ovócito secundário (Ovócito ou glóbulo polar II) pode ser constituído apenas por :
22 cromossomos autossomos e um cromossomo X
Tipos de Fecundação:
Externa = Fora do corpo da fêmea, no ambiente externo.
Interna = No interior do corpo da fêmea.
Fecundação Interna:
Espermatozóides (gameta masculino) são atraídos para a zona pelúcida do ovócito secundário
(gameta feminino)
Após a penetração a cauda se degenera e forma-se uma barreira : Membrana de fecundação.
O núcleo do espermatozóide cresce e torna-se o pronúcleo masculino.
O núcleo do óvulo (pronúcleo feminino) funde-se a ele formando o núcleo de fecundação.
Blástula = Fase onde começa a surgir dentro da mórula uma cavidade cheia de líquidos chamada de
Blastocela.
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Ectoderma dorsal do embrião se dobra e invagina-se formando o tubo nervoso, e dentro dele a
notocorda (cordão semi rígido de células).
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Classificação biológicas
• Categorias taxionômicas;
• Reinos;
• Vírus, bactérias, protistas e fungos.
Quadro do professor
Categorias taxonômicas:
A designação é uninôminal para gêneros, binôminal para espécies , e trinôminal para o caso de
haver subespécies
Exemplos: Ema => gênero: Rhea , espécie : Rhea americana ; subespécie : Rhea americana alba.
Logo existem diferentes tipos de ema.
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Arvore filogenética
Diagrama que representa as relações de parentesco evolutivo entre os grupos de seres vivos
(Táxons).
Abaixo:
Táxon monofilético é aquele que inclui todos os descendentes de um único ancestral comum
(DEF ou ABC),
Táxon parafilético é aquele que inclui alguns mas não todos descendentes de um ancestral
comum (AB ou AC).
Táxon polifilético é aquele que contém membros com mais de um ancestral (BCD).
Reinos
Segundo a classificação de Whittaker
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Vírus: Não são incluídos em nenhum reino porque não apresentam células.
São constituídos por moléculas de DNA ou RNA e se reproduzem em células hospedeiras. São
parasitas intracelulares.
Reprodução viral:
Multiplicação do material genético (RNA ou DNA) e Síntese das proteínas do Capsídeo
São incapazes sozinhos de realizar esses 2 processos celulares = > Parasitas intracelulares.
Os vírus são altamente específicos em relação a célula hospedeira.
Agindo como qualquer outro parasita, são como estes, responsáveis pela maioria das endemias,
pandemias e epidemias que aflingem a humanidade.
Endemia = (gr. en, 'dentro' ; demos, 'povo'). Doenças habitualmente comum entre pessoas de
uma região. cuja a ocorrência geralmente se prende a fatores locais. São endemicas por exemplo: A
malária na Amazônia, doença de Chagas no Brasil central e a esquistossomose no nordeste
brasileiro.
Epidemia = (gr. epi, 'sobre' ; demos, 'povo'). Doenças contagiosas que atinge um grande número
de pessoas numa mesma época, alarmantemente, onde sua incidência é habitualmente pequena ou
nula. São epidemias por exemplo: O sarampo e a Poliomielite.
Pandemia = (gr. pan, 'todo' ; demos, 'povo'). Doenças contagiosas de caráter epidemico que se
propaga rapidamente atingindo um grande número de pessoas de todo um continente ou do mundo,
de forma alarmante. Pandemia por exemplo: A AIDS.
Exemplos de vírus:
Bacteriófagos: Aderem a parede celular de uma bactéria hospedeira, perfurando-a e injetando o seu
DNA. O capsideo (cauda e cabeça) ficam do lado de fora. O DNA se multiplica em seu interior e a
bactéria também sintetiza as proteínas do capsídeo. As outras atividades dos genes bacteriano é
inibida pela atividade viral. Formam-se novos vírus. A parede bacteriana se rompe liberando novos
vírus.
Vírus da gripe: O envelope adere a parede celular da célula hospedeira. Penetra inteiro, fundindo o
envelope com a membrana. O capsideo é digerido por enzimas celulares. O RNA viral se multiplica
e orienta a síntese das proteínas do capsídeo. As outras atividades dos genes da célula é reduzida
pela atividade viral. Formam-se novos vírus que são expelidos. Ao saírem levam fragmentos da
membrana celular formando o envelope.
Vírus HIV: Possui Envelope, Capsideo que contem a enzima Transcriptase Reversa e Duas
moléculas idênticas de RNA (a enzima transcriptase reversa produz DNA a partir de RNA, ao
contrario do que ocorre na célula que produz RNA a partir de DNA). O envelope adere a parede
celular da célula hospedeira. Penetra inteiro, fundindo o envelope com a membrana. O capsideo é
digerido por enzimas celulares liberando o RNA viral e a Transcriptase reversa. A transcriptase
reversa produz DNA a partir do RNA viral. Esse DNA penetra no núcleo da célula e começa a
produzir RNA viral e proteínas do capsideo. As outras atividades dos genes da célula é reduzida
pela atividade viral. Formam-se novos vírus que são expelidos. Ao saírem levam fragmentos da
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membrana celular formando o envelope. O HIV ataca os linfócitos T auxiliadores (CD4) que
comandam a defesa orgânica contra infecções.
Reino Monera:
(gr. moneres, 'único','primitivo')
Bactérias
(gr. bake, 'pequeno bastão';therion, 'animal')
Célula procariótica, Possui parede celular e membrana plasmática, Citoplasma com ribossomos
(síntese de Proteínas).
Cromossomo circular (molécula de DNA). Podem apresentar flagelos (que giram a 15.000 RPM).
Autotróficas: Cianobactérias (Antigas algas azuis) fazem fotossíntese como algas e plantas.
(CO2 + H2O)
Sulfurosas fazem a síntese a partir do gás carbônico e sulfidrico (CO2 + H2S)
Transformação bacteriana: Nesse caso, uma bactéria "engloba" um segmento de DNA de outra já
morta e em vias de desintegração no meio ambiente.
As menores bactérias conhecidas estão representadas pelos micoplasmas. São conhecidos pela
sigla PPLO (pleuro-pneumonia like organisms) pelo fato de que o primeiro espécime desse grupo
foi descoberto como causador de uma pneumopatia em ratos e aves. Menores do que muitos vírus,
mas, têm a capacidade de crescer e acabam ultrapassando as minúsculas dimensões virais. São as
menores células conhecidas. São heterótrofos e capazes de realizar o parasitismo intracelular.
Reino Protista:
(gr. protos, 'primitivo' + sufixo ista, 'participante do grupo')
São seres unicelulares com características mistas de vegetais e animais
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Algas unicelulares
Protozoários
As algas unicelulares do reino protista são divididas em 3 filos: (conforme tabela abaixo)
(Já as outras algas que apresentam formas multicelulares pertencem ao reino plantae conforme
tabela abaixo)
2 - Sexuada:
Alternância de Gerações (Haplóides e Diplóides)
Individuo adulto diplóide (esporofito) por meiose origina células haplóides (esporos).
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Importância:
Fitoplancton = Algas microscópicas que sustenta as cadeias alimentares dos mares e lagos.
Efetuam 90% da fotossíntese do planeta.
4 Filos
Sarcodina:
As amebas estão constantemente alterando sua forma em função da emissão de Pseudópodos
(pseudo = falso + podo = pé), empregados na locomoção e na captura de alimentos (movimento
amebóide). Este movimento também é verificado em células de outros organismos, tais como os
glóbulos brancos.
Alimentam-se de pequenos protozoários e algas microscópicas, e de protoplasma morto.
Ao perceberem a presença de alimento se deslocam em direção a ele, englobando-o com os
pseudopodes (fagocitose).
As células dos protozoários de água doce são hipertônicas em relação ao meio ambiente externo.
Nesse caso, ocorre entrada de água na célula por osmose .
Esse fator poderia provocar o rompimento da célula, não fosse a presença de organelas
citoplasmáticas denominadas vacúolos contráteis ou pulsáteis que, de tempos em tempos,
eliminam o excesso.
Nos protozoários de água salgada , geralmente não há vacúolos pulsáteis , pois a concentração do
meio externo é semelhante à do citoplasma das células.
Algumas amebas são responsáveis por doenças gastrointestinais como a Amebíase (transmitido
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Mastigophora:
A sua locomoção ocorre por meio de um ou mais flagelos, compridos e com forma de chicote.
Ajudam na captura de alimento e na recepção de estímulos ambientais.
São seres unicelulares, heterotróficos , ainda que alguns apresentem cloroplastos com
pigmentos, que lhes permite a síntese do seu próprio alimento.
As células têm, geralmente, forma oval, alongada ou esférica, apresentando um único tipo de núcleo
e encontram-se envoltas por uma película rígida.
Alguns flagelados são responsáveis por doenças como a doença do sono (Trypanossoma brucei –
transmitido pela mosca tse-tse), a doença de Chagas ( Trypanossoma cruzi – transmitido pelo
Triatoma; barbeiro) a Giardiase , causada pela espécie (Giárdia lamblia – transmitido por comida
ou água contaminadas) ou a Leishmaniose (Leishmania donovani – transmitido pela picada da
fêmea do mosquito Lutzomyia e Phlebotomus que se infecta picando um cão, uma raposa ou um ser
humano previamente infectado).
Reprodução assexuada: Divisão binária
Ciliophora:
Possuem 2 núcleos: Macronúcleo (poliplóide) - possui o material genético na forma de pequenas
cadeias de DNA, algumas com vários milhares de cópias e aparentemente tem a sua função
principal na síntese protéica.
Micronúcleos (Diplóides) - possuem cromossomas que atuam na reprodução (fissão binária), na
conjugação e na formação e regeneração do macronúcleo.
Os que realizam a fagocitose possuem normalmente um poro na sua membrana por onde entram
as partículas de alimento – o citostoma com a ajuda de cílios modificados. Em algumas formas,
como a paramécia a “boca” encontra-se no fundo de um sulco oral. Descarregam a parte não
absorvida num outro poro da célula chamado citoprocto .
Reprodução assexuada: Divisão binária
Sporozoa:
Não apresentam flagelos nem pseudópodes, a não ser em certos gametas. São geralmente
identificados com os esporozoários. Muitas espécies causam doenças como a malária causada pelo
plasmódium que é introduzido no homem por meio de esporozoitos através da picada do mosquito
do gênero anopheles.
Reprodução assexuada : Divisão binária e esporogonia
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Protozoários patogênicos
Reino Fungi:
Unicelulares ou multicelulares - Eucarióticos e heterotróficos.
Características:
Hifas = A maioria dos fungos são formados por filamentos microscópicos e ramificados.
Micélio = O conjunto de hifas de um fungo
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As hifas podem ser segmentadas com 1 ou 2 núcleos ou sem divisão (massa citoplasmática). A
parede das hifas é constituída de quitina (substancia presente no reino animal – citoesqueletos de
artrópodes; crustáceos, insetos, etc.). O crescimento das hifas ocorre apenas nas extremidades.
Nas regiões mais antigas o conteúdo citoplasmático pode ate desaparecer fluindo para as
extremidades (deixando uma galeria quitinosa) e crescendo indefinidamente enquanto houver
condições ambientais favoraveis.
Nutrição heterotrófica. A maioria é saprofágicos (gr sapros, podre - se alimentam de cadáveres de
animais e plantas). Liberam enzimas digestivas sobre o material orgânico e as hifas absorvem o
produto.
Seu material nutritivo de reserva é o glicogênio (hidrato de carbono típico dos animais). Não
acumulam amido , como o fazem as plantas (característica observada apenas em animais).
Corpos de frutificação = Forma corporal que é formada durante a reprodução sexuada. (formas de
cogumelos, orelhas de pau e etc.).
Reprodução:
1- Assexuadamente :
Fragmentação
Brotamento (levedo de cerveja Saccharomyces cerevisae )
2- Sexuadamente:
Basídios - Cogumelos: Algumas hifas (n) se unem (basídios) e os dois núcleos se fundem (2n). Por
meiose forma-se 4 esporos haplóides (n) - Basidiósporos. Ao ser liberado do chapéu (píleo) do
cogumelo (lamelas), se caírem em local adequado, germinam originando novos micélios.
Ascomycete - ( Ascos idem aos Cogumelos ): Algumas hifas (n) se unem e os dois núcleos se
fundem (2n). Reproduzem-se por esporos (ascósporos) formados em ascos - (hifas especiais,
alongadas, cada uma formando oito esporos).
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cerevisae ) ou
filamentosos
Basidiomycota Formam estruturas reprodutivas em forma de filamentosos Basidiocarpo
(gr. Basis , base e cogumelos (basidiósporos) e dentro deles (cogumelo).
myketos , fungos). esporos. Envolve os
basidiósporos
Deuteromycota Fungos imperfeitos pois reúne espécies sem filamentosos Ausente
(gr. Deuteros, processos de reprodução conhecidos.
secundário e Ex: Trichophyton – micose dos pés.
myketos , fungos). Cândida albicans sapinho
Importância:
Agentes decompositores (reciclagem de nutrientes)
Alimentação (mais de 200 tipos de cogumelos)
Preparação de alimentos (pão = Saccharomyces cerevisae – forma o gás carbônico) , (queijos =
Penicillium roquefortii , Penicillium camembertii)
Preparação de bebidas (cerveja = Saccharomyces cerevisae – fermenta e forma álcool), (cachaça,
vinho, saque, uísque, cerveja)
Produção de antibióticos Penicillium (ascomicetos)
Micorrizas: Associação mutualista entre o fungo e a planta hospedeira (beneficio para ambas)
Fungo = recebe das raízes, acucares e aminoácidos.
Planta = Absorve melhor os sais minerais escassos no solo.
Liquens: Associação mutualista entre o fungo e alga hospedeira ou cianobacterias (beneficio para
ambas).
Fungo = recebe das algas, açucares e aminoácidos (fotossíntese - algas, clorofiladas e autótrofas).
Alga e cianobactérias = Recebem mais água retirada dos substratos pelos fungos (locais sobre os
quais se desenvolvem), contribuindo assim para a hidratação das células.
Permite que ambos vivam em locais onde cada um separadamente não sobreviveriam.
Se reproduzem por fragmentos especiais contendo hifas dos fungos e células das algas (gonídia)
em associação chamados Sorédios. Os sorédios são transportados pelos ventos
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Reino Planta
• Classificação
• Morfologia;
• Fisiologia
Quadro do professor
Reino Plantae
Características gerais:
Reúne as plantas ou vegetais
São eucarióticos multicelulares
Fazem nutrição autotrófica por meio da fotossíntese
Formam embriões que recebem alimento direto da planta mãe.
Algas:
A ficologia (phykos,'alga'; logos,'estudo') estuda as algas.
Esses vegetais não apresentam vasos condutores de seiva (o transporte de substâncias é feito por
difusão) e o seu corpo é formado por um talo.
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As clorofíceas formam o grupo mais numeroso e diversificado de algas. A maior parte das sete mil
espécies vive na água doce e apenas um décimo delas são marinhas. Há espécies que vivem no solo
úmido e em troncos de árvores, isoladamente ou associadas mutualisticamente com certos fungos
formando os liquens, como também com algumas espécies de esponjas e celenterados. Existem
diversas espécies coloniais, com tamanhos expressivos e organização relativamente complexa. As
colônias de Volvox , com 500 ou até mesmo 60 mil indivíduos, assumem a forma de uma esfera oca,
com uma única camada de células biflageladas. Com o batimento coordenado dos flagelos, o Volvox
consegue rodopiar.As algas verdes marinhas mais populares são as pluricelulares e membranosas,
com milhares de células firmemente unidas e estruturadas, assumindo a aparência de folhas. Assim
é a Ulva , muito comum nas praias brasileiras, onde é conhecida como alface-da-praia . Tanto ela,
como a clorofícea Monostroma , são muito apreciadas no Japão, onde recebem o nome de aonore .
Nas Filipinas, a alga preferida é a Caulerpa . Algumas, inclusive, possuem propriedades medicinais.
É o caso da Podium , empregada como vermífugo. As clorofíceas marinhas são consideradas as
maiores produtoras de oxigênio, por serem numerosas e pelo tipo de metabolismo que faz com que
a fotossíntese seja mais ativa que a respiração. Por esta razão, são muito intensas as pesquisas sobre
o uso de algas verdes a bordo de estações e naves espaciais para reciclar o ar interno e fornecer
alimento para a tripulação. A mais estudada para esse fim são as algas do gênero Chlorella .
Essa divisão é constituída por cerca de 1500 espécies, todas pluricelulares e quase exclusivamente
marinhas, vivendo presas a substratos. Habitam preferencialmente as águas frias do Hemisfério
Norte. Mas os maiores indivíduos são encontradas na região tropical. A presença maciça de um
pigmento carotenóide, a fucoxantina , confere um tonalidade marrom-escura ou verde-oliva,
considerada parda por muitos. Daí o nome popular desse grupo de algas. As feofíceas apresentam
uma organização semelhante às das plantas superiores, sugerindo, a um olhar mais superficial, a
presença de raízes, caule e folhas. Entretanto, não existem tecidos diferenciados e todas as células
são praticamente iguais entre si, excetuando as células reprodutivas . A simplicidade estrutural
não significa, necessariamente, dimensões reduzidas. Ao contrário, entre as feofíceas estão as
maiores algas do mundo. A espécies Macrocystis pyrifera pode chegar a cem metros de
comprimento . As maiores feofíceas brasileiras são as espécies do gênero Laminaria , comuns no
litoral do Espírito Santo, que atingem quatro metros . Os sargaços são feofíceas capazes de
flutuação por possuírem vesículas de ar distribuídas pelo corpo. Nos Estados Unidos, os sargaços
são usados como fertilizantes, por serem ricos em nitratos, fosfatos, potássio e iodo, e na produção
de ração animal. As algas Macrocystis e Laminaria formam os kelp , agrupamentos de algas de
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grande porte, muito comuns em regiões de águas frias. O ácido algínico ou algina , extraído das
feofíceas, tem um amplo emprego na indústria alimentícia. Essa gelatina é produzida pelas algas
que vivem na região costeira, como um meio de proteção contra o ressecamento durante a maré
baixa. No oriente, algumas feofíceas são consumidas cruas na alimentação, recebendo nomes
culinários próprios para cada tipo de alga. A Laminaria é conhecida como kumbu , e a Uridaria
recebe o nome de wakame .
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Na maturidade:
Musgo masculino desenvolve anterídeos que forma os gametas masculinos – anterozóides .
Musgo feminino desenvolve arquegônios que forma um gameta feminino – oosfera .
A água (chuva ou orvalho) facilita a fecundação , levando os anterozóides até a oosfera. (são
dependentes de água no ambiente).
A fecundação forma um zigoto diplóide (2n) – esporófito.
O esporófito (2n) amadurece e forma uma cápsula.
Dentro dela as células passam por meiose e produzem esporos haplóides (n)
Os esporos libertam-se da cápsula e são levados pelo vento
Ao caírem em local adequado germinam , gerando um novo gametófito (n) .
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Na maturidade:
A planta adulta (esporofito - 2n) desenvolve soros (na face inferior das folhas)
No interior dos soros ficam os esporângios que produzem (meiose) esporos haplóides (n) .
O esporo ao caír em local adequado germina , originando o protalo, uma planta haplóide (n).
O protalo (uma pequena planta haplóide) é hermafrodita
Produz estruturas reprodutivas masculinas, anterideos, e feminina, arquegônios.
Nos Anterideos formam os anterozóides e os arquegônios forma uma oosfera.
A água (chuva ou orvalho) facilita a fecundação. Anterozóides nadam até a oosfera. (são
dependentes de água no ambiente)
A fecundação forma um zigoto diplóide (2n) – esporófito (planta adulta).
O esporófito (2n) amadurece e produz esporos haplóides (n) no interior dos seus soros
Evolução
As pteridófitas se originaram no Devoniano (há 400 milhões de anos, antecedendo ao carbonífero).
Provavelmente evoluíram a partir de algas clorofíceas com talos complexos e alternância de
gerações. Foram as primeiras plantas terrestres a apresentarem vasos condutores de seiva e
estômatos. Para resolver o problema de sustentação em terra firme, cada célula desenvolveu um
preenchimento com lignina em sua parede celular que lhe possibilitou maior resistência.
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Estróbilos femininos
(folhas especializadas que formam o óvulo – corresponde as flores )
Formam-se megasporangios que originam em seu interior os megasporos (esporos haplóides)
O Megasporo é muito maior que o esporo masculino (razão do nome).
Megasporo se divide varias vezes por mitose e forma um gametófito feminino chamado
Megaprotalo
O conjunto do gametófito feminino mais o tegumento que o envolve chama-se óvulo
No interior do gametófito uma ou duas células se diferencia em oosfera
Estróbilos masculinos
(folhas especializadas que formam o grão de pólen – corresponde as flores )
Formam-se microsporangios que originam em seu interior os microsporos (esporos haplóides)
o microsporo se divide varias vezes por mitose e forma junto com o tegumento o grão de pólen
Polinização e fecundação
Os grãos de pólen são liberados dos estróbilos masculinos e carregados pelo vento
A chegada do grão de pólen ao lado do óvulo dentro do estróbilo feminino = polinização
O grão de pólen desenvolve um prolongamento = o tubo polínico
O tubo cresce e penetra no óvulo ate encontrar a oosfera
Nesse processo o grão de pólen se divide em duas células = 2 células espermáticas
Uma das células espermáticas fecunda (se funde) a oosfera = zigoto diplóide
A outra célula espermática degenera-se.
O zigoto forma o embrião que cresce e os tecidos ao seu redor armazenam nutrientes =
endosperma primário
O envoltório do óvulo espessa-se e produzem uma casca envolvendo o embrião e o endosperma.
Esse envoltório = semente
O embrião pára o seu desenvolvimento (com primórdios de raiz, caule e folhas)
Germinação
Retomada do desenvolvimento do embrião ao encontrar condições adequadas
Durante a germinação o embrião se nutre das substancias armazenadas no endosperma
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Gineceu
A parte feminina da flor
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Megasporangio:
Cada óvulo é revestido por tegumento
Possui um megasporo haplóide
Ocorrem 3 mitoses que gera a oosfera e mais outras 7 células haplóides (saco embrionário)
Androceu
A parte masculina da flor
Polinização e fecundação
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No estigma:
O grão de pólen desenvolve um prolongamento = o tubo polínico
O tubo cresce em direção ao ovário e penetra no óvulo ate encontrar a oosfera
Nesse processo o grão de pólen se divide em duas células = 2 células espermáticas
Uma das células espermáticas fecunda (se funde) a oosfera = zigoto diplóide
A outra célula espermática se funde com dois núcleos polares do saco embrionário
(funde apenas 2 das 7 células haplóides, as outras 5 degeneram-se).
Originando uma célula triplóide (3n) que formará por mitose o endosperma secundário (3n), que
é o tecido que absorve e armazena nutrientes.
Classes de angiospermas:
Monocotiledôneas
semente com 1 cotilédone e endosperma bem desenvolvido
bambu; cana-de-açúcar; grama; milho; arroz; cebola; gengibre; coco; palmeiras
Dicotiledôneas
semente com 2 cotilédone e endosperma pouco desenvolvido
eucalipto; abacate; morango; maçã; pera; feijão; ervilha; mamona; jacarandá; batata.
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Tecidos vegetais:
1 - Meristemas formados por células indiferenciadas e podem originar qualquer tecido.
O meristema pode ser: primário (apical) ou secundário (lateral).
Tecidos de sustentação:
1 - Colênquima: presente nas partes jovens da planta. Localiza-se abaixo da epiderme, sendo
formado por células vivas, resistentes e com grande flexibilidade.
2 - Esclerênquima: formado por células mortas, com paredes expessas constituídas por celulose e
lignina (substância rígida e impermeável).
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Tecidos secretores
Exemplos:
1 - Nectário: Formado por células que produzem o néctar que atrai os polinizadores.
2 - Laticíferos: Formado por células que produzem o látex
3 - Pêlos glandulares: Formado por células que fabricam um líquido cáustico.
Raiz
Dividida em:
1 - Zona de alongamento
2 - Zona pilífera (pelos absorventes de água e sais minerais)
Tipos de raiz:
1 - Pivotante (uma raiz principal de onde saem as secundárias)
2 - Fasciculada (todas saem da mesma região, sem uma raiz principal)
Especializações:
1 - Raízes respiratórias ou pneumatóforos (plantas de mangue - Avicennia tomentosa). Ficam
fora da água na maré baixa e fazem troca gasosa com o ar.
2 - Raízes suporte ou Raízes escoras. Aumentam a base de sustentação e fixação das plantas.
3 - Raízes sugadoras. Especializadas em extrair alimentos das plantas hospedeiras (raiz aérea de
epífitas do tipo orquídeas).
4 - Raízes tuberosas. Armazenamento de reservas alimentares em forma de grãos de amido (batata
doce, beterraba, nabo, cenoura, mandioca).
Caules
Crescem verticalmente e dão sustentação as folhas. Apresentam gemas ou botões vegetativos.
(meristemas que se multiplicam ativamente por mitose originando novos ramos)
1 - Gema apical (no ápice para o crescimento em extensão).
2 - Gemas axilares (laterais, em geral em latência, para produzir ramos laterais)
Tipos :
1 - troncos = árvores
2 - Estipes = palmeiras
3 - Colmos = bambus, cana de açúcar
4 - Trepadores = jasmim (cresce apoiado em suportes)
5 - Estolões ou estolhos = sobre o chão (gramas, morangueiro).
6 - Rizomas = subterrâneos e paralelos ao solo (gengibre, batata inglesa)
7 - Bulbos = Cebola
Folhas :
Órgão laminar com células ricas em clorofila adaptadas para a fotossíntese.
Partes:
1 - Limbo = superfície da parte laminar
2 - Pecíolo = pedúnculo que liga o limbo ao caule
3 - Bainha = expansão da base da folha
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Flor
Frutos
Estrutura proveniente do ovário que contendo uma ou mais sementes (óvulos fecundados).
Pericarpo = proveniente da parede do ovário possui 3 partes:
1 - Epicarpo = camada mais externa
2 - Mesocarpo = camada intermediaria
3 - Endocarpo = camada mais interna (parte carnosa e comestível)
Pseudofrutos
Estrutura carnosa e comestível proveniente de outras partes da flor que não o ovário. Com função
de acumular nutrientes. Exemplos:
Maçã (desenvolvimento do receptáculo forma a parte suculenta) o fruto é a parte mais central.
Caju a parte suculenta e originada do pedúnculo e o fruto e a parte dura (castanha de caju)
Morango a parte suculenta e originada pelas bases de vários ovários. Os frutos são os pontos pretos.
Abacaxi a parte suculenta e originada do conjunto de vários receptáculos florais de varias flores.
Estômatos:
A epiderme, na face inferior das folhas, apresenta aberturas que controlam a entrada e a saída de
gases e a perda de água pela evaporação. Formada por 2 células (células guarda - forma de feijão)
com um espaço entre si = estiolo ou ostiolo
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Teoria da Coesão-Tensão
As moléculas de água se mantém unidas nos finíssimos vasos xilemáticos devido as forças de
coesão, formando uma coluna de moléculas de água. A medida que as folhas perdem água por
transpiração a coluna sobe (da raiz ate as folhas). As células das folhas absorvem a seiva bruta dos
vasos xilemáticos gerando uma força de sucção (ensão que puxa a água dentro dos vasos).
A elevação de água nos vasos xilemáticos máxima é calculada em 160 m de altura
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Quando o solo está bem suprido de água, os estômatos se abrem ao amanhecer e bem antes do por-
do-sol, já se acham parcialmente fechados.
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O fechamento do estômato ocorre porque as células-guarda perdem água para as vizinhas, numa
condição oposta a da abertura.
Ao perderem água por transpiração , as células das folhas reduzem os valores do seu potencial
de água. Essa redução de potencial hídrico (y) cria uma pressão negativa ou tensão, que se
propaga ao longo da coluna do xilema. As células foliares retiram água do xilema do caule, esse
retira das raízes que retiram do solo. Forma-se uma coluna líquida da raiz ate a folha, que ascende
puxada de cima para baixo. Uma sucção causada pela transpiração.
Hormônios vegetais
O crescimento e desenvolvimento das plantas são controlados por hormônios (Fitormônios)
1 - Auxina:
Produzida pelo meristema apical do caule e transportadas pelo parênquima até as raízes.
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Promovem o crescimento das raízes e caules. (alongando as células recém formadas nos
meristemas).
Porem o excesso de auxina inibe o crescimento. Responsável por diversos fenômenos:
Fototropismo :
Fototropismo Positivo - Capacidade dos vegetais em crescerem voltados para a luz (caule).
Fototropismo Negativo - Capacidade dos vegetais em crescerem em sentido contrario a luz (raiz)
No caule: Quando uma planta é exposta à luz as auxinas migram para o outro lado (lado não
exposto), estimulando o crescimento do lado menos exposto a luz. (Caule curva-se para o lado da
luz).
Na raiz: Quando uma planta é exposta à luz as auxinas migram para o outro lado (lado não
exposto), inibindo o crescimento do lado menos exposto a luz. (raiz curva-se para o lado oposto à
luz).
Geotropismo ou Gravitropismo:
Capacidade de vegetais crescerem no sentido da força da gravidade. A concentração das auxinas
aumenta no lado voltado para a gravidade (na ponta da raiz). A raiz se aprofunda no solo.
Dominância apical:
As auxinas produzidas na gema apical inibem o crescimento das gemas laterais mais próximas. A
planta se ramifica nas regiões mais distantes da gema apical (Poda = Eliminação do ápice do caule
desenvolve rapidamente as gemas laterais).
2 - Giberelina:
Produzida nas raízes e brotos de folhas. Atuam na germinação das sementes (não atuam no
crescimento).
A água nas sementes ( embebição ) libera giberelina contida no embrião que sai da dormência,
iniciando o desenvolvimento.
3 - Citocininas:
Produzidas pelas raizes estimulam a divisão celular. Atuam em associação com as auxinas
(alongamento).
Também retardam o envelhecimento
4 - Acido abscissico: Produzido nas folhas, coifa e caule. Inibe o crescimento das plantas. Possui
alta concentração em sementes (dormência) e frutos (a água retira o excesso de acido abscissico
cessando a dormência). Interrompe o crescimento da planta no inverno e em condições
adversas (pouca água).
5 - Etileno:
Substância gasosa produzida por toda as partes da planta. Difunde-se entre os espaços
intercelulares. Amadurece os frutos.
Promove a queda das folhas no outono (para redução da atividade da planta durante o inverno,
retomando-as na primavera).
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Resumo:
Fotoperiodismo
O desenvolvimento e floração das plantas está relacionado com a duração do dia
Plantas de dia curto = Florescem no fim do verão, outono e inverno (período de escuro maior =
Noite longa).
(Basta um lampejo de luz a noite para interromper a floração. A planta interpreta como se fosse
um dia longo = noite curta).
Exemplo: Crisântemo
Plantas de dia longo = Florescem no fim da primavera e verão (período de escuro menor = Noite
curta).
(Basta um lampejo de luz a noite para ocorrer a floração. A planta interpreta como se fosse um dia
longo = noite curta).
Exemplo: Íris
Fitocromos
A capacidade da planta de responder ao fotoperiodo está relacionada a uma proteína = Fitocromo
Presente no citoplasma das células dos vegetais em duas formas:
Fitocromo R = Fitocromo vermelho (Red) = FORMA INATIVA (onda na faixa de 660 nm)
Fitocromo R = inibe a floração
Fitocromo F = Fitocromo vermelho longo (Far red) = FORMA ATIVA (onda na faixa de 730 nm)
Fitocromo F = induz a floração
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a luz solar apresenta os dois tipos de ondas (vermelho – 660 nm e vermelho longo 730 nm)
Estações do ano onde as noites são longas (dia curto), fim do verão, outono e inverno, apenas
florescem as plantas de dia curto. As plantas de dia longo (noite curta) não florescem.
