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Aluna: Natália Monteiro de Souza – M34A

Título: A Hora dos Ruminantes


Autor: VEIGA, José J.
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2007

“No dia seguinte a cidade amanheceu [...] com uma novidade: um


grande acampamento fumegando e pulsando do outro lado do rio”. (p. 12)”
“[...] À noite, quando iam fechar as janelas para dormir e davam com os
olhos no clarão do acampamento, as pessoas procuravam se convencer de
que não estavam vendo nada e evocavam aquele trecho de pasto como ele era
antes”. (p. 16)
“[...] Amâncio Mendes era uma cruz que Manarairema tinha que carregar
com paciência.” (p. 22)
“O que vale não é o que um diz, é o que o resto vê.” (p. 23)
“À noite a fogueira e os lampiões do acampamento queimavam até
tarde, da cidade via-se o clarão entre as folhagens, e quando o vento era
favorável chegava-se a ouvir vozes e risos e ondulações esgarçadas de
música; mas [...] aquilo já fazia parte do cenário natural da noite” (p. 25)
“Manarairema já não se preocupava tanto com os homens [...] tanto que,
quando Geminiano informou que estava carreando areia para a tapera [...]
ninguém estranhou.” (pp. 25-26)
“[...] Era preciso saber que obras, e para que, e só Geminiano poderia
informar.” (p. 27)
“[...] Geminiano só dizia que estavam derrubando paredes, levantando
paredes, entelhando, rebocando, pintando.” (p. 27)
“Uma noite, na venda, sem que ninguém esperasse [...] Amâncio
alvoroçou todo mundo ao dizer que no dia seguinte ia fazer uma visita à
tapera.” (p. 28)
“[...] era uma boa idéia alguém ir lá de peito aberto, olhar, conversar, tirar
tudo a limpo. [...] Mas sendo Amâncio a ir, o resultado podia sair estragado.” (p.
28)
“A demora é bom sinal, sinal de conversa; e conversa demorada, briga
adiada.” (p. 34)
“- Amâncio agiu certo. Para saber se numa moita tem onça é preciso
chegar perto.” (p. 34)
“Quando alguém disse que no cartório tinha chegado notícia, a venda se
limpou de barranco, [...] como se notícia fosse artigo de se esgotar com a
procura.” (p. 35)
“[...] Geminiano conseguiu dizer que não vira Amâncio, que não sabia de
peteca nem de briga, que estava tudo calmo na tapera, todo mundo
trabalhando.” (p. 37)
“- Se todo mundo aqui fosse como eles, Manarairema seria um pedaço
de céu, ou uma nação estrangeira.” (p. 41)
“No meio da tarde, quando o sol espichava as sombras no largo, a
carroça dobrou a esquina e entrou no beco. [...] quando parou na porta da
venda dela desceram três homens vestidos com paletós.” (p. 44)
“Os homens entraram calados, Amâncio fechou a porta.” (p. 45)
“Essas visitas foram se repetindo e caíram numa rotina que o povo
acabou por aceitar [...] ninguém procurava saber que assuntos eram tratados
naquelas reuniões à porta fechada.” (p. 45)
“O tempo passava e nada mais acontecia. Geminiano consertou a
carroça e continuou carreteando areia, cada vez mais calado e encolhido. Os
homens da tapera continuaram visitando Amâncio na venda [...] às vezes
ficavam até noite alta, outras vezes saíam logo.” (p. 49)
“Das intenções dos homens, de sua ocupação verdadeira a cidade
continuava na mesma ignorância do primeiro dia.” (p. 49)
Como Manarairema é uma cidade pequena, pode-se perceber
que há uma curiosidade muito grande da população em relação
ao que é novo. Curiosidade esta que se dispersa com o passar do
tempo, mas que vai voltando à medida que as coisas com os
“homens” vão acontecendo.
O realismo mágico provavelmente está nos próximos dois
capítulos do livro, que lerei para o próximo mês. Este primeiro
fichamento reúne o que considerei que será importante mais
tarde, na análise do mesmo.

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