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Regras Gerais de Segurança em Estaleiros


Temporários ou Móveis
Posted by Flávio Figueiredo in Quinta-feira, Abril 1st 2010 under: Segurança/Insegurança,
construção civil Tags: acidentes de trabalho, construção, construção civil, epe's, epi's,
insegurança, Plano de Segurança e Saúde, pss, segurança, Sinistralidade

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RESUMO:

sta actividade da construção engloba um vasto e diversificado leque de actividades com


características normalmente muito particulares e especiais. Atendendo ao funcionamento
complexo do sistema onde se integram estas actividades, mais especificamente os estaleiros,
surgem riscos específicos para os trabalhadores que importa prevenir, eliminando-os logo na sua
origem ou, quando tal não for possível, minimizando os seus efeitos.

Tal prevenção implica um conjunto de acções em todas as fases da realização de um


empreendimento ou obra, sendo particularmente relevante o envolvimento efectivo de todos os
intervenientes que, no estaleiro, directa ou indirectamente, intervêm no processo de construção.

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ÍNDICE

Introdução
Os Instrumentos de Prevenção
• Comunicação Prévia
• Plano de Segurança e Saúde
• Fichas de Procedimentos
• Compilação Técnica de Obra
Coordenação de Segurança
• Coordenador de Segurança em Projecto
• Coordenador de Segurança em Obra
Sistema de Registos dos Intervenientes no Estaleiro
Comunicação da Sinistralidade
Obrigações dos Diversos Intervenientes
• Dono de Obra
• Autor do Projecto
• Entidade Executante
• Empregadores
• Trabalhadores Independentes
Responsabilidade Penal
Sinalização
Em Caso de Acidente
Conclusão
Bibliografia

1. INTRODUÇÃO

As condições de segurança no trabalho desenvolvido em estaleiros temporários ou móveis, são


frequentemente muito deficientes e estão na origem de um número preocupante de acidentes de
trabalho graves e mortais, provocados sobretudo por quedas em altura, esmagamentos e
soterramentos.

As escolhas arquitectónicas e/ou organizacionais inadequadas ou uma má planificação dos


trabalhos na elaboração do projecto da obra, contribuíram para mais de metade dos acidentes de
trabalho nos estaleiros na União Europeia.

Estaleiros temporários ou móveis são os locais onde se desenvolvem actividades de apoio à


construção de edifícios ou outros trabalhos como:

• Escavação;
• Terraplanagem;
• Construção, ampliação, alteração, reparação, restauro, conservação e limpeza de edifícios;

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• Montagem e desmontagem de elementos pré-fabricados, andaimes, gruas e outros aparelhos


elevatórios;
• Demolição;
• Construção, manutenção, conservação e alterações de vias de comunicação rodoviárias,
ferroviárias e aeroportuárias e suas infra-estruturas de obras fluviais ou marítimas, túneis e
obras de arte, barragens, silos ou chaminés industriais;
• Trabalhos especializados no domínio da água, tais como sistemas de irrigação, de drenagem
e de abastecimento de águas e de águas residuais, bem como redes de saneamento básico;
• Intervenções nas infra-estruturas de transporte e distribuição de electricidade, gás e
telecomunicações;
• Montagem e desmontagem de instalações telefónicas e de equipamentos diversos;
• Isolamentos e impermeabilizações.

O conceito de prevenção evoluiu da perspectiva da correcção para a perspectiva da antecipação,


eliminação do perigo e avaliação do risco, visando adaptar o trabalho ao homem, através de um
processo permanente de melhoria contínua.

Com vista à redução dos acidentes de trabalho graves e mortais e, consequentemente, da


elevação dos níveis da produtividade e da qualidade, criou-se um conjunto de medidas.

2. OS INSTRUMENTOS DE PREVENÇÃO

Conjunto de instrumentos de prevenção, com vista à redução dos acidentes de trabalho graves e
mortais e, consequentemente, da elevação dos níveis da produtividade e da qualidade.

• Comunicação Prévia;
• Plano de Segurança e Saúde;
• Fichas de Procedimentos;
• Compilação Técnica.

2.1. COMUNICAÇÃO PREVIA

Na comunicação prévia é essencial reter dois objectivos principais: publicitar à população


presente no estaleiro as características fundamentais da edificação a construir, e a identificação
dos principais coordenadores para a segurança e saúde do trabalho, respectivos papéis e
responsabilidades; e possibilitar à Inspecção Regional de Trabalho (IRT) o conhecimento de
determinados empreendimentos que, pela sua grandeza e ou complexidade devam ser objecto de
intervenção que antecipe a própria abertura do estaleiro, facultando, a montante da realização dos
trabalhos, contribuir para a definição de um bom nível de segurança essencial à execução da obra.

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2.1.1. Elaboração

A elaboração da comunicação prévia deve ser realizada sempre que seja calculável, um prazo total
superior a 30 dias e, em qualquer momento, a utilização simultânea de mais de 20 trabalhadores
ou ainda um total de mais de 500 dias de trabalho, correspondente ao somatório dos dias de
trabalho prestados por cada um dos trabalhadores.

