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19/11/2009

ANGIOSPERMAS
Apenas as Angiospermas apresentam flor, fruto e semente.

Essas estruturas garantiram o sucesso reprodutivo desse grupo que pôde


conquistar novos habitats, novos territórios, regiões mais secas e mais frias.

FLOR

Estame Estigma
Carpelo (pistilo)
FLORES (Androceu)
Antera
Estilete
(Gineceu)
Ovário
Filete
As flores são formadas por verticilos estéreis e/ou verticilos férteis
inseridos em um receptáculo.

Os verticilos estéreis são aqueles responsáveis pela proteção das


estruturas reprodutivas, bem como pela atração de agentes polinizadores.
São eles o cálice (conjunto de sépalas) e a corola (conjunto de pétalas).
Pétala
Óvulos (Corola)
Os verticilos férteis são aqueles diretamente relacionados à reprodução,
Receptáculo Sépala
ou seja, o androceu (conjunto de estames) e o gineceu (conjunto de
Pedúnculo (Cálice)
carpelos). Perianto

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O cálice é o verticilo floral mais externo, constituído por sépalas e


responsável, principalmente, pela proteção dos outros verticilos.

Cálice e corola, quando distintos um do outro, constituem o perianto.


Muitas vezes, sépalas e pétalas não apresentam diferenças, sendo chamadas
de tépalas e constituintes do perigônio.

pétalas

A corola é o verticilo floral


responsável pela atração dos
sépalas
agentes polinizadores, por isso,
apresenta muitos atrativos, como
cores e odores. Perianto

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O androceu é constituído pelo conjunto de estames da flor e é


sépalas
responsável pela produção dos grãos de pólen.
Cada estame é formado pelo filete, pelo conectivo e pela antera. O
pétalas conectivo une o filete à antera onde ocorre a produção dos grãos de pólen.

Perigônio

A antera pode apresentar deiscência longitudinal (ou rimosa), valvar ou


poricida.

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O gineceu, centralmente localizado na flor, é o conjunto de todos os


carpelos.
Cada carpelo é constituído pelo ovário, pelo estilete e pelo estigma.

O estigma é a região onde os grãos de pólen caem ao acaso ou são O estilete é por onde o tubo polínico se desenvolve carregando os
depositados pelo agente polinizador. microgametas.

estilete
estilete

estigma
estigma

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Quando o gineceu é formado por mais de um carpelo, ele pode ser:


E, o ovário, é a região onde se localizam os óvulos, podendo ser súpero,
ínfero ou semi-ínfero, dependendo da sua inserção no receptáculo. Gamocarpelar ou sincárpico: carpelos unidos entre si.
Dialicarpelar ou apocárpico: carpelos livres entre si.

Ovário semi-ínfero:
demais verticilos saem no
mesmo nível que o
Ovário súpero: demais Ovário ínfero: demais
verticilos inseridos verticilos inseridos acima ovário.
abaixo do ovário. do ovário. FLOR PERÍGINA
FLOR HIPÓGINA FLOR EPÍGINA

De acordo com a forma de fusão dos carpelos, o ovário pode ser: No óvulo é que se formará o megagametofito que contém a oosfera, o
Unilocular: com um único lóculo. gameta feminino.
calaza
Bilocular, trilocular, tetralocular, pentalocular ou plurilocular: com
dois, três, quatro, cinco e mais de cinco lóculos, respectivamente. tegumento
externo

oosfera

rafe
tegumento
micrópila interno

funículo

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Quanto à fusão das sépalas:


As estruturas florais podem estar livres ou concrescidas entre si. A Gamosépala: sépalas concrescidas entre si.
Dialisépala: sépalas livres entre si.
fusão das peças florais pode ser por adnação ou por conação.

Na adnação, existe concrescimento entre peças florais de verticilos


diferentes, como estames e pétalas (epipetalia).

Na conação, o conscrescimento ocorre entre peças do mesmo verticilo


floral. Utiliza-se os prefixos gamo ou sin.

Dialisépala
Gamosépala

Quanto à fusão dos estames:


Quanto à fusão das pétalas: Gamostêmone: estames concrescidos entre si.
Gamopétala: pétalas concrescidas entre si. Dialistêmone: estames livres entre si.
Dialipétala: pétalas livres entre si.

Gamopétala

Dialipétala

Dialistêmone Gamostêmone

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Quanto à fusão dos carpelos: As flores podem apresentar todos os verticilos florais (flores completas),
Gamocarpelar ou sincárpico: carpelos unidos entre si. mas um ou mais verticilos podem estar ausentes (flores incompletas).

Dialicarpelar ou apocárpico: carpelos livres entre si. sépalas

pétalas

gineceu

androceu

Flor Completa

Se a flor apresentar cálice e corola, ela é chamada diclamídea, podendo


ser homoclamídea (cálice e corola idênticos) ou heteroclamídea (cálice e
corola distintos); se apresentar apenas o cálice ou a corola é dita
monoclamídea; e, se não possuir nenhum verticilo estéril, é denominada
aclamídea.

