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Tipos de Preconceitos

PRECONCEITO RACIAL – É o tipo de preconceito que se manifesta na cor da pele: o branco que se acha melhor do
que o negro, ou o contrário: o negro que se sente superior ao branco etc. Foi por pensar desta forma que o grande
ditador alemão Adolf Hitler exterminou, durante a Segunda Guerra Mundial, milhões de judeus e outras minorias
tidas como inferiores à raça alemã. Lamentavelmente muitos que se dizem cristãos carregam dentro de si este tipo de
preconceito. Ouvi um desses "cristãos" afirmar que, ao entrar no céu, todos os negros passarão por um processo de
embranquecimento. Que ignorância!

PRECONCEITO SOCIAL – É o tipo de preconceito que se presencia entre ricos e pobre, entre homem e mulher etc.
O pobre que é considerado um estorvo para a sociedade burguesa, que é explorado fisicamente e massacrado
psicologicamente pelos donos do poder, que não tem direito a terra (a não ser alguns palmos no cemitério por durante
seis anos), que não pode usufruir o que a feroz propaganda lhe oferece pelos meios de comunicação. Este tipo
preconceito se faz presente ainda na suposta superioridade do homem em relação à mulher. Esta que historicamente
serviu apenas para gerar filhos, continua subestimada pelo homem: "esquenta a barriga no fogão para esfriar na pia".
Enquanto que o homem, o "senhor homem", reina em sua "majestade machista", inclusive em algumas igrejas.

PRECONCEITO LINGÜÍSTICO – É o tipo de preconceito relacionado ao padrão de língua que se fala. A pessoa
sente-se superior pelo fato de falar "mais bonito". Dizer-se, por exemplo, que "as mulheres são bênçãos de Deus" é
mais "chique" do que falar que "as muié ou mulé é bênça de Deus". Este tipo de preconceituoso costuma ri do oxente
nordestino, zomba do uai mineiro, e caçoa do tchê gaúcho. Ainda bem que quase sempre ele é pego em sua própria
armadilha, pois vira e mexe comete seus deslizes gramaticais. E quantos irmãos não são ridicularizados por sua
simplicidade lingüística? É lamentável!

PRECONCEITO RELIGIOSO – É o tipo de preconceito que se faz visível nas religiões. O fato de ser desta ou
daquela religião, torna a pessoa obstinada e arrogante. Ensoberbece-se por pertencer à religião da maioria. Humilha
os que não pertencem ao seu grupo. Embora Deus condene a idolatria e outros diversos tipos de pecados praticados
em muitas religiões, Ele ama cada pessoa e deseja a felicidade de cada uma delas. Devemos amar os escravizados
pelo pecado, e odiar os pecados que os escravizam.

PRECONCEITO ESPIRITUAL – É o tipo de preconceito que se observa em nossas igrejas. Por exemplo, alguns
pentecostais que se acham mais santos dos que os tradicionais, ou alguns destes que crêem ser mais fiéis a Deus do
que os primeiros. Muitas pessoas que têm o dom de língua, menosprezam os demais, crendo que pelo fato de "falar a
língua dos anjos" são mais poderosos, pode amarrar o diabo com mais facilidade. A irmã que usa saia rachada é
impura; a outra que apara o cabelo, é mundana; o irmão que usa cavanhaque é profano; o outro que veste a roupa da
moda, é irreverente. Muitos crêem ser os donos da verdade. Se o outro não se veste como ele (como o
preconceituoso), se não dá glória igual a ele, se não ora como ele, está na carne. É preciso que haja sempre um
mundano para que ele se sinta santo. Se alguém cai na fé, há no íntimo dele uma espécie de regozijo não manifestado
ou disfarçado, algo do tipo: "Viu só? Ele pecou e eu não"! Deixemos, pois, que Cristo arranque de nossos corações
todos esses males!

- Administração de Empresas -
01 de outubro de 2006

O PRECONCEITO
Por Antonio Carlos Evangelista Ribeiro
Colunista-Titular do Portal Brasil

Acabei de ver e ouvir uma reportagem no telejornal sobre o preconceito que acontece por
ocasião da busca por trabalho. O direcionamento da reportagem deixava clara a sua intenção de chamar
a atenção do telespectador para o telejornal e para o problema racial.

Na mídia quando se fala de preconceito explora-se essa variância de preconceito: o


preconceito racial.

Concordo em gênero, número e grau com os que pensam que o preconceito racial é um
tipo de preconceito infundado, retrógrado, irracional e idiota. Em meu ponto de vista, em nosso País, de
dimensões continentais, onde há uma miscigenação generalizada, não deveria existir o preconceito racial,
mas, infelizmente, existe.
A população de nosso País é uma miscigenação de raças e, no fundo, todos nós temos
um pouco do índio, do negro, do amarelo e do branco. Apenas uma minoria do povo brasileiro pode ser
considerada como não miscigenada, não se justificando, portanto, a existência racional do preconceito
racial pela coloração da pele.

A definição de preconceito, conforme o Dicionário Aurélio é: 1. Conceito ou opinião


formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia preconcebida. 2.
Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3.P. ext.
Superstição, crendice; prejuízo. 4.P. ext. Suspeita, intolerância, ódio irracional.

A ação caracterizada como preconceito supõe que o indivíduo exerceu ou exerce ato ou
ação contra determinada pessoa ou contra algo (até objetos), movido, exclusivamente, por um
preconceito, sem julgar outras qualificações ou outras informações.

Você já se perguntou porque não gosta de determinada fruta sem nunca tê-la
experimentado? Pois é. Isso acontece.