2.1.2. Conteúdo

De acordo com o n.º 2 do artigo 15º:

• O endereço completo do estaleiro;


• A natureza e a aplicação esperada para a obra;
• O dono da obra, o autor ou autores do projecto e a entidade executante, bem como os
respectivos domicílios ou sedes;
• O fiscal ou fiscais da obra, o coordenador de segurança em projecto e o coordenador de
segurança em obra, bem como os respectivos domicílios;
• O director técnico da empreitada e o representante da entidade executante, se for nomeado
para permanecer no estaleiro durante a execução da obra, bem como os respectivos
domicílios, no caso de empreitada de obra pública;
• O responsável pela direcção técnica da obra e o respectivo domicílio, no caso de obra
particular;
• As datas previstas para início e termo dos trabalhos no estaleiro;
• A estimativa do número máximo de trabalhadores por conta de outrem e independentes que
estarão presentes em simultâneo no estaleiro, ou do somatório dos dias de trabalho prestado
por cada um dos trabalhadores;
• A estimativa do número de empresas e de trabalhadores independentes a operar no estaleiro;
• A identificação dos subempreiteiros já seleccionados.

2.2. PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE (PSS)

No trabalho em estaleiros temporários ou móveis, o plano de segurança e saúde, é fundamental no


planeamento e na organização da segurança. O plano deve ser elaborado a partir da fase do
projecto da obra, sendo continuamente desenvolvido e detalhado antes de se passar à execução da
obra, com a abertura do estaleiro.

2.2.1. Objectivo

• Tem como finalidade planificar a segurança no estaleiro através da junção de todas as


informações e indicações relevantes em matéria de segurança e de saúde que se mostrem
necessárias para eliminar ou reduzir o risco de ocorrência de acidentes e para protecção da
saúde dos trabalhadores durante a fase de construção.

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• Contribuir para a redução das causas que originam doenças profissionais no sector da
Construção Civil e Obras Públicas;
• Alcançar bons níveis de produtividade decorrentes das boas condições de trabalho;
• Contribuir para a existência de uma Cultura de Segurança no estaleiro, através do
envolvimento de todos os intervenientes na empreitada.

2.2.2. Elaboração

Este plano é obrigatório em obras que estejam sujeitas a projecto, e que envolvam trabalhos que
impliquem riscos especiais ou a comunicação prévia.

No entanto é importante referir que, nos casos em que não haja projecto ou a comunicação prévia,
mas os trabalhos impliquem riscos especiais, é sempre obrigatório a Ficha de Procedimentos de
Segurança (FPS).

A existência do PSS é indefinidamente da responsabilidade do dono da obra que deverá assegurá-


lo, ainda na fase de projecto, através das seguintes escolhas:

• Elaboração pelo coordenador de segurança em projecto ou, em alternativa;


• Elaboração por outro técnico por si designado, devendo neste caso, o coordenador de
segurança validar tecnicamente o plano.

2.2.3. Aprovação pelo dono de obra

O progresso e pormenorização do PSS, da responsabilidade da entidade executante, são


submetidos à aprovação do dono da obra, com base num parecer técnico do coordenador de
segurança em obra.

2.2.4. Inclusão nos processos de edificação

O PSS deve ser incluído pelo dono de obra, tanto em obras públicas, como em obras particulares,
no entanto nas primeiras, devem ser compreendidas no conjunto de elementos que servem de base
ao concurso, e nas outras no conjunto dos elementos que servem de base à negociação, para que a
entidade executada o conheça no momento de contratar a empreitada.

Deve ficar anexo ao contrato de empreitada.

2.2.5. Aplicação

A implantação do estaleiro não deve ser iniciada de modo algum pela entidade executante, antes
da aprovação pelo dono da obra do PSS para a execução da obra.

A entidade executante deve certificar-se que o PSS e as suas alterações, estão acessíveis no
estaleiro, aos subempreiteiros, trabalhadores independentes e aos representantes dos trabalhadores
para a segurança, higiene e saúde que nele trabalhem.

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Nos contratos realizados com a entidade executante ou o dono de obra, deve ser referido que os
subempreiteiros e os trabalhadores independentes, têm o dever de cumprir o PSS para a execução
da obra.

2.2.6. Controlo público

A IRT pode determinar a apresentação do PSS, quer ao dono de obra, nas fases de projecto, quer à
entidade executante na fase da execução da obra.

Tendo conhecimento que a origem da prevenção está relacionada com o PSS de riscos
profissionais nos empreendimentos da construção, a IRT tem evidentemente presente, nos
diversos momentos da sua actividade, o interesse do conhecimento desse documento.

