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EGREGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, EXCELENTISSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO. OQ SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ‘Coordenadoria de Processamento Inicial ADI 4268 - 8/600 ¥ wm inn ‘A CONFEDERAGAO NACIONAL DO COMERCIO DE BENS SERVIGOS E TURISMO, entidade sindical de grau maximo das referidas categorias econémicas, com sede na cidade do Rio de Janeiro, na Avenida General Justo n® 307, inscrita no CNP sob o n® 3342357/0002-87, vem a presenga de Vossa Exceléncia, por seus procuradores ao final assinados, com fundamento no inciso IX do artigo 103, da Constituigo da Republica, combinado com os artigos 169 e 178 do Regimento Intermo desse inclito Tribunal, para propor a presente AGAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, COM PEDIDO DE CONCESSAO DE MEDIDA CAUTELAR, visando suspender a eficdcia das disposigdes da Lei n° 16.33, de 12 de maio de 2009, do Estado de Goias, que proibe a atuagao de profissionais de optometria em estabelecimentos épticos do Estado de Golds ¢ da outras providéncias, expondo para tanto o seguinte: Iniciaimente, cabe-nos fixar a pertinéncia temética que legitima a Confederacéio Nacional do Comércio de Bens Servigos e Turismo a submeter a norma objeto da presente ago a0 controle concentrado de constitucionatidade. As disposig6es da Le! Estadual n° 16.533, de 12 de maio de 2009, s8o expressamente direcionadas aos estabelecimentos de comércio dptico do Estado de Goids, que na forma do “Quadro de Atividades e Profissées’ a que se refere o artigo 577 da Consolidaao das Leis do Trabalho, esto enquadradas no plano sindical da Confedera¢ao Nacional do Comércio (1° e 2° grupos), que cumulado com 0 inciso 1 |, do §1°, do artigo 1° de seu Estatuto, e com 0 inciso Ill do artigo 8° da Constituigao da Republica, lhe garante a pertinéncia tematica para submeter a norma ao controle concentrado de constitucionalidade, uma vez que defende a Confederagao Nacional do Comércio de Bens Servigos e Turismo o interesse direto de seus representados ali mencionados. Diz a Lei Estadual de Goias n° 16.553/2009, verbis: “Art 1°. E vedada a realizagao de exames optométricos, a manutengéo de equipamento médico e a venda sem prascrigéo médica de éculos de grau e lentes de contalo interior dos estabelecimentos _comerciais ynominados _étieas___ou__estabelecimentos congéneres, ou mesmo fora de suas dependéncias. Paragrafo unico. Para efeito desta Lei considera-se, dentre outros: | exames optométricos, os exames de refragso ea adaptacdo de lentes de contato; 4 - equipamentos médicos, a lampada de fenda, o autorrefrator, 0 ceratémetro, 0 refrator_e_o oftalmoscopio direto. Art. 2° Fica vedado ainda aos estabelecimentos de que trata 0 artigo 1° a realizago de antncios por qualquer meio sugerindo a adaptagao de lentes de contato. Art. 3° A fim de dar cumprimento ao disposto nesta Lei, rgo estadual competente exercerd a fiscalizagéo nos estabelecimentos de que trata 0 artigo 1°, aplicando as sangoes previstas na Lei n° 16.140, de 2 de outubro de 2007. Art. 4° O art. 115 da Lei n° 16.140, de 2 de outubro de 2007, passa a vigorar com as seguintes alteragdes: AR 118... §1. Ce @) dticas; ue mm) proteses dentérias. Art. 5° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicagao” (grifo nosso) Com a devida venia, a Lei do Estado de Goias n° 16.533, de 12 de maio de 2009, padece do mesmo vicio de constitucionalidade de tantas outras iniciativas legislativas que sob o argumento de estar legislando de forma especifica sobre matéria reservada a competéncia constitucional concarrente entre a Unido, os Estados e 0 Distrito Federal, adentra em matéria que 6 de yma geral ou invade outras esferas da reserva de competéncia legislative exclusiva da Unido. Inicialmente, cabe-nos identificar a optometria como _uma_atividade rofissional_prépria, legal reconheci vital _importancia para os estabelecimentos dpticos de todo a pais e que nio pode ser vista como uma préitica médica. Por este aspecto ser da esfera infraconstitucional, invocamos a decisao proferida pela primeira Turma, no julgamento por unanimidade, do Recurso Especial n? 975322 / RS, em 14.10.2008, em que foi Relator o Ministro Luiz Fux, no seguinte teor, verbis: “PROCESSO CIVIL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANGA. PROFISSIONAL DA OPTOMETRIA. RECONHECIMENTO PELO MINISTERIO A EDUCACAO. PRECEDENTE/STJ. LEGITIMIDADE DO ATO. EXPEDIGAO DE ALVARA. DIREITO GARANTIDO SE PREENCHIDOS OS REQUISITOS SANITARIOS ESTIPULADOS NA LEGISLAGAO —ESPECIFICA. VALORIZAGAO DO TRABALHO HUMANO E A LIBERDADE PROFISSIONAL. PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS, 0 1. A valorizag8o do trabalho humano e a liberdade profissional sao principios constitucionais que, por si sés, a mingua de regulagao complementar, e a luz da exegese pés-positivista admitem 0 exercicio de qualquer atividade laborativa licita, 2. 0 Brasil 6 um Estado Democrético de Direito fundado, dentre outros valores, na dignidade e na valorizagdo do trabalho humanos. Esses principios, consoante os pés- positivistas, influem na exegese da legislagao infraconstitucional, porquanto em torno deles gravita todo © ordenamento juridico, composto por normas inferiores que provém destas normas qualificadas como soem ser as regras principiolégicas. 3. A constitucionalizagao da valotizagao do trabalho humano importa que sejam tomadas medidas adequadas a fim de que metas como busca do pleno emprego (explicitamente consagrada no art. 170, VIII), distribuigao eqUitativa e justa da renda e ampliagao do acesso a bens e servigos sejam alcangadas. Além disso, valotizar 0 trabalho humano, conforme o preceito constitucional, significa defender condigbes humanas de trabalho, além de se preconizar por justa remuneragao e defender o trabalho de abusos que o capital possa dessarazoadamente proporcionar. (Leonardo Raupp Bocorny, In "A Valorizag&o do Trabalho Humano no Estado Democratico de Direito, Editora Sergio Antonio Fabris Editor, Porto Alegre/2003, paginas 72/73). 4. Consectariamente, nas questées inerentes @ insorigao nos Conselhos Profissionais, esses cdnones devem informar a atuagao dos aplicadores do Direito, maxime porque dessa legitimaco profissional exsurge a possibilidade do trabalho, valorizado constitucionalmente. eS O contetido ativic jo optometrista esta e descrito na Classificacéo Brasileira de Ocupacées - CBO, editada pelo Ministério do Trabalho « Emprego L (Portaria n. 397, de 09.10.2002), 6. O art. 3° do Decreto n° 20.931, de 11.1.1932, que a pfofissdo_de optometrista, esté_em vigor wat © ato mative su eniente revogou (art. 4° do Decreto n. 99.6: fol suspenso elo STF _na_ADIn _533-2/MC, vicio de inconstitucionatidade formal. 7._Reconhecida_a_existéncia_da_profisséo_e nso havendo duvida_quando_a_leqitimidade sou exercicio (pelo menos em certo campo de atividades), nada impede a_existéncia de um curso préprio de formacao profissional de optometrista. (MS 9469/DF, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEGAO, julgado em 10.08.2005, DJ 05.09.2005) 8. A _competéncia da vigiléncia sanitéria_limita-se apenas 2 andlise acerca da existéncia de habilitagso e/ou capacidade legal do profissional da satide e do respeito 4 legislacéo sanitéria, objeto, in casu, de fiscalizacéo estadual e/ou municipal. 