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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA

Prof.: Alexandre Américo

AULA 01 – ADMINSITRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA

Prezados amigos concurseiros,

Com o intuito de criar um espaço de democratização do ensino de várias disciplinas, especialmente da de


Administração Financeira e Orçamentária, que ministro nessa instituição, a família Master, em sintonia com as
demandas de uma grande parcela de concurseiros que não pode participar das aulas presenciais, por quaisquer
que sejam os motivos, está com um novo projeto que, certamente, será um SUCESSO, vez que se coaduna com
as suas necessidades, “concurseiros de carteirinha”, e tem insculpido, desde o seu embrião, o comprometimento
de toda a equipe MASTER de professores.
Nesse nosso primeiro encontro comentaremos 5 (cinco) questões CAPCIOSAS selecionadas de
concursos públicos anteriores. Para atender a todos os gostos, disponibilizarei, no decorrer dessas aulas on-line,
questões de todas as bancas: CESPE, ESAF, FCC, NCE!!!!!
Vamos a obra, então!!!!

01. (CESPE – ACE/TCU – 2004) Instituído pela Constituição Federal de 1988, o plano plurianual, de
vigência coincidente com a do mandato do chefe do Poder Executivo, estabelece, de forma
regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

O Planejamento Estratégico de MÉDIO PRAZO da Administração Pública brasileira do Governo, assim


doutrinariamente conhecido estabelece de forma regionalizada as Diretrizes, os Objetivos e Metas
(ARTIFÍCIO MNEMÔNICO → DOM) para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
aquelas relativas aos programas de duração continuada.

 Conteúdo principal: fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas do Governo para:
(ARTIFÍCIO MNEMÔNICO – PPA DOM)

• as despesas de CAPITAL (ex.: construção de escolas, hospitais) → são despesas relacionadas à


EXPANSÃO dos serviços públicos;

• as despesas DECORRENTES derivadas das despesas de capital (ex.: contratação de pessoal


necessário ao funcionamento das escolas e hospitais) → são as despesas relacionadas à
MANUTENÇÃO de serviços anteriormente criados!!!!

CAPCIOSÍSSIMA!!!!!
Toda despesa corrente DECORRE de uma despesa de capital

• os programas de duração continuada (despesas vinculadas a programas com duração superior a um


exercício financeiro – como o “ programa de bolsa-escola”, o programa de aceleração do crescimento,
que são programas cuja execução ultrapassa o exercício financeiro).

• Quando de sua elaboração, a Administração e o legislador deverão planejar a aplicação de recursos


públicos de modo a atenuar a enorme DESIGUALDADE entre as regiões brasileiras (no caso do PPA
da União) ou entre as sub-regiões existentes nos Estados e Municípios (caso do PPA dos Estados e
Municípios), daí o art. 165, § 1º da CF/88 dizer “(...) estabelecerá, de forma regionalizada...”

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ORÇAMENTÁRIA
Prof.: Alexandre Américo

Alexandre, e o que são essas


diretrizes, objetivos e
metas??????

• DIRETRIZES – orientações gerais ou princípios que nortearão a captação e o gasto público com vistas
a alcançar os objetivos.

• OBJETIVOS – indicam os resultados a serem alcançados pela administração pública quando da


execução orçamentária (ex.: elevar o nível educacional da populacional, especialmente, combatendo o
analfabetismo).

• METAS – quantificação, física e financeira, dos objetivos (ex.: construção de 3.000 salas de aula em
todo o País, no período de quatro anos, R$ 100 milhões, na construção de salas de aula).

• PROGRAMAS – são as ações que resultam em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade.
Correspondem ao MÓDULO INTEGRADOR entre PPA e a LOA. São eles que garantem a
compartibilização entre os dois instrumentos de planejamento citados. São instrumentos de
organização da atuação governamental, articulando um conjunto de ações que concorrem para um
objetivo comum preestabelecido e mensurado por indicadores previstos no PPA. (ex.: Defesa dos
direitos da Criança e do Adolescente, PAC – PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO
CRESCIMENTO, BOLSA-ESCOLA)

• DURAÇÃO CONTINUADA – Programas cuja execução ultrapassam um exercício financeiro (ex.: “


Programa Bolsa – Escola”, obras com prazo de conclusão superior a um ano etc.)