O desenvolvimento do plano da fase do projecto à execução da obra, acontece impulsionado pela


entidade executante, ou seja, o empreiteiro que se destina a executar a obra, situação
predominante, ou o dono da obra, se este a realizar por administração directa. A entidade
executante, fornece os equipamentos de trabalho, recruta e dirige os trabalhadores, e decide se
recorre a subempreiteiros e operários independentes. Detém o domínio da organização e da
direcção integral do estaleiro e está, por isso, em posição privilegiada para promover o
desenvolvimento do plano de segurança e saúde, para a fase da execução da obra. É de grande
importância o facto do dono da obra, ter a responsabilidade de impedir que a entidade executante
inicie a implantação do estaleiro, sem que o plano de segurança e saúde para a fase da execução da
obra, primeiro esteja concluído.

O regime de empreitada de obras públicas, prevê que o projecto da obra, que serve de base ao
concurso, deverá ser elaborado de acordo com os princípios respeitantes à segurança, higiene e
saúde no trabalho. Este plano está associado à necessidade de se respeitar os princípios gerais da
prevenção de riscos profissionais na elaboração do projecto. Na evolução desses princípios, e para
que a empreitada de obras públicas tenha em consideração a prevenção dos riscos profissionais, o
plano de segurança e saúde em projecto deve ser incluído pelo dono da obra no conjunto dos
elementos que servem de base ao concurso e, posteriormente, o plano deve ficar agregado ao
contrato de empreitada de obras públicas.

2.2.7. Deve ser contemplada no PSS a existência de:

• Política de segurança;
• Estrutura evolutiva no documento que assegure o correcto enquadramento das futuras
adaptações do PSS;
• Clara definição de funções e responsabilidades de todos (incluindo subempreiteiros);
• Modelos de registos a utilizar na actividade de Coordenação de Segurança e Saúde na fase
de obra;
• Plano de controlo de equipamentos e mão-de-obra;
• Plano de inspecção e prevenção;
• Plano de formação e informação devidamente calendarizado;
• Plano de emergência;
• Planos específicos de segurança.

2.2.7.1. Riscos Elevados:

(Decreto-Lei n.º 41821 de 11 de Agosto de 1958)

• Andaimes, plataformas suspensas, passadiços, pranchadas e escadas;


• Aberturas e sua protecção (negativos e corettes);
• Obras em telhados;
• Demolições;
• Escavações;

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• Aparelhos elevatórios;
• Equipamento de protecção e primeiros socorros.

2.2.7.2. Riscos Especiais:

(Decreto-Lei n.º 273/2003 de 29 de Outubro - artigo 7º)

• Riscos de soterramento, afundamento ou queda em altura;


• Riscos químicos e biológicos;
• Riscos de radiações ionizantes;
• Linhas de eléctricas de média e alta tensão nas proximidades;
• Riscos de afogamento (aparelhos de mergulho e outros);
• Utilização de explosivos;
• Pré-fabricados (betão, estruturas metálicas, outros);
• Riscos susceptíveis de causar danos.

2.2.7.3. Riscos Específicos:

• Plano de demolições;
• Execução do movimento de terras;
• Execução da contenção periférica;
• Execução de estacas e respectivos maciços de encabeçamento;
• Plano de montagem de estruturas pré-fabricadas;
• Plano de montagem de estruturas metálicas;
• Plano de montagem, desmontagem e utilização de andaimes;
• Plano de montagem, desmontagem e utilização de gruas;
• Planos de montagem de instalações e especialidades.

2.3. FICHAS DE PROCEDIMENTOS

A Ficha de Procedimentos de Segurança (FPS), tem como objectivo a simplificação quanto aos
instrumentos de planeamento da prevenção de riscos profissionais ligados à execução de
determinados trabalhos. Esta simplificação, visa em assegurar uma utilização prática dos
princípios da Directiva “Estaleiros temporários ou móveis”, porém sem diminuir os níveis de
segurança a verificar na realização dos trabalhos de construção.

2.3.1. Elaboração

As FPS são realizadas pela entidade executante sempre que se esteja perante trabalhos para os
quais não seja obrigatória a elaboração de PSS, (pois a obra pode ser realizada, sem projecto ou,
porque não se encontra sujeita a comunicação prévia), mas que envolvem riscos especiais.

2.3.2. Aplicação

Só depois de estar disponível a correspondente FPS, previamente analisada pelo coordenador de


segurança, quando for obrigatória a sua nomeação, a entidade executante poderá dar início aos
trabalhos no estaleiro.

A FPS deve estar acessível no estaleiro, a todos os intervenientes.

2.3.3. Controlo público

A IRT pode determinar à entidade executante a apresentação da FPS.

2.4. COMPILAÇÃO TÉCNICA DA OBRA (CT)

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2.4.1. Objectivo

Dispor de um registo de informações de apoio à utilização e intervenções futuras na edificação, de


forma a preservar a segurança e saúde de quem executar os trabalhos.

Activar, nas fases de projecto e de obra, a incorporação na edificação de sistemas permanentes de


prevenção.

2.4.2. Elaboração

O dono de obra deverá elaborar ou mandar elaborar uma CT da obra que inclua os elementos úteis
a ter em conta na utilização vindoura da edificação. Não se efectua de uma vez só. Acompanha a
dinâmica própria do acto de construir.