9. O optometrista, todavia, nao resta habilitado para os misteres médicos, como so as atividades de diagnosticar ¢ tratar doengas relativas ao globo ocular, sob qualquer forma. 10. O curso universitério que esta dimensionado, em sua durago e forma, para o exercicio da oftalmologia, ¢ a medicina, nos termos da legislagao em vigor (Celso Ribeiro Bastos, In artigo "Da Criagéo e Regulamentagao de Profissées e Cursos Superiores: 0 Caso dos Oftalmologistas, Optomestristas e Opticos Préticos", Estudos e Pareceres, Revista de Direito Constitucional e Internacional, n° 34, ano 9 - janeiro-margo de 2001, RT, pag. 257). 11. Inexiste ofensa ao art. 535 do CPC, quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre @ quest&o posta nos autos. ‘Ademais, o magistrado ndo esta obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisdo. 12, Recurso Especial provido, para o fim de expedicéo do alvard sanitario admitindo 9 oficio da optometria.” Com efeito, ao estabelecer restrig6es ao exercicio de uma profisséo regular e legitima @ que por na exercida em de estabelecimentos de comérelo de produtos épticos, conforme a deciséo do Superior Tribunal de Justia acima descrita, a Lei n° 16.533/2009 do Estado de Goiés, em que pese a sua justificagao alegar que se baseia na competéncia constitucional concorrente existente entre a Unido e os Estados para legislarem sobre protecao e defesa da saude (art, 24, XII, CR), NA VERDADE ADENTRA EM MATERIA SOBRE CONDIGOES PARA © EXERCICIO DE PROFISSOES, CUJA COMPETENCIA ”ARA LEGISLAR E PRIVATIVA DA UNIAO, EX VI DO INGISO XVI DO ARTIGO 22 DA CONSTITUICAO DA REPUBLICA, O QUE EIVA A PROPOSTA LEGISLATIVA DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. Neste sentido a decisao proferida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ac&o Direta de Inconstitucionalidade n® 3.587/DF, em 12.12.2007, em que foi Relator o Ministro Gilmar Mendes, com o seguinte teor, verbis: “1, Agdo direta de inconstitucionalidade. 2. Lei Distrital no 3,136/2003, que “disciplina a atividade de transporte de bagagens nos terminais rodoviérios do Distrito Federal”. 3. Ale do _de_usurpat competéncia_legislativa privativa da Unido para legislar sobre direito do trabalho ay (CF, art. 22, |) e/ou sobre "condigbes para o exercicio de a profiss6es" (CF, art. 22, XVI) 4. Com telagao a alegagao de violag8o ao art. 22, |, da CF, na linha da jurisprudéncia do Supremo Tribunal Federal, ¢ 0 caso de declarar a inconstitucionalidade formal da Lei Distrital no 3.136/2003, em razio da incompeténcia legislativa das unidades da federagSo para legislar sobre direito do trabalho. Precedentes citados: ADI no 601/RJ, Rel. Min. Ilmar Galvao, Pleno, unénime, DJ 20.9.2002; ADI no 953/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, Pleno, unanime, DJ 2.5.2003; ADI-MC no 2.487/SC, Rel. Min, Moreira Alves, Pleno, undnime, DJ 1.8.2003; ADI no 3.069/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, Pleno, unénime, DJ 16.12.2005. 5. Quanto A violacdo ao art. 22, XVI, da CF, na linha dos recedentes do __ STF, wifica-se_ a inconstitucionalidade_formal dos arts. 2° e 8° do dit impugnado por versarem sobre condig6es para o exercicio da profisséo. Precedente citado: ADI- MC no 2.752/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Pleno, maiorie, DJ 23.4 2004. 6. Ainda que superade 0 reconhecimento de ambas as Inconstitucionalidades formais indicadas, com relagéo ao art, 1° da Lei Distrital, verifica-se violaggo ao art. 8°, VI, da CF, por afrontar a “liberdade de associagéo sindica!", uma vez que a norma objeto desta impugnagéo sujeita o exercicio da profissio de carregador @ transportador de bagagens 4 prévia filiagéo ao sindicato da categoria. 7. Agéo direta julgada procedente para deciarar a inconstitucionalidade da legistagao impugnada.” oe Com efeito, ainda que a Lei n° 16.533/2009 do Estado de Goids versasse Sobre “protegéo e defesa da salide”, como 6 equivocadamente alegado na sua justificagao, 0 que admitimos apenas para argumentar, também haveria flagrante inconstitucionalidade formal diante das disposigées da Constituigéo da Republica. Isto porque, no exercicio da competéncia legisiativa concorrente prevista no artigo 24 da Constituigéo da RepUblica, as normas gerals so reservadas & Unio (86 1° e 2%), cabendo aos Estados a edigéo de leis suplementares. POR SUA VEZ, NORMAS_SUPLEMENTARES, SEGUNDO A DICGAO DESTA SUPREMA CORTE, SAO AQUELAS EDITADAS EM RAZAO_ DAS_PECULIARIDADES LOCAIS. Neste sentido, a deciséo unanime do Pleno do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI n° 3.668-8/DF, em 17/09/2007, em que foi relator o Ministro Gilmar Mendes, acatando o parecer da Procuradoria-Geral da Unido, que versa sobre 0 exercicio da competéncia concorrente do artigo 24 da Constituigdo da Repiblica, verbis: “A competéneia para legislar sobre as relagées de consumo e danos causados ao consumidor encontra previséo na Carta Magna, especificamente no disposto no artigo 24, Ve Vill, respectivamente. Trata-se da denominada competéncia concorrente entre a Unido, os Estados e o Distrito Federal. Sobre o tema, José Afonso da Silva esclatece, no tocante 4 correfagdo entre normas gerais editadas pela Uniao © as normas suplementares editadas pelos Estados @ Distrito Federal (CF, art. 24, §§1° a 4°), 0 seguinte: “Os §§1° a 4° trazem a disciplina normativa de correlag4o entre normas gerais e suplementares, pelo quais se vé que a Unido produz normas gerais sobre a matéria arrolada no art. 24, enquanto aos Estados e Distrito Federal compete suplementar, no 4mbito do _interesse estadual, aqueles normas. Tem sido questéo tormentosa definir 0 que sao ‘normas gerais’ para circunscrever devidamente 0 capo de atuagdo da Unido. Diremos que ‘normas gerais’ sio normas de lels, ordindrias ou complementares, produzidas 8 pelo fegislador federal nas hipéteses previstas na Constituigao, que estabelecem principios e diretrizes da agao legislativa da Unléo, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios. Por regra, elas nao regulam diretamente situagées faticas, porque se limitam a definir uma normatividade genérica a ser obedecida pela legisla¢éo especifica federal, estadual e municipal: direlto sobre direito, normas que tragam diretrizes, balizas, quadros, & atuagéo legislativa daqueles unidades da Federagao. ‘Suplementares’ séo as normas estaduals ou do Distrito Federal que, no 4mbito de suas respectivas competéncias, suplementam com pormenores concretos as normas gerais (§§1° @ 29. Tudo isso é uma técnica de reparticgo de competéncia federativa; os §§* e 4° complementam sua normatividade, estabelecendo, em primeiro lugar, que os Estados e o Distrito Federal exerceréo a competéncia legislativa plena se ndo forem produzidas as normas gerais @, em segundo lugar, que 4 superveniéncia da lei federal sobre normas gerais suspende a eficacia da lei estadual, no que lhe for contrario’. Note-se bem, o constituinte foi técnico: a lei federal superveniente nao revoga nem derroga a lei estadual no aspecto contraditério; este apenas perde sua aplicabilidade, porque fica com eficacia suspensa. Quer dizer, também, que se a lei federal for simplesmente revogada, deixando um vazlo de normas gerais, a lef estadual recobra sua eficdcia @ passa outra vez a incidir plenamonte.” (Silva, José Afonso da. Comentério Contextual 4 Constituigao. 