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LIPIDIOS
São um grupo diverso de compostos, sua principal característica esta na sua insubilidade em água..
A suas funções são diversas, elas podem ser:
- Reserva Energética gorduras e óleos (acilgliceróis)
- Membranas Celulares fosfolipídios e glicolipídios
- Hormonal esteróides
- Isolante Térmico acilgliceróis
- Antioxidantes Vitaminas A e E
- Digestiva sais biliares
- Impermeabilizantes ceras
Lipídios de Reserva:
- cadeia – necessidade na - Nº de C
lateral dieta alimentar.
- A partir do Cω :
Nº de carbonos 18 : 1 ω 9 Nº de ligas duplas e posição
Exemplo de ácidos graxos insaturados: Os ácidos linolenico e linoleico devem ser obtidos
- OLEICO ( 16:1 (∆ 9) ) da dieta alimentar. O ac. Linoleico será convertido
- LINOLEICO ( 18:2 (∆ 9,12) ) nos ácidos eicosatrienoicos e araquidonico, e o
- LINOLENICO ( 18:3 (∆ 9,12,15) ) linolenico, no ácido eicosapentanoico, que
- ARAQUIDONICO ( 20:4 (∆ 5,8,11,14) ) formarão os eicosanóides.
As ceras são ésteres saturados e insaturados de cadeia longa com álcoois de cadeia longa. Servem
como proteção e lubrificação.
São derivados cíclicos de certos ácidos graxos, sendo o ácido araquidonico (20:4 (∆ 5,8,11,14)) o
maior precursor. Eles estão envolvidos na reprodução, na resposta inflamatória, febre, dor
associada a acidentes ou doenças, na formação das coágulos e na regulação da pressão sangüínea,
na secreção do ácido gástrico.Classes de eicosanóides:
PROSTAGLANDINAS: elas regulam a síntese de AMPc. Suas principais funções são:
- controle da pressão arterial
- estimulação da contração da musculatura lisa
- indução da resposta inflamatória
- inibição da agregação plaquetaria
A síntese das tromboxanas TXA2 e TXA3 é feita a partir da prostaglandina PGH2. Elas são
produzidas pelas plaquetas e agem na formação dos coágulos sanguíneos e na redução do fluxo de
sangue perto do coagulo. Principais funções:
- estimulação da contração lisa da musculatura lisa
GAC 3
- indução da agregação plaquetaria
Os ácidos graxos ω -3 inibem a formação de TXA2 pelo ácido araquidonico. A TXA3 é menos
trombogenica e apresenta menor risco de arteriosclerose.
Lipídios de Membrana
Ácido Araquidonico Prostaglandinas
Aspirina Tromboxanas
Acetaminofen
corticoesteroide Ibuprofen
Meclafenamato
Os hormônio esteróides atuam em diferentes funções: Nas células intestinais, estimula a síntese
- Cortisol - Testosterona - Calcitriol da proteína responsável pela absorção do
cálcio, a calbinden. Junto com o PTH,
promove a reabsorção óssea de cálcio e
inibe a excreção de cálcio pelos rins.
GAC 4
- Aldosterona - Estradiol
Estomago: formação da emulsão lipidica. Devido a ação das lípases, os ácidos graxos de cadeia
media, curta e os insaturados de cadeia longa são liberados dos triacilgliceróis. Eles irão atuar
como detergentes, auxiliando na emulsificação lipidica, aumentando a superfície de contato,
facilitando a interação enzimática.
- Lípase Lingual: secretada pela glândula sublingual. É de fundamental para o lactente.
Hidrolisa triacilgliceróis com ácidos graxos de cadeia media, curta e insaturados de cadeia
longa no carbono 3 do glicerol formando ácidos graxos livres e 1,2-diacilglicerois
- Lípase Gástrica: secretada pelo estomago. O seu pH ótimo é entre 3 e 6. Hidrolisa
triacilgliceróis com ácidos graxos de cadeia media, curta e insaturados de cadeia longa. A
hidrolise no carbono 3 forma ácidos graxos e 1,2-diacilglicerois.
Intestino: principal local de digestão lipidica. Sofre ação da lípase pancreática e dos sais biliares.
- Sais Biliares: emulsificam os lipídios da dieta. A bile é secretada no duodeno através do
ducto biliar comum, é um poderoso detergente, originados no fígado a partir do colesterol.
Possui uma região polar e uma região apolar.