Estações do ano onde as noites são curtas (dia longo), fim da primavera e verão, apenas
florescem as plantas de dia longo. As plantas de dia curto (noite longa) não florescem
Mas basta um lampejo de luz para interromper a Mas basta um lampejo de luz para ocorrer a floração.
floração. A planta interpreta como se fosse um dia A planta interpreta como se fosse um dia longo (noite
longo (noite curta). curta).
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Invertebrados
• Poríferos;
• Cnidários;
• Platelmintos.
• Nematódeos
• Anelídeos
• Moluscos
Quadro do professor
Acelomados Platelmintos
Pseudocelomados Nematódeos
Triblásticos
Anelídeos
Moluscos
Artrópodes
Equinodermas
Cordados
Celomados
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Sistema digestivo completo: Duas aberturas (boca e anus) ligando o aparelho digestivo ao meio
externo.
Protostômios: Primeiro surge a boca a partir do blastoporo ligando-a ao meio externo.
Deuterostômios: Primeiro surge o anus a partir do blastoporo ligando-o ao meio externo (Apenas
equinodermos e cordados).
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Poríferos
Filo porifera - O nome do filo porífera (latim porus , poro, orifício + ferre , transportador) está
relacionado com o grande número de poros presentes no organismo (Esponjas).
Esses poros comunicam o meio externo com uma cavidade das esponjas , chamada átrio.
As esponjas, durante a vida embrionária só apresentam dois folhetos germinativos, endoderma e
ectoderma. (diploblásticas).
O átrio é revestido internamente por coanócitos. São células que possuem um flagelo circundado,
em sua base, por um "colarinho" constituído por algumas dezenas de filamentos retráteis. O
batimento desses flagelos é responsável pelo movimento contínuo da água pelo corpo das
esponjas, também são responsáveis pela captação dos alimentos.
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Devido a esse padrão alimentar, as esponjas são organismos filtradores. Uma esponja com 10
centímetros de altura filtra 100 litros de água por dia.
As trocas gasosas (O2 e CO2 ) acontecem por difusão simples, assim como a eliminação de
resíduos metabólicos.
Reprodução
Entre as esponjas, ocorrem reprodução assexual e reprodução sexual .
A reprodução assexual
Ocorre através do brotamento. Os brotos crescem ligados ao corpo, podendo se soltar e formar um
novo organismo.
Algumas espécies de esponjas de água doce formam brotos internos resistentes, chamados gêmulas.
(possibilitam a sobrevivência da esponja em condições adversas).
As gêmulas (brotos internos) se formam a partir de células amebóides do mesênquima. Formadas
por tecidos pouco diferenciados, as esponjas têm um elevado poder de regeneração
A reprodução sexual
Depende da formação de gametas a partir de diferenciação de células presentes no mesênquima.
Há espécies hermafroditas e espécies com sexos separados.
A corrente de água leva os espermatozóides ao encontro dos óvulos, e a fecundação (fusão dos
gametas masculino e feminino) ocorre no mesênquima.
O desenvolvimento embrionário é indireto , pois há passagem por uma fase larvária , chamada
anfiblástula.
A anfiblástula nada para fora da esponja mãe, se fixa e se desenvolve.
Classes
Calcarea - esponjas calcáreas com muitas espículas compactas de carbonato de cálcio
Hexactinellida - poucas espículas de sílica.
Demospongiae - "esqueleto" de fibras de espongina com ou sem espículas de sílica.
Sclerospongiae - "esqueleto" de fibras de espongina com espículas de sílica.
Cnidários (Cnidaria)
Cnidários, antigamente chamados celenterados, são animais que apresentam organização tissular
na qual há especialização de células e grupos de células.
Cnidário vem do grego knide , urtiga.
Celenterados, etimologicamente, significa dotado de cavidade intestinal (ou digestiva) foram,
filogeneticamente, os primeiros animais que desenvolveram um tubo digestivo.
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Um dos Cnidários mais conhecidos é a água-viva ( Aurelia aurita ), responsável por numerosos
casos de queimaduras em banhistas. Seu corpo contém mais de 95% de água, o que explica o seu
nome.
A vespa marinha ( Chironex fleckeri ), é um exemplo de celenterado venenoso. É encontrada no
mar, na costa da Oceania e o contato da pele com esse animal pode matar um homem adulto em
menos de 3 minutos.
Pólipo : séssil, forma cilíndrica, base presa a substrato; boca superior, rodeada por tentáculos;
vivem isolados ou formando grandes colônias (brotamento), unidos uns aos outros por seu
exoesqueleto (corais).
Medusa : livre-natante, forma semelhante a "guarda-chuva" . A boca fica voltada para baixo e pode
estar circulada por longos tentáculos onde se concentram numerosos cnidoblastos
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Cnidoblastos: são células típicas desse filo, que “disparam e injetam” um líquido urticante e de
efeito paralisante nos animais (funções de captura e defesa).
Pólipos e medusas apresentam a mesma estrutura interna , com as duas camadas de células
(epiderme e gastroderme ) e a mesogléia entre elas. Os celenterados são carnívoros e se
alimentam de pequenos crustáceos, larvas de insetos, moluscos e de pequenos peixes. Depois de
sofrer digestão extracelular e intracelular , o alimento é distribuído por difusão para todas as
outras células do corpo.
Sistema nervoso rudimentar, formado por células que se interligam formando uma rede nervosa.
Essa rede está localizada logo abaixo da epiderme. O sistema nervoso é chamado difuso ou
reticular e reagem adequadamente aos estímulos ambientais (predadores, presas).
ESTRUTURA
Ectoderme (folheto germinativo que formará a epiderme)
Endoderme (folheto germinativo que formará a gastroderme)
Mesogléia (camada gelatinosa localizada entre as duas anteriores).
Ectoderme:
É composta pelos seguintes tipos de células:
Célula epitélio muscular - são as células mais numerosas, dispostas densamente na epiderme,
formando conjunto a superfície externa do corpo.
Célula intersticial - são pequenas células encaixadas entre as células do epitélio muscular. Tem
capacidade totipotente , isto é origina qualquer outro tipo de célula.
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Célula nervosa - são células estreitas não diferenciadas em axônio e dentritos, que se encontram na
base de ectoderme formando conjunto, uma rede junto a mesogléia.
Cnidoblasto - chamadas também de células urticantes, características de cnidários. São altamente
especializadas, concentrando-se principalmente nos tentáculos. Reúnem-se em grupos de até 40,
constituindo verdadeiras baterias de cnidoblastos.
Tem a forma de um cálice; na ponta mais larga da célula, existe uma diferenciação citoplasmática
extremamente complexa, o nematocito ou cápsula urticante, dotada de duas membranas que
possui no pólo externo uma espécie de tampo ou opérculo, e o vacúolo formado pela cápsula é
preenchido principalmente por uma substância caustica de natureza protéica, a actíno-congestina.
Mesogléia
É uma camada de aspecto gelatinoso constituído principalmente por água. Não possui células
próprias. as células encontradas são elementos ectodérmicos deslocando para a endoderme e
vice-versa .
Outras células comportam-se como células glandulares , ocorrem em maior número em torno da
boca e do disco basal onde secretam enzimas digestivas que eliminadas na cavidade
gastrovascular, vão agir sobre o alimento retido, fragmentando-o em pequenas porções.
RESPIRAÇÃO - as trocas gasosas dão-se através da superfície geral do organismo. Não há órgãos
respiratórios.
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Nas espécies que apresentam apenas a forma de pólipo, esse se reproduz sexuadamente
originando novos pólipos.
Classe Hydrozoa Nessa classe, a forma de pólipo é nitidamente predominante. Os mais conhecidos
são a Hydra sp. , a Obelia sp. e a Physalia pelagica. Essa última, conhecida comumente por
"caravela portuguesa", é flutuante mas formada por uma grande colônia de pólipos.
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Caravela: Flutua na superfície da água, graças a uma bexiga colorida, cheia de gases. Arrasta na
parte inferior, tentáculos de até 30 cm de comprimento. Possui centenas de células secretoras de
veneno.
Hidra - Pequenos hidrozoário de água doce que medem de 0,25 a 2,5 cm de comprimento.
Possuem o corpo cilíndrico e oco, em uma das extremidades deste, está localizado o pé e na outra a
boca, rodeada de tentáculos. Este tipo de animal recebe o nome de pólipo simples .
São notáveis por sua capacidade de regeneração. Se uma hidra for cortada em vários pedaços, cada
um deles se transforma em um indivíduo completo.
No terço inferior da hidra se eleva um divertículo da parede que compreende as duas camadas
celulares. Este broto cresce , e próximo de sua extremidade aparece os tentáculos, dispostos em
círculos, por evaginações dos tecidos.
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Classe Scyphozoa
Nessa classe, a forma duradoura é a medusa. São exemplos conhecidos a Aurelia aurita (a "água-
viva"), a vespa marinha e a Haliclystus sp. , que, embora seja uma medusa, permanece fixa a um
substrato por meio de um pedúnculo
Classe Anthozoa
Somente existem na forma de pólipos
Coral é o nome comum de certas colônias de pólipos marinhos caracterizadas por possuírem um
esqueleto córneo ou de carbonato de cálcio. Os corais podem crescer em águas profundas, mas os
que formam os recifes vivem somente em águas quentes e rasas.
Anêmona-do-mar, nome comum de vários pólipos marinhos semelhantes a flores que possuem
o corpo cilíndrico. Muitas espécies são coloridas e fixam-se às rochas por um dos extremos do
corpo, no outro possuem a boca, que é rodeada de tentáculos providos de nematocistos. Algumas
podem ser parasitas de medusas.
Platelmintos (Platyhelminthes)
Os platelmintos (gr. platys, achatado + helminthes, verme) possuem o corpo achatado dorso-
ventralmente.
Possuem simetria bilateral, triblásticos, acelomados, sistema nervoso centralizado, sistema
digestivo incompleto, sistema excretor e gônadas permanentes .
Os platelmintos marinhos de vida livre, exibem cores vistosas, são carnívoros e saprófagos ;
(vivem também em locais protegidos, embaixo de pedras e seixos, em fendas e entre algas).
Classe Turbellaria
Os Turbelária são de vida livre, o corpo achatado dorso-ventralmente, ovalado ou alongado com
projeções cefálicas; usualmente têm boca em posição ventral e não possuem ventosas. A epiderme é
ciliada e rica em glândulas mucosas.
Um dos mais conhecidos platelmintos é a planária (Dugesia tigrina). As planárias são encontradas
com facilidade em locais de água limpa, sob folhas ou pedras. Medem cerca de 1 a 2 centímetros de
comprimento, e a sua largura oscila entre 2 e 5 milímetros. Apresentam simetria bilateral, e têm
uma extremidade anterior e outra posterior. A face voltada para baixo é a face ventral , e a face
voltada para cima, face dorsal . Na face ventral, está a boca , orifício de entrada de alimentos e
de saída de dejetos da digestão .
Simetria Bilateral
Classe Trematoda
São todos parasitas e usualmente possuem uma ventosa ao redor da boca e uma ou mais na
superfície ventral. Os Trematoda , são achatados dorso-ventralmente, com o corpo ovalado ou
arredondado. Revestido por uma cutícula (sem epiderme ou cílios) e com uma ou mais ventosas
para fixação.
Ordem Digenea: São endoparasitas que necessitam de 2 ou 3 hospedeiros para completar o seu
ciclo vital (digenéticos). As larvas geralmente ocorrem em invertebrados. São providos de uma
ventosa oral e uma ventral. Possui 11.000 espécies de endoparasitas de todos vertebrados.
Fasciola hepatica - é um trematodo (Digenea) que possui o corpo em forma de folha, atingindo
quando adulto, cerca de 3 cm de comprimento. Parasita o fígado e canais biliares de ovinos,
caprinos, bovinos e suínos; podendo ocasionalmente ocorrer no homem. O parasita é encontrado em
pastos com áreas pantanosas, onde os hospedeiros intermediários ocorrem (caramujos do gênero
Lymnea). O homem se infesta ao ingerir água ou verduras cruas contaminadas (agrião por exemplo)
.
Schistosoma mansoni – É um Digenea de sexo separado e nítido dimorfismo sexual. O macho é
largo e longo , cerca de 1 cm de comprimento . Largo na porção mediana, afilando-se nas
extremidades. A fêmea é fina e bem mais longa que o macho, cerca de 1,5 cm de comprimento e
sua cutícula é lisa. O corpo do macho possui duas porções distintas, uma anterior onde estão as duas
ventosas, oral e ventral e outra posterior que forma ventralmente uma dobra, denominada de canal
ginecóforo , onde a fêmea se aloja. Esse canal é importante na cópula, pois o macho não possui
órgão copulador . O esperma é derramado no canal atingindo assim o orifício genital da fêmea. A
cutícula que reveste o corpo do macho é provida de pequenos espinhos que favorecem a locomoção
no interior das veias, mesmo contra a corrente sangüínea. Atacam o homem causando
esquistossomose ou barriga d'água.
Classe Monogenea
São ectoparasitas (1.100 espécies) que habitam apenas um hospedeiro (monogenéticos),
geralmente peixes, anfíbios ou répteis. Na extremidade superior do corpo possuem um aparelho
adesivo, constituído por ventosas e ganchos quitinosos .
Ex. Gyrodactylis sp - vive na nadadeira, pele e brânquias de peixes, podendo causar a morte de
muitos deles.
Classe Cestoidea
Os Cestoideas, (3.400 espécies), têm o corpo despigmentado, sem epiderme ou cílios, mas
revestido por uma cutícula. A região anterior possui estruturas de fixação: escolex, ventosas ou
ganchos. Seu ciclo vital inclui um ou mais hospedeiros intermediários (invertebrados e/ou
vertebrados). A importância ecológica está relacionada à associação parasitária. A presença de
formas imaturas de cestóides em pescados constitui um fator depreciativo , comprometendo a
comercialização do produto.
Taenia solium - ocorre no porco e no homem, medindo normalmente de 2 até 8 metros de
comprimentos quando madura; seu corpo é constituído por 3 porções :
ESCÓLEX OU CABEÇA
ZONA BROTAMENTO, COLO ou PESCOÇO
ESTRÓBILO, TRONCO ou CORPO.
ESCÓLEX OU CABEÇA
Porção anterior destinada a fixar a tênia na superfície da parede intestinal. É globosa com cerca de
1mm de diâmetro , apresentando 4 ventosas e um rostro ou rostelo com uma coroa de ganchos
quitinosos , para fixação no hospedeiro.
Resumo das características gerais – Os platelmintos são enterozoários incompletos e o seu tubo
digestivo possui apenas um orifício . Durante o desenvolvimento embrionário dos platelmintos, as
células que surgem por mitoses consecutivas do zigoto formam três camadas , os folhetos
germinativos (são triblásticos ). O folheto mais externo, o ectoderma , origina a epiderme , tecido
de revestimento e que secreta um muco que mantém o corpo úmido. O folheto mais interno,
endoderma forma o revestimento interno do sistema digestivo . O folheto intermediário, ou
mesoderma , origina a massa muscular do corpo desses animais. O mesoderma origina uma
musculatura que inclui dois tipos de fibras: as fibras longitudinais e as fibras transversais . A
contração desses dois tipos de fibras pode fazer o corpo do animal se encurtar ou se alongar, o que
permite o seu deslocamento. O mesoderma também forma o mesênquima , massa esponjosa
formada por células indiferenciadas e com capacidade de se transformar em outras células do
corpo. A presença do mesênquima explica o grande poder de regeneração desses animais. Se uma
planária for dividida transversalmente em 3 partes, todos os fragmentos irão formar uma planária
inteira e quanto mais anterior for esse fragmento, mais rapidamente a regeneração se processa. Os
platelmintos possuem simetria bilateral. O intestino é incompleto e muitos deles são bastante
ramificados . Essas ramificações facilitam a distribuição dos alimentos entre as células do corpo,
dentro das quais a digestão se encerra. A digestão é extra e intracelular . No revestimento interno
do intestino , há células secretoras que produzem enzimas digestivas . As trocas gasosas
ocorrem por difusão , pela superfície corporal . Como o corpo é achatado, a entrada do O2 e a
saída do CO2 ocorrem com facilidade e rapidamente. Os resíduos metabólicos, como a amônia, é
eliminada por difusão , pela superfície corporal. Todo o corpo é percorrido por um sistema de
finos canalículos que possuem, em uma extremidade, um orifício que se abre no exterior, e na outra
extremidade células chamadas solenócitos ou células-flama (estrutura de excreção). O
batimento contínuo dos cílios estabelece um fluxo permanente de água para fora do corpo , o
que é útil na regulação osmótica e auxilia na eliminação de resíduos metabólicos . Nos
platelmintos, as células nervosas se agrupam, formando dois cordões nervosos ventrais. Essa
posição do sistema nervoso é uma característica comum a todos os invertebrados. Os cordões
nervosos se comunicam por meio de fibras transversais, e o sistema nervoso assume o aspecto de
uma escada. Na região anterior, estão dois grandes gânglios cerebróides , regiões de maior
condensação de células nervosas. Outros gânglios são encontrados ao longo dos cordões nervosos.
Esse tipo de sistema nervoso é chamado ganglionar . A tendência evolutiva de se agrupar células
Nematódeos
São triblásticos, protostômios, pseudocelomados (cavidade só parcialmente revestida pela
mesoderme). Seu corpo cilíndrico, alongado, exibe simetria bilateral. Possuem sistema digestivo
completo, Sistema excretor composto por dois canais longitudinais no formato da letra H
(renetes); Sistemas circulatório e respiratório ausentes. Sistema nervoso parcialmente
centralizado , com anel nervoso ao redor da faringe. Os nematódeos são considerados o grupo de
metazoários mais abundante na biosfera (estimativa de constituírem até 80% de todos os
metazoários).Muitos são de vida livre no solo e na água e outros são parasitas em animais ou
plantas. Ecologicamente são muito bem-sucedidos, sendo tal fato demonstrado pela alta diversidade
de espécies. (20.000 espécies já foram descritas, de um número estimado em mais de 1 milhão).
Exemplos de parasitas:
Ascaris lumbricoides – Ascaridíase no homem
Ancylostoma duodenale – Amarelão no homem
Necator americanus – Amarelão no homem
Wuchereria bancrofti – Elefantíase no homem
Syngamus trachea – Infecção respiratória de galinhas
Heterodera schachtii - Infecção de raízes, formando as "galhas". A formação de uma galha envolve
o aumento da quantidade de células (hiperplasia) e do seu tamanho (hipertrofia); o verme fica
alojado em espaços resultantes da ruptura de células, alimentando-se de células que ele induz a se
transformarem em fonte de alimentação para ele.
Os nematódeos de vida livre são pequenos, menores do que 2,5mm de comprimento, o corpo é
cilíndrico, delgado e alongado. O corpo é essencialmente um tubo dentro de outro tubo. O tubo
externo é a parede corpórea , constituída, externamente, por uma cutícula complexa e,
internamente, por uma camada de músculos longitudinais . O tubo interno é o trato digestivo.
Entre o tubo externo (parede corpórea) e o tubo interno (tubo digestivo) há uma cavidade
corpórea, pseudoceloma, preenchido por líquido, na qual os órgãos reprodutores são encontrados,
também funciona como um esqueleto hidrostático..
Organização Estrutural
Algumas espécies são microscópicas , e outras chegam a mais de um metro de comprimento.
Destacam-se dos demais filos por serem pseudocelomados. Esta cavidade é preenchida por
líquido que funciona como um “esqueleto hidrostático ”, além de favorecer a distribuição de
nutrientes e recolher excretas.
Características gerais:
São características exclusivas : a ausência de células ciliadas e os espermatozóides amebóides,
sem flagelo , deslocando-se por pseudópodos . A ocorrência de tubo digestivo completo (boca e
ânus) pela primeira vez na escala zoológica . Trata-se de enterozoários completos .
Todas as espécies são dióicas (fecundação interna), ocorrendo em algumas dimorfismo sexual . A
maioria é de vida livre, habitantes de solo úmido, areia, de águas estagnadas e até do mar. Entre os
parasitas, além daqueles que têm o homem como seu hospedeiro, há espécies que infestam outros
animais ou plantas (raízes, frutos).
A epiderme é sincicial , ou seja, formada por uma massa celular multinucleada e produz uma
cutícula depositada externamente a ela. A cutícula é acelular, lisa, resistente e oferece proteção
para o animal . Na superfície do corpo, não se encontram cílios . Seus músculos são
exclusivamente longitudinais , dispostos no sentido do comprimento do corpo. Isso faz com que a
sua capacidade de locomoção seja mais limitada que a dos platelmintos. Na boca , podem ser
encontradas placas cortantes semelhantes a dentes . Com elas, podem perfurar os tecidos de
outros seres vivos
O alimento é completamente digerido pelas enzimas que atuam sobre ele no interior do tubo
digestivo, e quando os nutrientes são absorvidos, as células os recebem prontos para o uso. A
digestão é exclusivamente extracelular . Muitos nematelmintos de vida livre são carnívoros. Os
parasitas intestinais recebem o alimento já parcialmente digerido pelo hospedeiro. Os
nematelmintos são avasculares (não possuem sistema circulatório). Não possuem órgãos
respiratórios. As trocas gasosas acontecem na superfície corporal, por difusão . Os nematelmintos
de vida livre são aeróbicos e obtêm o oxigênio no meio onde vivem. Os nematelmintos parasitas
são geralmente anaeróbicos e fazem fermentação . (não requerem O2 e a maioria não elimina
CO2, pois realizam a fermentação láctica, que não libera esse gás). Os resíduos metabólicos são
removidos a partir do líquido que ocupa o pseudoceloma , por meio de dois tubos longitudinais
ligados por um tubo menor transversal. A distribuição desses tubos, no corpo, dá a eles o nome de
tubos em "H". Os dois ramos longitudinais do sistema se abrem em orifícios próximos da boca. O
sistema nervoso dos nematelmintos é ganglionar e ventral . Há um anel nervoso que circula a
boca, e de onde partem os cordões nervosos . Ao longo desses cordões, há protuberâncias com
regiões de maior agrupamento de células nervosas. São os gânglios nervosos
Reprodução
Todos os nematelmintos têm sexos separados e são dióicos com dimorfismo sexual . Há
diferenças quanto ao tamanho ou quanto à forma , entre os machos e as fêmeas. Na cópula, os
machos depositam os seus espermatozóides no poro genital das fêmeas . Os machos não possuem
poro genital e a saída dos espermatozóides ocorre pelo ânus. A fecundação acontece dentro do
corpo da fêmea (fecundação interna). Depois de fecundado, o zigoto se desenvolve dentro de um
ovo com a casca resistente. Muitas espécies eliminam os ovos fecundados para o ambiente , onde
as primeiras divisões se processam e o ovo se torna embrionado .
No caso do Ascaris lumbricoides, a pessoa ingere ovos embrionados. Dentro do tubo digestivo do
homem, o ovo eclode e libera a larva, que penetra através da parede do tubo digestivo. O
desenvolvimento é indireto, com passagem por diferentes estágios larvais. A larva que sai do ovo se
chama larva rabditóide. Depois de sofrer uma ou algumas substituições da sua cutícula,
transforma-se em larva filarióide e, posteriormente, no adulto. Dentre os nematelmintos parasitas,
em algumas espécies a forma infestante (a que penetra no corpo do hospedeiro) é a larva
rabditóide; em outras, é a larva filarióide .
Anelideos (Annelida)
Vulgarmente chamam-se anelídeos aos vermes segmentados - com o corpo formado por "anéis" -
do filo Annelida (latim annelus , anel) como a minhoca e a sanguessuga . Existem mais de 15.000
espécies destes animais em praticamente todos os ecossistemas , terrestres , marinhos e de água
doce . Encontram-se anelídeos com tamanhos desde menos de um milímetro até mais de 3 metros .
Os oligoquetas (gr. Oligos , poucas; chaite , cerdas) são dotados de poucas e pequenas cerdas,
quase imperceptíveis na face ventral do corpo. A maioria são terrestres como a minhoca
Os poliquetas (gr. Polys , poucas; chaite , cerdas) são dotados de muitas cerdas nos parápodes (ou
"falsos pés"). A maioria são marinhas
Oligoquetas
oligoquetas têm o corpo coberto por muco e cerdas. O muco facilita o movimento ao diminuir o
atrito, ao mesmo tempo que ajuda à formação de galerias por fixação do solo. O clitelo , anel
esbranquiçado que indica a maturação sexual e é formado pela produção exagerada de muco. As
cerdas dos oligoquetas aquáticos são maiores e auxiliam a natação.
O corpo dos oligoquetas é segmentado e encontra-se dividido em: prostômio , peristômio e pigídio .
A boca é ventral e está presente no peristômio, enquanto que o ânus está localizado no pigídio.
O sistema digestivo é composto pela boca, faringe eversível (probóscide), esôfago, papo (onde se
acumulam os alimentos), moela (onde se dá a trituração), intestino e ânus.
O sistema circulatório é fechado e constituído por vasos laterais rodeados por células musculares
que funcionam como corações laterais (ou arcos aórticos). O sangue apresenta coloração vermelha
devido a presença da hemoglobina . Dependendo da espécie, os oligoquestas têm 2 a 3 pares de
corações aórticos.
As trocas gasosas com o meio são feitas a partir da epiderme que necessita estar úmida pela ação
do muco para permitir a respiração.
O sistema nervoso é ganglionar e não comporta sistema sensorial. Por isso, os oligoquestas não
têm antenas, olhos ou tentáculos. No entanto, há células receptoras que conseguem detectar a luz ou
ausência dela.
Os oligoquetas têm enorme importância econômica para o Homem. Graças ao seu modo de vida
subterrâneo, são agentes essenciais na regeneração e manutenção de solos, bem como indicadores
importantes da qualidade e poluição dos solos. Do ponto de vista econômico são produtores ativos
de húmus, que pode servir como fertilizante, e podem servir como base de rações animais (aves e
peixes) ou isca para pesca.
Polychaeta
Polychaeta é uma classe de anelídeo que inclui cerca de 8.000 espécies de vermes aquáticos. A
grande maioria das espécies é típica de ambiente marinho, mas algumas formas ocupam ambientes
de água doce ou salobra. Muitas espécies de poliquetas são coloridas e algumas são mesmo
iridiscentes. Os poliquetas distribuem-se na coluna de água desde a zona intertidal até
profundidades de 5.000 metros. No conjunto, os poliquetas medem 5 a 10 cm de comprimento em
média, mas há espécies com apenas 2 milímetros e outras que atingem 3 metros.
O sistema digestivo dos poliquetas é bastante variável, de acordo com os diferentes tipos de
alimentação observados pelo grupo.
A respiração faz-se sobretudo por trocas gasosas directamente através da pele, que tem extensões
que servem a função de brânquias.
O sistema excretor é igualmente variável de acordo com a espécie, podendo ser constiuido por um
único par de tubos excretores ou um par por segmento.
Os poliquetas são animais dióicos e a reprodução é geralmente sexuada . Na maioria das espécies
a fertilização é externa e ocorre na água, dando origem a larvas de vida livre. Em alguns casos
observa-se fertilização interna ou a deposição dos ovos fixos a objetos através de muco. A
libertação de óvulos e esperma dos poliquetas faz-se de noite e está correlacionada com as fases da
lua .
segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de músculos longitudinais. Estas
características são parcialmente comuns aos nematódos e os artrópodes, por isso, eles foram durante
algum tempo colocados no mesmo grupo sistemático. Nas minhocas (oligochaeta), os músculos são
reforçados por lamelas de colageno; as sanguessugas (hirundinea) têm uma camada dupla de
músculos, sendo os exteriores circulares e os interiores longitudinais.
A maioria dos anelídeos possui, em cada segmento, um par de cerdas. Os polychaeta (Eunice viridis
- as minhocas marinhas) possuem ainda um par de apêndices denominados parápodes (ou "falsos
pés").
Na extremidade anterior do corpo, antes dos verdadeiros segmentos - a cabeça -, encontra-se o
protostomio onde se encontram os olhos e outros órgãos dos sentidos. Por baixo, encontra-se o
peristômio, onde está a boca.
A extremidade posterior do corpo é o pigídio, onde está localizado o ânus e os tecidos que dão
origem a novos segmentos durante o crescimento.
Muitos polychaeta possuem órgãos de sentidos bastante elaborados, mas as formas sésseis muitas
vezes apresentam tentáculos em forma de pluma , que eles utilizam para se alimentarem . Muitas
espécies têm fortes maxilas , por vezes mineralizadas com óxido de ferro .
Sistema digestivo completo (boca e anus). O tubo digestivo é bastante especializado, devido à
variedade das dietas, uma vez que muitas espécies são predadoras , outras detritívoras , outras
alimentam-se por filtração , outras ainda ingerem sedimentos , dos quais o intestino tem de separar a
parte nutritiva ; finalmente, as sanguessugas alimentam-se de sangue de outros animais, por sucção .
A respiração é feita por difusão ou cutânea nos anelídeos . Os poliquetas possuem respiração
branquial.
O sistema vascular é composto por um vaso sanguíneo dorsal que leva o "sangue" no sentido da "
cauda " e outro ventral, que o traz na direção oposta.
O sistema nervoso é formado por um cordão ventral, a partir do qual saem nervos laterais em
cada segmento .
A excreção é feita por nefrideos que retiram os metabólitos finais diretamente do celoma e do
sangue lançando-os para o exterior através de orifícios na parede corporal.
Reprodução
A forma de reprodução dos anelídeos varia de espécie para espécie, podendo ser tanto assexuada
(por esquizogênese – fragmentação do corpo com desenvolvimento de cada pedaço em um novo
indivíduo) como sexuada . Embora as minhocas sejam animais hermafroditas, são necessárias duas
minhocas para a reprodução. Elas unem seus clitelos (entre os 14º e 16º anéis) de forma a ficarem
os poros masculinos de uma encostados aos receptáculos seminais de outra, possibilitando, assim, a
fecundação dos óvulos pelos espermatozóides. A larva recebe o nome de trocófora
Classe Polychaeta
Classe Clitellata
Sub-classe Oligochaeta (minhocas)
Sub-classe Branchiobdellida
Sub-classe Hirudinea (sanguessugas)
Classe Myzostomida
Classe Archiannelida
Classe Echiura
Moluscos (Mollusca)
Os moluscos são animais triblásticos, celomados e protostômios. Apresentam o corpo mole (do
latim molluscum ,'animal de corpo mole') , não segmentado, e com simetria bilateral. A maioria é
portadora de concha calcária protetora, embora algumas espécies como as lesmas e os polvos, não a
possuam. Compreendem caramujos, caracóis, lesmas, búzios, ostras, mexilhões, mariscos, lulas,
polvos e outros animais menos conhecidos.
Os moluscos são o segundo maior grupo de animais em número de espécies, sendo suplantado
apenas pelos artrópodes.Apresentam uma disparidade morfológica sem comparação dentre os
demais filos de animais, reunindo os familiares caracóis (reptantes), ostras e mariscos (sésseis) e
lulas e polvos (livre-natantes), assim como formas pouco conhecidas, como os quítons, conchas
dente-de-elefante (Scaphopoda) e espécies vermiformes (Caudofoveata e Solenogastres). Ocorrem
das fossas abissais até as mais altas montanhas; das geleiras da Antártica até desertos tórridos.