NB: A CT não está sujeita a consentimento por parte de qualquer entidade pública. No entanto, a
respectiva elaboração, tem de estar adequada à obra e ao PSS.

2.4.3. Actualização

Em intervenções posteriores, que afectem as características e as circunstâncias de execução de


trabalhos anteriores, o dono de obra deverá assegurar que, a CT seja actualizada com os elementos
úteis. Exceptuam-se do dever de actualização, as operações de conservação, reparação e limpeza
da obra, uma vez que, por regra, estas operações não afectam a configuração de situações de risco.

2.4.4. Recepção provisória da obra

Os donos de obra podem recusar a recepção provisória da obra, enquanto a entidade executante
não prestar os elementos necessários à elaboração e actualização da Compilação Técnica.

A coordenação de segurança, estrutura-se em função das actividades do coordenador de segurança


em projecto e do coordenador de segurança em obra.

A legislação portuguesa é, neste tema, mais exigente do que a referida directiva comunitária,
porque impõe a coordenação de segurança em fase de projecto quando este for elaborado por uma
equipa de projecto. A nomeação dos coordenadores de segurança pertence ao dono da obra, de
acordo com a directiva.

A coordenação e o acompanhamento das actividades da entidade executante, dos subempreiteiros


e dos trabalhadores independentes, são fundamentais para a prevenção dos riscos profissionais na
construção. O coordenador de segurança em obra tem especiais responsabilidades na coordenação
e no acompanhamento do conjunto das actividades de segurança, higiene e saúde desenvolvidas
no estaleiro. A função da coordenação de segurança passará por isso, a ser reconhecida através de
uma declaração escrita do dono da obra que identifica os coordenadores, as funções que devem
exercer e indica a todos os intervenientes que devem colaborar com os coordenadores.

O desempenho da coordenação de segurança contribui, tanto mais para a prevenção dos riscos
profissionais, quanto os coordenadores forem qualificados para tal função. A regulamentação da
coordenação de segurança vai ser, por isso, sequencialmente completada por um quadro legal
promotor da qualificação dos coordenadores, que tenham em consideração as exigências da função
e a respectiva acreditação para a qual serão determinantes a formação profissional específica, a
experiência profissional e as habilitações académicas.

3. COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA

Temos presentes duas figuras, para assegurar o princípio fundamental da coordenação:

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• Coordenador de Segurança em Projecto.


• Coordenador de Segurança em Obra.

3.1. Missão

São os coordenadores de segurança que representam o dono da obra. Estes têm como função,
aconselhar e oferecer apoio técnico aos processos de decisão do dono de obra e de dinamização da
acção dos diversos intervenientes, no que se refere ao cumprimento dos princípios gerais de
prevenção, nas fases de elaboração do projecto, de contratualização da empreitada, de execução
dos trabalhos de construção.

3.1.1. Coordenador de Segurança em Projecto

Uma correcta intervenção da equipa de Coordenação de Segurança, durante esta fase, resolverá “a
montante” situações de indefinição, geradoras de potenciais pontos de conflito, de situações de
insegurança e de acréscimo de custos durante a fase de execução de obra.

3.1.1.1. Obrigações em projecto

• Assegurar que os autores do projecto, tenham em atenção a integração dos princípios


gerais da prevenção de riscos profissionais no respectivo projecto.
• Elaborar ou validar tecnicamente o PSS, quando este for elaborado por outra pessoa
designada pelo dono da obra.
• Iniciar a organização da CT da obra, e completá-la quando não existir coordenador de
segurança em obra.
• Prestar informações ao dono da obra no âmbito da SHST e colaborar com ele na
preparação do processo de contratualização da empreitada e nos actos preparatórios da
execução da obra, na parte respeitante à segurança, higiene e saúde no trabalho.

3.1.2. Coordenador de Segurança em Obra

3.1.2.1. Obrigações em obra

• Apoiar o dono da obra na elaboração e actualização da comunicação prévia.


• Apreciar o desenvolvimento e as alterações do PSS para a execução da obra.
• Promover e verificar o cumprimento do PSS.
• Registar as actividades de coordenação em matéria de segurança e saúde no livro de obra
e, na sua falta, de acordo com um sistema de registos apropriado que deve ser estabelecido
para cada obra.
• Integração dos princípios gerais de prevenção nos métodos e processos construtivos

§ Garantir boa organização de estaleiro

§ Garantir o bom cumprimento da programação dos trabalhos

§ Assegurar o cumprimento da programação relativa a trabalhos que impliquem riscos especiais

§ Garantir a adaptação de Plano de Segurança e Saúde

§ Garantir o bom funcionamento da cadeia de responsabilidades

§ Organizar inspecções ao estaleiro

§ Promover reuniões de Coordenação com os intervenientes no Estaleiro

§ Zelar a adaptação da Compilação Técnica face aos desvios de projecto

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§ Zelar pela correcta integração do Dono de Obra no sistema de relacionamento estabelecido


com todos os intervenientes

§ Assegurar os registos previstos no Plano de Segurança e Saúde

Princípios Gerais de Prevenção (PGP)