- Lípase Pancreática: não consegue hidrolisar a ligação éster secundaria do triacilglicerol,
por isso o 2-monoacilglicerol é o principal produto. A lípase age em conjunto com a
proteína colipase formando o complexo protéico lípase-colipase chamado lípase
pancreática. Ela age na interface água- óleo. Na ausência da micela lipidica o sitio ativo
esta coberto por uma “tampa” helicoidal. A colipase fixa a lípase na gotícula de gordura
afastando os sais biliares e estabiliza a “tampa’ helicoidal na sua conformação deslocada,
expondo o sitio ativo da lípase.
- Isomerase: age transformando o 2-monoacilglicerol em 1-monoacilglicerol
Os ácidos graxos de cadeia media e curta livres podem ser absorvidos pelo estomago, passando
diretamente a circulação porta, onde serão transportados pela albumina para o fígado. Os lipídios
restantes vão para o duodeno onde serão absorvidos pela mucosa intestinal. As micelas de lipídios
e sais biliares se difundem entre as microvilosidades do intestino, sendo absorvidas pelas células
da mucosa do jejuno. Os sais biliares são essenciais para a absorção dos lipídios, exceto para os
ácidos graxos de cadeia media e curta que já foram absorvidos diretamente pelo enterócito.
GLICEROL Glicerol
* pacientes com deficiência de lípase pancreática recebem uma dieta rica em triacilgliceridios de cadeia media e curta, que serão hidrolisados pela lípase
intestinal no intestino.
No enterócito os ácidos graxos (>12C) formam complexos com a proteína intestinal ligadora de
ácidos graxos, sendo transportados para o reticulo endoplasmático liso. No reticulo, os ácidos
graxos serão ativados formando os acil-CoA graxo.
No reticulo liso, os
lipídios da dieta serão Forma um fluido leitoso coletado pela linfa, chamado
reesterificados. No golgi quilo. São lipoproteínas constituídas por colesterol, ésteres de
eles serão organizados colesterol, fosfolipídios, triacilgliceróis, vitaminas lipossolúveis e por
em partículas proteínas denominadas: Apo B-48, Apo CII, Apo CIII e Apo E.
lipoprotéicas chamadas
Quilomícrons Apo A A HDL fornece as
Nascentes. Os ácidos Apo CII Apo B-48 proteínas Apo CII
graxos de cadeia curta e HDL Apo E Quilomícrons e Apo E para o
Nascente quilomícron
media passam
Apo B-48 nascente,
diretamente para a transformando-o
Apo A Apo CII Quilomícrons
circulação porta sendo HDL Apo E Maduro em quilomícron
transportados pela maduro.
Nos capilares sangüíneos, a enzima extracelular
Lipoproteína lípase, ativada pela Apo C-II, hidrolisa os triacilgliceridios a ácidos graxos e glicerol. O
remanescente do quilomícron, livre da maioria dos triacilgliceridios vai ate o fígado, onde é recebido por
receptores para suas apoproteinas. Os triacilgliceridios que entram no fígado podem ser oxidados para gerar
energia ou serem precursores da síntese de corpos cetônicos.
Colestase: obstrução do fluxo biliar. Ocorre em pessoas com Anemia Hemolítica. Formação de calculo biliar.
Icterícia: acumulo de bilirrubina na pele e na esclera. Obstrução do ducto biliar. Deficiência de bile.
Deslipoproteinemias: defeito genético na formação, transporte ou na destruição das lipoproteínas, levando a uma
condição primaria de hipo ou hiperlipoproteinemia.
Esteatorréia: excesso de lipídios nas fezes. Mal absorção dos lipídios. Dieta rica em
Quiluria: presença de quilomícrons na urina. Urina leitosa. triacilgliceróis de cadeia
media e curta
Quilotorax: presença de quilomícrons no liquido pleural. Liquido pleural leitoso.
GAC 6
GERAÇÃO DE ATP A PARTIR DE ÁCIDOS GRAXOS E CORPOS CETÔNICOS
A oxidação de ácidos graxos é a maior fonte de energia para síntese de ATP. Os ácidos graxos
são oxidados principalmente na mitocôndria por um processo conhecido como β -oxidação. Esse
processo gera acetil-CoA e energia na forma de ATP.Tecidos como o músculo oxidam os ácidos
graxos em CO2 e H2O. No entanto, ácidos graxos não são uma significante fonte de combustível
para o cérebro e outros tecidos nervosos, e eles não podem ser utilizados pelas células vermelhas
do sangue, que não apresentam mitocôndria.