O PPA é um plano quadrienal, vigorando, portanto, por quatro anos, que corresponde ao mesmo tempo de
duração do mandato do chefe do Poder Executivo. Entretanto, a vigência do mesmo inicia-se no segundo ano do
mandato do chefe do Poder Executivo, terminando no primeiro ano do mandatário subseqüente, logo, sua
vigência não coincide com o mandato!!!!!

O fato de sua vigência não coincidir com o mandato do chefe do Poder Executivo tem uma lógica:
A CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS.

Diante do exposto, é possível inferir que cada GOVERNO elabora o seu PPA, entretanto somente executa
3 anos do mesmo, eis que1 ano foi herdado do governo antecessor.

Alexandre, é possível inferir então que isso sempre ocorre?????

NÃO, caso o chefe do Poder executivo seja reeleito para o 2º mandato, nessa única e exclusiva situação,
executará os 4 anos do PPA elaborado na vigência do seu 1º mandato (CUIDADO COM ISSO NAS PROVAS!!!!).

Portanto, a alternativa supramencionada está ERRADA!!!!!!!!!

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02. (ESAF/ACE_TCU/2006) No que se refere à matéria orçamentária, a Constituição de 1988, em seu artigo
165, determina que leis de iniciativa do Poder Executivo estabeleçam o Plano Plurianual, as diretrizes
orçamentárias e os orçamentos anuais. Identifique a opção falsa com relação ao tema.

a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) consiste na lei que norteia a elaboração dos orçamentos
anuais, compreendidos o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas estatais e o
orçamento da seguridade social.

Conforme preceitua o art. 165, § 2º da Lei Maior:

“ (...)

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública


federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, ORIENTARÁ A
ELABORAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.”

e ainda o § 5º:

“ (...)

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - O ORÇAMENTO FISCAL referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - O ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha


a maioria do capital social com direito a voto;

III - O ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.”

Alternativa correta!!!!!!

b) A Lei Orçamentária Anual (LOA) objetiva viabilizar a realização das ações planejadas no Plano
Plurianual e transformá-las em realidade.

O PPA está estruturado em programas de trabalho, que constituem instrumentos de organização da ação
governamental para solucionar as demandas da sociedade. Entretanto, o PPA, sendo um planejamento
que traça a estratégia do governo para um período de 4 (quatro) anos, sem um instrumento que o
operacionalize, ano a ano, não VALE NADA!!!!! SERIA UM ZERO A ESQUERDA!!!! Para tanto é que
existe a LOA, que materializa, ano a ano, os programas do PPA (orçamento-programa), sendo, portanto,
conhecido pela doutrina, como o planejamento operacional da Administração Pública. Enquanto o PPA
termina nos programas, a LOA neles começa!!!!!! A LOA corresponde a fatias do PPA !!!!!

Alternativa correta.

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c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob forma de projeto, deve ser encaminhada pelo Poder
Executivo ao Poder Legislativo, na esfera federal, até oito meses e meio antes do encerramento do
exercício financeiro (15 de abril) e devolvida para sanção até o final do primeiro período da sessão
legislativa (17 de julho).

Para facilitar a visualização dos prazos de envio e de devolução os projetos de leis que tratam
de orçamento, visualize a tabela abaixo!!!!!

Envio: Chefe do PE ao Devolução: do PL ao PE


PL. (para sanção ou veto)
Projeto Parâmetro para BASE
Parâmetro para envio:
de devolução: término da LEGAL
Lei término do exercício
sessão legislativa ou
financeiro.
período legislativo.
4 meses antes do
Até o término do segundo
encerramento do
período da sessão
primeiro exercício Art. 35, § 2º, do
PPA legislativa (22 de
financeiro do mandato do ADCT.
dezembro), do exercício
chefe do PE (31 de
em que for encaminhado.
agosto)
8 meses e ½ antes do Até o encerramento do
encerramento do primeiro período da Art. 35, § 2º, do
LDO
exercício financeiro (15 sessão legislativa (17 de ADCT.
de abril) julho)
4 meses antes do Até o encerramento da
encerramento do sessão legislativa (22 de Art. 35, § 2º, do
LOA
exercício financeiro (31 dezembro), do exercício ADCT.
de agosto) em que for encaminhado

ARTIFÍCIO MNEMÔNICO!!!
LDO → ESSE “O” de LDO inicia Oito meses (como é pouco, acrescentamos mais um caroçinho de
arroz → + ½ do mês). Então o prazo de envio da LDO ficará:

Alternativa correta!!!!!