Diclamídea Diclamídea
Flores Incompletas Heteroclamídea Heteroclamídea

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Flores
masculinas
aclamídeas

Diclamídea
Homoclamídea
Flores
femininas
Monoclamídea aclamídeas

As flores podem ser hermafroditas (flores bissexuais com gineceu e


androceu funcionais), masculinas ou estaminadas (flores unissexuais,
apresentando apenas androceu) e femininas ou pistiladas (flores unissexuais
compostas apenas por gineceu).

androceu

gineceu

Flor Hermafrodita

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REPRODUÇÃO DAS ANGIOSPERMAS


Flor Masculina
Flor Feminina

A reprodução vegetal envolve processos de formação de esporos


(esporogênese – meiose) e processos de formação de gametas
(gametogênese – mitoses), ocorrendo alternância de gerações.

A esporogênese leva à heterosporia o que resultará em duas


gametogêneses diferentes.

Em todas as plantas heterosporadas observa-se endosporia, ou seja, o


desenvolvimento do gametofito ocorre no interior da parede do esporo.

MICROSPOROGÊSE E
MICROGAMETOGÊNESE

Microsporogênese: processo pelo qual, por meio de meiose, se dá a


formação de microsporos (n) nos microsporângios (localizados no
interior das anteras).

Microgametogênese: processo que por meio de mitoses leva a


formação de dois microgametas (n) pelo microgametofito, retido no
interior da parede do micrósporo (desenvolvimento endospórico do
microgametofito).

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MICROSPOROGÊNESE MICROGAMETOGÊNESE

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MEGASPOROGÊSE E MEGAESPOROGÊSE
MEGAGAMETOGÊNESE

Megasporogênese: processo pelo qual, por meio de meiose, se dá a


formação do megasporo funcional (n) no megasporângio (nucelo),
localizado no interior do óvulo.

Megagametogênese: processo que por meio de mitoses leva a formação


da oosfera (n) e de células acessórias (sinérgides, antípodas e célula
média) pelo megagametofito (saco embrionário), retido no interior da
parede do megasporo (desenvolvimento endospórico do megagametofito).

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MEGAGAMETOGÊNSE

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Sinérgides Oosfera

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Célula média Antípodas

A polinização é o principal evento que ocorre na vida das flores. Consiste Nas angiospermas, acontece sob
grande variedade de formas, podendo
no transporte do grão de pólen das anteras de uma flor até o estigma da
demonstrar alto grau de especialização
mesma ou de outra flor.
e adaptação.

Os agentes polinizadores podem ser


abióticos ou bióticos.

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Os agentes abióticos são o vento (anemofilia) e a água (hidrofilia). Nesses casos Hidrofilia

de polinização, as flores apresentam adaptações que favorecem a polinização por


aquele determinado agente.

Anemofilia

Estigma
plumoso

Estames
pêndulos
Vallisneria americana

Entre os insetos, os polinizadores mais comuns são os besouros (cantarofilia), as


Os agentes bióticos são os animais (zoofilia) como, insetos (entomofilia), aves
moscas (miofilia), as abelhas (melitofilia), as borboletas (psicofilia), as mariposas
(ornitofilia) ou mamíferos.
(falenofilia) e as vespas.
Entomofilia Falenofilia

Miofilia

Ornitofilia Cantarofilia

Vespas

Quiropterofilia Melitofilia Psicofilia

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Na polinização realizada por aves (ornitofilia), existem diferenças entre as flores


Dentre os mamíferos, os morcegos
polinizadas por aves que pousam e as polinizadas por aves que planam no ar, como
(quiropterofilia) são os agentes mais
os beija-flores.
comuns, mas existem mamíferos não
voadores que também podem realizar a
polinização (terofilia).

No caso da polinização realizada por animais, a relação flor-visitante deve ser


Em cada um desses casos, podemos observar co-adaptações entre as plantas e
estabelecida por meio de um atrativo que, para ser efetivo, deve desencadear no
os agentes polinizadores. Isto é, existe uma correspondência entre o tamanho, a
visitante uma reação que incita ou satisfaz necessidades básicas como alimento,
forma, a cor, o odor da flor e os tipos de polinizadores.
abrigo, proteção e local para o acasalamento.

Desta forma, é possível identificar um conjunto de características florais que


Existem dois tipos de atrativos florais, os primários e os secundários.
constituem a “preferência” de cada polinizador, garantindo a visita deste, a
chamada síndrome de polinização.
Os atrativos primários são aqueles que satisfazem diretamente as necessidades
básicas dos animais, como pólen, néctar, óleos, tecidos florais, dentre outros.
A entomofilia foi extremamente importante para o sucesso evolutivo das
angiospermas, pois permitiu uma maior eficiência na polinização sob condições
Os atrativos secundários são os que apenas iniciam uma reação direta ou indireta
ambientais variadas além de um maior potencial na polinização cruzada.
ao nível do aparato sensorial do animal, como odor, forma, cor, temperatura, dentre
outros.

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Dupla fecundação
Após a polinização e desenvolvimento do tubo polínico, os
microgametas (gametas masculinos) entram através das sinérgides. Um
deles irá fecundar a célula média, originando o zigoto endospérmico (3n)
e o outro irá fecundar a oosfera, originando o zigoto embrionário (2n).