1. Evitar os riscos;

2. Avaliar os riscos que não possam ser evitados;

3. Combater os riscos na origem;

4. Adaptar o trabalho ao homem;

5. Ter em conta o estádio de evolução da técnica;

6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;

7. Planificar a prevenção;

8. Dar prioridade à prevenção colectiva em relação à individual;

9. Dar instruções adequadas aos trabalhadores.

3.2. Nomeação

A nomeação dos coordenadores de segurança, quer em projecto, quer em obra, estão a cargo do
dono da obra. Esta escolha é obrigatória em obra, quando interferem duas ou mais empresas,
(incluindo a entidade executante e subempreiteiros), e em projecto quando for elaborado por mais
de um indivíduo, desde que as opções arquitectónicas e as escolhas técnicas dos projectistas,
impliquem complexidade técnica para a integração dos princípios gerais de prevenção de riscos
profissionais ou, quando os trabalhos a executar envolvam riscos especiais ou ainda, quando for
prevista a intervenção na execução da obra de duas ou mais empresas (incluindo a entidade
executante e subempreiteiros).

3.3. Exercício

A actividade de coordenador de segurança, seja em projecto ou em obra, deve ser oficializada


contratualmente traduzindo-se numa declaração escrita do dono da obra, onde devem constar os
elementos contidos no n.º 2 do art.9º, como por ex:

• Se a coordenação estiver a cargo de uma pessoa colectiva, a pessoa que desempenha o


exercício da mesma, deve estar devidamente identificada.
• Os recursos a afectar ao exercício da coordenação.
• Junto com a declaração do dono da obra deve estar uma declaração de aceitação subscrita
pelo(s) coordenador(es).

3.4. Requisitos

Tanto em projecto, como em obra, as actividades inerentes ao exercício da função de coordenador


de segurança, devem ser exercidas por um indivíduo qualificado.

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Existem aspectos indispensáveis na qualificação para o exercício da função, a experiência da


pessoa na área profissional, a aptidão escolar (científica ou técnica) no ramo da actividade e ainda
a formação profissional específica no sector da coordenação de segurança na construção (quando
existir).

3.5. Incompatibilidades

O coordenador de segurança em obra não pode intervir na execução da obra como executante,
subempreiteiro ou trabalhador independente, nem ser trabalhador por conta da entidade executante
ou de qualquer subempreiteiro.

No entanto, é permitido ao coordenador de segurança em obra, integrar a equipa de fiscalização da


obra, bem como a equipa de projecto.

4. SISTEMA DE REGISTOS DOS INTERVENIENTES NO ESTALEIRO

Existência de um sistema de registo dos intervenientes no estaleiro. Este sistema permitirá


compreender o universo desses intervenientes, bem como os vínculos laborais existentes.

Cabe, quer à entidade executante, quer a cada empregador, realizar determinados registos.

4.1. Registo a organizar pela entidade executante

Organizar um registo de cada subempreiteiro ou trabalhador independente por si contratado


durante um prazo superior a 24 horas, com os elementos constantes do n.º 1 do art. 21º por ex:

• A identificação completa, residência ou sede e número fiscal de contribuinte.


• O número de registo ou da autorização para o exercício da actividade de empreiteiro de
obras públicas ou de industrial da construção civil, bem como de certificação exigida por lei
para o exercício de outra actividade realizada no estaleiro.
• A actividade a efectuar no estaleiro e a sua calendarização.
• O responsável do subempreiteiro no estaleiro.

4.2. Registo a organizar por todos os empregadores

Cada empregador deve organizar um registo de cada trabalhador e, trabalhador independente por
si contratado, durante um prazo superior a 24 horas, que inclui:

• A identificação completa e a residência habitual.


• O número fiscal de contribuinte.
• O número de beneficiário da Segurança Social.
• A categoria profissional ou profissão.
• As datas do início e do termo previsível do trabalho no estaleiro.
• As apólices de seguros de acidentes de trabalho relativas a todos os trabalhadores que
trabalhem no estaleiro, com os quais tenha vínculo laboral e a trabalhadores independentes
por si contratados, bem como os recibos correspondentes.
• Os subempreiteiros devem comunicar esse registo à entidade executante, ou permitir o
acesso ao mesmo por meio informático.

5. COMUNICAÇÃO DA SINISTRALIDADE

Na excussão dos trabalhos em estaleiro, nem tudo corre como se esperaria, e por vezes surgem
acidentes de trabalho com vários graus de gravidade. Portanto, os acidentes de trabalho de que
resultem morte ou lesão grave para o trabalhador, ou que apresente particular gravidade na
perspectiva da segurança do trabalho, mesmo que as consequências não sejam graves sob o ponto
de vista humano, devem ser comunicadas à Inspecção Regional do Trabalho e ao coordenador de

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segurança em obra, no prazo mais curto possível, (no máximo 24 horas), e devem ser recolhidos
com a maior brevidade possível os elementos necessários ao levantamento de um inquérito, para
reduzir ao mínimo a interrupção dos trabalhos no estaleiro. Esta comunicação feita à IRT sobre o
acidente de trabalho, é feita pelo respectivo empregador, ou seja, a pessoa singular ou colectiva
que, no estaleiro, tem trabalhadores ao seu serviço, podendo ser o dono da obra, a entidade
executante ou subempreiteiro.