Oito meses e MEIO antes do encerramento do exercício


financeiro!!!!

d) O Plano Plurianual corresponde a um plano, por meio do qual se procura ordenar as ações do
governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados para um período de três anos.

O Plano Plurianual corresponde ao planejamento estratégico governamental em que se procura


sistematizar as ações do governo em programas de trabalho, que são instrumentos de organização da
ação governamental para alcançar os objetivos e metas fixados para um período de 04 anos, e não de
três anos!!!!

Alternativa errada!!!!

e) A Lei do Orçamento, sob forma de projeto, deve ser encaminhada, no âmbito federal, até quatro
meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvida para sanção até o
final da sessão legislativa.

Alternativa correta!! Vide tabela acima

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03. (ESAF/ACE_TCU/2002) Com relação aos créditos adicionais, aponte a única opção correta pertinente
aos créditos extraordinários.

a) São destinados a reforço de dotação orçamentária.

Alternativa errada!!! Os créditos que funcionam como verdadeiros SUPLEMENTOS ALIMENTARES,


reforçando o limite de gasto de uma despesa (dotação orçamentária) são os CRÉDITOS
SUPLEMENTARES

b) São destinados a despesas para as quais não haja dotação específica.

Os créditos adicionais (mecanismos retificadores da LOA, ajustes à LOA durante a sua execução) que se
destinam a inserir NOVA CATEGORIA DE PROGRAMAÇÃO na LOA, pelo fato de esta não ter sido
inserida por erro de orçamentação durante a elaboração do projeto de lei de orçamento anual são os
ESPECIAIS, que CRIAM uma NOVA dotação na LOA.

c) São autorizados por lei e abertos por decreto.

Os créditos extraordinários destinam-se a atender despesas urgentes e imprevistas, decorrentes de


guerra, comoção interna ou calamidade pública (art. 41, inciso III, da Lei nº 4.320/64).

Como o próprio nome sugere, tais créditos, pela urgência que os motiva, não necessitam de autorização
legislativa prévia para a sua abertura.

Portanto, não há necessidade de que o Governo indique a fonte de recursos para a abertura dos mesmos.
Essa é uma faculdade do chefe do Poder Executivo, mas não há vedação de que ele indique. Caso queira
fazê-lo, não há proibição alguma!!!

A alternativa está errada!!!!

d) São abertos por decreto do Executivo, que dará conhecimento ao Legislativo.

Essa é a alternativa correta!!!! Entretanto, a mesma somente estará correta se a analizarmos à luz da
Lei n.º 4.320/64. Isso porque a Lei 4.320/64, em seu artigo 44 (sugiro que vc o leia), determina que os
créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato
conhecimento ao Poder Legislativo. Entretanto, esse entendimento da referida lei não se coaduna com o
estabelecido no art. 62 da CF/88, que menciona, expressamente, “os créditos extraordinários, no caso da
União, serão abertos pelo Poder Executivo por meio de Medida Provisória – MP – e submetidos
imediatamente ao Poder Legislativo. No caso de os Estados possuírem o instrumento normativo da MP
nas suas respectivas constituições, poderão adotá-la também, seguindo a mesma regra estabelecida para
o executivo federal.

e) Sua abertura depende da existência de recursos disponíveis.

A abertura do crédito independe da existência prévia de recursos disponíveis.