2" Ed. S40 Paulo: Malheiros, 2006, p. 280- 281) No &mbito da competéncia constitucional concorrente relativa as relagées de consumo, a Unido tragou as normas gerais e serem apllcadas a todos os entes da Federagao na Lei n® 8.078/1990 (Cédigo de Defesa do Consumidor - CDC). Ss caso em questéo, correto 6 0 parecer da Procuradoria-geral da Repiiblica, nos sequintes termos: ‘O pedidos deve ser julgado procedente. Cabe salientar, inicialmente, que a norma impugnada 4 4 nao padece de nenhum dos viclos apontados na inicial, na medida em que a matéria tratada na fei sob analise em nada se relaciona com as atividades-fim das institui¢ées e financeiras. Nao ha qualquer disposi¢éo acerca do funcionamento, organizagao ou de suas atribuigoes. Tal lei, na verdade, insere-se em tema referente 4 prote¢éo do consumidor. Mais especificamente, esté relacionada ao seu airelto basico a informa¢ao adequada, acerca de produtos e servigos que thes s4o oferecidos. O diploma impugnado padece, lidade, vicio formal, em _razao_da__ocorréneia__de usu! io_da competéncia privativa da Unido, para fixar normas gerais relativas as relacdes de consumo (CF/88, art. 24, V). (..)Pois_bem, no presente caso, _nao_se_visiumbram qualsquer ‘particularidades’ ou pecullaridades locais’ que confiqurassem minucias que a ‘Uni&o jamais poderia reqular pela distancia em que se encontra da periferia’. Com _efeito, néo_ha razao para que somente as agéncias_bancarias situadas_no_Distrito_ederal__sejam obrigadas a afixarem, em suas entradas, tabeleas relativas 4 taxa de juros, bem como percentual dos rendi de licacées financeiras oferecidas ao consumidor. (.) Nota-se, portanto, que o leaislador distrital_inovo acerca de toma sobre 0 qual ndo poderia fazé-lo,’ Nesses termos, voto pela procedéncia da presente a¢éo, para declarar a inconstitucionalidade da Lel n° 3.706, de 21 de novembro de 2005, do Distrito Federal.” (grifo nosso) Nota-se que assim como na hipétese tratada na ADI acima apresentada, na Lei n® 16.533, de 12 de maio de 2009 do Estado de Golds, “NAO SE VISLUMBRAM QUAISQUER ‘PARTICULARIDADES’ OU PECULIARIDADES LOCAIS' QUE CONFIGURASSEM MINUCIAS QUE A ‘UNIAQ JAMAIS PODERIA REGULAR 10 PELA DISTANCIA EM QUE SE ENCONTRA DA PERIFERIA”, ASSIM COMO NAO. HA RAZAO PARA QUE APENAS OS ESTABELECIMENTOS DO COMERCIO DE PRODUTOS OPTICOS DO ESTADO DE GOIAS SEJAM IMPEDIDOS DE UTILIZAREM OS SERVICOS DOS PROFISSIONAIS DE OPTOMETRIA. Da mesma forma, NAO HA QUALQUER PARTICULARIDADE OU PECULIARIDADES LOCAIS QUE LEGITIME © ESTADO DE GOIAS, NO EXERCICIO DA COMPETENCIA CONSTITUCIONAL CONCORRENTE_NA PROTEGAO E DEFESA DA SAUDE, DEFINIR_EXCLUSIVAMENTE PARA DENTRO DE SEU TERRITORIO, O QUE SEJAM EXAMES OPTOMETRICOS OU A .NATUREZA MEDICA DE DETERMINADOS EQUIPAMENTOS, COMO FAZ OS INCISOS | E Il DO PARAGRAFO UNICO DO ARTIGO 1° DA LEI ESTADUAL 16.553/2009. Desta forma, n&o hé outra conclusao a nao ser de que a Lei n® 16.553, de 12 de maio de 2009, do Estado de Goids, 6 flagrantemente inconstitucional, s pela violacdo & reserva de competéncia privativa da Unido expressa no inciso XVI do artigo 22, seja pela violapéo @ reserva de compoténcia da Unio para edic&o de normas gerais expressa nos §§ 1° © 2° do artigo 24, ambos da Constituigao da Republica. Pelo exposto, uma vez demonstrada a flagrante violagéo de preceitos constitucionais e diante dos precedentes jurisprudenciais desta Suprema Corte sobre a matéria, o que materializa o furnus boni juris do pedido, e tendo em vista a necessidade da _suspenséo imediata da norma em razéo dos inémeros postos de trabalho ocupados por optometristas que seréo extintos nos estabelecimentos de comércio dpticos em _todo 9 Estado de Goids, e das pesadas multes a serem aplicadas pela inobservancia das disposigées da norma manitestamente inconstitucional, 6 que se requer a concessao liminar da declaracao de inconstitucionalidade dos dispositivos da Lel n° 16,533 de 12 de_malo_de 2009, do Estado de Golés, por VIOLACAO DO DISPOSTO NO INCISO XVI DO ARTIGO 22, DA CONSTITUICAO DA REPUBLICA, se esta a Egrégia Corte entender que houve violagdo da competéncia exclusiva da Uniao Para legislar sobre condicées para o exercicio de profissdes, OU POR VIOLAGAO DO DISPOSTO NOS §§ 1° A 3° DO ARTIGO 24, DA CONSTITUIGAO DA REPUBLICA, se a hipétese for de violacdo da limitagdo constitucional de competéncia para os Estados e o Distrito Federal legislar sobre normas gerais em matéria de protecdo e defesa da saiide que atendem as suas peculiaridades locais. Assim, ouvido 0 senhor Procurador Geral da Republica, aps a concessio da medida cautelar, na forma dos artigos 102, jetta ‘p", ¢ 103, paragrafo 1°, requer a citagéo do Senhor Advogado-Geral da Unido, na forma do pardgrafo 3° do artigo 103, da Contstituigao da Republica, bem como sejam requisitadas as informagdes do Exmo. Sr. Governador do Estado de Goids, e do Exmo. Sr. Presidente da Assembiéia Legislativa do Estado de Goids, esperando ao final, que a presente aco seja julgada procedente para declarat A INCONSTITUCIONALIDADE POR VICIO FORMAL dos dispositivos da Lei Estadual n° 16.553, de 12 de maio de 2009 , por ser medida da mais escorreita justia, Da-se a causa 0 valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Pede deferimento. Brasilia, ao Alsen mine Cacito Augusto Esteves OABIRJ 80.433 12 : e PROCURAGAO ay A CONFEDERAGAO NACIONAL DO COMERCIO DE BENS, SERVICOS E TURISMO - CNC, entidade sindical de grau superior, CNPJ n°33,423,575/0001- 76, com sede no Setor Bancario Norte, Quadra 01, Bloco B, n° 14, Brasilia/DF, neste ato representada pelo seu Presidente, ANTONIO JOSE DOMINGUES DE OLIVEIRA SANTOS, brasileiro, casado, empresdrio do comércio, portador da carteira de Identidade do IFP n° 655.276-4, de 30/01/85 e do CPF 1°014.706.557/72, residente e domiciliado na Cidade do Rio de Janeiro, nomeia e constitui como seus procuradores, na forma do inciso Il, do artigo 15, de seu Estatuto, os DRS, MARCELO MELO BARRETO DE ARAUJO, JORGE CEZAR MOREIRA LANNA, NEUILLEY ORLANDO SPINETTI DE SANTA RITA MATTA, ANTONIO GUIMARAES FILHO, JANILTON FERNANDES LIMA, ARY JORGE ALMEIDA SOARES, ANDREA SALGADO ESPINDOLA, CACITO AUGUSTO DE FREITAS ESTEVES, TATIANA MACHADO DUNSHEE DE ABRANCHES, FRANCISCO GUILHERME BRAGA DE MESQUITA, LETICIA MARIA A. DE M. P. MARIZ DE OLIVEIRA, FERNANDO CESAR THIAGO DE MELLO e DAGMAR MARIA DE SANT’ANNA, brasileitos, advogados, 0 primeiro divorciado, os dex seguintes casados e os 2 ultimos solteiro e divorciada, respectivamente, todos com enderego na Avenida General Justo, n°307, 5° andar, Rio de Janeiro/RU, inscritos na OAB/RJ n°. 30.299; OAB/RU n°. 58.403, OAB/RS n°. 27.957; OAB/RJ n°.88.017; OAB/RJ n°. 79.551; OAB/RJ n°64.904; OAB/RJ n°. 92.600; OAB/RJ n° 80.433, OABIRJ n°. 97.613, OAB/RJ n°150.250, OABIRU n°. 51.856, OABIRU n°. 63.608 © OABYRU n°. 