O fígado obtém energia a partir da β -oxidação de ácidos graxos, mas, nesse tecido, muito da
acetil-CoA é convertida dentro da mitocôndria em corpos cetônicos acetoacetato e β -
hidrobutirato, que são liberados no sangue. Uma pequena quantidade de acetona é também
produzida pela espontânea descarboxilação do acetoacetato.
Corpos cetônicos servem de combustível para tecidos como músculos e rins. Eles também são
usados pelo cérebro e outros tecidos nervosos mas somente quando a concentração no sangue é
elevada (depois de 3 a 5 dias de jejum). O fígado não usa os corpos cetônicos porque não produz a
enzima necessária para a ativação deles. As células vermelhas do sangue não oxidam corpos
cetônicos por sua falta de mitocôndrias.
Os tecidos oxidam os ácidos graxos sempre que a sua concentração aumenta no sangue. Ácidos
graxos são o principal combustível no período de jejum quando eles são liberados dos
triacilgliceróis dos adipócitos. A necessidade de energia na forma de ATP controla a velocidade de
oxidação dos ácidos graxos.
Depois que os ácidos graxos entram na célula, eles são ativados pela sua conversão em seus
derivados CoA. A ativação de longas cadeias de ácidos graxos ocorre na membrana externa da
mitocôndria e outras membranas citoplasmáticas. A cadeia longa de ácido graxo atravessa a
membrana interna da mitocôndria através do seu transportador, a carnitina. Devido ao fato de
ácidos graxos de cadeia longa serem predominantes no corpo, inibição desse transportador serve
como mecanismo de regulação da oxidação de ácidos graxos e síntese de corpos cetônicos.
Malonil-CoA, um intermediário chave na síntese de ácidos graxos, inibe a carnitina acil-
transferase que agrega o ácido acil graxo a carnitina.
Ácidos graxos que são saturados ou instaurados e que contêm um número par ou ímpar de
átomos de carbono podem ser submetidos a β -oxidação. Os três carbonos no fim da ω -oxidação
de uma cadeia com número impar de carbonos produz propinil-CoA.
Apesar de β -oxidação ser o principal processo de obtenção de energia a partir de ácidos
graxos, α , ω e peroxissomal oxidação também ocorrem. Na α -oxidação, uma unidade de
carbono da extremidade carboxílica é liberado como CO2. Na ω -oxidação, o carbono ω é
oxidado em um agrupamento carboxílico. A oxidação de ácidos graxos nos peroxissomos é similar
ao que acontece na β -oxidação mitocondrial, com exceção de que ela usa o oxigênio molecular e
não produz ATP via a cadeia de transporte de elétrons.
ATIVAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
Cadeia Curta 2 -3C
Cadeia Média 4 -12C
Os ácidos graxos devem ser ativados antes de poderem ser
Cadeia Longa 12 -20C
oxidados. Isso envolve a enzima acil-CoA sintetase
Cadeia Muito Longa + de 20C
(TIOQUINASE) que utiliza o ATP para produzir um composto
rico em energia o acil graxo-AMP e pirofosfato. O AMP ligado ao acil graxo é substituído pela
coenzima A (CoA).
Local de Ativação: TRANSPORTE DE ACIL-COA GRAXO DE
C. Curta:Citosol, Matriz Mitocondrial CADEIA LONGA PARA A MITOCONDRIA
C. Média: Matriz Mitocondrial
C. Longa: Membrana Mit. Externa,
REL, Peroxissomos
C. Muito Longa: Peroxissomos
GAC 7
A carnitina serve como transportadora
de acil-graxos de cadeia longa através
da membrana interna da mitocôndria.
A carnitina pode ser obtida pela dieta
ou sintetizada a partir do aminoácido
lisina. O Malonil-CoA inibe a CAT I,
por isso que os ácidos graxos de
cadeia longa que foram recém
produzidos não são imediatamente
transportados para a mitocôndria para
serem oxidados.