Se o acidente envolver um trabalhador independente, a comunicação é feita pela entidade que o


tiver contratado.

Se por qualquer motivo não for possível, às entidades anteriormente referidas, efectuar a
comunicação do acidente, essa obrigação deverá ser assegurada pela entidade executante não
excedendo o mesmo prazo.

Se após as primeiras 24 horas, o acidente não tiver sido comunicado à IRT, caberá ao dono de
obra fazer a comunicação nas 24 horas posteriores.

Após a ocorrência do acidente, os intervenientes no estaleiro, devem suspender todos os trabalhos,


visto que ao continuar a decorrer os trabalhos, os vestígios ou provas do acidente, correm o risco
de vir a ser destruídos ou alterado, tornando-se assim uma barreira às investigações.

Compete à entidade executante, adoptar as medidas necessárias, de modo a impedir o acesso de


pessoas, máquinas e materiais ao local do sinistro, enquanto estiverem a ser recolhidos os
elementos necessários para a execução do inquérito ao acidente. Compete à IRT a realização do
inquérito sobre as causas do acidente de trabalho.

Cabe à Inspecção Regional do Trabalho, autorizar o prosseguimento dos trabalhos, assim que a
entidade executante comprove estarem reunidas as condições técnicas ou organizativas necessárias
à prevenção dos riscos profissionais.

6. OBRIGAÇÕES DOS DIVERSOS INTERVENIENTES

A distribuição de responsabilidades pelos diferentes intervenientes, relaciona-se com o papel que


desenvolvem, com a capacidade de intervir e de influenciar em cada uma das fases da construção,
e com a repercussão que as opções tomadas possam ter sobre a configuração dos riscos
profissionais, que podem suscitar-se, seja durante a execução da obra em estaleiro, seja sobre a
utilização da edificação, uma vez concluída, seja sobre as intervenções construtivas futuras,
designadamente a sua manutenção, alteração ou demolição.

6.1. Dono de obra

O dono da obra representa, no âmbito da actividade da construção, o primeiro nível de decisão. É


a partir deste nível de decisão que os trabalhos inerentes, quer à concepção, quer à execução dos

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empreendimentos da construção se desenvolvem, naturalmente condicionados pelas decisões do


dono da obra. Por outro lado, é a partir do dono de obra que se gera toda uma cadeia específica de
responsabilidades que, claramente, transporta o sector da construção para uma abordagem
específica da prevenção de riscos profissionais.

O papel do dono da obra, no que diz respeito à prevenção de riscos profissionais, assume
expressão significativa no quadro das opções conceptuais, da programação e preparação da
execução e da execução propriamente dita, nos seguintes aspectos:

De acordo com o art. 17º do DL n.º273/2003

• Nomear os coordenadores de segurança, quer em projecto, quer em obra, sempre que


exista essa obrigatoriedade.
• Elaborar ou mandar elaborar o PSS, quando tal for obrigatório.
• Assegurar a divulgação do PSS.
• Aprovar o desenvolvimento e as alterações do PSS para a execução da obra.
• Dar conhecimento, por escrito, à entidade executante, do PSS aprovado.
• Impedir que a entidade executante inicie a implantação do estaleiro sem que esteja
aprovado o PSS para a execução da obra.
• Elaborar ou mandar elaborar a compilação técnica da obra.

6.2. Autor do projecto

O papel do autor do projecto afigura-se fundamental no âmbito do processo construtivo, uma vez
que as suas opções nos domínios da concepção arquitectónica e das opções técnicas revelam-se
determinantes para a criação do ambiente de segurança e saúde apropriados à execução da obra e
aos trabalhos a desenvolver durante o ciclo de vida útil da edificação.

A Directiva “Estaleiros temporários ou móveis”, assinala a relevância do princípio da prevenção


de concepção, para a configuração do ambiente da segurança em obra.

Neste quadro, aos projectistas competirá, nomeadamente, integrar os princípios gerais de


prevenção nas suas opções relativas à concepção e avaliar o impacto das suas opções no âmbito
dos diversos projectos, equacionando as formas seguras de executar as soluções por si
preconizadas.

De acordo com o art. 18º do DL n.º273/2003

• Na elaboração do projecto da obra, ter em conta os princípios gerais de prevenção de


riscos profissionais, designadamente nos seguintes domínios:

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• No que diz respeito às opções arquitectónicas.