22.605 @ 0s DRS. CRISTINALICE MENDONCA SOUZA DE OLIVEIRA, ANTONIO LISBOA CARDOSO e ANA PAULA TOMAZZETTI URROZ MACIEL PINHEIRO, brasileiros, advogados, casados, residentes e domiciliados em Brasilia/DF, inscritos na OAB/DF sob os ns. 10.891; n® 9.901 € n° 10.598, concedendo-Ites poderes especiais para propor, agindo em conjunto ou separadamente, Agdo Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, em face da Lei Estadual n° 16.533, de 12 de maio de 2009, do Estado de Goias, podendo formular requerimentos, apresentar memoriais, fazer sustentago oral @ praticar os demais atos inerentes ao presente mandato, inclusive substabelecer. ANTONIO JOSE DOMINGUES DE OLIVEIRA SANTOS Presidente ce Woltar GOVERNO DO ESTADO DE GOIAS Gabinete da Governadoria Superintendéncia de Legislacao. LEI N° 16.533, DE 12 DE MAIO DE 2009. Prolbe a realizagao dos exames que especifica 6 da outras providencias. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIAS, nos termos do art. 10 da Consttuicao Estadual, decreta e eu sanciono a seguinte Lei Art. 1° & vedada a realizagSo de exames optometricos, a manutengo de equipamentos médicos e a venda sem prescrig0 medica de éculos de grau e ‘lentes de contato no intenior dos estabelecimentos comerciais denominados oticas ou estabelecimentos congéneres, ou mesmo fora de euas dependéncias. Paragrafo Unico. Para os efeitos desta | ei considera-se, dentre outros: | — exames optométricos, os exames de refragdo € a adaptagSo de lentes de contato; II = equipamentos médicos, a lampada de fenda, o autorrefrator, 0 ceratémetro, 0 refrator @ 0 oftalmoscépio dirato. ‘Art. 2° Fica vedado ainda aos estabelecimentos de que trata o art. 1° a realizago de anancios por qualquer meio sugerindo a adaptago de lentes de contato. Art. 3° A fim de dar cumprimento ao disposto nesta Lei, érgo estadual competente. exercerd a fiscalizagao nos estabelecimentos de que trata 0 art. 1°, aplicando as sang6es previstas na Lei n? 16.140, de 2 de outubro de 2007. Art. 4° O art. 115 da Lei n? 16.140, de 2 de outubro de 2007, passa a vigorar com as seguintes alteragdes: m) proteses dentarias." (NR) hitp:/www.gabinetecivil.goies.gov.br/pagina_leis:php%id=B451 51612009 oe Page 2 of 2 ‘. ‘Art. §° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicagao. PALACIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIAS, em Goiania, 12 de maio de 2009. 121° da Replica 4 ALCIDES RODRIGUES FILHO (D.0. de 15-05-2009) c Este texto néo substitu’ o publicado no D.O, de 15-05-2009. http://www gabinetecivil goias.gov.br/pagina_leis.php%id-8451 5/6/2009 108 ssw 10777002 “Minlstirio do Trabatho Empreno ‘GABINETE DO MUNISFRO ‘a ee “em fhe sas nara tes eatrae Nr ieee Simei Emi ees csanonnniee arenes esate: ie eee ees Beemer iene at hase stent Gomi a EMAL Bata Fonte: Cat tego eo Mara ree SALES" etn setts oe te eens Sia ahs Diério Oficial da Unido - Sesto 1 ‘COORDENAG AO i#RAL DE IMIGRACAD quate 1 ey de 2008 eee Per aa ee eth tity nnd Se eeae cers ee Se ih ae ree rear ata sen 9 aa Bre ee ee hd ‘rime. wy dt a = Seca te i ‘Sefer nou po oe ANG Beha 2 Begs Oe Se ae aaa See e iar detec elie oe Ss eee a nS a oar Se eee int Sant tuo acaes"aobeTarSAT Epon” THe 0 SE SEA UA oe Eves ee | Confederagéo Nacional do Comércio y Departamento de Administragdo Servigo de Documentagdo e Informacgao Diério Oficial da Unio Segdo 3] [IN® 186, segunda-feira, 27 de sctembro de 2004 82-83. Ineditoriais CONFEDERACAO NACIONAL DO COMERCIO AVISO RESULTADO DAS ELFICOES-2004/2010 ‘Cumprindo dispositivos estatutério e regulamentar, tornamos piiblico que nesta data {oi realizade eleigdo com chapa tnica, na sede da entidade, em Brastli-DF, para composigo da Diretoria, ‘¢ do Conselho Fiscal da Confederage Nacional do Comércio, tendo sido eleitos membros efetivos e suptentes, 0s Senhores: Presidente ~ Antonio Jose Domingues Oliveira Santos (ES); Vice-Presidentes — 1° ) Abram Abe Szajman (SP), 2°) Renato Rossi (MG) e 3°) Orlando Santos Diniz. (RJ); Vice-Presidentes - ‘Adelmir Araujo Santana (DF), Carlos Femando Amaral (BA), José Arteiro da Silva (MA), Jose Evaristo dos Santos (GO), José Marconi Medeiros de Souza (PB), José Roberto Tadros (AM), Josias Silva de Albuquerque (PE) © Lelio Vieira Camciro (Scrvigas); Diretores Secretirios ~ 1° ) Flavio Roberto ‘Sabbadini (RS), 2° ) Antonio Edmundo Pacheco (SC) e 3° ) Antonio Airton Oliveira Dias (RR); Diretores Tesoureiros — 1°) Luiz Gil Siuffo Pereira (Fecombustiveis), 2° ) Antonio Osorio (RJ) € 3° ) Jamil Boutros ‘Nadaf (MT); Diretores - Canuto Medeiros de Castro (AL), Carlos Marx Tonini (PA), Darci Piana (PR), Euclides Carli (SP), Francisco Teixeira Linhares (RO), Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante (PI), Joseli Angelo Agnolin (TO), Ladislao Pedroso Monte (AP), Laercio José de Oliveira (Febrac), Leandro Domingos Teixeira Pinto (AC), Luiz, Gastdo Bittencourt da Silva (CE), Marcantoni Gadelha de Souza (RN), Marco Aurelio Sprovieri Rodrigues (SP), Norton Luiz Lenhart (FNHRBS), Pedro Coclho Neto (Fenacon), Sebastiio Vieira D’Avila (MS) e Walker Martins Carvalho (SE); Suplentes da Diretoria: ‘Aderson Santos da Frota (AM), Alberto Ivair Rogoski Homy (RO), Antonio Femando Pereira de Carvatho (SE), Antonio Floréncio de Queiroz Junior (RJ), Antonio Trevisan (RS), Ari Faria Bittencourt (PR), Armando Vergilio dos Santos Junior (Fenacor), Bemardo Peixoto dos Santos Oliveira Sobrinbo (PE), Bruno Breithaupt (SC), Daniel Mansano (FNDA), Dioeesmar Felipe de Faria (DF), Edson Duarte Mascarenhas (BA), Francisco Régis Cavalcante Dias (CE), Gilberto Batista de Lucena (GO), Hamilton ‘Azevedo Rebello (ES), Jaime Sim#o (RU), Jerfferson Simées (Fenavist), Jodo Dinarte Patriota (RN), Joaquim Tadeu Pereira (PA), José Aloizio Teixeira de Souza (MG), Julio Maito Filho (PR), Lueiano Figiiolia (SP), Lucimar Veiga de Almeida (PI), Lucio Emilio de Faria Junior (MG), Marcelino Ramos ‘Araujo (MA), Marcelo Baiocchi Cameiro (GO), Marcio Olivio Fernandes da Costa (SP), Miguel Setembrino Emery de Carvalho (DF), Moacyr Schukster (RS), Pedro José Maria Femandes Wshmann (RJ), Pedro Jamil Nadaf (MT), Pedro Richard Neto (RJ), Rubens Armando Brusiolin (PR), Rubens Torres Medrano (SP) e Zildo De Marchi (RS); Conselho Fiscal - Efetivos - Hiram dos Reis Corrta (MG), ‘Amaldo Soter Braga Cardoso (DF) ¢ Ant6nio Vicente da Silva (PB); Conselho Fiscal - Suplentes - Joo Luiz Ramalho de Oliveira (CE), Guilherme Alexandre da Silva Santos (Fenavist) ¢ Idemar José Ferreira (TO). Os eleitos tomarto posse no dia 19 de novemibro de 2004, para © mandato 2004/2010, vincendo em 18 de novembre de 2010. Brasilia, 23 de setembro de 2004 ANTONIO OLIVEIRA SANTOS Presidente da Confederagao 404515421-0-06 S°RTD-RS - 1045154 ® Confederagdo Nacional do Comercio TERMO DE POSSE DOS MEMBROS DA DIRETORIA E DO CONSELHO FISCAL MANDATO ~ 2004/2010 As onze hores do dia derenove de noverbro de dois mil e quatro, ra Av. General Justo, 307, na Gonfederagao Nacional do Comércio, Rio de Janeiro - Ra, lomaram posse nos respectivos cargos, mediante assinalura deste temo, os membros efetivos da Direforia e do Conselho Fiscal da Entidade, eleitos em vinle e irés de selembro de dais mil e quatro, para 0 mandate 2004/2010, de dezenove de novembro de dois mil ¢ quatro até dezoito de novernbro de dois mil e dez. Eu Cléa Beranger Maceid, lavro o presente alo que vai por mim também assinado, CARGO NOME SINATURA, | i. Presidente ANTONIO JOSE DOMINGUES DE OLIVEIRA SANTOS | 4° Vice-Presidente ABRAM ABE SZAIMAN CL ; 2° Vice-Presidente RENATO ROSSI z- ~~ 3° Vice Presidente ORLANDO SANTOS DINIZ x Vice Presidente ‘ADELMIR ARAUJO SANTANA \ Vice Presidente CARLOS FERNANDO AMARAL C Vice Presidente JOSEARTERODASIVA a Vice- Presidente ose EVARISTO DOS SANTOS Vice-Presidente JOSE MARCONI MEDEIROS DE SOUZA ns oon J 16451542 1-05-06 Termo ee Mandato 2004/2010 | . Vice-Presidente JOSE ROBERTO TADROS Vice Presidente JOSIAS SILVA DE ALBUQUERQUE Vice-Presidente LEUO VIEIRA CARNEIRO 1° Direlor-Secratario FLAVIO ROBERTO SABBADIN 2° Direlor Secretério ANTONIO EDMUNDO PACHECO 3° Ditelor-Secretatio ANTONIO AIRTON OLIVEIRA DIAS ' 1° Diretor-Tesoureiro LUIZGIL SUFFO PEREIRA ‘2 Diretor-Tesoureiro ANTONIO OSORIO # Diretor-Tesoureiro JAMIL BOUTROS NADAF Diretor CANUTO MEDEIROS DE CASTRO Diretor CARLOS MARX TONINL Diretor DARCI PIANA Diretor EUCLIDES CARLI Diretor FRANCISCO TEIXEIRA LINHARES Diretor FRANCISCO VALDECI DE SOUSA CAVALCANTE 2 xl S 104515421-03-06 | JOSELI ANGELO AGNOLIN: Termo de Posse ~ Mandato 2004/2010 Diretor Diretor LADISLAO PEDROSO MONTE Diretor LAERCIO JOSE DE OLIVEIRA Diretor LEANDRO DOMINGOS TEIXEIRA PINTO Sa Diretor LUIZ GASTAO BITTENCOURT DA SILVA Diretor MARCANTONI GADELHA DE SOUZA Diretor MARCO AURELIO SPROVIERI RODRIGUES Diretor NORTON LUIZ LENHART Diretor | PEDRO COELHO NETO Diretor | SEBASTIAO VIEIRA DAVILA Diretor i WALKER MARTINS CARVALHO. HIRAM DOS REIS CORREA ; Consetho Fiscal ‘ARNALDO SOTER BRAGA CARDOSO ANTONIO VICENTE DA SILVA Secretaria Geral 3 doffomércio de Estatuto Confederagao Nacional do Comércio de Bens, Servigos e Turismo Confederago Nacional do Comércio de Bens, Servicos e Turismo Brasilia SBN Quadra 1 Bloco B n? 14, 15° ao 18° andar Edificio Confederagao Nacional do Comércio CEP 7041-902 PABX (61) 3329-9500 | 3329-9501 E-mail:enedf@enc.com.br Rio de Janeiro ‘Avenida General Justo, 307 CEP 20021-130 Rio de Janeiro PABX (21) 3804-9200 Fax (21) 2524-5916 E-mail:enerj@ene.com.br Web site: www.portaldocomercio.org.br Programagao visual: SG - DATIN - CDI/UPV CConfederago Nacional do Comcio de Bers, Servigs ¢Turisma, Estatuto/Confeerapto Nacional do Comércio de Bens, Senigos © Turismo. - Rio de Janeiro: CNC, 2008, 1. a inten Se Tima: tla, nN @ CNC Estatuto Confederacao Nacional do Comércio de Bens, Servigos e Turismo Edigdo atualizada em 15/05/2008, ‘com a consolidagdo resultante da Resolugdo CRICNC Ne 023/2003 Cariruto I BS Das Prerrogativas e Objetivos da Confederacao Cc Art, 18 A Confederacao Nacional do Comércio de Bens, Servigos e Turismo (CNC), fundada em 4 de setembro de 1945, e reconhecida pelo Decreto n°. 20.068, de 30 de novembro de 1945, com jurisdig4o em todo o territério nacional e sede no Distrito Federal, rege-se por este Estatuto. § 1 Sao prerrogativas constitucionais € objetivos institucionais da CNC: | - representar, no plano nacional, 0s direitos ¢ interesses do comércio brasileiro de bens, de servigos de turismo (Constituigao Federal, art. , a); Il - organizar ¢ disciplinar 0 Sistema Confederativo da Representagao Sindical do Comércio (Sicomercio), de que € 2 entidade maxima (Constituigao Federal, art. 8%, 1M); IIL - indicar representantes junto aos érgaos de jurisdi¢ao nacional; IV - arrecadar a contribuigao para 0 custeio do Sicomercio (contribuiggo confederativa - art. 8 IV, da Constituicao Federal) ea contribuicao sindical das empresas integrantes das categorias inoryanizadas; V-- conciliar divergéncias € conflitos entre federacdes filiadas; Vi- celebrar convengées ou contratos coletivos de trabalho ¢ prestar assisténcia em acordos coletivos nas localidades onde nao haja sindicatos e/ou federagdes representativas da categoria econdmica; Vil - defender, na condicao de postulado filosdfico, o direito de propriedade, a livre iniciativa, a economia de mercado ¢ 0 Estado Democratico de Direito; VIll - defender os principios de liberdade para exercer 0 comércio de bens, de servigos € de turismo, lealdade na concorréncia ¢ ética no desempenho da atividade profissional; IX - preservar e consolidar a unidade nacional, cam o desenvolvimento harménico do comércio de bens, de servigos € de turismo, em todas as regides do Pais X - pugnar pela conquista € 0 prestigio dos valores relacionados confianca nas instituigdes, corn realce para a moeda € crédito; XI - pugnar pelo Brasil aberto ao comércio internacional e integrado na economia mundial; XII - promover 2 harmonia e a solidariedade das categorias econémicas ¢ 0 amplo entendimento com as categorias profissionais, visando a paz social; Xill - organizar € administrar o Servico Nacional de Aprendizagem Comercial ~ SENAC ¢ 0 Servigo Sacial do Comércio - SESC. (Decretos-leis n*. 8.621, de 10 de janeiro de 1946 en’. 9.853, de 13 de setembro de 1946). § 2 A CNC manterd relagéo com organizagdes internacionais afins, podendo a elas se filiar, desde que autorizada pelo Conselho de Representantes (CR} Cariruto IT Das Federacdes Filiadas: Direitos e Deveres Art. 22 A filiagdo de tederagao 4 CNC depende do atendimento das exigancias estatutarias € de decisdo da Diretoria. § 1" 0 pedido de filiagdo, apresentado ao Presidente para ser submetido 4 Diretoria, sera instruido com: | - certidéo comprobatéria do registro que Ihe assegura personalidade juridica de natureza sindical; Il prova de prévio enquadramento sindicai no plano da CNC, segundo as regras € 05 critérios do Sicomercio; lll - prova de viabilidade econémico-financeira da entidade, mediante a comprovagao de receita suficiente para menuten¢ao dos servigos necessérios & realizagao de suas finalidades, segundo critério da Direto IV - cépia auténtica da ata da reuniéo do Conselho de Representante (CR) que tiver autorizado o pedido de filiagao e indicado seus representantes eleitos, especificada a identificagao de cada um; V- cépia do Estatuto, § 2* 0 pedido de filiagao seré distribuido aos drgaos tecnicos para exame € comunicado as federagées filiadas para manifestaggo em 15 (quinze) dias Uteis. Uma vez instruido, sera incluido em pauta para deliberagao. § 3 A decisdo sera comunicada por escrito a interessada e a5 demais, filiadas, no prazo maximo de 10 (dez) dias Uteis, a contar da reuniao em que tiver sido adotada, declinados seus fundamentos, caso denegatéria. § 4 Da decisdo denegatéria cabe recurso ao Conselho de Representantes (CR), no prazo de 15 (quinze) dias Uteis a contar da ciéncia. 