Vários grupos de bivalves e gastrópodes saíram do mar e invadiram a água doce e, no caso dos
gastrópodes, o ambiente terrestre. Existem moluscos predadores (até mesmo de vertebrados),
herbívoros, ecto e endoparasitas, filtradores, comensais, sésseis, vágeis, pelágicos, neustônicos etc.
Em certos ambientes representam grande biomassa e podem ser importantes na reciclagem de
nutrientes.
Provas do contato do homem com os moluscos remontam a épocas pré-históricas. Conchas de
moluscos fazem parte de jazigos arqueológicos, incluindo, aqui no Brasil, os "sambaquis". Os
moluscos serviam de alimento e suas conchas eram utilizadas como ornamento e para a confecção
de utensílios de corte, abrasão etc. Há relatos de muitas culturas em que conchas eram usadas como
moedas ou mesmo ostentação de poder e sabedoria.
Os moluscos ainda são extremamente importantes na economia de muitos países, como fonte de
alimento rico em proteínas, sendo coletados diretamente da natureza ou mesmo cultivados. Em
muitos países, possibilitam até a existência de uma indústria de pérolas valiosas e de adornos de
madrepérola (Ostras do Sri Lanka – antigo Ceilão).
Apresentam interesse médico-sanitário, pois muitas espécies são vetores de doenças (Por exemplo:
Biomphalaria glabrata – esquistossomose).
Morfologia
A cabeça ocupa posição anterior, onde abre-se a boca, entrada do tubo digestivo. Muitas estruturas
sensoriais também localizam-se na cabeça, como os olhos. Sensores químicos também estão
presentes nos moluscos e permitem pressentir a aproximação de inimigos naturais, quando o
molusco rapidamente fecha sua concha, colocando-se protegido. O pé é a estrutura muscular mais
desenvolvida dos moluscos. Com ele, podem se deslocar, cavar, nadar ou capturar suas presas.
O restante dos órgãos está na massa visceral, nela, estão os sistemas digestivo, excretor, nervoso e
reprodutor. Ao redor da massa visceral, está o manto, responsável pela produção da concha, e entre
a massa visceral e o manto, há uma câmara chamada cavidade do manto. Nos moluscos aquáticos,
essa cavidade é ocupada pela água que banha as brânquias; nos terrestres, é cheia de ar e ricamente
vascularizada, funcionando como órgão de trocas gasosas, análoga a um pulmão.
Uma característica marcante da maioria dos moluscos é a presença da concha. Trata-se de uma
carapaça calcária, que garante boa proteção ao animal. Nas lesmas e nos polvos, ela está ausente;
nas lulas, é pequena e interna
Organização Básica
Os moluscos são enterozoários completos (boca e anus).
Muitos deles possuem uma estrutura raladora chamada rádula (uma espécie de língua denteada e
protrátil). Com ela, podem raspar pedaços de alimentos, fragmentando-os em pequenas porções. A
digestão dos alimentos se processa quase totalmente no interior do tubo digestivo (digestão
extracelular). Algumas macromoléculas só completam a sua fragmentação no interior das células de
revestimento do intestino (digestão extracelular).
A maioria dos moluscos apresentam sistema circulatório aberto ou lacunar, no qual o sangue é
impulsionado pelo coração, passa pelo interior de alguns vasos e depois alcança lacunas dispostas
entre os vários tecidos, nas quais circula lentamente, sob baixa pressão, deixando nutrientes e
oxigênio, e recolhendo gás carbônico e outros resíduos metabólicos.Essas lacunas são as hemoceles
. Os cefalópodos constituem uma exceção, pois têm sistema circulatório fechado. Na cavidade
celomática abrem-se os nefrídios , as estruturas excretoras. Pela abertura interna dos nefrídios (o
nefróstoma), penetram substâncias presentes no sangue e no líquido celomático. Em alguns
moluscos, como nos cefalópodos, os nefrídios encontram-se bastante agrupados, formando um
"rim" primitivo.
Em quase todos os moluscos, a membrana do manto é vascularizada e permite a ocorrência de
trocas gasosas entre o sangue e a água. Nos moluscos terrestres, a cavidade do manto é cheia de ar e
comporta-se como um pulmão. Trata-se, portanto, de uma forma particular de respiração pulmonar.
Nos moluscos aquáticos, existem lâminas ricamente irrigadas por vasos sangüíneos, no manto, e
que formam as brânquias desses animais. Portanto, entre os moluscos podemos encontrar
respiração pulmonar e respiração branquial .
O sistema nervoso dos moluscos é ganglionar , com três partes de gânglios nervosos de onde
partem nervos para as diversas partes do corpo. Os cefalópodos possuem um grande gânglio
cerebróide semelhante ao encéfalo dos vertebrados.
Reprodução
A reprodução dos moluscos é sexuada e, na maioria dos representantes do grupo, a fecundação é
interna e cruzada. Na cópula, dois indivíduos aproximam-se e encostam seus poros genitais, pelos
quais fecundam-se reciprocamente. Os ovos desenvolvem-se e, ao eclodirem, liberam novos
indivíduos sem a passagem por fase larval (desenvolvimento direto). Nas formas aquáticas, há
espécies monóicas e espécies dióicas (como o mexilhão). A forma mais comum de desenvolvimento
é o indireto. Os estágios larvais mais conhecidos dos moluscos são a véliger e a trocófora.
Muitos moluscos são consumidos na alimentação humana. Há espécies que medem alguns poucos
milímetros e outras que atingem dimensões monstruosas, como o calamar gigante das profundezas
abissais, que pode alcançar 15 metros de comprimento e pesar algumas toneladas.
Classe Amphineura
Os anfineuros abrangem moluscos pouco conhecidos, marinhos, encontrados no fundo do mar,
revelando o corpo mole e protegido por oito placas calcarias sobrepostas como telhas. Quando se
sentem em perigo, enroscam-se à semelhança do tatuzinho-de-quintal. São conhecidos como
quitons . Exemplo: Chiton magnificus .
Classe Scaphopoda
Cada escafópodo tem o corpo protegido por uma concha tubular, recurvada como um grande
canino, medindo cerca de 6 cm de comprimento e aberta nas duas extremidades. O animal possui
um pequeno pé cônico, com o qual se movimenta ou se fixa as pedras. Também apresenta alguns
finos tentáculos, que rodeiam a boca. Os escafópodos vivem freqüentemente enterrados na areia das
águas rasas, mas podem também ser encontrados em profundidades de até 4.500 metros.
Classe Gastropoda
Aqui se enquadram numerosas espécies de moluscos muito conhecidos. O corpo possui nitidamente
cabeça, pé e massa visceral. O pé é achatado em forma de palmilha e cobre toda a porção ventral da
massa visceral, dai o nome da classe (do grego gaster , 'ventre', e pous, podos , 'pés').
Os gastrópodos revelam como principais características:
Pé achatado em forma de palmilha recobrindo o ventre
Cabeça com dois pares de tentáculos , o primeiro olfativo e o segundo dotado de olhos .
Boca portadora de rádula , uma espécie de língua denteada e protrátil, que serve para "raspar" os
alimentos como uma lima. Alias, a rádula é encontrada em quase todos os moluscos, com exceção
apenas dos pelecípodos.
A massa visceral é recoberta por um tecido de revestimento chamado manto ou pálio , formado de
células ciliadas com glândulas, de cuja secreção resulta o material calcário que forma a concha.
Concha univalva , (uma única peça) geralmente enrolada em espiral, provida de uma cavidade
ampla e helicoidal (exceção: a lesma não possui concha).
Cavidade do manto (ou palial), espaço entre o manto e a concha, onde se abrem os orifícios finais
dos sistemas digestivo, excretor e reprodutor e que funciona como brânquia nas espécies aquáticas,
e como pulmão rudimentar nas espécies terrestre.
Muitas espécies são hermafroditas de fecundação cruzada. A larva é chamada véliger .
Classe Pelecypoda
Engloba as ostras, mexilhões e mariscos . Todos portadores de concha bivalva . A cabeça é pouco
desenvolvida e o pé tem forma de lâmina de machado, o que explica o nome de classe (do grego
pelekys , 'machado', e pous, podos , 'pés').
As brânquias desses moluscos desempenham dupla função: retiram o oxigênio dissolvido na água
(como qualquer brânquia) e filtram partículas alimentares e algas verdes microscópicas, que são
conduzidas à boca em seguida. Por essa razão, os pelecípodos são considerados 'animais
filtradores". Como suas brânquias são formadas de numerosas lâminas paralelas, há quem os chame
de lamelibrânquios . Também são referidos como bivalvos ou acéfalos em muitos livros. Possuem
junto ao pé glândulas bissogênicas, que segregam o bisso , uma espécie de visgo com o qual se
prendem as rochas.
Classe Cephalopoda
Os cefalópodes não possuem concha , a não ser o Nautilus (uma espécie rara) e a fêmea do
Argonauta (outra espécie também em extinção). A característica principal dessa classe, contudo, é a
presença de pés transformados em tentáculos ligados diretamente à cabeça, explicando-se
assim a origem do nome (do grego cephale ,'cabeça', e pous, podos , 'pés').
As lulas e calamares possuem um rudimento de concha interna - a pena, siba ou gládio -, de
natureza calcária e rígida. Os polvos ( Octopus vulgaris ) e as lulas ( Loligo brasiliensis e Sépia
officinalis ) possuem, respectivamente, oito e dez tentáculos.
Nos polvos, a massa visceral fica contida num saco pendente da cabeça. São também portadores de
uma bolsa de tinta que utilizam nos momentos de perigo. Alguns possuem cromatóforos (células
dotadas de pigmentos), que permitem mudanças de cor com finalidade mimética (camuflagem).
As lulas se deslocam por um principio de jato-propulsão, à custa da eliminação brusca e violenta de
água por um sifão situado junto à reprega do manto que forma as brânquias.
Os cefalópodes possuem na boca uma formação rígida que lembra um bico de papagaio. Nos polvos
esta boca representa uma arma perigosa. Os polvos possuem tentáculos com ventosas que ajudam
na fixação do animal às pedras ou na retenção das suas presas.
Há nesses animais um par de olhos que atingem o máximo desenvolvimento em invertebrados .
São olhos muito parecidos com os dos animais superiores, tendo córnea, íris com pupila,
cristalino e retina com bastonetes , o que permite a formação de imagens bem definidas
Invertebrados
• Artrópodes
• Equinodermas
Cordados
• Cefalocordados;
• Urocordados;
• Vertebrados.
Quadro do professor
Artrópodes
Os Artrópodes (do grego arthros : articulado e podos : pés, patas, apêndices) são animais
invertebrados caracterizados por possuírem membros rígidos e articulados. São o maior grupo de
animais existentes, representados pelos gafanhotos (insetos), aranhas (arachinideos), caranguejos
(crustáceos), centopéias (quilópodes) e embuás (diplópodes), somam mais de um milhão de
espécies descritas (apenas mais de 890.00 segundo outros autores). Mais de 80% das espécies
existentes são Artrópodes que vão desde as formas microscópicas de plâncton com menos de 1/4
de milímetro, até crustáceos com mais de 3 metros de espessura. Os artrópodes habitam
praticamente todo o tipo de ambiente: aquático e terrestre e representam os únicos invertebrados
voadores. Há registros fósseis de artrópodes desde o período Cambriano.
Eles são animais metamerizados, isto é, têm corpo segmentado: Cabeça; Tórax; Abdomen.
Dentre as diferentes classes de artrópodes há casos em que duas ou mais partes se unem
formando uma única peça como é o caso de certos grupos de crustáceos em que a cabeça e tórax
se unem formando o cefalotórax e nos quilópodes e diplópodes em que o tórax se une com o
abdômen formando o tronco.
O primeiro segmento da cabeça é denominado acron e normalmente suporta os olhos, que podem
ser simples ou compostos. O último segmento do abdômen é terminado pelo télson. Cada segmento
contém, pelo menos primitivamente, um par de apêndices. Para poderem crescer, os artrópodes têm
de se desfazer do exoesqueleto "apertado" e formar um novo, num processo designado muda ou
ecdise, regulado por um hormônio denominado ecdisona.
Após nascerem podem passar por transformações morfológicas até atingir a fase adulta e em relação
à metamorfose podem ser divididos em:
Holometábolos quando a metamorfose é completa (etapas de larva, pupa, adulto ou imago).
Exemplo: Borboletas.
Hemimetábolos quando a metamorfose é incompleta. O animal que sai do ovo é pouco diferente do
adulto.Exemplo: Gafanhoto.
Ametábolos -quando não sofrem metamorfose. Exemplo: Traças
Estes animais respiram por um sistema de traquéias, túbulos que abrem para o exterior através de
poros na cutícula chamados espiráculos, e que se estendem por todo o corpo, promovendo a troca
de gases. Os artrópodes aquáticos têm brânquias ligadas ao sistema de traqueias.
O sistema circulatório dos artrópodes consiste numa bateria de corações que se dispõem ao longo
do corpo e que bombeiam a hemolinfa (o "sangue" destes animais muitas vezes não contém
hemoglobina, baseada em ferro, mas sim hemocianina, baseada em cobre), que se encontra
banhando os tecidos.
Os artrópodes são protostômios e possuem um celoma reduzido a um espaço à volta dos órgãos da
reprodução e da excreção.
Classes
Aracnídeos
Os aracnídeos (do latim científico : Arachnida ) são uma classe do filo dos artrópodes que inclui,
dentre outros, aranhas, carrapatos, opiliões e escorpiões, compreendendo mais de 60.000 espécies .
Quase todas as espécies são animais terrestres . O seu corpo divide-se em duas partes ou tagma :
1 - prossoma - (cefalotórax e abdome) . A cabeça pode estar coberta por uma carapaça e contém os
órgãos dos sentidos, a boca com os seus apêndices : as quelíceras (nas aranhas e escorpiões); os
pedipalpos ; 8 patas; e
2 - opistossoma - o abdómen , que pode estar dividido em mesossoma (pré-abdome) e metassoma
(pós-abdome), como nos escorpiões, e pode ou não ser segmentado e onde se encontram as
fiandeiras que produzem a seda para a construção da teia de aranha. A teia é uma proteína lançada
pelas aranhas, e é um líquido que ao entrar em contato com o ar se solidifica. As aranhas possuem
um óleo nas patas o que as impedem de ficarem presas nas teias. Em algumas espécies, os
pedipalpos estão transformados em órgãos dos sentidos, noutras servem para capturar as presas e
noutras ainda como orgãos da reprodução.
Predação: Os animais desta classe são geralmente predadores e algumas espécies possuem
glândulas de veneno com o qual matam as suas presas. A maioria é carnívora e a digestão ocorre
parcialmente fora do corpo. As presas são capturadas e mortas pelos pedipalpos e quelíceras . São
lançadas enzimas nas presas para que ocorra uma pré-digestão . O fuido alimentar é sugado por uma
faringe bombeadora ou por um estômago bombeador, nos casos das aranhas.
A digestão é lenta. É o veneno que paralisa e faz a pré-digestão dos tecidos, facilitando a digestão.
A aranha possui uma glândula de veneno para cada quelícera.
Anatomia Interna
1 - Intestino arborescente, para ter uma maior área de absorção;
2 - O coração se localiza dorsalmente no abdome;
3 - O pulmão foliáceo é uma abertura ventral para onde o ar entra; Os pulmões levam o oxigênio
para a corrente sanguínea para oxigenar todo o sangue. Os pulmões não são utilizados por todos os
aracnídeos; As aranhas possuem tanto traquéias quanto pulmões;
4 - No sistema traqueal , a abertura é chamada espiráculo e leva o oxigênio diretamente para todos
os tecidos; Animais que respiram por traquéias não apresentam pigmentos sanguíneos.
5 - Os aracnídeos possuem glândulas cocais na base das patas que faz comunicação com o exterior
eliminando as excretas; Os aracnídeos perdem pouca água na forma de excreta; O principal resíduo
nitrogenado é a guanina ;
6 - Tricobótrios são pêlos sensoriais espalhados pelo corpo e que percebem a vibração de corrente
de ar;
7 - O orifício genital de ambos os sexos está localizado na região ventral do segundo segmento
abdominal.
8 - Podem ser ovíparos ou vivíparos ;
9 - A diferenciação do sexo é difícil. A extremidade dos palpos é diferente nos machos que é um
apêndice usado para transmitir espermatozóides (aranhas); Depois de nascidos, os fihotes de aranha
se depositam sobre a fêmea.
Merostomata
Merostomata é uma classe que artrópodes quelicerados que inclui apenas duas ordens. Os
merostomados evoluiram no Câmbriano e foram um dos grupos dominantes dos oceanos
Paleozóicos . O grupo caracteriza-se por ter uma carapaça que protege o cefalotórax do animal, um
segundo par de pedipalpos e télson, um apêndice espinhoso que se projeta na zona posterior e
lembra uma cauda. Os merostomados são artrópodes exclusivamente aquáticos.
Pycnogonida
As aranhas-do-mar são artrópodes quelicerados pertencentes à classe Pycnogonida . Embora seja
designados popularmente como aranhas não são aracnídeos . As aranhas-do-mar são animais
marinhos com distribuição cosmopolita, embora a maioria das cerca de 1000 espécies do grupo se
encontra no Mar Mediterrâneo, no Mar das Caraíbas e nos Oceanos Antártico e Ártico. A dimensão
das aranhas-do-mar varia entre alguns milímetros a cerca de 90 cm de diâmetro. Variam de tamanho
entre as espécies.
São animais com geralmente de 4 a 6 pares de patas. O abdomen é bem pequeno em relação as
patas. Por otimização do espaço, o estômago entra por dentro das patas, pois elas são ocas e o corpo
bem curto. As gônadas sofrem o mesmo processo nas fêmeas. Cada gônada possui um orifício de
saída dos ovos.
Dimorfismo Sexual - são ovígeros (patas ovígeras), isto é, essas patas possuem a função de carregar
e sustentar os ovos. Na ausência desses ovos servem para a limpeza do corpo.
Na região anterior da cabeça encontramos uma probóscide, pois é um predador. Possui um
tubérculo também na região anterior onde encontramos os olhos (fotorreceptores), sendo no total 4
olhos.
Encontram-se também algumas cerdas formando o conjunto dos órgãos sensoriais. Possuem
Faringe, Esôfago, Sistema Nervoso, Ânus, etc.
Não apresentam estruturas respiratórias e excretórias. Os gases podem ser difundidos pelo corpo
(devido sua forma).
Reprodução
A fecundação é externa. Não possui órgãos inoculadores, com isso libera os gametas na água. O
macho guarda os ovos até a sua eclosão. Ao eclodir nasce uma larva, que é denominada Protoninfa
(essas larvas também podem ser encontradas em cnidários e moluscos)
Quilópode
Quilópode é qualquer organismo da classe Chilopoda do filo dos artrópodes que inclui centopéias
e lacraias . São animais de rápida locomoção e carnívoros. Quilópodes ou centopéias apresentam
entre 15 e 191 pares de pernas, o número de pares de pernas é sempre ímpar e por isso nenhum tem
exatamente 100.
Os quilopódes são predadores providos de uma garra com veneno. As 2.800 espécies descritas estão
incluídas em cinco táxons (grupos): Scutigeromorpha , Lithobiomorpha , Geophilomorpha ,
Scolopendromorpha e Craterostigimomorfa. A maioria das espécies medem entre 3 e 6cm de
comprimento, mas algumas como a Scolopendra gigantea podem atingir os 30cm. Os quilópodes
possuem 1 par de antenas, 9 ou mais pares de pernas locomotoras, a cabeça está recoberta por um
escudo cefálico rígido e esclerotizado. São trignatos(três mandíbulas), geralmente apresentam
conjuntos laterais de olhos frouxamente agrupados, podem ser cegos (geofilomorfos) ou com
omatídios muito próximos entre si, formando olhos pseudofacetados (escutigeromorfos). Possuem
uma garra de veneno no primeiro segmento do corpo chamada de forcípulas que se conectam por
um ducto a uma glândula de veneno localizada no telopodito (porção móvel de um apêndice), são
exclusivas entre os myriápodes com os quais injetam seu veneno nas presas.
O seu veneno não é perigoso para o Homem, nem para as crianças pequenas à não ser em casos de
reações alérgicas. Pernas anais encontradas no último segmento do tronco, não apresentam função
locomotora e sim de defesa, ataque ou sensitiva, podendo ter formas de pinça ou de antena.
Para se defenderem os quilópodes podem se esconder, pinçar com suas pernas anais, atacar com
suas forcípulas, excretar secreção repulsiva e se camuflarem com ambiente.
A sua alimentação faz-se à base de larvas e besouros . A troca gasosa é feita através de um sistema
traqueal que possui aberturas para o meio externo chamadas de espiráculos, estas aberturas
comunicam-se diretamente com os tecidos através de traquéolas. Os espiráculos dos quilópodes
não possuem músculos e por isso não se fecham para evitar a perda d'água, com isso há a
obrigatoriedade destes animais em viverem em locais úmidos.
A excreção é feita pelos Túbulos de Malpighi e excreta ácido úrico.
O sistema de reprodução é sexuado.
O sistema digestivo é completo, começando na boca e terminando no ânus.
O sistema circulatório é aberto.
O sistema nervoso é ganglionar e ventral.
Diplópodes
Diplópode é qualquer organismo da classe Diplopoda do filo dos Artrópodes que inclui os
embuás, piolhos-de-cobra e gongolôs. São animais de lenta locomoção, herbívoros e se enrolam
em espiral. Possuem um corpo cilíndrico, com 1 par de antenas e 2 pares de patas locomotoras por
segmento (que podem variar de 20 a 100) e seu sistema respiratório é traqueal. Sua reprodução é
sexuada e sua fecundação é interna. Todos os diplópodes são ovíparos.
Pauropoda
Pauropoda é uma classe de miriápodes , composta por animais noturnos de corpo mole, com cerca
de 500 espécies conhecidas e possuem tamanho que varia de 0,5 a 1,9 mm de comprimento. Seu
significa "pés pequenos". Esses animais possuem dois pares de antenas e têm nove pares de pernas .
São dignatos (um par de mandíbulas e um par de maxilas ), além de possuírem, assim como os
diplópodes, tricobótrios (cerdas laterais com função sensitiva). Possuem em cada lado da cabeça
estruturas denominadas pseudóculos com função semelhante ao órgão de Tömösvary (sensível à
umidade).
Não possuem sistema traqueal nem coração , provavelmente devido ao seu pequeno tamanho e suas
trocas gasosas são feitas por difusão.
São animais dióicos, vivem obrigatoriamente em lugares úmidos e alimentam-se de tecidos vegetais
em decomposição, fungos e em alguns casos são predadores. O sistema nervoso é ganglionar e
ventral.
Symphyla
Symphyla representa um táxon (grupo) com cerca de 160 espécies conhecidas com tamanho entre 1
a 8mm de comprimento e que vivem em solo úmido. Quando adultos possuem 12 pares de pernas
distribuídos num tronco com 14 segmentos, onde no ultimo encontra-se a fiandeira (estrutura
semelhante as pernas). São animais dióicos com reprodução através de espermatofóros que são
depositados espalhados pela terra. A fêmea pega os espermatóforos com a boca rompendo a
membrana do mesmo permitindo a saída dos espermatozóides que são armazenados em
receptáculos seminais da cavidade pré-oral, depois a fêmea coloca seus ovos em um gametófito de
musgo ou uma fenda na terra, pedra e etc, e com a boca libera os espermatozóides armazenados em
sua boca ocorrendo assim a fecundação, os ovos são deixados após fecundados pela terra. Symphila
possui o órgão de Tömösvary bem desenvolvido (sensível à umidade), além de 1 par de
tricobórnios (cerdas sensitivas), são trignatos como os quilópodes e possui sistema respiratório
difuso-traqueal com um par de espiraculos na cabeça, mas a traquéia só se estende até o terceiro
segmento, os outros onze segmentos fazem suas trocas gasosas por difusão.
Seu sistema nervoso é igual ao dos quilopódes, ou seja, ganglionar e ventral, porém não possuem
olhos, suas antenas são compridas, possuem em suas pernas pêlos com funções tatéis e
quimiorreceptoras.
Alimentam-se de raízes de plantas e os órgãos de excreções são dois túbulos de Malpighi.
A reprodução por partenogênese também ocorre independente da forma de reprodução.
O symphila sofre ecdiase (muda) geralmente por toda vida.
Insecta (inseto)
Os insetos são animais invertebrados da classe Insecta, o maior e, na superfície terrestre, mais
largamente distribuído grupo de animais do filo Arthropoda . Os insetos são o grupo de animais
mais diversificado existente na Terra, possuem mais de 800 mil espécies descritas - mais do que
todos os outros grupos de animais juntos. Os insetos podem ser encontrados em quase todos os
ecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se adaptaram à vida nos oceanos .
Existem aproximadamente 5 mil espécies de Odonata (libélulas), 20 mil de Orthoptera
(gafanhotos), 170 mil de Lepidoptera (borboletas), 120 mil de Diptera (moscas e mosquitos), 82
mil de Hemiptera (percevejos), 350 mil de Coleoptera (besouros) e 110 mil de Hymenoptera
(abelhas , vespas e formigas). Os insetos são artrópodes que possuem uma característica exclusiva:
São hexápodas (possuem seis patas).
Anatomia Externa
Os insetos são geralmente pequenos e têm o corpo segmentado e protegido por um exosqueleto de
quitina . O corpo é dividido em três tagmas : cabeça , tórax e abdómen . Na cabeça encontram-se
um par de antenas sensoriais , um par de olhos compostos, dois ou três olhos simples ou ocelos e as
peças bucais : um par de mandíbulas , um par de maxilas e a hipofaringe .
O sistema olfativo dos mosquitos (acima) é formado por uma estrutura repleta de minúsculas cerdas
que captam diferentes moléculas, sendo sensível a odores específicos como por exemplo: CO2,
ácido lático, ácidos graxos e butanona exalados pelos superfície corporal dos mamíferos
Outras estruturas que fazem parte do aparelho bucal dos insetos são o lábio, o labro, um par de
palpos labiais, um par de palpos maxilares e o clípeo. Essas peças são modificadas em cada grupo
para atender aos diferentes hábitos alimentares, formando diversos tipos de aparelho bucal (sugador,
mastigador e lambedor).
O tórax é dividido em três segmentos: protórax, mesotórax e metatórax cada um com um par
de patas (um total de 3 pares de patas ) e, nos alados (Pterygota), um ou dois pares de asas , um
no mesotórax e outro no metatórax.
O abdómen em geral apresenta onze segmentos, mas em muitos esse número é reduzido.
Anatomia Interna
Anatomia de um inseto
A - Cabeça B - Tórax C - Abdómen
1. antena 17. ânus
2. ocelo (inferior) 18. vagina
3. ocelo (superior) 19. gânglios abdominais
4. olho composto 20. túbulos de Malpighi
5. cérebro (gânglios cerebrais) 21. tarsômero
6. protórax 22. garras tarsais
7. artéria dorsal 23. tarso
8. tubos traqueais e espiráculos 24. tíbia
9. meso-tórax 25. fémur
10. meta-tórax 26. trocanter
11. asa (1a) 27. intestino anterior (estomodeo)
12. asa (2a) 28. gânglios torácicos
13. intestino médio (mesêntero) 29. coxa
14. coração 30. glândula salivar
15. ovário 31. gânglio sub-esofágico
16. intestino posterior (proctodeo) 32. peças bucais
Os insetos têm um sistema digestivo completo, consistindo num tubo que vai da boca ao ânus .
Existem vários tipos de aparelho bucal (com apêndices e um par de mandíbulas): Sugador
(borboleta), mastigador (gafanhoto), lambedor (mosca) e picador-sugador (mosquito).
O sistema excretor consiste em túbulos de Malpighi para a remoção dos dejetos nitrogenados.
A respiração dos insetos é realizada por um sistema de traquéias que transportam o oxigênio
dentro do corpo. Estas traquéias têm aberturas na cutícula chamadas espiráculos, por onde são
feitas as trocas gasosas.
O sistema circulatório dos insetos, como nos restantes artrópodes, é aberto:
o coração se contrai e bombeia a hemolinfa através de artérias para espaços que rodeiam os
órgãos ; quando o coração se descontrai, a hemolinfa volta para dentro deste órgão.
Muitos insetos possuem um ou dois pares de asas localizadas no segundo e terceiro segmentos
torácicos e são o único grupo de invertebrados que desenvolveu a capacidade de voar, o que teve
um importante papel no seu sucesso reprodutivo .
Os insetos jovens, depois de sairem dos ovos, sofrem uma série de mudas ou ecdises para crescer,
uma vez que o exosqueleto não lhes permite crescer se não mudarem. Nas espécies que apresentam
metamorfose incompleta, os juvenis, chamados ninfas, não possuem asas, e são basicamente iguais
aos adultos na forma do corpo; na metamorfose completa, a eclosão do ovo produz uma larva,
geralmente em forma de lagarta que, depois de crescer, se transforma numa pupa que, muitas vezes,
se encerra num casulo, ou numa crisálida, que muda consideravelmente de forma, antes de emergir
como adulto. Em relação à metamorfose os insetos podem ser divididos em:
Holometábolos - a metamorfose é completa (etapas de larva, pupa, adulto ou imago). Exemplo:
Borboletas.
Hemimetábolos - a metamorfose é incompleta. O animal que sai do ovo é pouco diferente do
adulto. Exemplo: Gafanhoto.
Ametábolos - não sofrem metamorfose. Exemplo: Traças
A maioria das espécies são benéficas para o homem ou para o meio ambiente pois ajudam na
polinização das plantas e o declínio das populações de insetos polinizadores constitui um sério
problema ambiental. Embora a maior parte das pessoas não saiba, provavelmente a maior utilidade
dos insetos é que muitos deles alimentam-se de outros insetos, ajudando a manter o seu equilíbrio
na natureza.
Branchiopoda
Os branquiópodes (que significa " brânquias nos pés") são pequenos (0,25 milímetros - 10 cm de
comprimento) e se encontram em lagos , tanto salgados como de água doce em todo o mundo,
incluindo a famosa Artemia salina . A classe Branchiopoda inclui cerca de 800 espécies. Os ovos
resistem à seca e podem ficar grandes períodos à espera para eclodirem . É freqüente encontrá-los
em lojas de animais e quando colocados num aquário, eclodem rapidamente e servem de alimento a
muitos organismos .
Cirripedia
Cirripedia é uma classe de crustáceos marinhos, com cerca de 1220 espécies, que inclui as cracas.
O grupo é por vezes considerado como infra-classe dentro da classe Maxillopoda . O primeiro
cientista a estudar os cirripédios em detalhe foi Charles Darwin . Os cirripédios são organismos
sésseis que vivem fixos a um substrato, em geral em zonas entre-marés.
Os cirripédios têm um desenvolvimento em três estádios. Na primeira fase larvar fazem parte do
plâncton e vivem à deriva nas correntes oceânicas. No segundo estádio larvar, os cirripédios
procuram um substrato adequado à fixação e em condições de vida. Uma vez encontrado o local
ideal, estas larvas desenvolvem-se para o adulto, que se fixa ao substrato diretamente por
cimentação ou através de um pedúnculo carnoso. Normalmente, o substrato escolhido é rochoso,
mas também pode ser o fundo de um barco, outros animais, como baleias ou mesmo outros
crustáceos. O organismo adulto vive protegido por placas calcárias e alimenta-se por filtração.
Malacostraca
Malacostraca é uma classe do filo Crustacea , bastante diversificada, que inclui a maioria dos
crustáceos mais conhecidos como a lagosta , o camarão ou o krill .