1 volta:
1 FADH2
2ATP
1 NADH2
3ATP
1 Acetil-Coa
12 ATP
7 voltas:
7 FADH2 14ATP
7 NADH2 21 ATP
8 Acetil-Coa 96 ATP
Nesse caso antes de começar a β -oxidação, as ligas duplas da cadeia devem estar posicionadas
corretamente. Para tanto é necessária a ação de duas enzimas além das que catalisam as quatro
reações da β -oxidação. São elas: isomerase e redutase. Em cadeias monoinsaturadas, a isomerase
move a liga dupla até que ela se encontre entre os carbonos 2 e 3 na configuração trans.
Em cadeias poliinsaturas, uma liga dupla deve ficar entre os carbonos 2 e 3 e a outra entre os
carbonos 6 e 7. A isomerase troca a ligação dupla 3,4 por uma posição trans 2,3 e uma espiral da
β -oxidação ocorre junto com o primeira reação da segunda espiral. A redutase que usa um
NADPH converte essas duas ligas duplas (entre os carbonos 2,3 e 4,5) em uma única liga dupla
entre os carbonos 3 e 4 numa configuração trans. A isomerase move a liga dupla para os carbonos
2,3 reiniciando a β -oxidação.
PEROXISSOMAL -
ACIDURIA DICARBOXILICA OOC -- (CH2)10 – COO- ALDEIDO DESIDROG.
ÁCIDO SUBERICO
ACETOACETATO
Acetoacetato β -hidroxibutirato
descarboxilase desidrogenase
CO2
ACETONA
NADH + H+
Hálito NAD+
cetônico
β -HIDROXIBUTIRATO
Monômero da Malonil-CoA-ACP
β -cetoacil-ACP
sintase dos transferase transferência
ácidossintase
graxos do grupo malonil para o grupo
CONDENSAÇAO –SH da pantoneina da ACP
Acetil-CoA-ACP HS β -cetoacil-ACP redutase
transacetilase HS REDUÇAO
transferência do grupo
acetil para o grupo cys-SH CS β -hidroxiacil-ACP
MT
da CS desidratase
CR DESIDRATAÇAO
Tioesterase liberação AT ACP
do palmitato da sintase HD
por sua ação hidrolitica Enoil-ACP redutase
TE ER REDUÇAO
PASSOS DA BIOSSINTESE:
CS
CONDENSAÇAO Acetil-CoA + Malonil-CoA Acetoacetil-ACP
CR
REDUÇAO DO GRUPO CARBONILA Acetoacetil-ACP β -hidroxibutiril-
ACP
HD
DESIDRATAÇAO β -hidroxibutiril-ACP trans-∆
ER
2
-butenoil-ACP
Na glândula mamaria a mesma sintase que produz o palmitato, sintetiza ácidos graxos de cadeia media
e curta, pela quebra da ligação entre o ácido graxo e a pantoneina, antes da formaçao do palmitato.
REGULAÇAO:
a insulina ativa a biossintese de ácidos graxos
+ Glucagon
Insulina Glicose
Glicose Insulina
Fosfatase +
Citrato Acetil-CoA acetil-CoA
Acetil-CoA – P Acetil-CoA carboxilase
Carboxilase carboxilase Acetil-CoA Malonil-CoA
PKA
Palmitato
Glucagon +
CAT I
Insulina Palmitoil-CoA
Triacilgliceróis
GAC 12
GLUCAGON INSULINA
⊕
Lipólise no adipocito Lipólise no adipocito
( ↑ AMPc ) ( ↓ AMPc )
↑ AG livres ↓ AG livres
SINTESE DE COLESTEROL:
O colesterol pode ser esterificado pela ação da acil-
Acetil- CoA + Acetil CoA CoA Colesterol Aciltransferase ( ACAT ), no
enterócito.
TIOLASE (citosolica)
Ativada por insulina, sendo inibida por glucagon,
Acetoacetil-CoA colesterol intracelular e sais biliares
Acetil-CoA HMG-CoA
As estatinas, como a provostatina são utilizados no tratamento
SINTASE de hipercolesterolemia, elas inbem a HMG-CoA redutase
(citosolica)
Etapa
HMG CoA TRANSPORTE DO COLESTEROL
limitante da
+
HMG-CoA
síntese de Dieta
2NADPH + 2H REDUTASE
colesterol
(R.E)
VLDL
HEME A
UBIQUINONA
VITAMINA A TECIDOS EXTRA HEPATICOS
VITAMINA E
VITAMINA K HDL / VLDL ( IDL e LDL )
CAROTENOIDES
FIGADO
COLESTEROL
GAC 15
7- α - hidroxicolesterol
Sais Biliares ⊗