5° A CNC manterd livro de registro das federacdes filiadas para langamento dos dados necessérios @ sua identificagao, Art. 32 Sao direitos da federagao filiada: | tomar parte, votar e ser votada, por seus representantes, nas reunides do Conselho de Representantes (CR); {I~ requerer, com niimero n&o inferior 2 1/3 (um tergo) das federacdes filiadas, a convacagao da reuniao extraordinaria do Conselho de Representantes (CR); lil - utilizar os servigos da CNC IV- apresentar proposigdes sobre matérias de interesse do comeércio. Art. 42 Sdo deveres da federagéo filiada: | - pagar 2 contribuigao associativa, cujos valor e prazo serdo fixados pelo Conselho de Representantes (CR) na tltima reuniao do ano anterior au na primeira do de sua cobranga; Il - observar o Estatuto, prestigiar a CNC e acatar suas deliberagses; Ill ~ repassar & CNC, nos prazos, as parcelas que Ihe sao devidas da contribuigdo confederativa e de quaisquer outras previstas em lei ou no Estatuto. Art. 58 A federagao filiada esta sujeita: 1 & pena de suspensio de direitos até 6 (seis) meses: 2) por auséncia, sem justa causa, a trés reunides consecutivas do Conselho de Representantes (CR); b) por atraso no pagamento da contribuigao associativa, por prazo superior 2 trés meses e sem justa causa; ¢) por ndo acatar as deliberagdes da CNC; 4) por nao repassar & CNC, no prazo maximo de 15 dias, aps o més do recebimento, a parte que Ihe couber na arrecadacao da contribuiggo confederativa ou autra contribuigao prevista em lei ou no Estatuto. Il - & pena de eliminago do quadro de filiadas: 2) por cassagdo de seu registro; 'b) por reincidéncia ou, se for 0 caso, por persisténcia nas faltas de que trata 0 inciso |. Art. 6 As penalidades previstas no art, §° sero aplicadas pela Diretoria, com recurso a0 Conselho de Representantes (CR), devendo ser assegurado, no respectivo provesso, sob pena de nulidade: | - amplo dircito de defesa; Il ~ prazo de 15 (quinze) dias teis, a contar da respectiva notificagao, para apresentacao, por escrito, da defesa e do recurso. § 1° A simples manifestaga0 da maioria nao constitui motivo para aplicag3o de quaisquer penalidades diversas das estabelecidas neste Estatuto. 522 A suspensao ou desfiliagao de federag3o, seja a que titulo for, ndoa 7) _ desonera da obrigagdo de repassar 2 CNC a parte que Ihe cabe na; contribuigao confederativa ou em outra estabelecida na lei ow no Estatuto. Art, 78 A federacao eliminada poderd reingressar na CNC, desde que: | - por delivecacdo do Conselho de Representantes (CR) seja julgada reabilitada; Il ~ efetue a liquidago do seu débito, atualizado monetariamente acrescido de multa de 10% (dez por cento). Cariruro TIT Da Administragao Secao | Disposigdes Gerais Art. 8 S80 Orgaos de administrago da CNC: 1 - 0 Conselho de Representantes (CR); ll - a Diretoria; ML 0 Conselho Fiscal (CF). Segio Il Do Conselho de Representantes (CR) Art. © CR, constituido pelas federacées filiadas, € 0 drgao maximo da estrutura hierdrquica da CNC, com a atribuigdo de: | ~ dispor sobre o Sicomercio (Constituigao Federal, art. 8%, IV); Il - estabelecer as diretrizes gerais de ago da CNC e verificar sua ‘observancia; Ill ~ eleger 2 Diretoria, 0 CF © seus representantes junto aos érgaos de jurisdigdo nacional ou, quando for 0 caso, referendar 0s nomes escolhidos pela Diretoria; IV-apreciar recurso de federagao contra decisao da Diretoria que indeferir sua filiagao 4 CNC; V ~ aplicar quaisquer das penalidades previstas neste Estatuto; VI ~ deliberar sobre a tomada ¢ aprovago das contas da Diretoria e sobre 2 proposta orgamentaria, VI ~ fixar contribuigoes; Vill - reformar o presente Estatuto; 1X - deliberar sobre qualquer assunto de interesse do comércio. § 12 As deliberagdes do CR serao tomadas, em primeira convocarao, por maioria absoluta de votos das federagées filiadas e, em segunda, por maioria de votos das presentes, salvo nos casos em que 0 Estatuto exija quorum especial § 2° A votacdo das matérias previstas nos incisos Ill a VI ser feita por escrutinio secreto, 538 Para tomada e aprovaco de contas da Diretoria, os seus membros ‘no podem votar, nem presidir 0s trabalhos. Art. 10. Nas votagées do CR, inclusive para fins eleicorais, cada uma das Federagdes Estaduais e do Distrito Federal constitui uma Delegacao Federativa, § 1 Para os fins do disposto neste artigo, as Federagdes Nacionais filiadas constituem uma Delegacdo Federativa. § 2 A federagdo que se filiar durante 0 ano sé poderd exercer o direito de voto a partir do ano subseqiiente. 10 § 34 0 representante-votante da federacao filiada serd o titular do cargo de maior hierarquia em sua diretoria ou, inocorrendo tal hipdtese, o mais idoso. $42 A federacao filiada somente poderé participar das discussdes ¢ exercer 0 direito de voto se estiver no goz0 dos direitos de filiada e quite quanto. <~ a0 pagamento e repasse das contribuigSes devidas. Art. 11. O CR retine-se: | - ordinariamente, pelo menos uma vez por ano, para tomada de contas, discusséo ¢ votagdo do orgamento ¢ eleicdes de sua atribuigao: I~ extraordinariamente, quando convocado pelo Presidente, pela maioria da Diretoria ou do CF, ou por um tergo das federagdes filiadas, feita a prévia € especificada indicagdo dos assuntos a tratar. 5 It As reunides, desde que devidamente justificadas, poderao ser realizadas em jurisdiggo de qualquer federagao filiada. § 28 As reunides extraordinarias s6 poderao: | ~ tratar dos assuntos para que foram convocadas; Il ~ instalar-se, em primeira convocaso, com a maioria absoluta das federagdes e, em segunda, no minimo 2 (duas) € no maximo até 24 [vinte € quatro) horas depois, com a presenca, de pelo menos, 1/3 {um tergo] delas, exigida a participasao de, pelo menos, 2/3 (dois tergos) dos que a convocaram no caso previsto na ultima parte do inciso Il. § 3° A convocacao da reuniao extraordindria do CR nao podera se opor 0 Presidente da CNC, que a promoverd em 5 {cinco} dias Uteis da entrada do requerimento na Secretaria, para realizagao dentro de 20 (vinte) dias, Caso 0 Presidente nao o faca, a reunido sera convocada pelos que deliberarem realiza-la § 4° As reunides serao realizadas mediante convocacao, por edital publicado no Diario Oficial da Uniao, com aniecedéncia minima de 10 (dez) dias, e comunicado as filiadas juntamente com a pauta da reuniao. § 58 Em casos de comprovada urgéncia, a publicagdo de edital poderd ser dispensada, processando-se a convacagao com antecedéncia minima de 3 (trés} dias. Secio III Da Diretoria Art. 12. A Diretoria € integrada por 35 (trinta € cinco) membros e até igual nimero de suplentes, eleitos pelo CR, para um mandato de 4 (quatro) anos. Parégrafo Unico. Os cargos da Diretoria so os seguintes: 1-1 (um) Presidente; l= 18, 28 € 3° Vice-presidentes; Ill ~ 8 (cito) Vice-presidentes; IV ~ 1 (um) Vice-presidente Administrativo; V ~ 1 (um) Vice-presidente Financeiro; VI ~ 2 (dois) Diretores: 2° © 3° Secretarios; Vil ~ 2 (dois) Diretores: 24 € 3° Tesoureiros; Vill - 17 (dezessete) Diretores. Art. 13. A Diretoria compete: | - apreciar qualquer assunto de interesse do comércio, deliberando sobre as medidas concretas a serem adotadas pela CNC; {U - orientar € fiscalizar a gestao administrativa; Ill - cumprir e fazer cumprir as leis em vigor, as normas disciplinadoras do Sicomercio, 0 Estatuto, as Resolugdes e demais atos seus, do CR € do CF; IV - aplicar 0 patriménio da CNC ¢ autorizar a alienagao de bens imoveis € de outros de valor signiticativo; K \V- organizar e submeter aprovagao do CR, com parecer do CF, o relatéri € 0 balango do ano anterior, bem como a proposta orcamentaria para 0 exercicio seguinte € suas alteracbes; Vi - elaborar 0 Regimento da CNC; Vil ~ aplicar as penalidades previstas no Estatuto; VIll - eleger ou escolher, ad referendum do CR, seus representantes junto 05 drgos de jurisdigéo nacional; IX = desempenhar as atribuigdes que Ihe sejam cometidas pelo CR. Paragrafo Unico. Ao término do mandato, a Diretoria fara prestacao de contas de sua gestZo, incluindo 2 do exercicio em curso. Art. 14. A Diretoria reiine-Se, ordinariamente, uma vez por més e, extraordinariamente, quando convocada pelo Presidente ou pela maioria dos seus membros § 1 As reunibes da Diretoria serdo convocadas com antecedéncia minima de 72 (setenta e duas) horas, realizando-se em primeira