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DIREITO CONSTITUCIONAL I
“CONSTITUIÇÃO 1934 E CONSTITUIÇÃO 1988”
UBERLÂNDIA-2008
DANIEL DE OLIVEIRA CAMARGO
FLÁVIO HENRIQUE CAMARGO DE OLIVEIRA
LUIS FERNANDO CHAGAS PINTO
PEDRO CARDOSO
PEDRO GOMIDE
TAWANA CRISTINA SILVA
Trabalho desenvolvido
no Centro Universitário do
Triângulo sob a orientação da
Professora Ana Flávia Alves
Canuto, como forma de avaliação do
1º Bimestre.
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UBERLÂNDIA-2008
SUMÁRIO
1. Introdução………………………………..................................................................4
a. Caracterização.....................................................................................4
i. O Contexto histórico.................................................................5
ii. Principais semelhanças e diferenças.....................................7
4. A “Constituição Cidadã”....................................................................................12
6. Conclusão............................................................................................................14
7. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................15
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1. Introdução
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Constituição de 1934 confirmou o nome de Getúlio Vargas para Presidente da
República Federativa do Brasil.
Visando a melhoria das condições de vida da grande parte dos brasileiros,
criou leis sobre educação, trabalho, saúde e cultura. Fez uma ampliação no direito
de cidadania dos brasileiros, possibilitando grande fatia da população, que até então
era marginalizado do processo político do Brasil, participar desse processo. Trouxe,
com ela, portanto, uma perspectiva de mudanças na vida de grande parte dos
brasileiros.
Com o final da Revolução Constitucionalista, a questão do regime político veio
à tona, forçando desta forma as eleições para a Assembléia Constituinte em maio de
1933, que aprovou a nova Constituição substituindo a Constituição de 1891, já
obsoleta devido ao dinamismo e evolução da política brasileira.
Em 14 de maio de 1932, pouco menos de dois meses antes do início da
Revolução de 1932, Getúlio publicou o Decreto nº 21.402 criando uma comissão
incumbida de elaborar o anteprojeto da Constituição. A comissão seria presidida
pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores. O decreto fixava a data das eleições
para quase um ano mais tarde: três de maio de 1933. Em novembro de 1932, finda a
guerra civil, o Governo publicou outro decreto regulando os trabalhos da comissão
criada pelo decreto.
Em 1º de novembro de 1932, finda a guerra civil, o Governo publicou outro
decreto regulando os trabalhos da comissão criada pelo decreto de 14 de maio. Em
05 de abril do ano seguinte, o Governo publicou um terceiro decreto tratando do
assunto. O decreto estabelecia que a Assembléia Nacional Constituinte contaria com
240 deputados, fixando também o número de deputados que caberia a cada estado.
Os dois maiores colégios eleitorais eram Minas Gerais com trinta e sete deputados e
São Paulo, com vinte e dois deputados.
Ficava determinado também que a Constituinte teria poderes para elaborar a
futura Constituição, aprovar os atos do Governo Provisório e para eleger o primeiro
Presidente da República após a promulgação da nova Constituição. Tendo realizado
essas atividades ela se dissolveria.
i) O Contexto histórico
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O contexto histórico onde surge a referida Constituição não era, de forma
alguma, estável. Getúlio Vargas, em uniforme militar, foi levado ao Catete e lá
começou o governo Vargas, enquanto o presidente deposto, Washington Luís, ia
para o exílio. Iniciou-se um período de muitas transformações na história brasileira.
A mudança foi determinada pelo quadro econômico e financeiro mundial, com a
grande crise de 1929 e que em alguns casos se prolongou até a Segunda Guerra
Mundial.
Muitas das decisões do governo Getúlio têm a ver com a crise mundial e suas
restrições. As exportações de café caíram, pois havia excesso de produção e queda
de consumo; ao mesmo tempo, o Brasil não podia importar mercadorias como no
passado, porque não dispunha de recursos em dólares ou em libras inglesas.
A própria figura de Getúlio Vargas como personagem político mudou a partir
de 1930. Antes ele era um político gaúcho formado nos quadros da oligarquia do Rio
Grande do Sul, com uma carreira tradicional. Quando assumiu o poder, se
transformou num personagem centralizador e ao mesmo tempo modernizador do
país, com fortes traços autoritários. À época do Governo Constitucional de Getúlio
Vargas foi um período de efervescência política, uma época de intensas
divergências e intensos debates e manifestações populares. Os beneficiados pela
nova Constituição, queriam influir nos novos rumos do país. Além do mais, por outro
lado surgiam novas resistências, a tais mudanças.
A propriedade privada não era aceita, defendiam a reforma agrária, eram
contrários a empresas multinacionais no Brasil. Defendiam a nacionalização das
empresas do país. Houve uma profunda alteração na vida política brasileira a que
chamamos de “sistema político”. Antes de 1930, o país era controlado por um
sistema oligárquico, no qual mandavam apenas uns poucos – as elites políticas,
especialmente as dos grandes Estados. Com a centralização política efetivada por
Getúlio Vargas, as oligarquias estaduais perderam muito de seu peso. E Carlos
Prestes criou um movimento armado que ficou conhecido como Intentona
Comunista, que foi esmagada pelas tropas do governo em 1935, fortalecendo o
governo de Getúlio. Em 1937 era época de eleição, mas Getúlio falsificou o plano,
como o mesmo tivesse sido feito pelos comunistas, para o assassinato de líderes
políticos de influência para estancar os movimentos grevistas.