As principais características morfológicas do grupo incluem:
1 -Cabeça dividida em 6 segmentos, distribuidos por antenas e peças bucais
2 - 5 pares de patas, com o primeiro frequentemente modificado como pinças
3 - Cefalotórax dividido em 8 segmentos, estando os 3 primeiros fundidos como uma carapaça
4 - Abdómen dividido em 6 segmentos e utilizado frequentemente como barbatana
5 - Sistema nervoso centralizado
6 - Estômago dividido em duas câmaras
Subfilo Trilobitomorpha
Classe Trilobita - Trilobites, extinto
Subfilo Chelicerata
Classe Arachnida - aranhas , escorpiões , etc.
Classe Merostomata - Límulo
Classe Pycnogonida - aranha-do-mar
Subfilo Myriapoda
Classe Chilopoda - centopeias
Classe Diplopoda
Classe Pauropoda
Classe Symphyla
Subfilo Hexapoda
Classe Insecta - Insetos: moscas, borboletas.
Ordem Diplura
Ordem Collembola - colêmbolos
Ordem Protura
Subfilo Crustacea ou Crustaceomorpha
Classe Remipedia
Classe Cephalocarida
Classe Branchiopoda
Classe Ostracoda
Classe Mystacocarida
Classe Copepoda
Classe Branchiura
Classe Cirripedia - cracas
Classe Tantulocarida
Classe Malacostraca - lagostas, caranguejos.
Equinodermos
Os equinodermos são os seres do filo Echinodermata ( gr. echinos , espinho; derma , pele). São
animais exclusivamente marinhos, de vida livre, exceto pelos crinóides que vivem fixos ao
substrato rochoso (sésseis) e de simetria radial. Como exemplo podem ser citados os equinodermos:
estrela-do-mar , holotúria e ouriço-do-mar. Este filo surgiu no período Cambriano e contêm cerca
de 7.000 espécies viventes e 13.000 extintas.
Estes animais se aproximam muito dos cordados por possuírem celoma verdadeiro (de origem
enterocélica ) e por serem deuterostômios, ou seja, o orifício embrionário conhecido como
blastóporo origina o ânus dos indivíduos.
Na fase larval os equinodermos possuem simetria bilateral , vindo a desenvolver a simetrial radial
somente no adulto. As larvas são livres natantes e semelhantes a embriões de cordados. Depois, o
lado esquerdo do corpo se desenvolve mais que o direito, que é absorvido, e organiza-se numa
simetria radial, em que o corpo é arranjado em partes em volta de um eixo central. Esta é
basicamente pentâmera, ou seja, os elementos se dispõem em 5 ou múltiplos de 5. Possuem
esqueleto formado por placas calcárias, coberto por fina camada epidérmica . O endoesqueleto
mesodérmico é formado de pequenas placas de calcário e espinhos, que formam um rígido suporte
que contem em si os tecidos do organismo; alguns grupos têm espinhos modificados chamados
pedicelários que possibilitam a vida livre.
Eles têm um sistema nervoso radial simples que consistem em uma rede nervosa modificada
(neurônios interconectados sem nenhum órgão central) e composto por anéis nervosos nervos
radiais em volta da boca se extendendo por cada braço. Os ramos desses nervos coordenam o
movimento do animal. Os equinodermos não têm cérebro, embora alguns possam ter gânglios.
Os espinhos estão presentes em diversos formatos nos grupos de equinodermos, e atuam com a
função de proteger o animal e para a locomoção. Podem ser recobertos por substâncias de caráter
tóxico.
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Professor Flávio Chame Barreto
As estrelas–do–mar podem ter entre alguns centímetros e um metro de diâmetro. Estes animais
movem-se usando a retração e a distensão dos seus pés ambulacrários. A respiração do animal é
branquial e sua reprodução é feita sobretudo através da regeneração, ou seja, se um dos braços desse
animal for cortado pode desenvolver uma estrela do mar nova. Se a reprodução for sexuada , a
estrela do mar tem um estado larvar . As estrelas do mar não podem mastigar os alimentos. Para se
alimentar lança o estômago pela boca, localizada em sua face oral localizada na parte inferior. É
dotada de sistema digestivo completo, e o seu ânus localiza-se na parte superior; proximamente
encontramos uma placa madreporita, que atua como um filtro de água para o animal.
As estrelas-do-mar não possuem cérebro , o seu sistema nervoso é ventral e ganglionar . Existem
cerca de 1.800 tipos de estrelas-do-mar conhecidas. Apesar da enorme diferença entre a estrela-do-
mar e o homem seus filos são classificados como evolutivamente próximos. Já que ambos são
deuterostomados: o blastóporo dando origem ao ânus, e não à boca como os protostomados.
Crinoidea
Crinoidea é uma classe de equinodermes que inclui os organismos conhecidos como crinóides ou
lírios do mar . São animais exclusivamente marinhos que ocupam todas as profundezas até aos
6000 metros. Atualmente, a classe conta com apenas algumas centenas de espécies mas o registo
geológico mostra uma biodiversidade muito maior dentro do grupo.
O modo de vida dos crinóides é variável. Algumas espécies vivem fixas a um substrato por um
pedúnculo durante todo o ciclo de vida; outras podem apresentar fase adulta ou larvar de vida livre.
O substrato dos crinóides pode ser um material rochoso, um fundo arenoso ou objetos como
madeira que circulam à deriva. A maioria dos crinóides atuais não é séssil e faz parte do
zooplancton dos oceanos. Os crinóides são organismos que se alimentam por filtração.
Echinoidea
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São animais de sexos separados e de fecundação externa. Os órgãos sexuais são simples,
existindo, geralmente, apenas gônadas sem genitais. O desenvolvimento é indireto, aparecendo
uma larva com simetria bilateral que passa a radial nos animais adultos. A reprodução assexuada
aparece em algumas larvas que se autodividem e possuem a capacidade de regenerar partes .
Ophiuroidea
Ophiuroidea é uma classe de equinodermes, com semelhanças às estrelas do mar . O corpo dos
ofiúros é composto por um disco central, rodeado por cinco pernas flexíveis, que podem chegar aos
60 cm de comprimento. Há cerca de 1200 espécies descritas, distribuídas por todos os oceanos, dos
pólos ao equador. Estão presentes em todas as profundidades mas a maior biodiversidade do grupo
encontra-se abaixo dos 500 metros.
O exosqueleto dos ofiúros é composto por ossículos de carbonato de cálcio, fundidos no disco
central (calix) e articulados entre si nas patas. Esta característica faz com que as patas por vezes se
desintegrem, o que lhes confere o nome alternativo de estrelas quebradiças.
Ao contrário das estrelas do mar (classe Asteroidea ), todos os órgãos vitais dos ofiúros
encontram-se confinados ao disco central. A boca é rodeada por cinco placas mandibulares. O
sistema digestivo é composto por um esôfago curto e um estômago amplo, que ocupa a maior parte
da cavidade do animal. Os ofiúros não têm intestinos nem ânus. O sistema nervoso é igualmente
simples e composto por um nervo anelar que rodeia a cavidade do disco central (calix). A partir
deste centro, há um nervo em cada braço que permite ao ofiúro sentir o ambiente. Estes animais não
têm olhos nem cérebro. Os ofiúros têm a capacidade de regenerar braços perdidos e fazem-no
muitas vezes depois de encontros com predadores, em especial neste caso, ele promove a auto-
amputação, para livrar-se do predador. A locomoção destes animais é feita através de movimentos
com os braços flexíveis.
Chordata (cordados)
Características exclusivas:
1 - Eixo dorsal de sustentação chamado notocorda.
(Nos vertebrados a notocorda é parcialmente ou totalmente substituída pela coluna vertebral).
2 - Sistema respiratório derivado da faringe que no embrião possui fendas branquiais.
3 - Sistema nervoso tubular, oco e dorsal.
4 - Região pós-anal, a cauda.
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FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA
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tunicados adultos tem a forma de um barril com duas aberturas, chamadas sifões, geralmente do
mesmo lado, uma para a entrada da água e dos alimentos e outro para a saída da água e das
excreções , o que é realizado por contrações da camada muscular superficial. A seguir ao sifão de
entrada encontram-se as brânquias , colocadas em forma de rede que, não só têm a função da
respiração , mas também a de filtrar as partículas nutritivas; a seguir, encontra-se o tubo digestivo ,
que é encurvado e termina no outro sifão.
O exterior do corpo – a tunica (de onde vem um dos nomes destes animais) - é segregada pela
epiderme e, nas formas sésseis , pode ser um verdadeiro exosqueleto composto de celulose e
colágeno. Possuem um sistema nervoso rudimentar formado por um gânglio dorsal próximo da
glândula neural, entre os sifões; este gânglio controla as contrações musculares e o movimento dos
cílios da faringe, mas não controla os batimentos cardíacos .
O sistema circulatório é aberto, exceto o coração que é um vaso sanguíneo com peristaltismo
reversível e que se liga, em ambas extremidades a outros vasos abertos. O coração está rodeado pelo
pericárdio. A reversão do peristaltismo permite que, tanto os tecidos que se encontram de um lado
ou do outro do coração recebam igual fornecimento de nutrientes . O sangue dos tunicados possui
muitos tipos de células como por exemplo Amebócitos fagocíticos, Linfócitos e células que atuam
como precursoras das restantes células do sangue.
Os tunicados reproduzem-se assexuadamente e sexuadamente. A reprodução sexuada é do tipo
hermafrodita e os gametas são libertados no sifão atrial, onde se dá a fertilização .
Cephalochordata (anfioxos)
O subfilo Cephalochordata é composto por um grupo de cordados marinhos, pequenos e
pisciformes, designados como anfioxos . Eles são um importante objeto de estudo na zoologia por
proporcionarem indicações sobre a origem dos vertebrados . O anfioxo mede cerca de 6 cm de
comprimento e vive enterrado em areia de águas rasas do ambiente marinho, entre dez e trinta
metros de profundidade, deixando para fora do substrato apenas sua extremidade anterior.
Os Cefalocordados possuem uma corda dorsal que se estende até à região encefálica. Este animal
assemelha-se muito a um pequeno peixe, mas é mais simples pois não possui via genitais nem olhos
diferenciados.
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Vertebrata (vertebrados)
Os vertebrados ( latim científico : Vertebrata ) constituem um subfilo de animais cordados,
compreendendo os ágnatos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Caracterizam-se pela
presença de coluna vertebral segmentada e de crânio que lhes protege o cérebro. A maioria dos
animais com maior grau de organização a que estamos habituados: peixes (com exceção das
mixinas ), anfíbios, répteis, aves e mamíferos pertencem a este grupo. Outras características
adicionais são a presença de um sistema muscular geralmente simétrico. A simetria bilateral é
também uma característica dos vertebrados assim como um sistema nervoso central, formado pelo
cérebro e pela medula espinhal localizada dentro da parte central da coluna vertebral.
A boca é rodeada por dois pares de tentáculos e armada interiormente com uma placa de cartilagem
com dois dentes em forma de pente, uma " língua-raspadora". Por essa característica os
representantes do grupo Agnatha também são conhecidos por ciclostomados (gr. "ciclo",
redondo ; "stoma", boca).
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A boca das mixinas não tem funções respiratórias: a água entra na faringe através de um "canal
nasofaríngeo" localizado no lado esquerdo do corpo e com abertura na parte anterior da cabeça,
passa pelo órgão olfativo médio e daí para a câmara branquial . As mixinas têm entre um e 16 pares
de fendas branquiais.
O corpo das mixinas é reforçado internamente por um conjunto de barras de cartilagem , assim
como a cabeça, os tentáculos bucais, o canal nasofaríngeo, a "língua" e a barbatana caudal, mas não
existem verdadeiros arcos branquiais . Estes animais têm olhos sem cristalino e sem musculatura;
aliás, as mixinas não apresentam os músculos radiais típicos dos vertebrados. O sistema circulatório
é formado por vários corações venosos, mas sem inervação e o tecido do pâncreas encontra-se
disperso no celoma . A pele das mixinas é nua e apresenta lateralmente uma série de glândulas de
muco anormalmente grandes, formadas por longas células filamentosas . Não têm barbatanas pares,
nem linha lateral .
Os peixes-bruxa são peixes de águas frias ou temperadas, encontradas apenas no norte e sul dos
oceanos Atlântico e Pacífico . Vivem no fundo onde se enterram e alimentam-se principalmente
de peixes mortos ou doentes, penetrando no seu corpo e escolhendo imediatamente os seus fígados .
Mas também são predadores de invertebrados bentônicos. Possuem hábitos noturnos. As fêmeas
produzem 20-30 ovos com 20-25 mm de diâmetro , providos de uma casca córnea com um grupo de
filamentos em forma de âncora em cada extremidade.
Os peixes-bruxa foram tradicionalmente incluídos no grupo Ciclóstomos, juntamente com as
lampréias , mas atualmente reconhece-se que este grupo é parafilético.
Hyperoartia (lampréias)
As lampréias são peixes de água doce com forma de enguias , mas sem maxilas. A boca está
transformada numa ventosa circular com o próprio diâmetro do corpo, reforçada por um anel
de cartilagem e armada com uma língua -raspadora igualmente cartilaginosa. Várias espécies de
lampreia são consumidas como alimento.
Algumas espécies de lampréias têm um número de cromossomas que é recorde entre os
cordados, chegando a 174. A larva (ammocoetes) tem um tamanho máximo de 10 cm, enquanto
que os adultos podem ultrapassar 120 cm.
As lampréias possuem uma única "narina", o que é um caso único entre os vertebrados atuais
(embora se encontre em alguns fósseis ). Esta "narina" também é chamada abertura naso-hipofisial
, uma vez que liga o órgão do olfato a um tubo cego que inclui a glândula pituitária ou hipófise .
Os olhos são relativamente grandes, estão equipados de cristalino, mas não possuem músculos
oculares intrínsecos, como os restantes vertebrados. Por trás deles, abrem-se sete fendas branquiais.
A ventosa que forma a boca da lampréia funciona como tal através de um complexo mecanismo que
age como uma bomba de sucção : inclui um pistão, o velum e uma depressão na cavidade bucal, o
hydrosinus.
As lampréias têm um crânio composto por placas cartilagíneas, como o das mixinas, mas é mais
complexo e inclui uma verdadeira caixa craniana onde está alojado o cérebro . A coluna vertebral é
basicamente formada pela notocórdia.
Lampreia marinha
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Tanto as lampréias marinhas como as de água doce se reproduzem em rios. A sua vida larvar, que
pode durar até sete anos, é sempre passada no rio onde nascem. A certa altura, elas sofrem uma
metamorfose e transformam-se em adultos . Depois da metamorfose atingem a maturação sexual em
um processo pode durar um ou dois anos. Quando atingem a maturidade sexual, as lampréias
entram num rio, reproduzem-se e morrem. Cada fêmea gera milhares de ovos pequenos e sem
reservas nutritivas . Os ovos são enterrados em "ninhos" cavados em fundos
As lampréias sofrem um desenvolvimento larvar que pode durar até sete anos, passando-se sempre
em água doce . A larva, denominada ammocoetes , não tem ventosa e os olhos são pouco
desenvolvidos. A câmara branquial não é fechada e a larva alimenta-se capturando pequenas
partículas orgânicas com uma fita de muco produzida na faringe .
A poluição dos rios, à qual as larvas são especialmente sensíveis, tem sido a causa da sua quase
extinção em muitos rios da Europa.
Chondrichthyes ou peixes cartilagíneos
Incluem os tubarões , as raias e as quimeras , muitas vezes classificadas como seláceos , são peixes
geralmente oceânicos que possuem um esqueleto totalmente formado por cartilagem .
Apresentam 5 a 7 fendas branquiais dos lados do corpo ou na região ventral da cabeça,
membranas nictitantes nos olhos e gancho pélvico, um órgão de copulação dos machos chamado
clásper. Muitas espécies de tubarões têm várias fiadas de dentes de substituição, mas outros têm os
dentes transformados em placas.
Os tubarões e as raias são os predadores de mais elevada ordem que se conhece no meio ambiente
aquático . Por esta razão eles têm um papel muito importante nos ecossistemas aquáticos,
principalmente nos oceanos , onde vive a maior parte destes animais , mas com várias espécies
capazes de entrar em estuários . No entanto, o equilíbrio da biocenose em que vivem os tubarões é
relativamente frágil, uma vez que eles são canibais, alimentando-se também das suas próprias crias
e uns dos outros. Por essa razão, a maioria das suas espécies estão consideradas em perigo, uma vez
que foram objeto de pesca excessiva.
Os tubarões e as raias têm uma estratégia reprodutiva muito diferente da maioria dos peixes: em vez
de produzirem um grande número de ovos e larvas , estas espécies produzem normalmente um
pequeno número de crias, as quais nascem já num tamanho que lhes permite alimentarem-se e
defenderem-se dos seus inimigos (vivíparos), ou então desenvolvem-se dentro de um ovo com uma
casca coriácea, relativamente grande (10-15 cm) (ovovivíparos).
Actinopterygii (peixes ósseos)
São os peixes ósseos com nadadeiras suportadas por "raios" ou lepidotríquias , esqueleto interno
tipicamente calcificado e aberturas branquiais protegidas por um opérculo ósseo . São o grupo
dominante dos vertebrados com mais de 27,000 espécies presentes em todos os ambientes
aquáticos.
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São tratados tradicionalmente como uma superclasse de Osteichthyes , ou peixes com ossos.
Tradicionalmente, foram reconhecidos 3 grupos de Actinopterygii: Chondrostei , Holostei e
Teleostei (ou teleósteos). Quase todos os peixes vivos são teleósteos.
Sarcopterygii
(Celacanto)
É uma classe de vertebrados , onde se classificam os peixes considerados como representantes dos
antepassados dos anfíbios . Possuem barbatanas lobuladas, aos pares e carnosas, sustentadas por um
esqueleto óssea (e não por raios, como nos actinopterígeos ). Em especial destacamos a ordem dos
Coelacanthiformes que abriga os celacantos que são peixes muito especiais pois eram
considerados extintos. Quando foram descobertos, foram considerados fósseis vivos. A sua
característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são
pedúnculos que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma
maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes. Quando se descobriu o
primeiro exemplar vivo, em 1938 , já se conheciam fósseis indicadores de cerca de 120 espécies de
Coelacanthiformes, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses
peixes se encontravam extintos desde o período Cretáceo. Muitos acreditam que o celacanto é um
parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de
vertebrados conhecidos como tetrápodes , que inclui os humanos
Ordens
Coelacanthiformes - celacantos (eram considerados extintos até surgir um exemplar em 1938)
Ceratodontiformes
Lepidosireniformes
Rhizodontida (extintos)
Osteolepiformes (extintos)
Panderichthyida (extintos)
Anfíbios
Constituem uma classe de animais vertebrados, pecilotérmicos (animais de "sangue frio") ou seja,
não possuem um mecanismo interno que regule a temperatura do seu corpo e não possuem
bolsa amniótica. A característica mais marcante dos seres vivos da classe é o seu ciclo de vida
dividido em duas fases: uma aquática e outra terrestre, apesar de haverem exceções. Estão
identificadas cerca de 6000 espécies vivas de anfíbios
Quando jovens, a maioria das espécies de anfíbios vivem exclusivamente em ambiente
aquático dulcícola, e sua estrutura corpórea é semelhante a de um alevino realizando respiração
branquial. A fase jovem, também conhecida como larval, é determinada do nascimento até a
metamorfose do anfíbio, que lhe permitirá sair do ambiente aquático e fazer parte do ambiente
terrestre. As larvas possuem cauda e até mesmo linha lateral como os peixes.
A circulação nos anfíbios é fechada (o sangue sempre permanece em vasos), dupla (há o circuito
corporal e o circuito pulmonar) e incompleta (já que há mistura do sangue venoso e artérial no
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coração). O coração do anfíbio apresenta apenas três cavidades: 2 átrios, nos quais há chegada
de sangue ao coração; e um ventrículo, no qual o sangue é direcionado ao pulmão ou ao corpo
do animal.
O seu sistema excretor apresenta rins mesonéfricos que são ligados por ureteres à bexiga, que
por sua vez está ligada a cloaca. Quando no estado larval o produto de sua excreção é a amônia,
porém no estado adulto excretam uréia. Quanto a locomoção, os membros da ordem anura são, em
sua maioria, saltadores, as salamandras caminham e as cobras-cegas arrastam-se por contrações
musculares. Na água são nadadores, sendo que quando na fase larval utilizam a cauda e quando
adultos utilizam as patas, que possuem membranas interdigitais. As pererecas apresentam
ventosas nos dedos.
O sistema nervoso dos anfíbios tem como principal orgão o encéfalo. Apresentam boa visão, com
exceção das cobras-cegas, e tato em toda superfície corporal. O seu sistema olfativo apresenta
narinas e os orgãos de Jacobson, no teto da cavidade nasal. Em sua língua se encontram botões
gustativos. A cavidade nasal se comunica com a oral através das coanas, o que permite a entrada de
ar mesmo com a boca fechada.Alguns anfíbios podem ser venenosos, sendo que alguns deles
estão inclusive entre os animais mais venenosos. Os sapos possuem uma glândula parotóide, atrás
dos olhos e que produz veneno. Entretanto, este veneno é eliminado apenas quando a glândula é
apertada.
Estudos de fósseis sugerem que o grupo teria evoluído a partir dos peixes pulmonados de nadadeira
lobada e servido de ancestral para os répteis , além de ser o primeiro vertebrado em habitat terrestre.
Em relação aos peixes (seus antecessores) os anfíbios possuem maior independência da água,
contudo ainda não representam seres verdadeiramente terrestres, tendo a necessidade de viver em
locais úmidos mesmo quando adultos. Os anfíbios surgiram no Devoniano e foram os primeiros
animais terrestres.
Classificação
Sub-classe Labyrinthodontia ( extinta )
Sub-classe Lepospondyli ( extinta )
Sub-classe Lissamphibia
- Ordem Caudata ou Urodela: tetrápodos com cauda e aspecto de lagarto. Ex.: Salamandras e
Tritões.
- Ordem Anura : corpos curtos sem cauda. São tetrápodos com adaptação para o salto, a maioria
apresenta metamorfose completa, mas alguns já saem dos ovos com a forma adulta, não
apresentando metamorfose. Ex.:sapos, pererecas e rãs.
- Ordem Gymnophiona : anfíbios sem patas (apódes). Ex.: Cobras-cegas (cecílias).
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Os répteis possuem:
1- um corpo coberto com pele seca queratinizada (não mucosa) geralmente com escamas ou
escudos e possuem poucas glândulas superficiais;
2 - dois pares de extremidades, cada uma tipicamente com cinco dedos terminando em garras
córneas e adaptadas para correr, rastejar ou trepar; pernas semelhantes a remos nas tartarugas
marinhas, reduzidas em alguns lagartos, ausentes em alguns outros lagartos e em todas as cobras;
3 - Esqueleto completamente ossificado ; crânio com um côndilo occipital ;
4 - Coração imperfeitamente dividido em quatro câmaras , duas aurículas e um ventrículo
parcialmente dividido (ventrículos separados nos crocodilianos), o que lhes confere realmente 3
câmaras; um par de arcos aórticos ; glóbulos vermelhos nucleados, biconvexos e ovais;
5 - Respiração pulmonar ; algumas espécies (tartarugas marinhas) possuem respiração cloacal ;
6 - Doze pares de nervos cranianos;
7 - Temperatura corporal variável (pecilotermos), de acordo com o ambiente ;
8 - Fecundação interna, geralmente por órgãos copuladores ; ovos grandes, com grandes vitelos , em
cascas córneas ou calcárias geralmente libertados. Em alguns lagartos e cobras são retidos pela
fêmea para o desenvolvimento ;
9 - Envoltórios embrionários (âmnio, cório, saco vitelino e alantóide) presentes durante o
desenvolvimento; filhotes quando eclodem (nascem) assemelham-se aos adultos (sem
metamorfoses).
Aves
Constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes, endotérmicos, ovíparos, caracterizados
principalmente por possuirem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico
córneo e ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo.
As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija-flores a espécies de grande porte
como o avestruz e a ema . Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros.
Os pássaros estão incluidos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem com maior número de
espécies dentro do grupo das aves.
As espécies não-voadoras que incluem o pingüim , avestruz e etc. são especialmente vulneráveis à
extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat , poluição etc.) ou
indireta (introdução de animais/plantas exóticos, mamíferos em particular).
No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o
vôo ao animal. Entre estas podemos citar:
1 - Endotermia
2 - Desenvolvimento das penas
3 - Aquisição de ossos pneumáticos
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As penas, consideradas como diagnóstico das aves atuais, estão presentes em outros grupos de
dinossauros, entre eles o próprio Tyrannosaurus rex . Estudos apontam que a origem das penas,
provavelmente, se deu a partir de modificações das escamas dos répteis, tornando-se cada vez mais
diferenciadas, complexas e, posteriormente, vieram a possibilitar os vôos planado e batido.
Acredita-se que as penas teriam sido preservados na evolução por seu valor adaptativo, ao auxiliar
no controle térmico dos dinossauros. Os ossos pneumáticos também são encontrados em outros
grupos de répteis. Apesar de serem ocos, os ossos das aves são muito resistentes, pois preservam
um sistema de trabéculas ósseas arranjadas piramidalmente em seu interior.
Quanto a outros órgãos, as aves perderam os dentes (redução do peso total do animal) e as bexigas,
e a grande maioria dos grupos de aves perderam o ovário direito. O sistema de sacos aéreos
funciona em conjunto com o sistema respiratório (por isso a respiração em aves é diferente dos
outros grupos de tetrapodes). Ainda tem função de diminuir a densidade do animal, facilitando o
vôo e a natação (no caso de aves que mergulham).
O archaeopteryx é o mais antigo fóssil conhecido de ave e data de aproximadamente 140 milhões
de anos atrás, do período Jurássico. Era um pouco maior que uma pomba e possuía cauda longa,
percorrida pela coluna vertebral, como os répteis, além de dentes, dedos individualizados com
garras e, como característica mais marcante, penas do corpo e penas de vôo assimétricas (indícios
de que esse animal era capaz de voar). Já foram descobertas penas (ou estruturas semelhantes, mais
primitivas) em outros grupos de Dinosauria.
Mamíferos
Constituem uma classe dos animais vertebrados que se caracterizam pela presença de glândulas
mamárias nas fêmeas, que produzem leite para alimentação dos filhotes (ou crias), e a presença
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Sistemas
• Digestório
• Cardiovascular
• Linfático
• Imunológico
• Respiratório
• Urinário
• Endócrino
• Nervoso
Quadro do professor
O SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório humano é formado por um longo tubo com cerca de 9 metros de comprimento
(em um adulto), ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta
as seguintes regiões; boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
A parede do tubo digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por quatro camadas: mucosa,
submucosa, muscular e adventícia.
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BOCA
A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí encontram-se os dentes e a
língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os
alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das
enzimas. Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja
atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das
linguagens. Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão
protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte , é a substância mais dura. Sob
o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz , está situada uma camada de substância óssea
chamada dentina . A cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo,
ricamente vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cemento separa a raiz do ligamento
peridental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à mandíbula, na estrutura e composição
química assemelha-se ao osso; dispõe-se como uma fina camada sobre as raízes dos dentes. Através
de um orifício aberto na extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido
conjuntivo.
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite. À
medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente.
As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presas e os molares.
Os incisivos têm a forma de cinzel para facilitar o corte do alimento. Atrás dele, há três peças
dentais usadas para rasgar. A primeira tem uma única cúspide pontiaguda. Em seguida, há dois
dentes chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás ficam os molares, que têm uma
superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e moer os alimentos.
língua
As glândulas salivares
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a
secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias.
A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos, como o glicogênio, reduzindo-os em
moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na
cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual:
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O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a levemente
ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo alimentar, é
empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado
pelas ondas peristálticas .
A faringe
Situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: por ela
passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe. Um mecanismo fecha a
laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias. O esôfago, canal que liga a faringe
ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que
separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo..
Posteriormente a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permitindo a passagem do alimento
para o interior do estômago.
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Segmento superior : é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este compreende, por sua vez,
duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina
pela pequena tuberosidade.
Segmento inferior : é denominado "porção horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que
é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa,
é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é o cárdia.
As túnicas do estômago : o estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), muscular
(muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico).
Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O estômago tem
movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm
ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago
entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a
fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco
gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as
células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por
isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja
totalmente reconstituída a cada três dias. O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até
quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura
estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semi-líquida, o quimo . Passando
por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado,
onde ocorre a maior parte da digestão.
INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode
ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5
cm).
A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno.
No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas
enzimas digestivas.
Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula
biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando as
gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas).
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Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao fígado para serem
distribuídos pelo resto do organismo.
Os produtos da digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao
sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. Estas gorduras são
transferidas para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos sangüíneos, onde alcançam
as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados.
INTESTINO GROSSO
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver
os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo
contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com
porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e
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GLÂNDULAS ANEXAS
Pâncreas
Fígado
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos
por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos
quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos . Estes canais se unem para formar o ducto hepático
que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega
seu conteúdo no duodeno. As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias
nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e
outros hormônios . O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e
vitaminas . Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de
carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e
muitas outras substâncias .
Funções do fígado:
1 - Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim,
a ação da lipase;
2 - Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar
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SISTEMA CARDIOVASCULAR
O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que
põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado
pelas contrações rítmicas do coração. O coração das aves e mamíferos é semelhante, possuindo dois
átrios e dois ventrículos, porém a artéria aorta das aves curva-se para direita, enquanto nos
mamíferos, curva-se para a esquerda . O coração humano é responsável pelo percurso do
sangue bombeado através de todo o organismo, que é feito em aproximadamente 45 segundos em
repouso. Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer
todo o corpo nos sentidos de ida e volta, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários às
células que sustentam as atividades orgânicas.
O coração é o órgão central da circulação, localizado na caixa torácica, levemente inclinado para
esquerda e para baixo, sendo constituído pelo miocárdio (músculo cardíaco), revestido
interiormente por uma membrana fina, o endocárdio, é envolvido externamente pelo pericárdio.
O coração é constituído por duas porções: a metade direita ou coração direito, onde circula o sangue
venoso e a metade esquerda, onde circula sangue arterial. Cada uma destas metades do coração é
constituída por duas cavidades, uma superior - o átrio - e uma inferior - o ventrículo. Estas
cavidades comunicam entre si pelas válvulas auriculo-ventriculares. Os dois Átrios encontram-se
separadas pelo septo inter-auricular e os dois ventrículos pelo septo inter-ventricular.
Na cavidade atrioventricular esquerda encontra-se a válvula mitral , e no orifício
atrioventricular direito a válvula tricúspede (são válvulas que se abrem em direção ao ventrículo
e se fecham para evitar o refluxo do sangue).
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A partir daí começa a pequena circulação, onde o sangue venoso que se encontra no ventrículo
direito é bombeado (sístole) para as artérias pulmonares dirigindo-se para os pulmões, onde se
realiza a hematose pulmonar, tornando-se sangue arterial.
O sangue arterial volta ao coração através das veias pulmonares, entrando na aurícula
esquerda, que por sua vez o repassa, através da válvula mitral, para o ventrículo esquerdo que está
relaxado (diástole).
A pressão que o sangue exerce contra as paredes das artérias é denominada pressão arterial . Em
uma pessoa jovem e saudável a pressão sistólica (máxima) oscila em torno de 120 a 130 mmHg
enquanto a pressão diastólica (mínima) em torno de 70 a 80 mmHg .
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O sistema circulatório permite que algumas atividades sejam executadas com grande eficiência:
1 - transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela eliminação de
dióxido de carbono, comunicam-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue.