convocagao, com a maioria absoluta de seus membros ¢, em segunda convocatao, no minimo 2 {duas} horas ¢ no maximo até 24 (vinte € quatro) horas depois da hora marcada, desde que presentes, pelo menos, 1/3 (um terco) dos diretores. § 28 As decisdes serao tomadas par maioria de votos dos diretores presentes. Art. 15. Ao Presidente incumbe: | -exercer a fungao administrativa no comando direto dos érgaose servigas da entidade; Il ~ representar legalmente a CNC, inclusive perante a Administragao Publica € em Juizo, podendo delegar poderes; I - convocar as reunides do CR ¢ da Diretoria, presidindo-as; IN ~ fazer elaborar e assinar as atas das sessdes € 05 atos que instrumentam as deliberagdes e decisdes do CR ¢ da Diretoria, determinando e acompanhando seu cumprimento; V - autorizar despesas ¢ assinar, juntamente com o Vice-presidente Financeiro, cheques e demais papéis de crédito; Vi- contratar servidores, fixar-thes a remuneragao € demiti-los, feita a comunicagao & Diretoria na reuniao sequinte; VI - designar, ouvida a Diretoria, representantes, quando se tratar de atribuigdo que independa de eleigdo; Vili - organizar, para submeter 8 Diretoria e 8 aprovagdo do CR, 0 relatorio € 0 balango do exercicio anterior, bem como a proposta orgamentéria do exercicio seguinte; IX ~ desempenhar todas as atribuigées que the tenham sido cometidas pelo CR e pela Diretoria. Pardgrafo Unico. Aos Vice-presidentes compete auxiliar o Presidente e substitui-loem suas faltas e afastamentos temporarios, observada a ordem hierarquica de precedéncia. Art. 16. Ao Vice-presidente Administrativo compete: 1 ~ exercer atividades auxiliares da Presidéncia relacionadas com o desenvolvimento € acompanhamento de projetos destinados a0 fortalecimento do Sicomercio; il - auxiliar o Presidente na coordenagao € no planejamento estratégico das atividades institucionais; Ill - desempenhar a fungao de Chanceler da Ordem do Mérito Comercial; IV = substituir: a) o Presidente, nas faltas e impedimentos de todos os Vice-presidentes; b} sem prejuizo de suas fungdes, 0 Vice-presidente Financeiro nas faltas € impedimentos, simultaneamente, dos Diretores 2° € 3° Tesoureiros. 4 Paragrafo unico. Aos Diretores 2° ¢ 3° Secretarios incumbe auxiliar 0 Vice-presidente Administrative no desempenho de suas atribuigdes € substitui-lo em suas faltas e impedimentos. % oO Art. 17. Ao Vice-presidente Financeiro incumbe: | - ter sob sua guarda € responsabilidade os fundos e valores financeiros da CNC; II ~ assinar, com o Presidente, os cheques € demais papeis de crédito € efetuar pagamentos € recebimentos autorizados; ll - dirigir e fiscalizar os trabalhos da Tesouraria; IV- apresentar, ao CF, balancetes semestrais e o balango anual, bem como quaisquer informagées € documentos financeiros quando pelo mesmo solicitado; V ~ depositar o dinheiro da CNC em estabelecimentos de créditos autorizados pela Diretoria, conservando, na Tesouraria, os fundos indispensaveis as necessidades imediatas; ‘Vi ~ manter registros dos bens da CNC e administrar seu patriménio imobilidrio destinado & producao de renda; VII - substituir, sem prejuizo de suas fungoes, 0 Vice-presidente ‘Administrativo nas faltas e impedimentos, simultaneamente, dos Diretores 28 e 3 Secretarios. Pardgrafo unico. Aos Diretores 22 ¢ 3¢ Tesourciros compete auxiliar 0 Vice-presidente Financeiro no desempenho desuas atribuigdes e substitu lo em suas faltas ¢ impedimentos” Art, 18 Aos Diretores, compete o desempenho das atribuigdes fixadas pela Diretoria, de acordo com as especificidades dos assuntos de conhecimento de cada Diretor e com as diretrizes institucionais. 5 Secao IV Do Conselho Fiscal (CF) Art. 19. 0 CE, 6rgao de fiscalizagéo da gestdo financeira, & composto de 3 (trés) membros efetivos ¢ igual numero de suplentes, eleitos, juntamente com a Diretoris, pelo CR, para um mandato de 4 {quatrol anos. § 1® Ao CF incumbe: 1 - eleger 0 Presidente, dentre seus membros cfetivos; Il-dar parecer sobre a proposta orcamentaria e suas retificacdes, o balango anual, os balancetes semestrais ¢ as alienacdes de bens que dependam da aprovacio da Diretoria ¢ de titulos de renda; IIL- opinar sobre as despesas extraordinarias e a aplicagdo do patriménio; IV- visar 0s livros de escrituragao contabil quando das tomadas de contas da Diretoria § 2 OCF reune-se: | - ordinariamente, para \ratar dos assuntos previstos no § 1%; 1) - extraordinariamente, sempre que convocado por seu Presidente ou pela maioria de seus membros, observado, no que couber, 0 disposto no § 22, do art 11 § 38 Compete ao Presidente do CF convocar & presidir as reunides do Conselho, sendo substituido, em suas faltas e impedimentos, pelo membro mais idoso. A primeira reuniao do Conselho, para eleger seu Presidente, serd convocada pelo Presidente da Confederacao 6 Capiruto IV 3 Das Eleigdes Art.20. A eleigdo para a Diretoria ¢ CF sera realizada por escrutinio secreto, dentro do prazo maximo de 60 {sessenta) € minimo do 30 (trinta) dias, antes do término do mandato dos dirigentes em exercicio, observados os seguintes principios: | - convocag’o mediante edital, mencionando data, tocal, € hordrio de votagdo, prazo para o registro de chapa, horario de funcionamento da Secretaria no periodo eleitoral, prazo para impugnacao de candidaturas € quorum para instalacao e votagdo, que serd afixado na sede, remetido as federagdes filiadas e publicado, por resumo, com antecedéncia minima de 90 (noventa) ¢ maxima de 120 (cento ¢ vinte) dias sobre a data do pleito; Il - 0 sigilo ¢ a inviolabilidade do voto, mediante utilizagao de cédula Unica € cabine indevassavel; Ill ~ para votar é preciso ser representante-eleitor e, para ser votado, 0 candidato deve integrar o plano sindical da CNC e: a) comprovar a condigao de comerciante, com efetivo exercicio da atividade nos ultimos 3 (trés) anos; b) comprovar o exercicio, por prazo nao inferior a 3 {trés} anos, de cargo de administragao ou representagao sindical em qualquer entidade do Sicomercio; c) nao ter desaprovagdo nas contas relativas ao exercicio de cargo de administrag3o ou representago sindical que haja exercid 4d) nao incorrer na inelegibilidade de que trata 0 § 2° do art. 23; «nao ter sido condenado por crime doloso, enquanto persistr os efeitos, da pena, § 1° Sendo o candidato integrante da administragao de federagdo so poderd concorrer a cargo de administragdo, se tiver sido eleita em pleito realizado no maximo 90 {noventa) dias antes do inicio do prazo para registro de chapa concorrente 20 pleito da CNC. § 2 Na chapa concorrente ao pleito deverd constar, para o cargo de Presidente e para cada cargo numerado, o nome do respectivo candidato; ‘os nomes dos Vice-presidentes nao numerados e dos demais Diretores, ‘em ordem alfabética, e 2 relago dos suplentes organizada também por ‘ordem alfabética § 3° A Diretoria reguiamentara este Capitulo, ¢ 0 art. 26, por meio de Resolugio, dispondo sobre o processo eleitoral. Art. 21. Para eleigao de representantes junto aos drgdos de jurisdigao nacional, a escolha sera feita pelo CR ou Diretoria ou, havendo urgéncia, por esta ad referendum daquele, ou pelo Presidente, ad referendum da Diretoria, observados os seguintes principios: 1 ~ elei¢a0 por voto secreto, quando a lei exigir; Il = nos demais casos, a escolha sera feita por aclamagao ou pelo processo que o respectivo colégio cleitoral decidir. Carituto V Da Suspensao e da Perda de Mandato Art. 22. Ao membro da Diretoria, do CF ou do CR que deixar de cumprir ‘0s deveres de seu cargo, violar dispositivo legal ou estatutério, faltar ao. decoro ou praticar ato lesivo aos interesses da CNC, sera aplicada a pena de suspensio por até 180 [cento e oitenta) dias. § 1° Nocaso de notdria gravidade da falta cometida ou no de reincidéncia, serd aplicada a pena de perda do mandato. 