• No âmbito das escolhas técnicas equacionadas e desenvolvidas no projecto, incluindo as
metodologias relativas aos processos e métodos construtivos, bem como os materiais e
equipamentos a incorporar na edificação.
• Nas definições relativas aos processos de execução do projecto, incluindo as relativas à
estabilidade e às diversas especialidades, as condições de implantação da edificação e os
condicionalismos envolventes da execução dos trabalhos.
• Nas definições relativas à utilização, manutenção, conservação e demolição da edificação.

6.3. Entidade executante

À entidade executante cabe, de acordo com a relação contratual estabelecida com o dono da obra,
assegurar a execução da totalidade ou de parte da obra. A entidade executante, habitualmente
designada como “adjudicatário” ou “empreiteiro geral” fornece os equipamentos de trabalho,
selecciona os métodos de trabalho que entende mais adequados à realização da obra, decide sobre
a organização do trabalho no estaleiro da obra, constitui e/ou define a necessidade de constituição
das equipas de trabalho, encontrando-se, pois, em posição adequada para promover o
desenvolvimento do planeamento da prevenção de riscos profissionais iniciado na fase de projecto
e para equacionar estes aspectos no quadro dos mecanismos de contratação de subempreiteiros e
trabalhadores independentes.

De acordo com o art. 20º do DL n.º273/2003

• Avaliar os riscos associados à execução da obra e definir e implementar as medidas de


prevenção adequadas.
• Elaborar a FPS para os trabalhos que impliquem riscos especiais e assegurar que os
subempreiteiros e trabalhadores independentes tenham conhecimento das mesmas.
• Dar a conhecer o PSS para a execução da obra e as suas alterações aos subempreiteiros e
trabalhadores independentes, ou pelo menos a parte que os mesmos necessitam de conhecer
por razões de prevenção.
• Assegurar a aplicação do PSS ou da FPS por parte dos seus trabalhadores, de
subempreiteiros e trabalhadores independentes.
• Organizar um registo actualizado dos subempreiteiros e trabalhadores independentes por
si contratados com actividade no estaleiro.
• Assegurar que os subempreiteiros e trabalhadores independentes cumpram as suas
obrigações no âmbito da SHST.
• Colaborar com o coordenador de segurança em obra.
• Fornecer ao dono da obra as informações necessárias à elaboração e actualização da
comunicação prévia.
• Fornecer os elementos necessários à elaboração da compilação técnica.

6.4. Empregadores

Todos os intervenientes no estaleiro, nomeadamente as entidades que desenvolvam trabalhos com


o recurso de trabalhadores a si (subordinados) juridicamente vinculados deverão enquadrar-se e
cumprir os aspectos relacionados com o planeamento da prevenção de riscos profissionais e
assegurar a esses trabalhadores condições de segurança, higiene e saúde em todos os aspectos
relacionados com o trabalho, tendo em atenção e observando as obrigações gerais de prevenção.

De acordo com o art. 22º do DL n.º273/2003

• Comunicar, pela forma mais adequada, aos respectivos trabalhadores e aos trabalhadores
independentes por si contratados o PSS ou FPS, no que diz respeito aos trabalhos por si
executados, e fazer cumprir as suas especificações.

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• Comunicar, à IRT e ao coordenador de segurança em obra, qualquer acidente de trabalho


de que resulte a morte ou a lesão grave de trabalhador ou trabalhador independente,
colocado sob sua responsabilidade.
• Organizar um registo dos seus trabalhadores e trabalhadores independentes por si
contratados que trabalhem no estaleiro durante um prazo superior a 24 horas.
• Informar e consultar os trabalhadores e os seus representantes para a segurança, higiene e
saúde no trabalho sobre a aplicação das respectivas disposições legais.
• Manter o estaleiro em boa ordem e em estado de salubridade adequado.
• Cumprir as indicações do coordenador de segurança em obra e da entidade executante.
• Efectuar a manutenção e o controlo das instalações e dos equipamentos de trabalho antes
da sua entrada em funcionamento e com intervalos regulares durante a laboração.
• Delimitar e organizar as zonas de armazenagem de materiais, em especial de substâncias,
preparações e materiais perigosos.

6.5. Trabalhadores independentes

São obrigados a respeitar os princípios que visam promover a segurança e a saúde, devendo, no
exercício da sua actividade:

• Cumprir, na medida em que lhes sejam aplicáveis, as obrigações estabelecidas no artigo 22º.
• Cooperar na aplicação das disposições específicas estabelecidas para o estaleiro, respeitando
as indicações do coordenador de segurança em obra e da entidade executante.
• Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no trabalho.
• Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde das outras pessoas que
possam ser afectadas pelo trabalho;
• Utilizar correctamente os equipamentos e meios de protecção colectiva e individual;
• Utilizar correctamente o equipamento de protecção individual, conservando e mantendo-o
em bom estado.
• Comunicar imediatamente ao superior hierárquico as avarias e deficiências por si
detectadas, assim como qualquer defeito verificado;
• Participar nas acções de formação.
• Prestar informações que permitam avaliar no momento da admissão a sua aptidão física e
psíquica para o exercício das suas funções.
• É terminantemente proibido entrar ou permanecer no local de trabalho sobre o efeito do
álcool.