No nosso dia a dia somos todos preconceituosos. De certa forma, exercemos nossos
preconceitos para fazer nossas escolhas.

Escolhemos com quem queremos conversar, onde trabalhar (se existissem vagas para
empregos), onde fazer compras, onde comer, onde sentar, que tipo de transporte utilizaremos, etc.

Desde bebês, aprendemos, com o paladar: a comparar o doce, o salgado, o azedo, o


gostoso e o ruim; com a audição: a identificar e discernir sons, barulhos e vozes agradáveis e
desagradáveis; com o olfato: a sentir aromas agradáveis e desagradáveis; com a visão: a enxergar o
bonito e o feio e, com o tato: a identificarmos superfícies lisas, macias, ásperas, rígidas, etc.

Através dos cinco sentidos inerentes ao ser humano coletamos informações,


processamos e, armazenamos em nosso banco de dados: o cérebro. Agimos de acordo com o nosso
grau de conhecimento, pelas informações e experiências acumuladas durante nossa existência.

Dentre os inúmeros tipos de preconceitos existentes, entendo que o mais latente é o


preconceito social que é estimulado cada vez mais pelos políticos e pela mídia.

Evidentemente, não podemos negar a existência de outros tipos de preconceitos, como:


contra pessoas gordas, pessoas com problemas físicos, pessoas com pouca instrução, pessoas com
nenhum asseio, pessoas pobres e também contra pessoas de cor (negro, amarelo, mulato, branco, índio,
etc.).

Portanto, somos pessoas preconceituosas por natureza.

O assunto é bem mais abrangente. A constante exploração pela mídia do problema


racial mascara os demais preconceitos, também danosos ao ser humano e à sociedade. Nos artigos
“Vagas no Ensino Superior” e “A Marca do Prego”, tento abordar alguns preconceitos existentes em nossa
sociedade.
E, como mostrado nesses artigos todos nós temos preconceitos, estabelecidos em
nosso crescimento como indivíduo, pelas influências sofridas nesse processo de evolução, pela
sociedade e pelas informações que recebemos.

Entretanto, uma característica exclusiva no mundo animal, nos difere como racionais.
Isto deveria ser suficiente para que pudéssemos entender e reavaliar nossas experiências e atualizar
nossos conceitos.

Vamos refletir! Você, caro leitor, não têm e nem nunca teve nenhum tipo de
preconceito? Faça uma introspecção e reflita.

Feito este preâmbulo, gostaria de contar com a colaboração de vocês, caros leitores,
para debater esse assunto tão polêmico que é o estabelecimento de cotas no ensino superior, para saber
sua opinião.

Entendo que, mais uma vez, o grande problema não será atacado. Serão adotadas
medidas paliativas que, desta forma, acirram ainda mais o preconceito em nossa sociedade.

O grande problema na educação é social. A dificuldade de acesso às universidades não


está na cor da pele e sim:

ü na qualidade do ensino público básico e fundamental que é ministrada aos alunos;

ü na carência de nutrientes da população mais carente que afeta o não


desenvolvimento do intelecto;

ü no empobrecimento generalizado da população brasileira que impede que o aluno


adquira livros e crie o saudável hábito da leitura; e,

ü no interesse político em manter essa situação para poder manipular mais facilmente
a população.

A medida de reservar vagas e impor como condição fundamental cor da pele para
ingresso ao ensino superior é totalmente preconceituosa. Servirá, como já afirmei, acirrar uma situação de
disputa e competição desleal entre raças. Aflorará em nossa sociedade o preconceito racial. Até porque,
na documentação do brasileiro, onde está escrito “branco” leia-se: moreno, amarelo, etc.

E daí, o que diriam os “brancos”?

Perderiam a oportunidade de estudar pela cor da pele?

Por não serem “privilegiados” e não receberem fórum especial os demais alunos
deveriam ser prejudicados em proveito de “minorias” e por medidas eleitoreiras?

Infelizmente, não há, por parte dos governantes, preocupação com a melhora do
ensino. Há, isto sim, interesse em que atitudes eleitoreiras, como esta, que possam garantir a reeleição.
Algo mais efetivo deve ser feito do que, simplesmente, garantir acesso à universidade
pública aos carentes. É preciso exigir qualidade de ensino, desde a base: o ensino público básico e o
fundamental.

Muitos dos empresários bem-sucedidos hoje freqüentaram escolas públicas. Aos mais
novos quero informar que, não há muito atrás, as escolas públicas de 1º e 2º graus eram referência em
qualidade de ensino. Muitas delas só permitiam acesso mediante concurso e, a maior dificuldade para
ingresso no ensino superior era a quantidade de universidades que, àquela época era extremamente
limitada. O ensino superior não tinha estrutura suficiente para absorver todos os alunos qualificados.

Esse é um ano de eleições.

Na hora de votar pense se é isso o que você quer.

Relativamente à reportagem sobre o preconceito na seleção de candidatos a vagas de


trabalho, além de ser um ato covarde, é dispendioso e mostra a mediocridade do selecionador.

A escolha ou descarte de um possível colaborador ou de um profissional pelo critério


preconceituoso (entenda-se aí, preconceitos não justificados técnica e racionalmente) pode levar a você
Administrador a perder um grande colaborador que poderia contribuir para a solução de seus problemas,
e que poderia mostrar-lhe, se tivesse oportunidade, que a inteligência, eficiência, produtividade, atitude e
eficácia no trabalho, não dependem da cor de pele.

Na condição de Administradores temos o dever de sermos racionais, atualizarmos


constantemente nossos conceitos, superarmos os nossos preconceitos, pois somos responsáveis por
nossos atos a frente de nossas empresas.

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