2 - transporte de nutrientes: no tubo digestivo, os nutrientes resultantes da digestão passam
através de um fino epitélio e alcançam o sangue. Por essa verdadeira "auto-estrada", os nutrientes
são levados aos tecidos do corpo, nos quais se difundem para o líquido intersticial que banha as
células.
3 - transporte de resíduos metabólicos : a atividade metabólica das células do corpo origina
resíduos, mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas
substâncias, de onde são formadas até os órgãos de excreção, é feito pelo sangue.
4 - transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos, distribuídas
pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do corpo. A colecistocinina,
por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue. Um
de seus efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.
5 - intercâmbio de materiais : algumas substâncias são produzidas ou armazenadas em uma parte
do corpo e utilizadas em outra parte. Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de
glicogênio, que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras células do
corpo.
6 - transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor pelas
diversas partes do organismo, colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em todas
as regiões; permite ainda levar calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado.
7 - distribuição de mecanismos de defesa : pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias,
componentes da defesa contra agentes infecciosos.
8 - coagulação sangüínea : pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de um tipo celular da
medula óssea (megacariócito), com função na coagulação sangüínea. O sangue contém ainda fatores
de coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso
sangüíneo.
A coagulação
É um processo complexo no qual o sangue forma coágulos sólidos. É uma parte importante da
hemóstasia (o cessamento da perda de sangue de um vaso danificado) na qual a parede de vaso
sanguíneo danificado é coberta por um coágulo de fibrina para parar a hemorragia e ajudar a reparar
o vaso danificado. Desordens na coagulação podem levar a uma hemorragia aumentada e/ou
trombose e emboilismo.
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Hemostasia Primária
Hemostasia Secundária
Cascata da Coagulação
Vía Intríseca
• Necessita dos fatores de coagulação VIII, IX, X, XI e XII além das proteínas pré-calicreína
(PK), cininogênio (HK) e íons cálcio.
• Começa quando a PK, o HK, fator XI e XII são expostos a cargas negativas do vaso lesado,
isso é chamado de "fase de contato".
• A pré-calicreína então converte-se em calicreína e esta ativa o fator XII.
• O fator XII ativado acaba convertendo mais prekalicreína e ativando o fator XI. Na presença
de íos cálcio, o fator XI ativado ativa o IX. Por sua vez o fator IX ativado acaba ativando o
fator VIII, o qual ativa o fator X.
Vía Extríseca
• Após a lesão vascular, o fator tissular (fator III) é lançado e forma junto ao fator VII ativado
um complexo (Complexo FT-FVIIa) que irá ativar os fatores IX e X.
• O fator X ativado junto ao co-fator VII ativado formam um complexo (Complexo
protrombinase) que irá ativar a protrombina em trombina.
• A trombina ativa outros componentes da coagulação entre eles os fatores V e VII (que ativa
o fator XI que por sua vez ativa o fator IX). Os fatores VII e IX ativados formam o
Complexo Tenase que por sua vez ativa o fator X.
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Formação da Trombina
O ponto comum entre as duas vías é a ativação do fator X em fator Xa. Por sua vez, o Fator
Xa converte a protrombina em trombina. A trombina tem várias funções:
Co-fatores da coagulação
• Cálcio: Age mediando a ligação do Fatores IXa e Xa junto as plaquetas através da ligação
terminal dos resíduos gamma-carboxi dos fatores IXa e Xa junto a fosfolípideos da
membrana das plaquetas. O cálcio também está presente em vários pontos da cascata da
coagulação.
• Vitamina K: Adiciona um carboxil ao ácido glutâmico residual dos fatores II, VII, IX e X e
também as proteínas C, S e Z.
Inibidores da Coagulação
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• Inibidor do Fator Tissular: Inibe o FVIIa relacionado com a ativação do FIX e FX.
Fatores de Coagulação
Fatores de Coagulação e Substâncias Relacionadas
Número ou Nome Função
I (Fibrinogênio) Formação do coágulo (fibrina)
Sua forma ativada (IIa) ativa os fatores I, V, VII, XIII, proteína C
II Protrombina
e plaquetas
Fator tissular Co-factor do fator VIIa (antigamente conhecido como fator III)
Necessário aos fatores de coagulação para estes se ligarem aos
Cálcio
fosfolipídios (antigamente conhecido como fator IV)
V (pró-acelerina, fator lábil) Co-fator do X com o qual forma o complexo protrombinase
VII (Fator Estável ou Pró-
Ativa os fatores IX e X
convertina)
VIII (Fator Anti-hemolítico) Co-fator do IX com o qual forma o complexo tenase
IX (Fator de Christmas) Ativa o fator X e forma complexo tenase com o VIII
X (Fator de Stuart-Prower) Ativa o II e forma complexo protrombinase com o V
XI (Antecedente Tromboplastina
Ativa o XII, IX e pré-calicreína
Plasmática )
XII (Fator de Hageman) Ativa a pré-calicreína e p fator XI
XIII (Fator estabilizante de
Fibrina com ligação cruzada
Fibrina)
Fator de von Willebrand Liga-se ao fator VIII e ajuda na adesão plaquetária
Ativa o XII e a pré-calicreína. Cliva o clininogênio de alto peso
Pré-calicreina
molecular.
Cininogênio de alto peso
Ajuda na ativação do XII, XI, e pré-calicreína
molecular (HMWK)
Fibropectina Ajuda na adesão celular
Antitrombina II Inibe o fator IIa, Xa, e outras proteases;
Co-fator heparina II Inibe o IIa, co-fator para heparina
Proteína C Inativa o Va e VIIIa
Proteína S Co-fator para ativação da proteína C
Ajuda na adesão da trombina aos fosfolipideos e estimula a
Proteína Z
degradação do fator X pelo ZPI
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SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é uma rede de linfonodos e vasos linfáticos que produzem e transportam o
fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório. O sistema linfático é um importante
componente do sistema imune, pois colabora para a proteção contra bactérias e vírus invasores.
A circulação linfática é responsável pela eliminação de impurezas que as células produzem durante
seu metabolismo. O sistema linfático coleta a linfa por difusão pelos capilares linfáticos, e o
retorna para dentro do sistema circulatório . Uma vez dentro do sistema linfático o fluido é
chamado de linfa , e tem a mesma composição do que o fluido intersticial pois é produzida pelo
excesso de líquido que sai dos capilares sanguíneos para o espaço intersticial ou intercelular.
A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das
artérias próximas e do movimento das extremidades. Pode conter microorganismos que, ao passar
pelo filtros dos gânglios linfáticos e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se
sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente
como "íngua".
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Quando micro-organismos invadem o corpo ou o mesmo encontra outro antígeno (tal como o
pólen), os antígenos são transportados do tecido para a linfa . A linfa é conduzida pelos vasos
linfáticos para o linfonodo regional. Nele, os macrófagos e células dendríticas fagocitam os
antígenos , processando-os, e apresentando os antígenos para os linfócitos , os quais podem
então iniciar a produção de anticorpos ou servir como células de memória para reconhecer o
antígeno novamente no futuro.
SISTEMA IMUNOLÓGICO
Células do sistema imune são altamente organizadas como um exército. Cada tipo de célula age de
acordo com sua função. Algumas são encarregadas de receber ou enviar mensagens de ataque, ou
mensagens de supressão (inibição), outras apresentam o “inimigo” ao exército do sistema imune,
outras só atacam para destruí-lo, outras constroem substâncias que neutralizam os “inimigos” ou
neutralizam substâncias liberadas pelos “inimigos”.
Além dos leucócitos, também fazem parte do sistema imune os mastócitos e as células do sistema
mononuclear fagocitário, (SMF) antigamente conhecido por sistema retículo-endotelial
especializadas em fagocitose e apresentação do antígeno ao exército do sistema imune. São elas:
macrófagos alveolares (nos pulmões), micróglia (no tecido nervoso), células de Kuppfer (no
fígado) e macrófagos em geral.
O nosso organismo possui mecanismos de defesa que podem ser diferenciados quanto a sua
especificidade, ou seja, existem os específicos contra o antígeno ("corpo estranho") e os
inespecíficos que protegem o corpo de qualquer material ou microorganismo estranho, sem que este
seja específico.
O organismo possui barreiras naturais que são obviamente inespecíficas , como a da pele
(queratina, lipídios e ácidos graxos), a saliva, o ácido clorídrico do estômago, o pH da vagina, a cera
do ouvido externo, muco presente nas mucosas e no trato respiratório, cílios do epitélio respiratório,
peristaltismo, flora normal, entre outros. Se as barreiras físicas, químicas e biológicas do corpo
forem vencidas , o combate ao agente infeccioso entra em outra fase ativando o sistema imune.
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Caso a resposta inflamatória não seja eficaz na contenção da infecção, o sistema imune passa a
depender de mecanismos mais específicos e sofisticados, dos quais tomam parte vários tipos
celulares, o que chamamos resposta imune específica.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que
conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares . Esses órgãos são as fossas
nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três
últimos localizados nos pulmões.
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Pulmões : Os
pulmões
humanos são
órgãos
esponjosos, com
aproximadamente
25 cm de
comprimento,
sendo envolvidos
por uma
membrana serosa
denominada
pleura . Nos
pulmões os
brônquios
ramificam-se
profusamente,
dando origem a
tubos cada vez
mais finos, os
bronquíolos . O
conjunto
altamente
ramificado de
bronquíolos é a
árvore
brônquica ou
árvore
respiratória .
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial
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Diafragma : A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o
tórax do abdomen, presente apenas em mamíferos , promovendo, juntamente com os músculos
intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla
os movimentos do diafragma.
Hematose
A hematose é a oxigenação do sangue que ocorre nos alvéolos pulmonares. Por difusão o O2
presente no ar dos alvéolos passa para os capilares sanguíneos e penetra nas hemácias, onde se
combina com hemoglobina. A molécula de hemoglobina é formada por 4 cadeias polipeptídicas
(4 seqüências de aminoácidos) combinadas com Ferro. Ao ligar-se ao O2, esse conjunto, forma a
oxiemoglobina que carrega o O2 para todos os capilares do corpo. Nos tecidos o O2 se dissocia
da hemoglobina e difunde-se nos espaços intercelulares chegando até as células.
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SISTEMA URINÁRIO
O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e
excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído por um par de rins,
um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão,
originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula
de Bowman do néfron, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi.
O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo. Essa pressão, que
normalmente é de 70 a 80 mmHg, tem intensidade suficiente para que parte do plasma passe para a
cápsula de Bowman, processo denominado filtração . Essas substâncias extravasadas para a cápsula
de Bowman constituem o filtrado glomerular , que é semelhante, em composição química, ao
plasma sanguíneo, com a diferença de que não possui proteínas , incapazes de atravessar os
capilares glomerulares.
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Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo ascendente da alça de Henle, que é
formado por células impermeáveis à água e que estão adaptadas ao transporte ativo de sais. Nessa
região, ocorre remoção ativa de sódio, ficando o líquido tubular hipotônico. Ao passar pelo túbulo
contorcido distal, que é permeável à água, ocorre reabsorção por osmose para os capilares
sangüíneos. Ao sair do néfron, a urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a reabsorção final de
água. Dessa forma, estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do plasma;
porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que aproximadamente 99%
do filtrado glomerular é reabsorvido.
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Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos renais se reúnem para formar um vaso
único, a veia renal, que leva o sangue para fora do rim, em direção ao coração.
A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a homeostase, ou seja, com a regulação
da quantidade de líquidos do corpo mantendo a estabilidade dos níveis de sais, água e açúcar do
sangue. Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais concentrada, em
função da maior reabsorção de água; havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos
concentrada, em função da menor reabsorção de água. O principal agente regulador do equilíbrio
hídrico no corpo humano é o hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e
armazenado na hipófise. A concentração do plasma sangüíneo é detectada por receptores osmóticos
localizados no hipotálamo. Havendo aumento na concentração do plasma (pouca água), esses
osmorreguladores estimulam a produção de ADH. Esse hormônio passa para o sangue, indo atuar
sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores do néfron, tornando as células desses tubos
mais permeáveis à água. Dessa forma, ocorre maior reabsorção de água e a urina fica mais
concentrada. Quando a concentração do plasma é baixa (muita água), há inibição da produção do
ADH e, conseqüentemente, menor absorção de água nos túbulos distais e coletores, possibilitando a
excreção do excesso de água, o que torna a urina mais diluída.
Os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada vez mais grossos.
A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter , que deixa o rim em direção à
bexiga urinária que é uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja função é
acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode conter mais de ¼ de litro (250
ml) de urina, que é eliminada periodicamente através da uretra.
A uretra é um tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na região vulvar e, no homem, na
extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se fechada por anéis musculares -
chamados esfíncteres . Quando a musculatura desses anéis relaxa-se e a musculatura da parede da
bexiga contrai-se, urinamos
SISTEMA ENDÓCRINO
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade
característica a produção de secreções denominadas hormônios , que são lançados na corrente
sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua
função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados
órgãos-alvo .
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cápsula conjuntiva que emite septos, dividindo-as em lobos. Vasos sangüíneos e nervos penetram
nas glândulas, fornecendo alimento e estímulo nervoso para as suas funções.
Hipófise ou pituitária
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Hipotálamo
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Tireóide
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Paratireóides
Adrenais ou supra-renais
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Pâncreas
O Glucagon (gr. gluco , glicose e agon , agonista, ou agonista para a glicose ). é o hormônio
responsável pelo aumento da glicemia (taxa de glicose no sangue), contrapondo-se aos efeitos da
insulina. O glucagon ajuda a manter os níveis de glicose no sangue ao se ligar aos receptores do
glucagon nos hepatócitos (células do fígado), fazendo com que o fígado libere glicose ,
armazenada na forma de glicogênio , através de um processo chamado glicogenólise .
Quando as reservas de glicogênio acabam , o glucagon faz com que o fígado sintetize glicose
adicional através da gliconeogênese . (produção de glicose a partir de precursores não-glicídios:
lactato, aminoácidos e glicerol).
Em ambos os casos, a glicose é então lançada na corrente sanguínea para suprir as células. Estes
dois mecanismos levam à liberação de glicose pelo fígado, prevenindo o desenvolvimento de uma
hipoglicemia.
Em condições normais, a ingestão de glicose suprime a secreção de glucagon . Por isso os níveis
séricos de glucagon aumentam durante o jejum.
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A gliconeogênese provocada pelo glucacon é importante para certos tecidos como as células
nervosas e para os eritrócitos que necessitam continuamente de energia. Por outro lado, o fígado
utiliza intensamente essa via para fazer a conversão de lactato em glicose, assim como aumenta a
proteólise e a lipólise interferindo também no metabolismo dos carboidratos.
SISTEMA NERVOSO
No sistema nervoso diferenciam-se duas linhagens celulares: os neurônios e as células da glia (ou
da neuroglia). Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos
do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a
manutenção da homeostase. Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades
fundamentais: a irritabilidade (também denominada excitabilidade ou responsividade) e a
condutibilidade . Irritabilidade é a capacidade que permite a uma célula responder a estímulos,
sejam eles internos ou externos. Portanto, irritabilidade é uma propriedade que torna a célula apta a
responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do organismo. No entanto, as
respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também diferem umas das outras. A resposta
emitida pelos neurônios assemelha-se a uma corrente elétrica transmitida ao longo de um fio
condutor: uma vez excitados pelos estímulos, os neurônios transmitem essa onda de excitação -
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chamada de impulso nervoso - por toda a sua extensão em grande velocidade e em um curto espaço
de tempo. Esse fenômeno deve-se à propriedade de condutibilidade .
Os dendritos são prolongamentos geralmente muito ramificados e que atuam como receptores de
estímulos, funcionando portanto, como "antenas" para o neurônio. Os axônios são prolongamentos
longos que atuam como condutores dos impulsos nervosos. Os axônios podem se ramificar e essas
ramificações são chamadas de colaterais . Todos os axônios têm um início (cone de implantação),
um meio (o axônio propriamente dito) e um fim ( terminal axonal ou botão terminal ). O terminal
axonal é o local onde o axônio entra em contato com outros neurônios e/ou outras células e passa a
informação (impulso nervoso) para eles. A região de passagem do impulso nervoso de um
neurônio para a célula adjacente chama-se sinapse . Às vezes os axônios têm muitas
ramificações em suas regiões terminais e cada ramificação forma uma sinapse com outros dendritos
ou corpos celulares.
Os corpos celulares dos neurônios são geralmente encontrados em áreas restritas do sistema
nervoso, que formam o Sistema Nervoso Central ( SNC ), ou nos gânglios nervosos, localizados
próximo da coluna vertebral. Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos neurônios,
formando feixes chamados nervos , que constituem o Sistema Nervoso Periférico ( SNP ).
O axônio está envolvido por um dos tipos celulares seguintes: célula de Schwann (encontrada
apenas no SNP) e oligodendrócito (encontrado apenas no SNC). Esses tipos celulares determinam
a formação da bainha de mielina, invólucro principalmente lipídico que atua como isolante térmico
e facilita a transmissão do impulso nervoso. No caso dos axônios mielinizados envolvidos pelas
células de Schwann, a parte celular da bainha de mielina, onde estão o citoplasma e o núcleo desta
célula, constitui o chamado neurilema .
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O impulso nervoso
Como a saída de sódio não é acompanhada pela entrada de potássio na mesma proporção ,
estabelece-se uma diferença de cargas elétricas entre os meios intra e extracelular: há déficit de
cargas positivas dentro da célula e as faces da membrana mantêm-se eletricamente
carregadas . O potencial eletronegativo criado no interior da fibra nervosa devido à bomba de
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Para transferir informação de um ponto para outro no sistema nervoso, é necessário que o potencial
de ação, uma vez gerado, seja conduzido ao longo do axônio. Um potencial de ação iniciado em
uma extremidade de um axônio apenas se propaga em uma direção, não retornando pelo
caminho já percorrido . Conseqüentemente, os potenciais de ação são unidirecionais - ao que
chamamos condução ortodrômica . Uma vez que a membrana axonal é excitável ao longo de toda
sua extensão, o potencial de ação se propagará sem decaimento . Axônios com menor diâmetro
necessitam de uma maior despolarização para alcançar o limiar do potencial de ação. Nesses
axônios, a presença de bainha de mielina acelera a velocidade da condução do impulso nervoso.
O percurso do impulso nervoso no neurônio é sempre no sentido dendrito è corpo celular è
axônio.
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Os sentidos fundamentais do corpo humano - visão, audição, tato, gustação ou paladar e olfato -
constituem as funções que propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. Por meio dos
sentidos, o nosso corpo pode perceber muita coisa do que nos rodeia; contribuindo para a nossa
sobrevivência e integração com o ambiente em que vivemos. Existem determinados receptores,
altamente especializados, capazes de captar estímulos diversos. Tais receptores, chamados
receptores sensoriais, são formados por células nervosas capazes de traduzir ou converter esses
estímulos em impulsos elétricos ou nervosos que serão processados e analisados em centros
específicos do sistema nervoso central (SNC), onde será produzida uma resposta (voluntária ou
involuntária). A estrutura e o modo de funcionamento destes receptores nervosos especializados é
diversa.
Tipos de receptores:
1) Exteroceptores : respondem a estímulos externos, originados fora do organismo.
2) Proprioceptores : os receptores proprioceptivos encontram-se no esqueleto e nas inserções
tendinosas, nos músculos esqueléticos (formando feixes nervosos que envolvem as fibras
musculares) ou no aparelho vestibular da orelha interna. Detectam a posição do indivíduo no
espaço, assim como o movimento, a tensão e o estiramento musculares.
3) Interoceptores : respondem a estímulos viscerais ou outras sensações como sede e fome.
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Em geral, os receptores sensitivos podem ser simples, como uma ramificação nervosa; mais
complexos, formados por elementos nervosos interconectados ou órgãos complexos, providos de
sofisticados sistemas funcionais. Dessa maneira:
1- pelo tato - sentimos o frio, o calor, a pressão atmosférica, etc;
2 - pela gustação - identificamos os sabores;
3 - pelo olfato - sentimos o odor ou cheiro;
4 - pela audição - captamos os sons;
5 - pela visão - observamos as cores, as formas, os contornos, etc.
Portanto, em nosso corpo os 5 órgãos dos sentidos estão encarregados de receber estímulos
externos. Esses órgãos são:
1 - a pele - para o tato;
2 - a língua - para a gustação;
3 - as fossas nasais - para o olfato;
4 - os ouvidos - para a audição;
5 - os olhos - para a visão.
VISÃO
2- túnica intermédia vascular pigmentada : úvea . Compreende a coróide , o corpo ciliar e a íris
. A coróide está situada abaixo da esclerótica e é intensamente pigmentada. Esses pigmentos
absorvem a luz que chega à retina, evitando sua reflexão. Acha-se intensamente vascularizada e tem
a função de nutrir a retina. Possui uma estrutura muscular de cor variável – a íris, a qual é dotada de
um orifício central cujo diâmetro varia, de acordo com a iluminação do ambiente – a pupila.
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3- túnica interna nervosa: retina . É a membrana mais interna e está debaixo da coróide. A
camada mais interna, denominada camada de células ganglionares , contém os corpos celulares
das células ganglionares, única fonte de sinais de saída da retina , que projeta axônios através do
nervo óptico.
Há duas regiões especiais na retina: a fovea centralis (ou fóvea ou mancha amarela ) e o ponto
cego . A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem do objeto focalizado, e a
imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a região da retina mais altamente especializada
para a visão de alta resolução . A fóvea contém apenas cones e permite que a luz atinja os
fotorreceptores sem passar pelas demais camadas da retina, maximizando a acuidade visual.
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Sistemas
• Tegumentar
• Sustentação
• Muscular
• Reprodução
Quadro do professor
SISTEMA TEGUMENTAR
O tegumento humano , mais conhecido como pele, é formado por duas camadas distintas,
firmemente unidas entre si: a epiderme e a derme .
Toda a superfície cutânea está provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos
térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos são
especializados na recepção de estímulos específicos. Na epiderme não existem vasos sangüíneos .
Os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sangüíneos da
derme .
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Nas camadas inferiores da epiderme estão os melanócitos, células que produzem melanina ,
pigmento que determina a coloração da pele.
As glândulas anexas – sudoríparas e sebáceas – encontram-se mergulhadas na derme, embora
tenham origem epidérmica. O suor (composto de água, sais e um pouco de uréia) é drenado pelo
duto das glândulas sudoríparas, enquanto a secreção sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a
epiderme e os pêlos) sai pelos poros de onde emergem os pêlos. A transpiração ou sudorese tem
por função refrescar o corpo quando há elevação da temperatura ambiental ou quando a temperatura
interna do corpo sobe, devido, por exemplo, ao aumento da atividade física.
A derme , localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras
protéicas, vasos sangüíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais
células da derme são os fibroblastos , responsáveis pela produção de fibras e de uma substância
gelatinosa, a substância amorfa , na qual os elementos dérmicos estão mergulhados. A epiderme
penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. Na
derme encontramos ainda: músculo eretor de pêlo, fibras elásticas (elasticidade), fibras colágenas
(resistência), vasos sangúíneos e nervos.
Hipoderme - Sob a pele, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo , rico
em fibras e em células que armazenam gordura (células adiposas ou adipócitos). A camada
subcutânea, denominada hipoderme , atua como reserva energética, proteção contra choques
mecânicos e isolante térmico.
Unhas e pêlos são constituídos por células epidérmicas queratinizadas, mortas e compactadas. Na
base da unha ou do pêlo há células que se multiplicam constantemente, empurrando as células mais
velhas para cima. Estas, ao acumular queratina, morrem e se compactam, originando a unha ou o
pêlo. Cada pêlo está ligado a um pequeno músculo eretor , que permite sua movimentação, e a uma
ou mais glândulas sebáceas, que se encarregam de sua lubrificação.
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Papilas (elevações da pele ) as impressões digitais são os desenhos, deixados em uma superfície
lisa, formados pelas papilas, presentes nas polpas dos dedos das mãos. Usadas há mais de mil anos
como forma de identificação de pessoas, sabemos hoje que as impressões digitais são únicas, sendo
diferentes inclusive entre gêmeos univitelinos. As papilas são formadas no feto e acompanham a
pessoa pela vida toda, sem apresentar grandes mudanças. Algumas pessoas, contudo, apresentam as
pontas dos dedos lisas, o que caracteriza a chamada Síndrome de Nagali.
SISTEMA DE SUSTENTAÇÃO
SISTEMA ESQUELÉTICO
1-Esqueleto axial
1.1-Caixa craniana - Possui os seguintes ossos importantes: frontal, parietais, temporais, occipital,
esfenóide, nasal, lacrimais, malares ("maçãs do rosto" ou zigomático), maxilar superior e mandíbula
(maxilar inferior).
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1.2-Coluna vertebral - É uma coluna de vértebras que apresentam cada uma um buraco, que se
sobrepõem constituindo um canal que aloja a medula nervosa ou espinhal; é dividida em regiões
típicas que são: coluna cervical (região do pescoço), coluna torácica, coluna lombar, coluna sacral,
coluna cocciciana (coccix).
1.3-Caixa torácica - É formada pela região torácica de coluna vertebral, osso esterno e costelas, que
são em número de 12 de cada lado, sendo as 7 primeiras verdadeiras (se inserem diretamente no
esterno), 3 falsas (se reúnem e depois se unem ao esterno), e 2 flutuantes (com extremidades
anteriores livres, não se fixando ao esterno).
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2- Esqueleto apendicular
2-1- Membros e cinturas articulares
Cada membro superior é composto de braço, antebraço, pulso e mão. O osso do braço – úmero –
articula-se no cotovelo com os ossos do antebraço: rádio e ulna . O pulso constitui-se de ossos
pequenos e maciços, os carpos . A palma da mão é formada pelos metacarpos e os dedos, pelas
falanges .
Cada membro inferior compõe-se de coxa, perna, tornozelo e pé. O osso da coxa é o fêmur , o mais
longo do corpo. No joelho, ele se articula com os dois ossos da perna: a tíbia e a fíbula . A região
frontal do joelho está protegida por um pequeno osso circular: a rótula . Ossos pequenos e maciços,
chamados tarsos , formam o tornozelo. A planta do pé é constituída pelos metatarsos e os dedos
dos pés (artelhos), pelas falanges .
Os membros estão unidos ao corpo mediante um sistema ósseo que toma o nome de cintura ou de
cinta. A cintura superior se chama cintura torácica ou escapular (formada pela clavícula e pela
escápula ou omoplata ); a inferior se chama cintura pélvica , popularmente conhecida como bacia
(constituída pelo sacro - osso volumoso resultante da fusão de cinco vértebras, por um par de ossos
ilíacos e pelo cóccix , formado por quatro a seis vértebras rudimentares fundidas). A primeira
sustenta o úmero e com ele todo o braço; a segunda dá apoio ao fêmur e a toda a perna.
Juntas e articulações
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Junta é o local de junção entre dois ou mais ossos. Algumas juntas, como as do crânio, são fixas;
nelas os ossos estão firmemente unidos entre si. Em outras juntas, denominadas articulações , os
ossos são móveis e permitem ao esqueleto realizar movimentos.
Ligamentos - Os ossos de uma articulação mantêm-se no lugar por meio dos ligamentos, cordões
resistentes constituídos por tecido conjuntivo fibroso. Os ligamentos estão firmemente unidos às
membranas que revestem os ossos.
B- Curtos : têm as três extremidades praticamente equivalentes e são encontrados nas mãos e nos
pés. São constituídos por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: calcâneo, tarsos, carpos.
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C - Planos ou Chatos : são formados por duas camadas de tecido ósseo compacto, tendo entre elas
uma camada de tecido ósseo esponjoso e de medula óssea Exemplos: esterno, ossos do crânio, ossos
da bacia, escápula.
Revestindo o osso compacto na diáfise, existe uma delicada membrana - o periósteo - responsável
pelo crescimento em espessura do osso e também pela consolidação dos ossos após fraturas (calo
ósseo). As superfícies articulares são revestidas por cartilagem. Entre as epífises e a diáfise
encontra-se um disco ou placa de cartilagem nos ossos em crescimento, tal disco é chamado de
disco metafisário (ou epifisário) e é responsável pelo crescimento longitudinal do osso. O interior
dos ossos é preenchido pela medula óssea, que, em parte é amarela, funcionando como depósito
de lipídeos, e, no restante, é vermelha e gelatinosa, constituindo o local de formação das células
do sangue, ou seja, de hematopoiese. O tecido hemopoiético é popularmente conhecido por
"tutano". As maiores quantidades de tecido hematopoético estão nos ossos da bacia e no esterno.
Nos ossos longos, a medula óssea vermelha é encontrada principalmente nas epífises.
A matriz óssea é composta por uma parte orgânica (35%, representa a flexibilidade do osso), e uma
parte inorgânica (65%, representa a rigidez e resistencia do osso)
A matriz inorgânica é dada basicamente por íons de fosfato e cálcio , formando cristais de
hidroxiapatita .
A matriz orgânica é composta na sua grande maioria por colágeno.
produção da parte orgânica da matriz. São cúbicas ou cilíndricas e são encontradas na superfície do
periósteo (membrana fina que reveste o osso).
Os osteócitos são os osteoblastos maduros, ou seja, células adultas que atuam na manutenção dos
componentes químicos da matriz. Os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro
da matriz óssea. Destas lacunas formam-se canalículos que se dirigem para outras lacunas, tornando
assim a difusão de nutrientes possível graças à comunicação entre os osteócitos. Os osteócitos têm
um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea. Eles sintetizam a parte
orgânica da matriz óssea, composta por colágeno e glicoproteínas. Também concentram fosfato de
cálcio , participando da mineralização de matriz.
Os osteoclasto são células móveis, gigantes e extensamente ramificadas, com partes dilatadas e
multinucleada. São responsáveis pela reabsorção da matriz e de tecido ósseo. Estas células se
originam de precursores mononucleados provenientes da medula óssea que, ao contato com o tecido
ósseo, unem-se para formar os osteoclatos multinucleados. A superfície ativa dos osteoclastos,
voltada para a matriz óssea, apresenta prolongamentos vilosos irregulares que liberam hidrolases
que atuam localmente digerindo a matriz orgânica e dissolvendo os cristais de sais de cálcio. A
atividade dos osteoclastos é coordenada pelos hormônios calcitocina, produzido pela glândula
tireóide, e pelo paratormônio, secretado pelas glândulas paratireóides. As enzimas protelíticas
emitidas pelo osteoclastos, durante o processo de destruição da matriz óssea, tendem a atuar na
parte orgânica. A principal enzima emitida é a colagenase, responsável pela despolimerização do
colágeno.
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SISTEMA MUSCULAR
O sistema muscular dos animais é o conjunto de órgãos ( músculos ) que lhes permite moverem-
se, tanto externa, como internamente. O sistema muscular dos vertebrados é formado por três tipos
de músculo: cardíaco , estriado e liso . Os músculos estriados são controlados pela vontade do
homem, e por serem ligados aos ossos permitem a movimentação do corpo. Os músculos lisos são
involuntários e trabalham para movimentar os órgãos internos (exemplo: movimentos do esôfago).
O músculo cardíaco é um músculo estriado, que move o coração; no entanto, possui como
característica não estar sob qualquer controle voluntário, sendo por isso colocado a parte. O
movimento dos músculos é controlado pelo sistema nervoso . Existem mais de 650 músculos no
corpo humano.
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Testículos : são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os
ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli e pelo epitélio germinativo,
onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células
intersticiais ou de Leydig produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona,
responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais
secundários:
1 - Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
2 - Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
3 - Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do
tamanho das fibras musculares.
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Epidídimos : são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são
armazenados.
Canais deferentes : são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-
se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais : responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto
ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição
do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é
constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos,
colina e prostaglandinas.