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04. (UNB/CESPE-DPF/DGP/NACIONAL/2004) Até o mês de junho, a administração havia arrecadado 500


unidades monetárias (U.M.) a mais do que o previsto e gasto 100 U.M. a menos do que o autorizado. O
superávit financeiro verificado no balanço patrimonial do exercício anterior foi de 250 U.M.; haviam
sido reabertos créditos especiais de 150 U.M., não-utilizados no exercício anterior; e o disponível na
conta única, ao final do semestre, era de 350 U.M.. Em face dessa situação hipotética e à luz da Lei
4.320/1964, julgue o item abaixo.
Na situação considerada, os responsáveis pela administração poderiam abrir créditos suplementares
de até 600 U.M.

RESOLUÇÃO:
Quais as fontes de recursos presentes na questão? Nesse caso, temos duas fontes, quais sejam:

a) Excesso de arrecadação= 500 UM


b) Superávit Financeiro = 250UM

TOTAL DAS FONTES: 500 + 250 = 750 UM.


Acabou a resolução?

Ainda não!

Como houve a reabertura de créditos especiais, por motivo de prudência, devemos deduzi-lo do total
das fontes.

Portanto, o total das fontes disponíveis é: 750 – 150 = 600 UM. O item está correto!!!!!!!

Alexandre, MAS PERAÍ!!!!! Eu observei que a


administração gastou menos do que o autorizado
na LOA. Ou seja, o Poder Público economizou o
recurso. Essa tal de ECONOMIA ORÇAMENTÁRIA
pode ser fonte para abertura de crédito adicional
suplementar ou especial?????????

CAPCIOSÍSSIMA!!!!!!!
ECONOMIA ORÇAMENTÁRIA JAMAIS
SERÁ FONTE DE RECURSOS PARA
ABERTURA DE CRÉDITO ESPECIAL OU
SUPLEMENTAR

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Prof.: Alexandre Américo

05. (TRF 2º Região/Téc. Jud./Contabilidade/2007) Os créditos suplementares e especiais, de acordo com o


artigo 42 da Lei n.º 4.320/64, serão autorizados por lei e abertos por

a) Instrução Normativa
b) Resolução do Poder Legislativo.
c) Portaria do Executivo.
d) Decreto Executivo.
e) Ato Administrativo.

Cuidado para não confundir o ato de autorização dos créditos adicionais suplementares e especiais, que se dá
com projeto de lei prévio e específico, com o ato de sua abertura, que se materializa com o decreto do Poder
Executivo!!!!!!!

Alternativa a ser marcada é a letra D.

Observe o quadro abaixo para visualizar as características de todas as modalidades de créditos


adicionais!!!!!!!

Espécie de crédito Suplementar Especial Extraordinário


Atender à categoria Atender a
Reforço de dotação
De programação não Despesas
Finalidade orçamentária
Contemplada na Imprevisíveis e
existente na Loa
LOA. Urgentes.
Prévia, podendo ser Sem necessidade
Prévia, em lei
Autorização Incluída na própria Prévia.
Especial.
LOA em lei especial
Decreto do PE, após Decreto do PE, após Por meio de
Autorização Autorização Medida Provisória
Forma de Abertura Legislativa, até Legislativa, até (União) ou Decreto
o limite estabelecido o limite estabelecido (Estados e
em lei. em lei. Municípios)
Independe de
Indicação Indicação
Recursos Indicação, ou seja,
obrigatória. obrigatória.
é facultativa.
Obrigatório,
Obrigatório, Obrigatório, Indicado na
indicado na lei de indicado na lei de Medida provisória
Valor/limite
autorização e no autorização e no (União) ou no Decreto
decreto de abertura. decreto de abertura. (Estados e
Municípios).
Sempre no exercício Em princípio, no Em princípio, no
Vigência Financeiro em que foi exercício financeiro exercício financeiro
Aberto. em que foi aberto em que foi aberto
Quando autorização Quando autorizado
nos últimos 4 meses nos últimos 4 meses
Prorrogação Não permitida
do exercício do exercício
financeiro. financeiro.

Faço votos de que os comentários às questões supramencionadas tenham melhorado o seu nível
de conhecimento no que tange à matéria (AFO).

Um abraço a todos!!!!

Quaisquer dúvidas, meu e-mail: as.americo@bol.com.br

Fiquem com Deus!!!

ALEXANDRE AMÉRICO

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