Convenceu os militares que o país estava ameaçado e as Forças Armadas
lhe deram todo apoio. Fecharam o Congresso Nacional e em 10 de Novembro deu o
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golpe de estado. Fato totalmente contrário a Constituição que havia sido aprovada.
Foi à terceira era Vargas que se chamou de “Estado Novo”. Destituiu a Constituição
de 1934 e criou uma nova em 1937.
Executivo
• Eleição do primeiro presidente pelo voto indireto da própria Assembléia, em
caráter excepcional, confirmando Getúlio Vargas no poder;
• Extinção da vice-presidência;
• A obrigatoriedade da adoção de uma assembléia técnica para cada ministério.
Legislativo
• Mantida a divisão entre Câmara e Senado;
• Eleição através de voto direto, secreto e universal;
• Número de deputados proporcional ao de habitantes de cada estado, com
mandato de quatro anos;
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• Dois senadores por estado para mandato de quatro anos, sendo a metade
renovada por mais quatro anos;
• Havia também deputados eleitos indiretamente através de sindicatos
patronais e de empregados.
Judiciário
• Supremo tribunal transformado em Corte Suprema;
• Criação da Justiça do Trabalho;
Leis trabalhistas
• A Constituição garantia a pluralidade e autonomia dos sindicatos;
• Incorporação da legislação trabalhista (surge a Justiça do Trabalho);
• Proibição de diferenças salariais para um mesmo trabalho;
• Salário mínimo;
• Regulamentação do trabalho de mulheres e menores;
• Descanso semanal e férias remuneradas;
• Indenização para demissões sem justa causa;
Economia
• Previa a nacionalização dos recursos naturais (jazidas minerais, quedas
d’água), consideradas essenciais à defesa econômica e militar do Brasil.
a) Número de Artigos: A C.F. de 1934 possui 187 artigos e em seu ato das
disposições constitucionais transitórias possui 26 artigos, já a Constituição de
1988 possui 250 artigos e 95 artigos em seu ato das disposições
constitucionais transitórias.
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1934
1. Da organização Federal;
2. Da Justiça dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
3. Da declaração de direitos;
4. Da ordem econômica e social;
5. Da família, da educação e da cultura;
6. Da segurança nacional;
7. Dos funcionários públicos;
8. Disposições gerais;
9. Disposições transitórias.
1988
1. Dos princípios fundamentais
2. Dos direitos e garantias fundamentais
3. Da organização do estado
4. Da organização dos poderes
5. Da defesa do estado e das instituições democráticas
6. Da tributação e do orçamento
7. Da ordem econômica e financeira
8. Da ordem social
9. Das disposições constitucionais gerais e o ato das disposições
constitucionais transitórias.
c) Titularidade do poder:
Na C.F. de 1934 o artigo 2º traz dizendo, todos os poderes emanam do povo,
e em nome dele são exercidos; na de 1988 traz o artigo 1º, parágrafo único, todo
o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
d) Forma de Estado e governo adotados:
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Na C.F. de 1934 à forma de governo é República, já quanto a forma de
Estado essa constituição inaugurou o Federalismo Cooperativo afastando-se
assim a constituição do Federalismo dual ou isolacionista anterior. A C. F. de
1988 a forma de governo é República já a forma de Estado é Federalismo.
e) Divisão de poderes:
Constituição de 1934:
- manteve a divisão de poderes do federalismo independentes e coordenados
entre si;
- promoveu uma centralização legislativa em favor da União;
- reduziu o papel do Senado Federal;
- elevou o país à condição de Estado Social de Direito;
- estruturou a justiça eleitoral e a justiça militar.
Constituição de 1988:
- definiu a organização e atribuições de cada poder (Poder Executivo, Poder
Legislativo e Poder Judiciário), bem como de seus agentes envolvidos.
Também definiu os processos legislativos (inclusive para emendar a
Constituição).
f) Propriedade Privada
Constituição de 1988:
Coroou o processo de redemocratização do país. Elevou o Brasil à categoria
de Estado Democrático de Direito, inaugurando um novo regime político: a
democracia participativa ou semi-direta; ampliou os direitos fundamentais; promoveu
a valorização da autônima dos Estados; reorganizou o sistema tributário nacional. O
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regime jurídico da propriedade tem seu fundamento na Constituição. Ela garante o
direito de propriedade, desde que este atenda sua função social no dispositivo – art.
5º, XXII que diz: “é garantido o direito de propriedade” e o art. 5º XXIII, que diz: “a
propriedade atenderá à sua função social”.
Os juristas brasileiros concebem o direito de propriedade como subordinado
ao Direito Civil, considerado direito real fundamental. Essa é uma perspectiva
dominada pela atmosfera civilista, que não leva em conta as profundas
transformações impostas às relações de propriedade privada, sujeita, hoje, à estreita
disciplina de Direito Público, que tem sua sede fundamental nas normas
constitucionais.
Constituição de 1934:
Tratou a questão da propriedade priva de forma mais liberal, levando em
consideração o individualismo do cidadão, haja vista estar o país neste período sob
condição de Estado Social de Direito. Nessa Constituição a propriedade não poderia
ir de encontro com os interesses sociais ou coletivos.
Em ambas as constituições a propriedade só será desapropriada em caso de
necessidade, utilidade ou interesse social.
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3. Análise do rol de direitos fundamentais
4. A “Constituição Cidadã”
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6. Conclusão
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Bibliografia
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