Próstata : glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que
neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides.
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper : sua secreção transparente é lançada dentro da uretra
para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do
pênis durante o ato sexual.
Pênis : é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos
de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra).
Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a
abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de
estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se
rijo. Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a
pessoa tem fimose .
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se
contraem durante a ereção para que não haja misturas entre a urina e o sêmen. Todos os
espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto : Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser
produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo
(36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que
tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a
uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
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No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão
transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários -
encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos . A
partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a
desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno .
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Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio : são dois ductos que unem o ovário ao útero.
Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios
microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o
útero.
Útero : órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de
parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente
por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio .
FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção láctea. Em geral, a
progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e, também, das células
que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele
seja intensamente invadido por vasos sangüíneos; determina, ainda, o surgimento de numerosas
glândulas produtoras de glicogênio . Finalmente, a progesterona inibe as contrações do útero e
impede a expulsão do embrião que se está implantando ou do feto em desenvolvimento.
O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículo-estimulante
e luteinizante, pela hipófise , e dos estrogênios e progesterona, pelos ovários. O ciclo de fenômenos
que induzem essa alternância tem a seguinte explicação:
5. Nessa ocasião, a hipófise, que estava inibida pelo estrogênio e pela progesterona, começa a
secretar outra vez grandes quantidades de hormônio folículo-estimulante, iniciando um novo ciclo.
Esse processo continua durante toda a vida reprodutiva da mulher.
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Resposta: Considerando o primeiro dia do ciclo como 22 e que seu ciclo é de 28 dias, temos:
22 23 24 25 26 27 28 29 30
[ 01 02 03 04 05 06 07 08 09 ]
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Como é comum em algumas mulheres uma pequena variação no tamanho do ciclo menstrual, o
cálculo para o período fértil deverá compreender o ciclo mais curto e o mais longo. Neste caso,
primeiramente a mulher deverá anotar o 1° dia da menstruação durante vários meses e calcular a
duração de seus ciclos (cada um deles contado do primeiro dia da menstruação). A partir daí, deverá
proceder da seguinte forma para calcular o período fértil:
1 - subtrair 14 dias do ciclo mais curto (dia da ovulação);
2 - subtrair 14 dias do ciclo mais longo (dia da ovulação);
3 - subtrair pelo menos 3 dias do dia da ovulação do ciclo mais curto e somar 3 dias ao dia da
ovulação do ciclo mais longo.
Exemplo: suponha que o ciclo mais curto da mulher exemplificada anteriormente tenha sido de 26
dias e o mais longo, de 30 dias. O cálculo do período fértil será feito assim:
1 - subtraindo 14 dias do ciclo mais curto: 26 - 14 = 12 - a ovulação deverá ter ocorrido no 12° dia
do ciclo mais curto;
2 - subtraindo 14 dias do ciclo mais longo: 30 - 14 = 16 - a ovulação deverá ter ocorrido no 16° dia
do ciclo mais longo;
3 - subtraindo 3 dias do dia da ovulação do ciclo mais curto (12 - 3 = 9) e somando 3 dias ao dia da
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ovulação do ciclo mais longo (16 + 3 = 19), o período fértil ficará entre o 9° e o 19° dia de qualquer
ciclo menstrual desta mulher. Os dias restantes serão os dias não-férteis.
22 23 24 25 26 27 28 29 [30
01 02 03 04 05 06 07 08 09
10 ] 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Os cálculos acima só funcionam para mulheres com ciclos regulares (ou que sofrem apenas
pequenas variações nos ciclos).
A reprodução sexuada envolve a união do espermatozóide com o óvulo, ambos haplóides , o que
torna possível a mistura dos caracteres genéticos das populações de uma espécie.
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Durante a formação dos gametas, o número de cromossomos é reduzido à metade por duas divisões
meióticas . Essas divisões originam quatro espermátides oriundas de uma única espermatogônia e
cada espermátide e, então, transformada em uma célula pequena, compacta, adaptada para o
transporte material genético para o óvulo. Já na Ovogênese, o citoplasma divide-se de maneira
desigual entre as quatro células filhas de modo que apenas uma, o óvulo, obtém todo o material
vitelínico.
Fecundação e desenvolvimento
A fecundação compreende todos os eventos desde a penetração na zona pelúcida da membrana do
óvulo pelo acrossoma do espermatozóide até a união dos cromossomas do espermatozóide e do
óvulo em um só núcleo , restaurando o número diplóide de cromossomas . A fecundação interna,
no interior do corpo da fêmea, requer a cópula e uma gravidez normal dura cerca de 39 semanas, ou
280 dias, contando a partir do início do último período menstrual.
Após a fecundação, enquanto percorre a tuba
uterina, o zigoto inicia divisões mitóticas,
denominadas clivagem. A clivagem conduz o
zigoto a um estágio multicelular conhecido
como blástula, possuindo células chamadas
blastômeros.
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Por volta da terceira semana, inicia-se a formação da notocorda formando o eixo primitivo do
embrião em torno do qual se constituirá o esqueleto axial e tubo neural. O embrião continua se
desenvolvendo a partir das três camadas germinativas que diferenciam-se nos vários tecidos e
órgãos, de modo que, ao final do período embrionário, os primórdios de todos os principais sistemas
de órgãos já foram estabelecidos.
O bebê que está se desenvolvendo, recebe o nome de embrião durante as oito primeiras semanas;
depois é chamado de feto. Todos os seus órgãos importantes se desenvolvem durante o primeiro
trimestre. No segundo trimestre, o feto já tem uma aparência humana reconhecível e cresce com
rapidez. A gravidez da mãe é evidente, tanto externa como internamente. Seu ritmo cardíaco e
pressão sanguínea aumentam para adaptar-se as necessidades do feto. No terceiro trimestre, os
órgãos do bebê amadurecem. As probabilidades de sobrevivência do feto aumentam a cada semana
que permanece no útero.
Vilosidades coriônicas
A superfície da bolsa amniótica é recoberta por projeções chamadas vilosidades coriônicas, que
penetram no endométrio. Ao redor das vilosidades formam-se lacunas onde circula o sangue
materno. Assim ocorrem trocas entre o sangue do embrião, que circula nas vilosidades, e o sangue
materno, que circula nas lacunas. Alimento e gás oxigênio passam do sangue da mãe para o do
filho, enquanto excreções e gás carbônico fazem o caminho inverso.
Placenta
A partir do segundo mês de vida embrionária, a maior parte das vilosidades coriônicas regride.
Resta, porém, uma região onde a implantação das vilosidades no endométrio é mais profunda.
Nesse local terá origem a placenta.
O embrião se comunica com a placenta através de um cordão revestido de pele, o cordão umbilical,
no interior do qual existem duas artérias e uma veia. As artérias levam sangue do corpo do embrião
até a placenta, enquanto a veia traz o sangue da placenta para o embrião.
Hormônios da gravidez
O embrião recém-implantado na parede do útero informa a sua presença ao corpo da mãe por meio
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Parto
Parto é o processo mediante o qual a criança é expulsa do útero através da vagina, no nono mês da
gravidez. Nessa época, o feto mede cerca de 50 cm de comprimento e pesa em média 3 e 3,5 kg.
Inicia-se com contrações irregulares do útero a cada 20 ou 30 minutos, com freqüência e
intensidade que aumentam com o avanço do processo. No momento do parto, o colo do útero se
dilata e a musculatura uterina passa a se contrair ritmicamente. A bolsa amniótica se rompe e o
líquido extravasa pela vagina. O feto com a cabeça voltada para baixo, é empurrado para fora do
útero pelas fortes contrações da musculatura uterina. A vagina se dilata, permitindo a passagem do
bebê.
A placenta se desprende da parede uterina e também é expulsa pela vagina, juntamente com o
sangue proveniente do rompimento dos vasos sanguíneos maternos. Nesse momento, o cordão
umbilical, que liga o feto à placenta, deve ser cortado. A duração normal de um parto é de 13 a 14
horas, para a mulher que espera seu primeiro filho, e de 8 a 9 horas, para a mulher que já tenha dado
à luz. O desprendimento da placenta induz a respiração do recém-nascido. O gás carbônico reduzido
pelas células do bebê se acumula em seu sangue, uma vez que não pode mais ser eliminado para o
sangue da mãe, através da placenta. Em poucos segundos, a concentração de gás carbônico na
circulação do bebê eleva-se a ponto de estimular os centros cerebrais que controlam a respiração.
Esses centros induzem o sistema respiratório do recém-nascido a funcionar.
HORMÔNIOS DO PARTO
A ocitocina é um hormônio que potencializa as contrações uterinas tornando-as fortes e
coordenadas, até completar-se o parto. Quando inicia a gravidez, não existem receptores no
útero para a ocitocina. Estes receptores vão aparecendo gradativamente no decorrer da gravidez.
Quando a ocitocina se liga a eles, causa a contração do músculo liso uterino e também,
estimulação da produção de prostaglandinas, pelo útero, que ativará o músculo liso uterino.
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O parto depende tanto da secreção de ocitocina quanto da produção das prostaglandinas, porque
sem estas, não haverá a adequada dilatação do colo do útero e conseqüentemente, o parto não irá
progredir normalmente. Não são bem conhecidos os fatores desencadeantes do trabalho de parto.
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a expulsão da criança.
- promove a ejeção do
leite durante a
amamentação
Ovário Estrógeno diversos crescimento do corpo e
dos órgãos sexuais;
estimula o
desenvolvimento das
características sexuais
secundárias.
hipófise inibe a produção de FSH
e estimula a produção de
LH
Sistema Reprodutor estimula a maturação
dos órgãos reprodutores
e do endométrio,
preparando o útero para
a gravidez
Progesterona hipófise inibe a produção de LH
útero completa a regeneração
da mucosa uterina,
estimula a secreção das
glândulas endometriais
e mantém o útero
preparado para a
gravidez.
mamas estimula o
desenvolvimento das
glândulas mamárias para
secreção láctea.
Placenta HGC corpo lúteo estimula a produção de
progesterona e
estrógeno; inibe a
menstruação e nova
ovulação.
A) Métodos comportamentais:
Método Rítmico ou Ogino-Knaus (do calendário ou tabelinha) : procura calcular o início e o fim
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do período fértil (já explicado anteriormente no ciclo menstrual) e somente é adequado para
mulheres com ciclo menstrual regular. A mulher deve ser orientada, inicialmente, a marcar no
calendário os últimos 6 a 12 ciclos menstruais com data do primeiro dia e duração, calculando então
o seu período fértil e abstendo-se de relações sexuais com contato genital neste período. É pouco
eficaz se não for combinado com outros métodos, como preservativos ou espermicidas, pois
depende da abstenção voluntária nos períodos férteis da mulher, onde a libido (desejo sexual) se
encontra em alta.
B) Métodos de Barreira
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D) Anticoncepção Hormonal
Desvantagens:
1 - Pode causar efeitos colaterais em algumas mulheres, como náusea, sensibilidade dos seios,
ganho de peso ou retenção de água, alterações no humor, manchas na pele, dor de cabeça, aumento
na pressão sangüínea.
2 - Mulheres fumantes, com problemas cardíacos, com doenças do fígado e do coração, hipertensão,
suspeita de gravidez, flebite ou varizes, glaucoma, enxaqueca, derrame, ou obesidade não devem
usar pílulas.
3 - É menos efetiva quando tomada com algumas drogas. Certas medicações, especificamente
antibióticos interferem na ação das pílulas, tornando o controle menos efetivo.
4 - Uma falha no esquema de tomar a pílula pode cancelar ou diminuir sua efetividade.
5 - Tomada por muito tempo, pode aumentar o risco de câncer de mama. E não é recomendada para
mulheres com menos de 16 ou mais de 40 anos.
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E) Métodos definitivos
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Genética
Quadro do professor
.Genética
Gregor Johann Mendel foi um monge agostiniano, botânico e meteorologista austríaco que nasceu
em 1822. Filho de uma família de humildes camponeses em casa costumava observar e estudar as
plantas. Sendo um brilhante estudante seus familiares o encorajou a seguir os estudos superiores, e
aos 21 anos entrou em um mosteiro da Ordem de Santo Agostinho. Obedecendo aos costumes da
ordem, ao tornar-se monge, adotou outro nome: "Gregor". No mosteiro Mendel fazia a supervisão
dos jardins, estudou no Instituto de Filosofia de Olmütz e na Universidade de Viena tornando-se
professor de ciências naturais na Escola Superior de Brno. Dedicou sua vida ao estudo do
cruzamento de muitas espécies: feijões, chicória, plantas frutíferas, abelhas e principalmente
ervilhas cultivadas na horta do mosteiro onde vivia analisando os resultados matematicamente.
Gregor Mendel, "o pai da genética", como é conhecido, propôs que a existência de características
(tais como a côr) das flores é devido à existência de um par de unidades elementares de
hereditariedade, agora conhecidas como genes. Morreu a 6 de Janeiro de 1884, em Brno de uma
doença renal crônica.
Em seus estudos Mendel observou que as diferentes linhagens, para os diferentes caracteres
escolhidos, eram sempre puras, isto é, não apresentavam variações ao longo das gerações. Por
exemplo, a linhagem que apresentava sementes da cor amarela produziam descendentes que
apresentavam exclusivamente a semente amarela. O mesmo caso ocorre com as ervilhas com
sementes verdes. Essas duas linhagens eram, assim, linhagens puras. Mendel resolveu então estudar
esse caso em especifico.
A flor de ervilha é uma flor típica da família das Leguminosae em cujo interior ficam os órgãos
reprodutores masculinos e femininos. Por isso, nessa família, a norma é haver autofecundação, ou
seja, o grão de pólen da antera de uma flor cai no pistilo da própria flor, não ocorrendo fecundação
cruzada. Logo para cruzar uma linhagem com a outra era necessário evitar a autofecundação.
Mendel escolheu alguns pés de ervilha de semente amarela e outros de semente verde, e retirou das
flores as anteras imaturas, tornando-as, desse modo, completamente femininas. Depois de algum
tempo, quando as flores se desenvolveram e estavam maduras, polinizou as flores de ervilha
amarela com o pólen das flores verdes, e vice-versa. Essas plantas constituem portanto as
linhagens parentais . Os descendentes desses cruzamentos constituem a primeira geração em
estudo designada por geração F1 , assim como as seguintes são designadas por F2, F3 , etc.
Resultados em F1
Todas as sementes obtidas em F1 (primeira geração), foram amarelas, portanto iguais a um dos pais.
Uma vez que todas as sementes eram iguais, Mendel plantou-as e deixou que as plantas quando
florescessem, autofecundassem-se, produzindo assim a geração F2 (segunda geração).
Resultados em F2
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Para explicar a ocorrência de somente sementes amarelas em F1 e os dois tipos em F2, Mendel
começou admitindo a existência de fatores que passassem dos pais para os filhos por meio dos
gametas. Cada fator seria responsável pelo aparecimento de um caráter .
Assim, existiria um fator que condiciona o caráter amarelo e que podemos representar por V
(maiúsculo), e um fator que condiciona o caráter verde e que podemos representar por v
(minúsculo). Quando a ervilha amarela pura é cruzada com uma ervilha verde pura, o híbrido F1
recebe o fator V e o fator v, sendo portanto, portador de ambos os fatores. As ervilhas obtidas em
F1 eram todas amarelas, isso quer dizer que, embora tendo o fator v (minúsculo), esse não se
manifestou. Mendel chamou de "dominante" o fator que se manifesta em F1, e de "recessivo" o que
não aparece. Utiliza-se sempre a letra do caráter recessivo para representar ambos os caráteres,
sendo maiúscula a letra do dominante e minúscula a do recessivo.
Continuando a análise, Mendel contou em F2, o número de indivíduos com caráter recessivo, e
verificou que eles ocorrem sempre na proporção de 3 dominantes para 1 recessivo (3:1). Mendel
chegou a conclusão que o fator para verde só se manifesta em individuos puros, ou seja com ambos
os fatores iguais a v (minúsculo). Em F1 as plantas possuíam tanto os fatores V quanto o fator v
sendo, assim, necessariamente amarelas. Podemos representar os indivíduos da geração F1 como
Vv (heterozigoto, e, naturalmente, dominante). Logo para poder formar indivíduos vv (homozigotos
recessivos) na geração F2 os gametas formados na fecundação só poderiam ser vv.
Esse fato foi posteriormente explicado pela meiose, que ocorre durante a formação dos gametas.
Mendel havia criado então sua teoria sobre a hereditariedade e da segregação dos fatores.
A primeira lei de Mendel , chamada de lei da segregação ou lei da pureza dos gametas , pode
ser enunciada da seguinte forma:
1a Lei de Mendel : (Monoibrídismo) Cada caráter e condicionado por dois fatores . Eles se
separam na formação dos gametas, indo apenas um fator por gameta . (Lei da segregação de genes,
ou seja, na formação dos gametas, os pares de fatores se segregam.
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Após o estudo detalhado de cada um dos sete pares de caracteres em ervilhas, Mendel passou a
estudar dois pares de caracteres de cada vez. Para realizar estas experiências, Mendel usou
ervilhas de linhagens puras com sementes amarelas e lisas e ervilhas também puras com sementes
verdes e rugosas.
Portanto, os cruzamentos que realizou envolveram os caracteres cor (amarela e verde) e forma
(lisas e rugosas) das sementes, que já haviam sido estudados, individualmente, concluindo que o
amarelo e o liso eram caracteres dominantes. Mendel então cruzou a geração parental (P) de
sementes amarelas e lisas com as ervilhas de sementes verdes e rugosas, obtendo, em F1, todos os
indivíduos com sementes amarelas e lisas, como os pais dominantes. o resultado de F1 já era
esperado por Mendel, uma vez que os caracteres amarelo e liso eram dominantes. Posteriormente,
realizou a autofecundação dos indivíduos F1, obtendo na geração F2 indivíduos com quatro
fenótipos diferentes, incluindo duas combinações inéditas (amarelas e rugosas, verdes e lisas).
Essa geração dos genes, independente e ao acaso, constituiu-se no fundamento básico da Segunda
lei de Mendel ou Lei da segregação independente.
A segunda Lei de Mendel : (Diibridismo) Os genes para dois ou mais caracteres são transmitidos
aos gametas de forma totalmente independente, um em relação ao outro. A segunda lei também
e conhecida como lei de segregação independente .
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O cruzamento entre dois indivíduos heterozigotos para forma da asa e cor dos olhos (SsVv x
SsVv), ou seja, com fenótipo olho selvagem e asa longa , terá como provável resultado:
Genótipo e fenótipo
O aparecimento de fenótipos deve-se à presença de material hereditário herdado dos genitores logo
o fenótipo nada mais é do que a expressão dos genes contidos em um conjunto dos cromossomos
situados no núcleo das células.
Ao conjunto dos genes de um indivíduo damos o nome de genótipo e são eles os portadores das
informações que condicionam o fenótipo. Como os fenótipos são muito mais fáceis de observar do
que os genótipos, a genética clássica usa fenótipos para inicialmente deduzir as funções dos genes.
A interação entre o genótipo e o fenótipo é freqüentemente descrita usando uma equação simples:
genótipo + meio = fenótipo
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Herança dominante.
É quando um alelo expressa o fenótipo correspondente tanto em homozigose (dois alelos idênticos
para a mesma característica) quanto em heterozigose (dois alelos diferentes para a mesma
característica). É representado por letra maiúscula e sempre mencionado antes do seu alelo
recessivo. (Exemplo: Aa – alelos heterozigóticos ou AA – alelos homozigóticos dominantes)
Herança recessiva
É quando um alelo expressa o fenótipo correspondente somente em homozigose (dois alelos
idênticos para a mesma característica). É representado por letra minúscula. (Exemplo: aa - alelos
homozigóticos recessivos).
Dominância incompleta
É quando indivíduos heterozigóticos apresentam fenótipos intermédios entre os seus progenitores
de linhagens puras, isto acontece porque uma única copia do gene funcional não é suficiente para
expressar o fenótipo de um dos progenitores, em outras palavras, a expressão gênica de um único
gene não é suficiente para produzir uma quantidade mínima de enzima, por exemplo.
Exemplo: A "flor maravilha" ou “flor boca de leão”, cuja cor das pétalas pode ser, quando em
homozigose, vermelha (RR) ou branca (rr). O cruzamento de linhas puras dos dois tipos origina
uma flor com características intermédias ao dos progenitores, ou seja, originam flores de cor rosa
(Rr).
Outro exemplo a característica espessura dos lábios dos humanos:
Gene TT = Lábios grossos ; Gene tt = lábios finos ; Gene Tt = lábios intermediários.
Alelo Letal
Em 1905, o cientista Lucien Cuénot, baseado em experimentos em que estudava a herança da cor da
pelagem em camundongos (determinada por um par de genes alelos com dominância completa)
verificou que esse tipo de herança não obedecia às proporções esperadas segundo as leis
mendelianas. Assim, cruzando entre si ratos de pelagem amarela (caráter dominante), nasciam
camundongos de pelagem amarela e de pelagem castanha (caráter recessivo), mas, respectivamente,
na proporção de 2:1 e não na proporção esperada de 3:1.
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amarela em dose dupla são letais ao indivíduo, já que provocam sua morte. Um exemplo de genes
letais na espécie humana são os que condicionam a doença de Tay-Sachs, condicionada por um par
de gene letal recessivo e que provoca a morte de crianças, ao redor dos dois anos de vida,
acometidas por paralisia generalizada. Sendo assim o gene letal é um gene que causa a morte pré ou
pós-natal, ou que então produz uma deformidade significante. O alelo letal pode ser dominante, isto
é, mata em homozigose e heterozigose. Neste caso os indivíduos morrem antes de deixar
descendentes, logo estes genes são rapidamente reduzidos na população. O alelo letal pode ser
recessivo e neste caso ele mata apenas em homozigose.
Exemplos - Cor da pelagem em coelhos. Nos coelhos, temos uma série de 4 genes alelos : C ( aguti
ou selvagem ) , Cch ( chinchila ) , Ch ( himalaia ) e Ca ( albino ), dominantes um sobre o outro,
respectivamente, da esquerda para a direita (vide abaixo).
Obs : Nessa forma de existência dos genes, em alelos múltiplos, alguns tem dominância sobre
outros. Como no exemplo dos coelhos, o gene C é dominante sobre todos os outros três, o Cch
dominante em relação ao himalaia e ao albino, porém recessivo perante o aguti, e assim
sucessivamente.
Exemplo de Cruzamento :
CCh X CchCa
CCh -> aguti ou selvagem
CCa -> aguti ou selvagem
CchCh -> chinchila
ChCa -> himalaia
Proporção fenotípica : 2 Aguti : 1 Chinchila : 1 Himalaia
Penetrância Gênica
É muito comum que o mesmo genótipo produza algumas pequenas variedades nos fenótipos, ou
seja, não se expresse exatamente igual em todos os indivíduos. A quantidade percentual de
indivíduos de um grupo que expressa o genótipo exatamente corresponde a um fenótipo chama-se
penetrância gênica.
Por exemplo: O feijão-carioca possui as sementes variegadas (com listras) e essa é uma
característica dominante homozigótica (LL), porém 5% deles são totalmente pigmentados, apesar
de serem LL, ou seja, não exibem o fenótipo da maioria.
Outro exemplo: Na espécie humana a polidactilia postaxial (Um dedo a mais nos pé ou na mão) é
condicionado por um alelo dominante, porém cerca de 30% dos portadores deste alelo dominante
não apresentam um dedo extranumerário.
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Sistema ABO
Os grupos sangüíneos foram descobertos no início do século XX quando o cientista austríaco Karl
Landsteiner se dedicou a comprovar que havia diferenças no sangue de diversos indivíduos. Ele
colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos e fez diferentes
combinações entre plasma e glóbulos vermelhos, tendo como resultado a aglutinação dos glóbulos
em alguns casos, formando grânulos, e em outros não. Landsteiner explicou então por que algumas
pessoas morriam depois de transfusões de sangue e outras não. Atualmente sabemos que os quatro
fenótipos do sistema sanguíneo ABO – A,B,AB e O - são determinados por um gene com alelos
múltiplos . Os três alelos desse gene são denominados IA, IB e i .
Anticorpos chamados aglutininas são produzidos naturalmente pelo organismo de pessoas para
agirem contra os aglutinogênios estranhos, ou seja, aglutinogênios que não existem nas
membranas de suas hemácias, logo, hemácias que possuem o aglutinogênio A produzem
naturalmente a aglutinina anti-B, as hemácias que possuem o aglutinogênio B produzem
naturalmente a aglutinina anti-A e as hemácias que não possuem nem o aglutinogênio A ou B
produzem ambas aglutininas anti-A e anti-B.
Atualmente sabe-se que existem outros antígenos na superfície das hemácias que também podem
estar implicados em reações hemolíticas em transfusões, como por exemplo: Fator Rh. Antígeno
Kell, Antígeno Duffy, Antígeno Kidd e Antígeno Lewis
O Sistema sangüíneo MN
Ocorre em humanos e envolve a presença de antígenos M e/ou N nas hemácias. M e N são os alelos
adotados nesse sistema, que podem ser M ou m ou N ou n , já que não há dominância ou
recessividade . Os genótipos possíveis são MM (pertencendo ao grupo M), NN (pertencendo ao
grupo N) ou MN (pertencendo ao grupo MN). Um indivíduo MM tem proteínas especiais M e um
indivíduo NN tem proteínas especiais N. Já o indivíduo MN, como o AB do sistema ABO, tem os
dois tipos de proteínas. As doações nesse sistema são livres , qualquer indivíduo pode doar sangue
para qualquer outro pois o sistema MN não apresenta problemas nas transfusões porque a reação
antígeno-anticorpo é muito fraca, não ocorrendo aglutinações consideráveis.
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Sistema Rh
Em 1940, Karl Landsteiner (descobridor do sistema ABO) e Alexander Solomon Wiener realizaram
experiências com o sangue do macaco Rhesus. Ao injetar sangue em cobaias, perceberam que elas
produziam anticorpos. Concluíram que havia nas hemácias do sangue do macaco um antígeno que
foi denominado de fator Rh. O anticorpo produzido no sangue da cobaia foi denominado de anti-
Rh. Os indivíduos que apresentam o fator Rh são conhecidos como Rh+, apresentando os genótipos
DD ou Dd. Os indivíduos que não apresentam o fator Rh são denominados Rh- e apresentam o
genótipo dd, sendo geneticamente recessivos.
Os anticorpos anti Rh não existem naturalmente no sangue das pessoas, sendo fabricados
apenas por indivíduos Rh-, quando estes recebem transfusões de sangue Rh+.
Pessoas Rh+ nunca produzem anticorpos anti Rh , pois se o fizessem provocariam a destruição
de suas próprias hemácias.
Da combinação entre o Sistema ABO e o fator Rh, podemos encontrar os chamados receptores e
doadores universais. Logo os indivíduos do tipo AB+ (AB, Rh positivo) são os Receptores
Universais e os indivíduos do tipo O- (O ou Zero, Rh negativo) são os Doadores Universais.Veja as
tabelas abaixo comparando a compatibilidade entre os tipos de sangue.
A distribuição dos grupos sanguíneos na população humana não é uniforme sendo o mais comum é
O+, enquanto que o mais raro é o AB-.
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Eritroblastose fetal
A eritroblastose fetal, doença de Rhesus, doença hemolítica por incompatibilidade Rh ou doença
hemolítica do recém-nascido ocorre quando uma mãe de Rh- que já tenha tido uma criança com
Rh+ (ou que tenha tido contato com sangue Rh+) dá à luz a outro filho com Rh+. Isto ocorre
porque durante o primeiro parto, ocorrem rupturas na placenta, com passagem de hemácias da
criança Rh+ para a circulação da mãe Rh-. Isso estimula na mãe a produção de anticorpos anti-Rh e
ela adquire memória imunitária contra o fator Rh+. Durante uma segunda gravidez , esses
anticorpos atravessam a placenta e provocam a hemólise do sangue da segunda criança, caso ela
seja RH+.
A incompatibilidade do fator Rh entre mãe e filho pode resultar na morte do feto ou danos cerebrais
e insuficiência hepática. A destruição das hemácias do feto leva a uma anemia profunda, e o recém-
nascido adquire icterícia (pele amarelada), devido ao acúmulo de bilirrubina, produzida no fígado a
partir de imensa quantidade de hemoglobina das hemácias destruídas. Como resposta à anemia, são
produzidas e lançadas no sangue hemácias ainda imaturas, os eritroblastos. Por esse motivo, a
doença também é chamada de Eritroblastose Fetal. Atualmente se trata preventivamente a mãe
com antisoro anti-Rh (+) também designada por imunoglobulina anti-D . Nesse caso, sempre que
uma mãe tenha sangue Rh- é verificado qual o grupo sanguíneo do recém-nascido, se este for Rh+,
a mãe recebe uma injeção de imunoglobulina contra o fator Rh nas primeiras 72 horas após o parto,
para impedir a formação dos anticorpos que poderiam criar complicações nas gestações seguintes.
Genética e Probabilidade
Probabilidade é a chance de um determinado evento ocorrer entre dois ou mais eventos possíveis.
A regra do “e”
A probabilidade de dois ou mais eventos independentes ocorrerem conjuntamente é igual ao
produto das probabilidades de eles ocorrerem separadamente.
Exemplo: A possibilidade de uma moeda dar cara = 1/2 (50%) pois um lado e cara e o outro é
coroa.
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Já a possibilidade de duas moeda dar cara, ou seja, de uma moeda dar cara E a outra dar cara = 1/2
x 1/2 = 1/4 (25%)
A regra do “ou”
A probabilidade de dois eventos mutuamente exclusivos ocorrerem é igual a soma das
probabilidades de eles ocorrerem separadamente.
Exemplo: A possibilidade de uma moeda dar cara OU coroa = 1/2 (50%) + 1/2 (50%) = 100%.
Um casal quer ter um casal de filhos (podendo ser primeiro um menino e depois uma menina ou ser
primeiro uma menina e depois um menino).
A probabilidade do primeiro filho ser menino (1/2) E do segundo filho ser menina (1/2) é 1/4 (1/2 x
1/2) OU a probabilidade do primeiro filho ser menina (1/2) E do segundo filho ser menino (1/2)
também é 1/4.
Logo a probabilidade de um casal ter um casal de filhos (podendo ser primeiro um menino e depois
uma menina OU ser primeiro uma menina e depois um menino) é 1/4 + 1/4 = 1/2. ( A SOMA DAS
DUAS POSSIBILIDADES)
A interação gênica
É o fenômeno em que vários pares de genes interagem entre si para influenciar uma única
característica . A interação gênica envolve graus variáveis de complexidade. Os casos mais
simples, porém, resultam da interação entre dois genes não-alelos que são independentemente
segregados. Por exemplo o caráter "tipo de crista" em galinhas, por exemplo, é determinado por
dois pares independentes de genes.
Pleiotropia
O contrário da interação gênica é a pleiotropia, em que um único par de genes determina ao
mesmo tempo mais de um caráter do organismo .
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Epistasia
Quando um par de alelos de um gene impedem a expressão dos alelos de outro par, que podem
ou não estar no mesmo cromossomo, chamamos de Epistasia (gr. epi , sobre, stasis , parada,
inibição). Epistasia e interação gênica se referem ao mesmo fenômeno, entretanto, epistasia é
amplamente utilizado na genética de populações e se refere especialmente a propriedades
estatísticas do fenômeno. No caso de o alelo epistático aparecer sem par, ou seja, apenas um alelo é
necessário para manifestar a ação de inibição, dizemos que é epistasia dominante. Já no caso de
apenas manifestar-se a ação inibidora com o par de alelos, dizemos epistasia recessiva.