8 § 2 A federagao representada seré ouvida no respectivo processo para 0 fim de ser verificado se @ penalidade Ihe sera extensiva, mediante declaragao de que nao Ihe seré dado indicar substituto durante o prazo da condena¢éo, que nao poderd exceder o mandato em curso na Diretori Art. 23. O memibro da Diretoria ou do CF perdera o mandato nos casos de: < | = malversagdo do patrimdnio social; Il - abandono do cargo; Ill ~ na hipatese referida no § 14, do art. 22. § 18 Considera-se abandono de cargo a auséncia, sem justa causa, a 4 (quatro) reunides consecutivas da Diretoria ou do CF § 2 O membro da Diretoria ou do CF que abandonar 0 cargo nao poder ser eleito para qualquer mandato de administragao ou de representagdo pelo prazo de 4 (quatro) anos. Art. 24. As penalidades serao aplicadas pelo CR, por proposta da Diretoria, mediante processo regular em que deve ser assegurado amplo direito de defesa CapituLo VI Das Substituigdes Art. 25. No caso de afastamento temporério (falta ou impedimento ocasional), assumiré 0 cargo, automaticamente e de pleno direito, substituto previsto no Estatuto (artigo. 15, paragrafo unico; artigo 16, inciso IV, alineas “a’ € “b" € parégrafo unico, in fine; artigo 17, Vil e paragrafo Gnico, e artigo 19, caput ¢ § 3) Art. 26. No caso de afastamento definitivo (vaga) sero adotados os seguintes procedimentos: 9 | - no caso de afastamento definitivo do Presidente, assumiré o Vice- presidente, observada a ordem hierarquica de precedéncia, que convocard eleig¢ao, a ser realizada no prazo de 30 [trinta} dias, a contar da data da vacancia, para escolha, dentre os membros efetivos da Diretoria, do novo Presidente, para compietar 0 mandato; Il = no caso de afastamento definitivo de outros Diretores, feita pelo Presidente a comunicagao a Diretoria, seré aberto prazo de 10 (dez] dias para apresentagdo, pelo membro efetivo da Diretoria interessado, de sua candidatura ao preenchimento da vaga, observando-se que, no caso de Diretor Vice-presidente, o preenchimento se dard sempre na ultima posi¢go do respectivo bloco de cargos; IIl - a escolha serd feita por eleigao da Diretoria, em sua primeira reuniao; IV - decorrido o prazo sem que se apresente candidato, ou eleito o que se apresentar, ou dentre os que se candidatarem, ser aberto novo prazo, para que os suplentes se candidatem para preencher a vaga final resultante, nos prazos e condigdes previstos nos incisos Ii ¢ Ill, observando, sempre que possivel, 0 critério de conservarso da representatividade do Estado Ou Regiéo do Diretor afastado. Pardgrafo Unico - No caso de afastamento definitivo de integrante da chapa eleita, a substituigdo deverd ocorrer apés 2 posse, observando os mesmos principios deste artigo, iniciando-se a partir da data da posse contagem dos prazos. Art. 27. Se ocorrer renincia coletiva da Diretoria e no houver suplentes, © Presidente, ainda que resignatario, convocard 0 CR, que elegerd, imediatamente, uma Junta Governativa proviséria, de 3 (trés) membros. § 1 A Junta Governativa considera-se automaticamente empossada na data da sua eleigéo. §2* A Junta Governativa adotard as providéncias necessérias 4 realiza¢ao de novas eleigdes, no prazo de 90 (noventa) dias contados de sua posse. § 38 Se 0 Presidente se recusar a convocar 0 CR, « Presidente do CF, ou ‘seu substituto, 0 fara. 2 Cariru.o VI Da Receita Art. 28. A receita da CNC constitui-se: | ~ da parceta, que Ine couber, da contribuigao confederativa (Constituigao Federal, art. 8°, IV) e da contribuigdo sindical arrecadada na forma da lei; II ~ da contribuigao associativa; IIL ~ de doagées ¢ legados; IV ~ de rendas patrimoniais; V = de aunilios e subvencdes de entidades publicas e particulares; Vi ~ de multas e outras rendas eventuais Pardgrafo Unico. Nenhuma contribuig&o poderd ser imposta as federapoes filiadas além das determinadas em lei € no Estatuto, salvo se aprovada por 3/4 (trés quartos) das federagdes que integram 0 CR. Capiruco VIII Das Disposigdes Gerais Art. 29. Nas hipoteses previstas nos artigo 3, Il; artigo 11, le § 2%, Il; artigo 20; artigo 27; € artigos 35 € 36, as federagdes filiadas serdo computadas pelo numero de votos que Ihes cabe (artigo 10) Art. 30. Para os fins deste Estatuto, considera-se justa causa a que se constitua raz80 suficiente para justificar a ocorréncia e cuja comunicacao tenha sido feita por escrito e previamente. Art. 31. A Diretoria poderd instituir comunidade de servigos de secretaria € outros, que se relacionem com os objetives da CNC, ou de quaisquer 7 entidades sindicais ou afins, mediante 0 pagamento ou o recebimento as quotas que forem fixadas Art, 32. A Diretoria, ad referendum do CR, poderd criar 6rgdos auxiliares, de assisténcia ou assessoramento, cuja presidéncia ou diregdo sera sempre exercida pelo Presidente da CNC ou por membros da Diretoria de sua indieacao, Pardgrafo unico. A estrutura e 0 funcionamento desses érgdos serao disciplinados por Regimento aprovado pela Diretoria Art. 33. As despesas de viagem e estada de até 2 (dois) representantes por federagio filiada, com sede fora do local onde se realizar a reuniao do CR, a que comparecam, sero custeadas pela CNC, observados 05 critérios estabelecidas pela Diretoria, Art. 34. Das atas das reunides do CR € da Diretoria constardo as deliberagdes tomadas. Art. 38. No caso de dissolugao da CNC, deliberada pelo CR para esse fim especialmente convacado, ¢ com a presenca minima de 3/4 (t1és quartos) das federagdes filiadas, 0 seu pattimanio terd 0 destino indicada pela maioria das delegactes presentes. Art. 36. 0 Estatuto so poderd ser reformado pelo CR em assembléia especialmente convacada e com 2 presenca de, pelo menos, 2/3 (dois tercos) das federagées filiadas. Paragrafo unico. A proposta de alteracao ou reforma do Estatuto sera enviada as federages com antecedéncia minima de 15 (quinze) dias sobre a data da reuniio em que deve ser discutida e votada. 2 Cariruto IX SY Das Disposicdes Transitérias Art. 37. Os membros de Ditetoriae do CF serem elit no ano de 2004, terdo mandatos de 6 (seis) anos, a fim de que a nova periodicidade de 4 (quatro) anos, prevista nos artigos 12 ¢ 1, seja aplicada a partir da eleiga0 que serd realizada em 2010, Art. 38 A alteragao das denominagdes dos cargos de 1" Secretario € 1° Tesoureiro, constantes da chapa eleita para o mandato de 2004 a 2010, para Vice-presidente Administrative € Vice-presidente Financeiro, respectivamente, passam a vigorar a partir de 12 de dezembro de 2005, data da aprovagao pelo Conselho de Representantes. CapiruLo X Das Disposigdes Finais Art. 38, 0 presente Estatuto entra em vigor nesta data. Rio de Janeiro, 15 de maio de 2008. 2 Supreme Tubunal Federal

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