O zigoto endospérmico formará o endosperma da semente por meio de


sucessivas mitoses (reserva acessória) e, o zigoto embrionário passará
pelo processo de embriogênese que dará origem ao embrião que crescerá
e originará um esporofito jovem.

Após a fecundação as sinérgides e as antípodas degeneram.

Fecundação Fecundação

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Fecundação Fecundação

Microgameta (gameta Oosfera (gameta Zigoto embrionário


È justamente a dupla fecundação que difere as gimnospermas das masculino - n) + feminino - n) (2n)

angiospermas, pois nas angiospermas é a fecundação da célula média


por um microgameta que origina o endosperma e nas gimnospermas é o
próprio megagametofito (nucelo) que forma o endosperma. Embrião (2n)

A fecundação nas gimnospermas é simples e o endosperma é


denominado endosperma primário, pois é produzido antes da
fecundação. Microgameta (gameta Zigoto endospérmico
masculino - n) + Célula média (2n)
(3n)

Nas angiospermas, o endosperma é formado só depois da fecundação,


economizando energia se por acaso não ocorrer a fecundação.
Endosperma (3n)

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Parede
Pericarpo
ovariana

Fruto

Óvulo Semente

Fruto = Pericarpo + Semente

Pericarpo é a parede ovariana e/ou demais estruturas


associadas, desenvolvidas após a fecundação do
óvulo.

FRUTOS O termo também se refere aos frutos desprovidos


de sementes, isto é, partenocárpicos.

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O pericarpo é constituído por 3 regiões:


O fruto é constituído por duas partes: pericarpo e semente. No entanto, na
Exocarpo
natureza, não ocorre essa separação, pois existe entre eles uma relação de
Mesocarpo
dependência fisiológica, estrutural e ecológica.
Endocarpo

Exocarpo

Mesocarpo

Qualea
Endocarpo

Os frutos podem ser secos ou carnosos. Carica papaya

Secos: sem suculência

Carnosos: pericarpo espesso e suculento


Exocarpo

Cucurbitaceae

Mesocarpo

Endocarpo
Cochlospermum regium

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Aspidosperma macrocarpon (Apocynaceae)


Os frutos podem deiscentes ou Indeiscentes: fruto que não se abrem espontaneamente.
Tipuana tipu
indeiscentes.
Deiscentes: frutos que se abrem
naturalmente quando maduros.

Cabralea sp. (Meliaceae)

Banisteriopsis pubipetala

Lycopersicon esculentum

Acerola
Melão-de-São-Caetano

Fruto X Fruta SEMENTES

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calaza

tegumento

CONCEITO externo

rafe
Semente é o óvulo desenvolvido após a tegumento
micrópila interno
fecundação da oosfera.
funículo

calaza Constituição das Sementes:


Envoltórios Seminais (Tegumentos)
perisperma
Tecidos acessórios de reserva (endosperma e perisperma)

embrião Embrião

endosperma

rafe tégmen

testa
feixe rafeal
micrópila

hilo

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Cotilédone(s)

Radícula
Embrião

Hipocótilo
Eixo embrionário

Epicótilo

Plúmula

Cotilédones: podem absorver a reserva nutritiva endospérmica ou serem foliáceos.


Radícula: origina a raiz primária após a germinação. radícula

Hipocótilo e Epicótilo: originam o caule após a germinação.


Plúmula: meristema apical do caule que pode ter primórdios foliares.

plúmula

Embrião das Gramíneas

Plúmula + Coleoptile
Epicótilo (indistinto)
Mesocótilo (nó cotiledonar)
Escutelo (cotilédone em forma de escudo)
Hipocótilo (indistinto)
radícula
Radícula + Coleorriza

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As adaptações à dispersão podem ter origem nas sementes ou no pericarpo, sendo


DISPERSÃO SEMINAL denominadas seminais ou pericárpicas, respectivamente.

Com relação à função, as adaptações podem estar relacionadas aos diversos tipos

Outro evento importante na reprodução das angiospermas é a dispersão, a de dispersão:

qual consiste no transporte dos diásporos (unidades de dispersão: sementes, Anemocoria: dispersão realizada pelo vento.

frutos ou propágulos) para maior ou menor distância da planta mãe.

Ao longo da evolução, inúmeras adaptações foram desenvolvidas nos


frutos permitindo a disseminação dos diásporos a maiores distâncias, o que
contribuiu para uma ocupação geográfica mais ampla por algumas espécies
vegetais.

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Hidrocoria: dispersão realizada pela água. Adaptações relacionadas à flutuação


e à impermeabilidade.

Zoocoria: dispersão realizada por animais. Adaptações relacionadas à aderência


dos diásporos ao corpo dos animais ou à ingestão dos frutos ou sementes.

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Autocoria: dispersão realizada pela própria planta. Adaptações relacionadas à


Barocoria: dispersão realizada pela ação da gravidade e tem relação com o
liberação das sementes com grande pressão.
maior peso dos frutos.

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GERMINAÇÃO
Germinação é a protrusão da raiz primária, é a saída do embrião da semente.

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