Exemplo de epistasia recessiva: Os camundongos comuns podem ter três diferentes cores de
pelagem: preto, albino e aguti. Estes fenótipos são determinados por dois locos gênicos, que
interagem entre eles. Vamos separar os locos para entender o fenômeno: o loco que determina a cor
da pelagem foi batizado como A. Quando o genótipo do indivíduo for AA ou Aa , ele apresentará a
cor aguti e quando for aa o indivíduo terá os pêlos pretos . O outro loco apenas controla a
expressão do loco A. Sempre que o genótipo do indivíduo for PP ou Pp, ele apresentará o fenótipo
determinado por A, e quando o genótipo for pp , o indivíduo será albino , independente do genótipo
para o loco A.
Observe o cruzamento e veja como funciona esta interação:
Um exemplo clássico é o da cor da pele humana, que seria determinada por um par de genes A e B:
AABB : Cor Preta
AaBB, AABb : Cor Mulato Escura
AaBb : Cor Mulato Média
Aabb, aaBb : Cor Mulato Clara
aabb : Cor Branca
Como pode se observar, à medida em que, na herança, é apresentada dominância de quaisquer
genes, a pele torna-se mais escura, sendo o contrário determinado pela progressiva ausência de
dominância dos dois genes.
Por exemplo: Quando fêmeas de drosophila melanogaster de corpo cinzento (PP) e asas normais
(VV) são cruzadas com machos de corpo preto (vv) e e asas vestigiais (pp) produzem descendentes
100% PpVv.
F1 - Resultado obtido do cruzamento PPVV x ppvv. 100% corpo cinzento (Pp) com asas normais (Vv).
Se cruzarmos agora em um cruzamento teste , as fêmeas descendentes PpVv com machos ppvv
encontraremos:
Pelos resultados percebemos que a fêmea PpVv não produziu apenas gametas PpVv como era
esperado pela segunda lei de Mendel, e sim alguns PPVv (8,5%) e PpVV (8,5%) . Como este
resultado é explicado?
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Arranjo CIS
Arranjo TRANS
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Montando o mapa:
A distância total AF = AD + DF que também será igual às distâncias AB + BF,
e esta também será igual às distâncias AE + EF.
E se AF = AE + EF então AE = AF – EF.
AE = 60 – 14 (AE = AF – EF), Logo AE = 46 km
Herança e sexo
Na maioria das espécies animais, a diferença entre machos e fêmeas reside em um par de
cromossomos, identificados como cromossomos sexuais ou heterossomos . Os outros
cromossomos que não diferem entre machos e fêmeas são chamados de autossomos
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Sistema XY:
Em muitas espécies dióicas as fêmeas tem um
par de cromossomos sexuais homólogos (XX)
e os machos tem um dos cromossomos
sexuais correspondente aos das fêmeas (X) e
outro tipicamente masculino (Y).
Sistema X0:
Em algumas espécies as fêmeas tem um par
de cromossomos sexuais homólogos (XX) e
os machos tem um apenas um cromossomo
sexual correspondente aos das fêmeas (X), ou
seja, não possuem o Y, tendo portanto um
número impar de cromossomos no cariótipo.
Sistema ZW:
Em algumas espécies de répteis, peixes e
insetos são as fêmeas tem um par de
cromossomos sexuais diferentes (ZW) e os
machos tem um par de cromossomos
homólogos (ZZ), ou seja, neste caso são as
fêmeas que determinam a diferenciação do
sexo na prole. Os machos são ZZ e as fêmeas
são ZW
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Por outro lado genes localizados na parte não homóloga de um cromossomo sexual X pode não
ter um correspondente no cromossomo Y e vice-versa. A esta característica denominamos
herança ligado ao sexo .
Uma mulher daltônica ( Xd Xd ) transmite o gene do daltonismo para o seu filho ( Xd Y), pois ela
só transmite o X.
Um homem daltônico ( Xd Y ) não transmite o gene do daltonismo para o seu filho ( XD Y), pois
ele só transmite o Y.
Para uma mulher nascer daltônica, seu pai, tem que ser daltônico ( X d Y), pois ele só transmite o X
para suas filhas.
Para um homem nascer daltônico, sua mãe, tem que ser daltônica ( X d X d ), pois ela só transmite
o X para seus filhos. Porem se ela for portadora ( X D X d ) e seu marido for normal ( X D Y ) a
chance de terem um filho com daltonismo é de 50%.
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Existem casos envolvendo genes que ocorrem nos dois sexos, mas que só se manifestam em um
deles . O efeito desses genes está em função principalmente da ação de hormônios sexuais . Um
exemplo é a manifestação dos caracteres sexuais secundários no homem e na mulher. Outro
exemplo é a produção de leite em gado leiteiro. No touro, existem genes destinados à produção de
leite que são transmitidos aos seus descendentes, mas esses genes manifestam-se apenas nas
fêmeas.
Em galináceos, há um tipo de plumagem no pescoço que só ocorre nos galos. O gene que determina
essa característica ocorre em ambos os sexos, mas só se manifesta nos machos.
Engenharia Genética e Modificação Genética
São termos para o processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo
normal reprodutivo deste. Envolvem freqüentemente o isolamento, a manipulação e a introdução do
DNA em um ser vivo, geralmente para exprimir um gene. O objetivo é de introduzir novas
características no ser vivo para aumentar a sua utilidade.
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A partir deste momento a engenharia genética passou a cortar ou modificar as moléculas de DNA,
utilizando enzimas específicas, as ligases, que são enzimas que unem uma cadeia fragmentada.
Ocorre no interior do núcleo das células e consiste na síntese de uma molécula de mRNA(RNA
Mensageiro) a partir da leitura da informação contida numa molécula de DNA . Este processo
inicia-se pela ligação do RNA–polimerase , que é um complexo enzimático, à molécula de DNA.
Esta enzima desfaz a dupla hélice , quebrando as pontes de hidrogênio que ligam as bases
complementares das duas cadeias, afastando-as . Em seguida inicia a síntese de uma molécula de
mRNA de acordo com a complementaridade das bases.
As porções não removidas, os éxons , ligam-se entre si, formando um mRNA ( RNA
mensageiro) já processado , constituído apenas de por éxons . O RNA que sofre este processo de
exclusão de porções, é designado de RNA pré-mensageiro . No final do processo, o mRNA é
constituído apenas pelas sequências ligadas entre si entre o quinto carbono (5') de uma ribose com o
terceiro carbono (3') da ribose subseqüente.
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Nesta seqüência, cada trio de bases codifica um aminoácido, que juntos formarão uma proteína,
podendo assim migrar para o citoplasma, onde vai ocorrer a tradução da mensagem, isto é, a
síntese de proteínas a partir desse molde.
Tradução
Ocorre no citoplasma, e é a segunda parte da síntese protéica e consiste apenas da leitura que o
mRNA traz do núcleo, da qual representa uma seqüência de aminoácidos, que constituí a
proteína.Neste processo participam:
1 - mRNA , que vem do interior do núcleo;
2 - ribossomos ;
3 - tRNA (transferência);
4 - Enzimas (responsáveis pelo controle das reações de síntese);
5 - ATP , que fornece energia necessária para o processo
Iniciação : uma subunidade do ribossomo liga-se à extremidade 5' do mRNA, e desliza ao longo da
molécula do mRNA até encontrar o códon de iniciação (AUG), transportando assim o tRNA o
aminoácido metionina, ligando-se assim ao códon de iniciação por complementaridade.
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A introdução de fragmentos de DNA contendo genes de interesse numa célula, só será satisfatório
na reprodução da mensagem genética de tal gene, se este estiver contido num vetor de clonagem
apropriado. Tais vetores contém sequências de regulação importantes para que a maquinaria celular
possa "ler corretamente" a informação contida no gene. Os vetores que são responsáveis por este
processo, podem ser plasmídeos, vírus e outros, também manipulados geneticamente. Como os
plasmídios são seqüências circulares extracromossômicas de DNA, que se reproduzem de forma
autônoma, tornaram-se portanto, ideais para a transmissão de informação genética nestes
microrganismos.
Existem muitas possíveis aplicações biotecnológicas da modificação genética, mas pela sua
natureza, a manipulação de DNA em eucarióticos através da engenharia genética convive com
problemas legais e éticos. Isto porque exige um controle rígido pela sociedade organizada, o que
tem gerado muitas polêmicas ético-morais, como por exemplo: a retirada de células tronco de
embriões humanos.
Enzimas de restrição
No início dos anos 70, descobriu-se que certas enzimas bacterianas podiam cortar (clivar) uma
molécula de DNA em pontos específicos, gerando vários fragmentos de tamanhos definidos que
poderiam ser rearranjados ligando-os nestes pontos específicos. Estas enzimas, também conhecidas
como endonucleases de restrição , agem como “tesouras moleculares” reconhecendo seqüências
de pares de bases específicas em moléculas de DNA cortando-as nesses pontos. Elas são altamente
específicas e cada tipo de enzima reconhece e corta apenas uma determinada seqüência de
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Transgênicos
São organismos que, mediante técnicas de engenharia genética, contenham material genético de
outros organismos. A geração de transgênicos visa a obtenção de organismos com características
novas ou melhoradas relativamente ao organismo original. Resultados na área de transgenia já são
alcançados desde a década de 1970, na qual foi desenvolvida a técnica do DNA recombinante. A
manipulação genética recombina características de um ou mais organismos de uma forma que
provavelmente não aconteceria na natureza. Por exemplo, podem ser combinados os DNAs de
organismos que não se cruzariam por métodos naturais
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Os trabalhos do projeto foram dados como concluídos em 2003. Com a tecnologia da época,
estimou-se que todos os genes (em torno de 25.000) haviam sido seqüenciados. Deve-se lembrar
que nem todo o DNA humano foi seqüenciado. Estimativas atuais concluem que apenas uma parte
do material genético humano é composto de genes, enquanto que a maior parte parece não conter
instruções para a formação de proteínas, e existe provavelmente por razões estruturais. Muito pouco
dessa maior parte do material genético tem sua seqüência conhecida e por limitações tecnológicas,
partes do DNA que possuem muitas repetições de bases nitrogenadas também ainda não foram
totalmente seqüenciadas. Essas partes incluem, por exemplo, os centrômeros e os telômeros dos
cromossomos. De todos os genes que tiveram sua seqüência determinada, aproximadamente 50%
codificam para proteínas de função conhecida.
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Evolução
Ecologia
Quadro do professor
. Evolução
George John Romanes cunhou o termo neo-darwinismo para se referir a teoria de evolução
preferida de Alfred Russel Wallace que não aceitava a idéia lamarquiana de herança de
características adquiridas. De acordo com a teoria sintética, como estabelecida nas décadas de 30 e
40, a variação genética em populações surge aleatoriamente através de mutação e recombinação
genética (cruzamento de cromossomos homólogos durante a meiose) e a evolução consiste em
modificações na freqüência destes alelos como resultado principalmente de seleção natural.
A teoria síntética como ela existe hoje ampliou a abrangência da idéia de Darwin de seleção natural,
especialmente para contemplar descobertas científicas subsequentes na genética.
A taxa de mutação anual em uma célula humana é muito baixa, sendo estimada em torno de
0,000002%. Isto acontece porque as células desenvolveram um eficiente mecanismo para corrigir
erros que atingem o DNA. Esses mecanismos envolvem enzimas que reconhecem o DNA alterado,
ligam-se a ele e em seguida o eliminam da cadeia. Na seqüência, outras enzimas sintetizam um
novo segmento de DNA correto tendo como modelo a cadeia complementar.
Seleção natural
O termo foi introduzido por Darwin em seu livro revolucionário de 1859 “A Origem das Espécies”
no qual a seleção natural foi descrita por analogia com a seleção artificial, um processo no qual
indivíduos com características consideradas desejáveis por criadores humanos eram
sistematicamente favorecidos para reprodução . O conceito de seleção natural foi originalmente
desenvolvido na falta de uma válida teoria de hereditariedade; na época dos escritos de Darwin,
nada sobre genética moderna era conhecido. E embora Gregor Mendel, cujo trabalho é considerado
como a fundação da genética moderna, foi um contemporâneo de Darwin, seu trabalho
permaneceria na obscuridade até o início do século XX.
A seleção natural age sobre o fenótipo. O fenótipo é determinado por um trecho genômico do
indivíduo, conhecido como genótipo e também pelo ambiente em que o organismo vive, e as
interações entre os genes e entre os genes e o ambiente. Freqüentemente, a seleção natural age em
características específicas de um indivíduo e os termos fenótipo e genótipo são algumas vezes
usados especificamente para indicar essas características específicas. A maioria das características
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são influenciadas pelas interações de muitos genes, mas algumas características são governadas por
um único gene nos moldes das Leis de Mendel.
Quando organismos diferentes em uma população possuem genes diferentes para a mesma
característica, essas variações genéticas são denominadas de alelos. Quando todos os organismos
em uma população compartilham o mesmo alelo para uma característica particular, e esse estado
apresente-se estável ao longo do tempo, se diz que os alelos se fixaram naquela população.
Características que causam um maior sucesso reprodutivo de um organismo são consideradas como
"selecionadas a favor" enquanto aquelas que reduzem o sucesso são "selecionadas contra".
"Selecionar a favor" uma característica pode resultar na "seleção contra" de outras características
correlacionadas que não influenciam diretamente a aptidão do organismo.
O que faz com que uma característica tenha mais probabilidade de permitir a sobrevivência de seu
portador depende muito de fatores ambientais, incluindo predadores da espécie, fontes de alimentos,
estresse abiótico, ambiente físico e assim por diante. Quando membros de uma espécie tornam-se
geograficamente separados, enfrentam diferentes ambientes e tendem a evoluir em diferentes
direções - evolução divergente. Após um longo tempo, essas características poderão ter se
desenvolvido em diferentes vias de tal modo que eles não poderão mais se intercruzar, em um ponto
que serão considerados como de espécies distintas. Para Darwin, a seleção natural pode ser
expressa como a seguinte lei geral (tirada da conclusão de A Origem das Espécies ):
Tipos de seleção:
Seleção estabilizadora:
Em ambientes estáveis, em que a média dos indivíduos está bem adaptada às condições
ambientais, a seleção natural reforça essa tendência, favorecendo indivíduos médios e
selecionando negativamente indivíduos que apresentam características extremas. Exemplo: O índice
de crianças nascidas com peso em torno da média (3 kg e 4,5 kg) tem maior índice de sobrevivência
que crianças muito grandes ou muito pequenas.
Seleção direcional
Ocorre quando mudanças ambientais fazem com que um fenótipo antes desfavorável passe a ser
favorecido. A seleção direcional age sobre os fenótipos. Como exemplo podemos citar as
populações de bactérias que estão sempre surgindo, por mutação e algumas delas são capazes de
resistir a antibióticos. Na ausência de antibióticos no meio, essas bactérias mutantes não levam
nenhuma vantagem sobre as bactérias não mutantes, sendo logo eliminadas por competição. Na
presença de antibiótico no meio a situação se inverte.
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Por exemplo: Uma população de plantas mutantes que conseguem crescer em região próxima de
minas de chumbo, com solo contaminado, levam grande desvantagem ao crescerem em solo não
contaminado pois sofrem grande competição da população original de plantas não-mutantes. Por
outro lado as plantas originais estão restritas às áreas não contaminadas e somente nela sobrevivem.
A diversificação possibilitou ampliar as áreas de crescimento com uma seleção disruptiva que levou
o desenvolvimento distinto desse tipo de planta.
Seleção sexual
Um caso particular de seleção natural onde indivíduos de um sexo prefere acasalar com parceiros
portadores de determinadas características que favorecem o êxito da prole. Este tipo de seleção
independe da luta pela própria existência do indivíduo, e sim da luta pela ampliação total ou parcial
de sua descendência.
Adaptação
É a capacidade que todo ser vivo tem de adaptar-se ao ambiente. A adaptação pode ser entendida
em nível de indivíduo que é a adaptação individual (homeostase) e de espécie que é a adaptação
evolutiva .
Há um total de 20.000 alelos do loco gênico considerado, pois cada indivíduo desta população
apresenta um par de alelos.
O número de alelos A presentes nessa população é 12.000 (7.200 AA + 4.800 Aa ).
e a freqüência de A nessa população é calculada dividindo-se a quantidade desse alelo (12.000) pelo
número total de alelos da população (20.000), ou seja, a freqüência do alelo A nessa população é
igual a 0,6 (60%).
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O princípio de Hardy-Weinberg
No caso mais simples de um único locus com dois alelos A e a com freqüências alélicas de p e q ,
respectivamente, o princípio prediz que a freqüência genotípica para o homozigoto AA será p², para
o heterozigoto Aa será 2 pq e o outro homozigoto aa será de q²
Suponhamos que em uma população em equilíbrio gênico a freqüência do alelo A seja 0,8 (80%) e
do alelo a seja 0,2 (20%).
Para nascer um indivíduo homozigótico AA será necessário que um gameta portador do alelo A
fecunde um gameta portador do gameta A.
Relembrando a regra do “e” das probabilidades ( AA = alelo A 'e' alelo A ) .
A probabilidade de esse evento ocorrer é igual ao produto das freqüências com que ocorrem
esses tipos de gametas na população (0,8 x 0,8), ou seja, 0,64 (64%)
Pelo mesmo raciocínio, para nascer um indivíduo homozigótico aa, a probabilidade de esse
evento ocorrer é (0,2 x 0,2), ou seja, 0,04 (4%).
Para nascer um indivíduo heterozigótico Aa será necessário que um gameta portador do alelo A
fecunde um gameta portador do gameta a, ou que um gameta portador do alelo a fecunde um
gameta portador do gameta A.
A probabilidade de esse evento ocorrer é igual a soma (regra do “ou”) dos produtos das
freqüências com que ocorrem esses tipos de gametas na população (0,8 x 0,8), ou seja, 0,64
(64%).
2 - a freqüência de aa = q2
3 - a freqüência de Aa = 2pq
Se a soma das freqüências dos diferentes genótipos é igual a 1, ou seja 100% (toda a população),
então o principio de Hardy-Weinberg pode ser resumido como:
1 – A população deve ser muito grande, de modo que possam ocorrer todos os tipos de cruzamento
possíveis, de acordo com as leis das probabilidades.
2 – A população deve ser panmítica, isto é, os cruzamentos devem ocorrer ao acaso sem qualquer
preferência.
3 – Não deve estar ocorrendo nenhum fator evolutivo, como mutação, seleção ou migração.
Uma simples derivação acima pode ser generalizada para mais de dois alelos. Por exemplo,
considere a freqüência de um outro alelo, r . Se no caso de dois alelos a expansão binominal é de
,
então no caso de três alelos a expansão binominal é de
Mutação
É um processo pelo qual um alelo se transforma em outro e pode alterar a freqüência gênica de uma
população.
Seleção natural
É o principal fator responsável pela alteração das freqüências gênicas de uma população, ao atuar na
eliminação ou preservação de determinados genótipos.
Migração
Diferentes população de uma mesma espécie nem sempre estão isoladas, o que possibilita a
migração de indivíduos, aumentando ou diminuindo a freqüência de alelos da população.
Deriva gênica
Desastres ecológicos como incêndios e inundações podem reduzir drasticamente o tamanho de uma
população e os sobreviventes não constituirão uma amostra representativa da população original.
Assim, por acaso e não por adaptação ao ambiente, certos alelos podem ter sua freqüência
subitamente aumentada, diminuída ou simplesmente desaparecer .
Principio do fundador
É um caso extremo de deriva gênica, onde uma nova população é “fundada” por uns poucos
indivíduos, seja porque a população ancestral sofreu uma redução drástica, seja porque um pequeno
número de indivíduos migrou para outra região. Nestes casos, a freqüência gênica pode ser bem
diferente das populações originais.
Especiação alopátrica
É a formação de novas espécies a partir de uma separação geográfica entre populações de uma
espécie ancestral. Uma vez isoladas, a seleção natural atua diferenciadamente em cada população
conduzindo cada uma a uma adaptação particular. Ao longo de um grande período de isolamento
geográfico, as populações vão tornando-se diferentes uma das outras até que a troca de genes entre
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elas torna-se impossível. Ao apresentar esse isolamento reprodutivo já constituem duas espécies
diferentes.
Especiação simpátrica
É a formação de novas espécies sem haver uma separação geográfica entre populações. Pode ser
conseqüência de uma s eleção disruptiva, que favorece indivíduos portadores de características
extremas em uma curva normal, enquanto indivíduos médios levam desvantagem. Esse tipo de
seleção pode levar a uma diversificação tão grande na população que pode levar a um isolamento
reprodutivo. Novas espécies podem surgir de modo abrupto devido à mutações cromossômicas
ocorridas durante as divisões celulares ou por erros na meiose que podem gerar indivíduos
poliplóides. A especiação simpátrica por poliploidia é bem mais comum em vegetais do que em
animais. Um exemplo é o trigo comum ( Triticum sativum ) que possui 42 cromossomos e surgiu há
aproximadamente 8 mil anos por hibridação de uma espécie de trigo de 28 cromossomos ( Triticum
túrgidum ) com um trigo de 14 cromossomos ( Triticum tauchii ). Outras plantas como a batata, o
algodão e o tabaco são espécies poliplóides originadas provavelmente de hibridação.
Isolamento reprodutivo
Pré-zigótico
Pós-zigótico
Inviabilidade do híbrido.
Esterilidade do híbrido. Por exemplo: o cruzamento entre uma égua ( Equus caballus ) e um
jumento ( Equus asinus ) gera a mula ou burro que é um híbrido estéril.
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Ecologia
A palavra Ecologia tem origem no grego “ oikos ", que significa casa, e " logos ", estudo, reflexão.
Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais genérica, do lugar onde se vive. Foi o
cientista alemãoErnst Haeckel, em 1869, quem primeiro usou este termo para designar a parte da
biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem , além da
distribuição e abundância dos seres vivos no planeta, ou seja, e cologia é o estudo das interações
dos seres vivos entre si e com o meio ambiente.
Quando vários organismos da mesma espécie estão reunidos numa mesma região, temos uma
população .
Várias populações num mesmo local formam uma comunidade. Tudo isto reunido e trabalhando
em harmonia forma um ecossistema . Todos os ecossistemas reunidos num mesmo sistema como
aqui no Planeta Terra temos a biosfera, ou seja, o conjunto de todos os ecossistemas da Terra,
relacionado com os conceitos de litosfera, hidrosfera e atmosfera.
Hábitat (do latim, ele habita ) é um conceito usado em ecologia que inclui o espaço físico e os
fatores abióticos que condicionam um ecossistema e por essa via determinam a distribuição das
populações de determinada espécie . O conceito de hábitat é em geral usado em referência a uma
ou mais espécies no sentido de estabelecer os locais e as condições ambientais onde o
estabelecimento de populações desses organismos é viável. Por exemplo, o hábitat da truta são os
cursos de água bem oxigenados e com baixa salinidade das zonas temperadas.
A tensão observada entre as espécies de biótopos vizinhos que procuram se interpenetrar, cada uma
tentando ocupar o território alheio forma uma região limítrofe chamada de ecótono. Isto ocorre
por causa da tendencia natural de dispersão dos seres, o que gera uma faixa limítrofe com maior
desnsidade e variedade de espécies.
O meio ambiente afeta os seres vivos não só pelo espaço necessário à sua sobrevivência e
reprodução, mas também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento. Por essa razão, o
meio ambiente determina o número de indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo hábitat.
Nicho ecológico é o modo de vida de cada espécie no seu habitat. Representa o conjunto de
atividades que a espécie desempenha, incluindo relações alimentares, obtenção de abrigos e locais
de reprodução, ou seja, como, onde e à custa de quem a espécie se alimenta, para quem serve de
alimento, quando, como e onde busca abrigo, como e onde se reproduz. Numa comparação clássica,
o habitat representa o "endereço" da espécie, e o nicho ecológico equivale à "profissão".
Por exemplo, nas savanas africanas, capim, zebras, leões e abutres ocupam o mesmo habitat , mas
têm nichos ecológicos distintos. O capim produz a matéria orgânica por meio da fotossíntese e serve
de alimento às zebras, que são comidas por leões. Os restos são aproveitados por abutres. Para
entendermos a função de uma espécie na manutenção de equilíbrio de um ecossistema, vamos
imaginá-lo sem ela. Sem leões, a quantidade de zebras inicialmente aumentaria e haveria
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diminuição do capim. Com menos capim, a população de Zebras reduziria, assim como as
populações de todos os seres vivos que dependem direta e indiretamente do capim.
Por outro lado, os seres vivos também alteram permanentemente o meio ambiente em que vivem. O
exemplo mais dramático é a construção dos recifes de coral por minúsculos invertebrados, os
pólipos coralinos.
A ecologia está ligada a muitas áreas do conhecimento, dentre elas a economia. Nosso modelo de
desenvolvimento econômico baseia-se no capitalismo, que promove a produção de bens de
consumo cada vez mais caros e sofisticados e isso esbarra na ecologia, pois não pode haver uma
produção ilimitada desses bens de consumo na biosfera finita e limitada.
As relações entre os diversos seres vivos existentes num ecossistema incluem a competição pelo
espaço, pelo alimento ou por parceiros para a reprodução, a predação de organismos por outros, a
simbiose entre diferentes espécies que cooperam para a sua mútua sobrevivência, o comensalismo,
o parasitismo e outras. Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema encontram-se várias
formas de interações entre os seres vivos que as formam, denominadas relações ecológicas ou
interações biológicas . Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os
organismos vivos mantêm entre si . Algumas dessas interações se caracterizam pelo benefício
mútuo de ambos os seres vivos, ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Quando as
interações ocorrem entre organismos da mesma espécie, são denominadas relações intra-específicas
ou homotípicas. Quando as relações acontecem entre organismos de espécies diferentes, recebem o
nome de interespecíficas ou heterotípicas
relações ecológicas
intra-específicas – entre indivíduos da mesma sociedades - são associações entre indivíduos da
espécie mesma espécie, independentes, organizados de
um modo cooperativo e não ligados
colônias - são constituídas por organismos da anatomicamente. Os indivíduos componentes de
mesma espécie, unidos e interagindo de forma uma sociedade, denominados sociais, se mantêm
mutuamente vantajosa. Quando apresentam a unidos graças aos estímulos recíprocos. São
mesma forma, não ocorre divisão de trabalho e exemplos de sociedades as abelhas, os cupins e as
todos os indivíduos são iguais e executam todas formigas. Na sociedade os indivíduos reúnem-se
as funções vitais. Essas colônias são em grandes grupos nos quais existe um grau de
denominadas isomorfas. Como exemplo, podem hierarquia e divisão do trabalho, o que aumenta a
ser citadas as colônias de corais ou as de eficiência do conjunto em termos de
crustáceos do gênero Balanus (as cracas). sobrevivência da espécie.
Quando as colônias são formadas por indivíduos Protocooperação – Indivíduos associados se
com formas e funções distintas, ocorre uma beneficiam e a associação não é obrigatória. E
divisão de trabalho. Essas colônias são mbora as duas espécies envolvidas sejam
denominadas heteromorfas. Um ótimo exemplo é beneficiadas, elas podem viver de modo
o cnidário da espécie Phisalia caravela , independente, sem que isso as prejudique. Um dos
popularmente conhecida por “caravelas”. Elas mais conhecidos exemplos de protocooperação é a
formam colônias com indivíduos especializados associação entre a anêmona-do-mar e o paguro,
na proteção e defesa (os dactilozóides), na um crustáceo semelhante ao caranguejo, também
reprodução (os gonozóides), na natação (os conhecido como ermitão. O paguro tem o corpo
nectozóides), na flutuação (os pneumozóides), e mole e costuma ocupar o interior de conchas
na alimentação (os gastrozóides). abandonadas de gastrópodes. Sobre a concha,
costumam instalar-se uma ou mais anêmonas-do-
Competição intra-específica - indivíduos da mar. Dessa união, surge o benefício mútuo: a
mesma espécie competindo pelos mesmos anêmona possui células urticantes, que afugentam
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A posição que cada um ocupa na cadeia alimentar é um nível hierárquico que os classifica entre
produtores (como as plantas), consumidores (como os animais) e decompositores (fungos e
bactérias).
O primeiro nível trófico é constituído pelos seres autotróficos, conhecidos por produtores, capazes
de sintetizar matéria orgânica a partir de substâncias minerais e fixar a energia luminosa sob a
forma de energia química. Os organismos deste nível são as plantas, as algas unicelulares verdes ou
azuis e algumas bactérias que, devido à presença de clorofila, podem realizar a fotossíntese. Estes
organismos são também conhecidos por produtores primários. Os níveis seguintes são compostos
por organismos heterotróficos, ou seja, aqueles que obtêm a energia de que precisam de substâncias
orgânicas produzidas por outros organismos. Todos os animais e fungos são seres heterotróficos, e
este grupo inclui os herbívoros, os carnívoros e os decompositores.
Os herbívoros são os organismos do segundo nível trófico, que se alimentam diretamente dos
produtores (por exemplo, a vaca). Eles são chamados de consumidores primários; os carnívoros ou
predadores são os organismos dos níveis tróficos seguintes, que se alimentam de outros animais
(por exemplo o leão). O carnívoro, que come o herbívoro, é chamado de consumidor secundário.
Existem seres vivos que se alimentam em diferentes níveis tróficos, tal como o Homem que inclui
na sua alimentação seres autotróficos, como a batata, e seres herbívoros como a vaca.
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Terrestre:
Folhas de uma árvore -> Gafanhoto -> Ave -> Jaguatirica -> Decompositores
Aquática:
Algas -> Caramujos -> Peixes -> Carnívoros -> Aves aquáticas -> Decompositores.
Diariamente a Terra é bombardeada por 10 19 kcal de energia proveniente do sol, o que equivale à
energia de diversas bombas atômicas idênticas à que explodiu em Hiroxima. A maior parte desta
radiação solar é absorvida ou refletida pela atmosfera ou pela superfície terrestre. Da luz visível que
incide nas folhas das plantas ou nas algas apenas cerca de 1% é convertida em energia química
na fotossíntese pelos produtores e o fluxo de energia é a análise quantitativa desta energia
fluindo em determinada cadeia alimentar .
O fluxo de energia pode ser analisado da seguinte maneira: Parte da energia da presa não é
assimilada pelo predador, que corresponde ao material não digerível que será disponibilizado para
os decompositores. A eficiência da transferência de energia entre níveis tróficos também é reduzida
devido a táticas de fuga da presa, ou de defesas químicas das plantas. Cada organismo consome boa
parte de sua energia disponível em suas próprias atividades metabólicas, reduzindo a quantidade de
energia disponível para os níveis tróficos superiores. Outra parte da energia de um sistema é
simplesmente dissipada na forma de calor.
Vários fatores propiciam a diminuição do fluxo de energia , em cada nível trófico, conforme ele
aumenta. A pirâmide de energia consiste em representar graficamente as taxas de fluxo energético
entre vários níveis tróficos. A pirâmide de energia sempre possui uma base maior, que representa os
seres autótrofos e a cada nível para cima, fica mais estreita.
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Carnívoros
(energia
disponível)
Herbívoros
(energia
disponível)
Produtores
(energia
disponível)
Pirâmide do fluxo de energia
Ciclos biogeoquimicos
Ciclo da água
Toda a água da Terra, que constitui a hidrosfera, distribui-se por três reservatórios principais, os
oceanos, os continentes e a atmosfera, entre os quais existe uma circulação contínua – ciclo da água
ou ciclo hidrológico . Este ciclo é responsável pela renovação da água no planeta. O movimento da
água no ciclo hidrológico é mantido pela energia solar e pela gravidade.