7. RESPONSABILIDADE PENAL

Artigo 277º do Código Penal:

No âmbito da sua actividade profissional infringir regras legais, regulamentares ou técnicas que
devam ser observadas no planeamento, direcção ou execução de construção, demolição ou
instalação, ou na sua modificação e criar deste modo perigo para a vida ou para a integridade
física de outrem é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.

8. SINALIZAÇÃO

8.1. Equipamentos de Segurança Obrigatórios em todos os Estaleiros

O empregador deve garantir a existência de sinalização de segurança e saúde em estaleiro de uma


obra e a mensagem que traduz deve estar acessível e clara. Deve-se evitar a afixação de um
número excessivo de placas próximas umas das outras.

Para prevenir os acidentes de trabalho em estaleiro, torna-se obrigatório:

• Uso de botas de biqueira e palmilha de aço;

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• Uso de luvas de protecção;


• Uso de capacete;
• Uso de colete reflector;
• Uso de protectores auriculares em actividades elaboradas no estaleiro, que ponham em
causa a audição do trabalhador;
• Uso de óculos especiais na elaboração de actividades que ponham em risco a visão do
trabalhador;
• Os estaleiros devem estar bem vedados e não acessíveis a pessoas estranhas;
• Os caminhos rodoviários devem estar desocupados, para possibilitar o fácil acesso a cada
área do estaleiro.
• Uso obrigatório de arnês de segurança;
• Uso obrigatório de máscara de segurança.

8.2. Outros Sinais de Segurança

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9. EM CASO DE ACIDENTE:

Informe de imediato o Encarregado Geral da Obra, Chamar os Serviços de Urgência (112), e


informar o seguinte:

• O local do acidente;
• O tipo de acidente;
• O número de acidentados;
• Parte do corpo atingida.

Enquanto não são prestados os primeiros Socorros deve-se:

• Estabelecer a calma no local;


• Afastar os curiosos, não os isolando;
• Conversar com o acidentado;
• Garantir que o trabalhador evacuado é portador dos seguintes elementos: Nome da
Companhia de Seguros e Nº da Apólice de Seguro de Acidentes de Trabalho.

10. CONCLUSÃO

A segurança e saúde no trabalho da construção é responsabilidade de todos os intervenientes no


processo de construção, incluindo os donos das obras, autores dos projectos, coordenadores de
segurança e saúde (projecto e obra), fiscalizações, empreiteiros e subempreiteiros, trabalhadores,
mas também entidades oficiais responsáveis pela legislação, companhias de seguros, etc.

Independentemente dessa responsabilidade que a cada um cabe conforme definido na legislação,


importa sobretudo reconhecer que a melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores
interessa a todos esses intervenientes, sendo os principais “beneficiários” dessa melhoria os
trabalhadores da construção, que vêem assim aumentada a probabilidade de regressarem a casa no
final de cada dia de trabalho, objectivo que deverá estar sempre presente por razões de natureza
social e humana.

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Para essa melhoria, contribui o esforço, empenho e sentido de responsabilidade de todas as


pessoas envolvidas em cada projecto e obra, aplicando o seu profissionalismo e saber no acto de
projectar e construir assente em atitudes que revelem o respeito por todos aqueles que estão ou
estarão sujeitos as riscos na sua actividade profissional. Devem também cumprir e fazer cumprir
pelos seus subordinados, com toda a legislação aplicável, a qual possui também um importante
papel nessa melhoria enquanto reguladora e orientadora das acções mínimas a implementar para
salvaguardar a vida e saúde de todos os intervenientes no processo de construção.

Considera-se pois que a legislação constitui o “motor” para a desejada melhoria da segurança e
saúde no trabalho, situação que justifica a referência a um conjunto de medidas centradas na
necessidade de adequação da legislação existente (mais do que a produção de nova legislação),
sem prejuízo de outras medidas igualmente importantes que se abordarão em futuros
desenvolvimentos do tema.

11. BIBLIOGRAFIA

[1] Directiva comunitária sobre Segurança e Saúde a aplicar nos Estaleiros Temporários ou
Móveis, Decreto-Lei 273/2003 de 29 de Outubro;

[2] Regulamento de Sinalização de Obras e Obstáculos Ocasionais na Via Pública, Decreto


Regulamentar nº 33/88 de 12 de Setembro;

[3] Princípios Gerais de Promoção da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, Decreto-Lei nº


141/95 de 14 de Junho.

[4] http://www.oasrn.org/pdf_upload/decretolei_273_2003.pdf

[5] http://dre.pt/pdf1sdip/2003/10/251A00/71997211.PDF

[6] http://paginas.fe.up.pt/construcao2004/c2004/docs/SAT_03_GIS.pdf

[7] http://www.citma.pt/Uploads/Miguel%20Nuno%20Rodrigues.pdf

[8]
http://www.igt.gov.pt/DownLoads/content/Coordenacao_trabalho_empreendimentos_construcao.pdf

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