Na atmosfera, o vapor de água que forma as nuvens pode transformar-se em chuva, neve ou granizo
dependendo das condições climáticas..
A água é a única substância que existe, em circunstâncias normais, em todos os três estados da
matéria (sólido, líquido e gasoso) na Natureza. A coexistência destes três estados implica que
existam transferências contínuas de água de um estado para outro; esta seqüência de fenômenos
pelos quais a água passa do globo terrestre para a atmosfera e retorne é designado por ciclo
hidrológico.
O ciclo da água inicia-se com a energia solar que incide na Terra. A transferência da água da
superfície terrestre para a atmosfera, passando do estado líquido ao estado gasoso, processa-se
através da evaporação direta, por transpiração das plantas e dos animais e por sublimação
(passagem direta da água da fase sólida para a de vapor). A vegetação tem um papel importante
neste ciclo, pois uma parte da água que cai é absorvida pelas raízes e acaba por voltar à atmosfera
pela transpiração ou pela simples evaporação. Durante esta alteração do seu estado físico absorve
calor, armazenando energia solar na molécula de vapor de água à medida que sobe à atmosfera.
Dado a influência da energia solar no processo de evaporação, a água evapora-se em particular
durante os períodos mais quentes do dia e nas zonas mais quentes da Terra.
Nos continentes, a precipitação é maior que a evaporação. Os oceanos evaporam mais água que
recebem pela precipitação.
A água na forma de vapor de água obtido da transpiração e da evaporação, atinge um certo nível da
atmosfera em que ele se condensa, formando as nuvens. O vapor de água é transportado pela
circulação atmosférica e condensa-se após percursos muito variáveis, que podem ultrapassar
1000km. Quando as nuvens se tornam pesadas, se precipitam, ou seja, chove. A chuva pode seguir
dois caminhos, ela pode se infiltrar e formar um aqüífero ou um lençol freático ou pode
simplesmente escoar superficialmente até chegar a um rio, lago ou oceano, onde o ciclo continua.
Toda esta movimentação é influenciada pelo movimento de rotação da Terra e das correntes
atmosféricas.
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A água que atinge o solo tem diferentes destinos. Parte é devolvida à atmosfera através da
evaporação, parte infiltra-se no interior do solo, alimentando os lençóis subterrâneos. A água
restante, escorre sobre a superfície em direção às áreas de altitudes mais baixas, alimentando os
lagos, riachos, rios, mares e oceanos. A infiltração é assim importante, para regular a vazão dos rios,
distribuindo-a ao longo de todo o ano, evitando, assim, os fluxos repentinos, que provocam
inundações. Caindo sobre uma superfície coberta com vegetação, parte da chuva fica retida nas
folhas. a água interceptada evapora, voltando à atmosfera na forma de vapor.
O ciclo hidrológico atua como um agente modelador da crosta terrestre devido à erosão e ao
transporte e deposição de sedimentos por via hidráulica, condicionando a cobertura vegetal e, de
modo mais genérico, toda a vida na terra.
Precipitação consiste no vapor de água condensado que cai sobre a superfície terrestre.
Escoamento superficial é o movimento das águas na superfície terrestre, do solo para os mares.
Evaporação é a transformação da água no seu estado líquido para o estado gasoso à medida que se
desloca da superfície para a atmosfera.
Transpiração é a forma como a água existente nos organismos passa para a atmosfera.
Sublimação é o processo em que a água passa diretamente do estado sólido ao estado gasoso, sem
passar pelo estado líquido.
O volume total da água na Terra mantém-se constante , variando ao longo do tempo a sua
distribuição por fases.
Os oceanos constituem cerca de 97% de toda a água do planeta . Dos 3,6 % restantes,
aproximadamente 2,25% estão localizados nas calotas polares e nas geleiras, enquanto apenas
0,75 % é encontrado na forma de água subterrânea, em lagos, rios e também na atmosfera,
como vapor de água. Sendo que 84% da água que evapora para a atmosfera tem origem nos
oceanos , enquanto que apenas 16% são oriundos dos continentes.
A água que usamos para beber , que é a que está nos rios, lagos e águas subterrâneas, é menos de
1% da água existente no planeta .
Em média, cada molécula de água evaporada fica apenas uns 10 dias em suspensão na atmosfera
antes de voltar a cair no solo.Porém de acordo com a Organização das Nações Unidas, nos últimos
50 anos, a disponibilidade de água por ser humano diminuiu 60%, enquanto que a população
aumentou 50%.
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Ciclo do Carbono
Existem basicamente duas formas de carbono, uma orgânica, presente nos organismos vivos e
mortos e outra inorgânica, presente nas rochas. No planeta Terra o carbono circula através dos
oceanos, da atmosfera, da terra e do seu interior, num grande ciclo biogeoquímico. Este ciclo pode
ser dividido em dois tipos: o ciclo “lento” ou geológico, e o ciclo “rápido” ou biológico.
Este ciclo opera a uma escala de milhões de anos, e iniciou-se quando da formação do Sistema
Solar e da Terra, tendo origem nos meteoritos portadores de carbono que colidiram com a Terra.
Mais de 99% do carbono terrestre está contido na litosfera, sendo a maioria carbono inorgânico,
armazenado em rochas sedimentares como as rochas calcárias. O carbono orgânico contido na
litosfera está armazenado em depósitos de combustíveis fósseis.
Numa escala geológica, existe um ciclo entre a crosta terrestre (litosfera), os oceanos (hidrosfera) e
a atmosfera. O Dióxido de Carbono (CO 2 ) da atmosfera, combinado com a água, forma o ácido
carbônico, o qual reage lentamente com o cálcio e com o magnésio da crosta terrestre, formando
carbonatos. Através dos processos de erosão (chuva), estes carbonatos são arrastados para os
oceanos, onde se acumulam no seu leito em camadas, ou são assimilados por organismos marinhos
que eventualmente, depois de morrerem, também se depositam no fundo do mar. Estes sedimentos
vão-se acumulando ao longo de milhares de anos, formando rochas sedimentares como as rochas
calcárias. O CO 2 é devolvido a atmosfera através das erupções vulcânicas e outro tipos de
atividades vulcânicas, completando-se assim o ciclo. Os balanços entre os diversos processos do
ciclo do carbono geológico controlaram a concentração de CO 2 presente na atmosfera ao longo de
centenas de milhares de anos. Os mais antigos sedimentos geológicos, datados de épocas anteriores
ao desenvolvimento da vida na Terra, apontam para concentrações de CO 2 atmosférico 100 vezes
superiores aos atuais, proporcionando um forte efeito de estufa, o que impossibilitava a existência
de vida. Por outro lado, medições dos núcleos de gelo retirados na Antártida e na Groenlândia,
permitem estimar que as concentrações do CO 2 durante a última era glacial, eram cerca de metade
das concentrações atuais.
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É possível verificar que a maior troca entre o reservatório terrestre e o reservatório atmosférico
resulta dos processos da fotossíntese e da respiração.
Apesar do reservatório atmosférico de carbono ser o menor dos três, é ele quem determina a
concentração de CO2 na atmosfera , cuja concentração pode influenciar o clima terrestre . A
manutenção do clima é dependente do ciclo biológico do Carbono e podem ser também explicadas
pelos processos de fotossíntese e respiração: a vida nos oceanos consome grandes quantidades de
CO2 , no entanto o ciclo entre a fotossíntese e a respiração desenvolve-se muito rapidamente. O
fitoplâncton é consumido pelo zooplâncton em apenas alguns dias, e apenas pequenas quantidades
de carbono são acumuladas no fundo do mar, quando as conchas do zooplâncton, compostas por
carbonato de cálcio (CaCO3 ), se depositam no fundo, após a sua morte. Somente depois de um
longo período de tempo, este efeito representa uma significativa remoção de carbono da atmosfera.
Outro processo do ciclo biológico, o qual representa remoção de carbono da atmosfera, ocorre
quando a fotossíntese excede a respiração e, lentamente, a matéria orgânica forma depósitos
sedimentares que, na ausência de oxigênio e ao longo de milhões de anos, se transformam em
combustíveis fósseis. Os incêndios naturais são um elemento do ciclo que adicionam CO2 para a
atmosfera ao consumir a biomassa e matéria orgânica e ao provocar a morte de plantas que acabam
por se decompor e formar também CO2 .
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Ao retirar carbono armazenado nos depósitos de combustíveis fósseis a uma taxa muito superior à
da absorção do carbono pelo ciclo, as atividades humanas estão aumentando as concentrações de
CO2 na atmosfera e, muito provavelmente, influenciando o sistema climático global.
ciclo do nitrogênio
O ciclo do nitrogênio ou ciclo do azoto é o ciclo biogeoquímico que comporta as diversas
transformações que este elemento sofre no seu ciclo entre o reino mineral e os seres vivos. O
processo pelo qual o nitrogênio circula através das plantas e do solo pela ação de organismos vivos,
conhecido como ciclo do nitrogênio, é um dos ciclos mais importantes nos ecossistemas terrestres,
pois o nitrogênio é usado pelos seres vivos para a produção de moléculas complexas necessárias ao
seu desenvolvimento tais como aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos.
O principal reservatório de nitrogênio é a atmosfera (78%) onde se encontra sob a forma de gás (N2
). Outros reservatório consistem em matéria orgânica nos solos e oceanos. Apesar de extremamente
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A fixação atmosférica ocorre através dos relâmpagos, cuja elevada energia separa as moléculas de
nitrogênio e permite que os seus átomos se liguem com moléculas de oxigênio existentes no ar
formando monóxido de nitrogênio (NO). Este é posteriormente dissolvido na água da chuva e
depositado no solo. A fixação atmosférica contribui com cerca de 5-8% de todo o nitrogênio fixado.
A desnitrificação é o processo pelo qual o nitrogênio volta à atmosfera sob a forma de gás (N2 ).
Este processo ocorre através de algumas espécies de bactérias (tais como Pseudomonas e
Clostridium ) em ambiente anaeróbico. Estas bactérias utilizam nitratos alternativamente ao
oxigênio na respiração e liberam nitrogênio em estado gasoso (N2 ).
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Ciclo do oxigênio
Entende-se por Ciclo do oxigênio o movimento do oxigênio entre os seus três reservatórios
principais: a atmosfera (os gases que rodeiam a superfície da terra), a biosfera (os organismos vivos
e o seu ambiente próximo) e a litosfera (a parte sólida exterior da terra).
Este ciclo é mantido por processos geológicos, físicos, hidrológicos e biológicos, que movem
diferentes elementos de um depósito a outro. O oxigênio molecular (O2 ) representa 20% da
atmosfera terrestre. Este oxigênio satisfaz as necessidades de todos os organismos terrestres que o
respiram no seu metabolismo. O principal fator na produção de oxigênio é a fotossíntese, que é
responsável pela atual atmosfera terrestre e pela existência da vida.
Na atmosfera encontra-se como oxigênio molecular (O2 ), dióxido de carbono (CO2 ), ozônio (O3
), dióxido de nitrogênio (NO2 ), monóxido de nitrogênio (NO), dióxido de enxofre (SO2 ), etc
A maior parte do oxigênio existente (99.5%) está concentrada na Litosfera. Apenas uma pequena
fração do oxigênio existente está contida na atmosfera (0.49%), esta percentagem representa cerca
de 20% da atmosfera. Uma parte muito menor do oxigênio está contida na biosfera (0.01%). A
maior fonte do oxigênio presente na atmosfera e biosfera é a fotossíntese que transforma dióxido de
carbono e água em oxigênio e açúcar.
fotossíntese: 6 CO2 + 6 H2O + energia => C6H12O6 + 6 O2
Fotólise: 2 H2O + energia => 4H + O2 ou
2N 2O + energia => 4N + O 2
O principal processo de remoção de oxigênio da atmosfera é a respiração.
C6H12O6 + 6 O2 => 6 CO2 + 6 H2O + energia
Devido aos minerais da litosfera serem oxidados em oxigênio, o desgaste químico das rochas
expostas também consome oxigênio. Um exemplo de desgaste químico da superfície é a formação
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O oxigênio também tem um ciclo entre a biosfera e a litosfera. Os organismos marinhos na biosfera
criam conchas de carbonato de cálcio (CaCO3) que é rico em oxigênio. Quando o organismo morre,
a sua concha é depositada no chão do mar e enterrado ao longo do tempo para criar a rocha na
litosfera. As plantas e animais extraem nutrientes minerais das rochas e libertam oxigênio durante o
processo.
Ozônio
A presença do oxigênio atmosférico originou a formação de ozônio e da camada do ozônio na
estratosfera. A camada do ozônio extremamente importante para a vida moderna, visto que absorve
a radiação ultra violeta nociva.
O2 + energia uv => 2O
O + O2 + energia uv => O3
A energia solar absorvida aumenta a temperatura da atmosfera na camada do ozonio, criando uma
barreira térmica, que ajuda a manter a atmosfera por baixo, por oposição a escapar para o espaço.
Ciclo do Fósforo
Os compostos de fósforo intervêm em funções vitais para os seres vivos, sendo considerado um
elemento químico essencial. O fósforo tem relevante papel na formação molecular do DNA e do
RNA, bem como do ATP, adenosina tri-fosfato. As células utilizam-no para armazenar e transportar
a energia na forma de fosfato de adenosina.
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Com a morte das plantas e animais este fósforo retorna ao solo e é absorvido por novas plantas. Nas
rochas fosfálicas é retirado o fosfato, usado em fertilizantes e na fabricação de detergentes. O uso
doméstico destes detergentes é a maior causa da poluição dos rios pelo fósforo. Mesmo a água
tratada de esgotos, que volta aos rios, pode ainda conter fosfatos.
Bioma
Em ecologia chama-se bioma a uma comunidade biológica, ou seja, fauna e flora e suas interações
entre si e com o ambiente físico: solo, água e ar. Área biótica é a área geográfica ocupada por um
bioma. O bioma da Terra compreende a biosfera. Um bioma pode ter uma ou mais vegetações
predominantes. É influenciado pelo clima, tipo de solo, condição do substrato e outros fatores
físicos, não havendo barreiras geográficas; ou seja, independente do continente, há semelhanças das
paisagens, apesar de poderem ter diferentes animais e plantas, devido à convergência evolutiva.
Geralmente se dá um nome local a um bioma em uma área específica . Por exemplo, um bioma
de vegetação rasteira é chamado estepe na Ásia central, savana na África, pampa na região
subtropical da América do Sul ou cerrado no Brasil, campina em Portugal e pradaria na América do
Norte
Tundra
Apresenta Invernos muito longos, com uma duração do dia muito curta, não excedendo a
temperatura os -6ºC (temperatura média entre os -28ºC e os -34ºC). Durante as longas horas de
escuridão a neve que vai caindo acumula-se, devido aos fortes ventos, nas regiões mais baixas,
obrigando os animais a permanecerem junto ao solo e apenas a procurar comida para se manterem
quentes. As quantidades de precipitação são muito pequenas, entre 15 e 25 cm, incluindo a neve
derretida. Apesar da precipitação ser pequena, a Tundra apresenta um aspecto úmido e encharcado,
em virtude da evaporação ser muito lenta e da fraca drenagem do solo causada pelo permafrost ,
que é o descongelamento de apenas uma fina camada na superfície do solo. O verão tem a duração
de cerca de 2 meses, em que a duração do dia é cerca de 24 h e a temperatura não excede os 7º-10
ºC, a camada superficial do solo descongela, mas a água não consegue se infiltrar pelas camadas
inferiores. Forma-se então charcos e pequenos pântanos. Pelo dia ser de longa duração ocorre uma
"explosão" de vida vegetal, o que permite que animais herbívoros sobrevivam- bois almiscarados,
lebres árticas, renas e lemingues na Europa e na Ásia e caribus na América do Norte. Estes por sua
vez constituem o alimento de outros animais, carnívoros, como os arminhos, raposas árticas e lobos.
Existem também algumas aves como a perdiz-das-neves e a coruja-das-neves.
crescimento da vegetação é lento. Uma adaptação que as plantas destas regiões desenvolveram é o
crescimento em maciços, o que as ajuda a evitar o ar frio. Mas as adaptações das plantas típicas da
Tundra não ficam por aqui. Crescem junto ao solo o que as protege dos ventos fortes e as folhas são
pequenas, retendo, com maior facilidade, a umidade. Apesar das condições inóspitas, existe uma
grande variedade de plantas que vivem na Tundra Ártica.
A maioria dos animais, sobretudo aves e mamíferos, apenas utilizam a Tundra no curto Verão,
migrando, no Inverno, para regiões mais quentes. Os animais que ali vivem permanentemente,
como os ursos polares, bois almiscarados (na América do Norte) e lobos árticos, desenvolveram as
suas próprias adaptações para resistir aos longos e frios meses de Inverno, como um pêlo espesso,
camadas de gordura sob a pele e a hibernação. Por exemplo, os bois almiscarados apresentam duas
camadas de pêlo, uma curta e outra longa. Também possuem cascos grandes e duros o que lhe
permite quebrar o gelo e beber a água que se encontra por baixo. Os répteis e anfíbios são poucos
ou encontram-se completamente ausentes devido às temperaturas serem muito baixas. A Lebre
Ártica, por exemplo, no Inverno e no Verão muda a cor do seu pêlo. Isso ajuda o animal a camuflar-
se;
O clima é subártico, com ventos fortes e gelados durante todo o ano. Estas florestas são frias e
recebem pouca precipitação, 40-100 cm anualmente. As estações do ano são duas, Inverno e verão.
O Inverno é muito frio e seco, havendo precipitação em forma de neve; os dias são pequenos. O
Verão é muito curto, podendo durar de três a seis meses, os dias são longos e mais 'quentes' e o solo
degela completamente, formando lagos, pântanos e brejos. A temperatura oscila entre -54º e 21ºC.
O solo é fino, pobre em nutrientes e cobre-se de folhas caídas das árvores tornando-se ácido e
impedindo o desenvolvimento de outras plantas.
As florestas demoram muito tempo a crescer e há pouca vegetação rasteira. Aparecem no entanto,
musgos, liquens e alguns arbustos. As árvores demonstram a existência de adaptações ao meio.
Sendo de folha persistente, conservam, quando a temperatura baixa, a energia necessária à produção
de novas folhas e assim que a luz solar aumenta, podem começar de imediato a realizar a
fotossíntese.
Embora haja precipitação, o solo gela durante os meses de Inverno e as raízes das plantas não
conseguem água. A adaptação das folhas à forma de agulhas limita, então, a perda de água, por
transpiração. Também a forma cônica das árvores da Taiga contribui para evitar a acumulação da
neve e a subseqüente destruição de ramos e folhas.
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Os animais existentes são alces, renas, veados, ursos, lobos, raposas, linces, arminhos, martas,
esquilos, morcegos, coelhos, lebres e aves diversas como por exemplo pica-paus e falcões. Os
charcos e pântanos que surgem no Verão constituem um ótimo local para a procriação de uma
grande variedade de insetos. Muitas aves migradoras vêm até à Taiga para nidificar e alimentar-se
desses insetos. Tal como na tundra, não aparecem répteis devido ao grande frio. Alguns peixes
também podem ser registrados nos rios formados pelas geleiras, um deles é o salmão que só procria
nesses ambientes mais gélidos. Muitos animais, sobretudo aves, migram para climas mais quentes
assim que a temperatura começa a baixar. Outros ficam, encontrando-se adaptados através das
penas, pêlos e peles espessas que os protegem do frio.
Área temperada
As folhas de suas árvores caem, — razão pela qual são chamadas florestas decíduas . A queda das
folhas está associada a uma adaptação das plantas na defesa contra a seca fisiológica, uma vez que o
inverno, que dura cerca de três meses, é bastante rigoroso e a água congela-se no solo
Área tropical
floresta tropical
A floresta tropical ocorre em três regiões na Terra: na americana, na africana e na indo malaia. No
caso da americana é a maior de todas cobrindo a região amazônica compreendida pelo Brasil, e
todos os países que lhe fazem fronteira na América do Sul, indo em direção norte à América
Central, e ao sul até à bacia do Prata; tanto a mata da Floresta Amazônica, quanto a Mata Atlântica
fazem parte deste ecossistema. A floresta indo-malaia é a menos continua devido à agressão milenar
que vem sofrendo. Compreende a da costa da Indochina, a costa norte da Austrália, as Filipinas,
Nova Guiné, Borneo, entre outras. Das três, a menor área de floresta tropical é a africana, que
compreende a Libéria, o golfo da Guiné, e principalmente a região da bacia do rio Congo.
Somando-se todas estas áreas temos aproximadamente 17 milhões de km² de florestas tropicais, isto
significa que 20% das terras do planeta ainda estão com razoável cobertura vegetal, apesar das
tentativas dos seres humanos em destruí-las. Este biosistema é composto por grande quantidade de
espécies vegetais e animais, a temperatura média anual é sempre em torno de 20º C, a pluviosidade
anual aproximadamente de 1200 mm, sua localização média é na faixa entre os trópicos, daí a
denominação de floresta tropical. Uma das principais características da floresta tropical é a
biodiversidade vegetal e animal. Em torno de 60% de todas as espécies do planeta se encontram
neste ecossistema.
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Na Floresta amazônica, em dez mil metros quadrados encontramos cerca de 100 espécies de árvores
além de epífitas e cipós. A altura média das árvores gira em torno de 55 metros, a quantidade de
espécies de insetos e animais ainda é desconhecida. Em caso de desmatamento, a perda é imensa,
pois a biodiversidade é tão localizada e variável que, ao fazer uma queimada, podem ser destruídas
espécies que jamais foram conhecidas ou catalogadas. A floresta atlântica é uma floresta tropical
plena associada aos ecossistemas costeiros de mangues nas enseadas, foz de grandes rios, baías e
lagunas de influência.
Savana
Uma savana é uma região plana cuja vegetação predominante são as gramíneas, salpicadas por
algumas árvores esparsas e arbustos isolados ou em pequenos grupos. Normalmente, as savanas são
zonas de transição entre bosques e prados. Estas zonas se encontram em diferentes tipos de
ecossistemas, e são caracterizadas por:
1- água: escassa (semi-áridas)
2 - temperatura: duas estações - uma quente e seca e outra chuvosa.
3 - solo: fértil
4 - plantas: gramíneas; não são freqüentes as concentrações de árvores.
5 - animais: diferentes espécies de mamíferos, pássaros e insetos.
Das savanas da África a mais famosas é o Serengueti que fica na área leste da África, próximo à
Etiópia. O cerrado brasileiro é um tipo de savana, e é o segundo bioma mais ameaçado desse país.
Pradarias
Pradaria é uma planície vasta e aberta onde não há sinal de árvores nem arbustos, com capim baixo
em abundância. Estão localizadas em praticamente todos os continentes, com maior ocorrência na
América do Norte. A pradaria brasileira é o campo. São regiões muito amplas e oferecem pastagens
naturais para animais de pastoreio e as principais espécies agrícolas alimentares foram obtidas das
gramíneas naturais através de seleção artificial. Ocorre em regiões onde a queda pluviométrica é
muito baixa para suportar a forma de vida da floresta. O solo geralmente é cheio de túneis e tocas de
animais. As pradarias são também encontradas ao lado de desertos. O clima varia bastante: as
pradarias tropicais são quentes durante o ano, mas as pradarias temperadas têm estações quentes e
frias. Formam extensas áreas de paisagens naturais, muito utilizadas por muitos países para o
desenvolvimento da atividade pecuária. Na América do Sul, as pradarias, localizadas na Argentina,
Uruguai e no estado do Rio Grande do Sul (no Brasil), também são chamadas de pampas.
A fauna da pradaria é constituída pelos cães–da–pradaria, pelos ungulados pastadores (uma espécie
de cabra), carnívoros grandes, lebres, aves terrestres e coleópteros.
Predominam gramíneas; alguns arbustos e nenhuma árvore.
Deserto
Deserto é uma forma de paisagem ou região que recebe pouca precipitação pluviométrica. Como
conseqüência, os desertos têm a reputação de serem capazes de sustentar pouca vida. Comparando-
se com regiões mais úmidas isto pode ser verdade, porém, examinando-se mais detalhadamente, os
desertos freqüentemente abrigam uma riqueza de vida que normalmente permanece escondida
(especialmente durante o dia) para conservar umidade. Aproximadamente dois nonos da superfície
continental da Terra são desérticos.
As paisagens desérticas têm alguns elementos em comum. O solo do deserto é principalmente
composto de areia, e dunas podem estar presentes. Paisagens de solo rochoso são típicas, e refletem
o reduzido desenvolvimento do solo e a escassez de vegetação. As terras baixas podem ser planícies
cobertas com sal. Os processos de erosão eólica (isto é, provocados pelo vento) são importantes
fatores na formação de paisagens desérticas.
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Os desertos algumas vezes contêm depósitos minerais valiosos que foram formados no ambiente
árido ou que foram expostos pela erosão. Por serem locais secos, os desertos são locais ideais para a
preservação de artefatos humanos e fósseis.
A maioria das plantas do deserto são tolerantes à seca e salinidade, tais como as xerófitas, (gr. xeros
, seco e phytos , planta) que armazenam água em suas folhas, raízes e caules. Outras plantas do
deserto têm longas raízes que penetram até o lençol freático, firmam o solo e evitam a erosão. Os
caules e folhas de algumas plantas reduzem a velocidade superficial dos ventos que carregam areia,
protegendo assim o solo da erosão. Os desertos normalmente têm uma cobertura vegetal esparsa
porém muito diversificada. O gigantesco cactus saguaro fornece ninhos às aves do deserto e cresce
lentamente mas pode viver duzentos anos. Aos nove anos, ele tem cerca de quinze centímetros de
altura. Aos 75 anos, o cactus desenvolve seus primeiros ramos. Quando totalmente adulto, chega a
quinze metros de altura e pesa quase 10 toneladas. Eles povoam o deserto de Sonora e reforçam a
impressão de que os desertos são áreas ricas em cactus. Apesar dos cactus serem normalmente
considerados plantas dos desertos, outros tipos de plantas adaptaram-se à vida em meio árido. Isto
inclui plantas da família da ervilha e do girassol.
A fauna predominante do deserto é composta por roedores, por répteis e insetos que apresentam
marcantes adaptações à falta de água. Como por exemplo o rato canguru que possui hábitos
noturnos, não possui glândulas sudoríparas e pode passar a vida toda sem beber água, obtendo-a
apenas dos alimentos ingeridos.
A chuva às vezes cai nos desertos, e tempestades no deserto freqüentemente são violentas. Um
recorde de 44 mm em 3 horas de chuva já foi registrado no Saara. Grandes tempestades no Saara
podem despejar quase um milímetros de chuva por minuto. Canais normalmente secos, chamados
de arroios ou wadis , podem encher após chuvas pesadas, e chuvas rápidas os tornam perigosos.
Lagos se formam onde a chuva ou água de degelo no interior das bacias de drenagem é suficiente.
Os lagos dos desertos são geralmente rasos, temporários e salgados. Por serem rasos e terem um
gradiente de profundidade reduzido, a força do vento pode fazer as águas do lago se espalharem por
vários quilômetros quadrados. Quando os pequenos lagos secam, deixam uma crosta de sal no
fundo. Os terrenos planos do fundo de antigos lagos os tornam excelentes pistas de corrida e de
testes para aviões e veículos espaciais. Recordes de velocidade em veículos terrestres são
comumente estabelecidos na chamada Bonneville Speedway , uma pista no fundo do Grande Lago
Salgado. Ônibus espaciais pousam na "playa" de Rogers Lake, na base aérea de Edwards, na
Califórnia.
Biomas aquáticos
Em relação a sua fauna, flora e características abióticas podem ser divididos em:
1 - litoral
2 – plataforma continental
3 – mangue
4 – lagoa
5 – lago
6 – recife de corais
7 - floresta de algas
8 - calota polar
9 - zona bentônica (Relacionado aos organismos que vivem no fundo do mar)
10 - zona pelágica (Relacionado aos organismos que vivem acima do fundo do mar)
Ecossistemas aquáticos de água doce que geralmente apresentam maior biodiversidade são aqueles
compostos por água com pouca movimentação ou parada. Os ecossistemas com águas em
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movimento são ricos em plâncton, (fitoplancton e zooplancton) e seus habitantes são principalmente
algas fixadas às rochas e moluscos.
Biomas do Brasil
O Brasil tem seu território ocupado por grandes biomas terrestres:
• Floresta Amazônica, cujo domínio ocupa os estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia,
Tocantins, Amapá, Roraima, parte do Maranhão, Mato Grosso e Goiás. Apresenta vários estratos
(andares) formados pelas copas das árvores sendo o mais alto, em geral, entre 30 e 40 metros acima
do solo. A árvore mais conhecida da região é a seringueira, de onde se extrai o látex para produzir a
borracha natural. A floresta amazônica é rica em plantas epífitas como as grandes bromeliáceas,
aráceas e begoniáceas.
• Cerrado, cujo domínio ocupa os estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, parte de São Paulo e Paraná. Seu território e que é constituído principalmente por
savanas com vegetação arbórea esparsa e solo com gramíneas. As arvores mais comuns são o Ipê, a
peroba-do-campo e a caviúna. O clima é quente.
• Floresta pluvial costeira – Floresta atlântica (Mata Atlântica), cujo domínio ocupa desde o Rio
grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Possui árvores com folhas perenes e a altura média do
extrato superior (andar mais alto) oscila entre 30 e 35 metros. A maior densidade da vegetação é a
do andar arbustivo. A floresta atlântica é um dos biomas mais devastados pela ação do homem.
• Caatinga, cujo domínio ocupa 10% do território nacional estendendo-se pelos estados do Piauí,
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e parte de Minas
Gerais. Constituída principalmente por savana possui baixos índices pluviométricos. A vegetação é
xeromórfica (gr. xeros , seco e morphos , aspecto), com plantas cactáceas do tipo mandacaru,
xiquexique, mimosas e acácias.
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• Pampa ou campos sulinos, cujo domínio ocupa o norte do Rio Grande do Sul é um tipo de
pradaria. Constituído principalmente por planícies onde predominam gramíneas.
• Pantanal, cujo domínio ocupa 1,76% do território nacional e é constituído por uma exuberante
comunidade biológica abrigando uma das mais ricas reservas de vida selvagem do mundo. Possui
uma vasta planície inundada que abrange parte dos estados do Mato Grosso, e Mato Grosso do Sul.
Da vegetação diversificada destaca-se principalmente a palmeira carandá, cactus, arbustos e
diferentes gramíneas. A fauna é riquíssima e diversificada.
• Floresta de Araucárias, situada nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São
Paulo, em regiões com índices pluviométricos altos e temperaturas moderadas. Possui três andares
bem definidos: O andar arbóreo constituído por pinheiros-do-paraná, o andar arbustivo com muitos
arbustos e samambaias arborescentes (do tronco destas se produz o Xaxim) e o andar herbáceos
com gramíneas formando uma vegetação rasteira.
• Floresta de Cocais – Babaçual localiza-se em certas áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Rio
Grande do Norte e sua espécie mais típica é a palmeira do Babaçu. A região possui altos níveis de
chuva e o solo possui um lençol freático pouco profundo
• Manguezais – Estendendo-se por todo o litoral brasileiro são biomas aquáticos com vegetação
arbustiva característica. Formam-se perto de desembocadura de rios e em litorais protegidos da ação
direta do mar, por isso são considerados berçários da vida marinha que procuram estas áreas para se
reproduzirem. Das plantas a mais freqüente é a Avicennia tomentosa , que apresenta pneumatóforos
ou raízes respiratórias e germinação da semente dentro do fruto ainda presa à planta mãe, fenômeno
conhecido como viviparidade. A fauna é constituída basicamente por aves, crustáceos
(caranguejos), moluscos e peixes.
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