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O G-20 é formado por 19 países mais o representante da União Européia. O conjunto dos países
inclui o G-7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) e mais 12
países: China, Índia, Rússia, Brasil, México, Indonésia e Turquia, Coréia do Sul, Argentina,
Arábia Saudita, África do Sul e Austrália.
O gráfico 1 mostra que a soma do PIB dos países do G-7 representava mais de 50% do PIB
mundial na primeira metade da década de 1990, quando medido pela paridade de poder de
compra (ppp). No mesmo período, o PIB dos outros 12 países do G-20 representava apenas a
metade daquele do G-7. Contudo, os 7 países começaram a perder participação, enquanto os
demais 12 países passaram a apresentar ganhos constantes na produção global, especialmente
depois do ano 2000. As projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que já no
ano de 2014 os 12 países irão superar o G-7, que passará a ser minoria da soma do PIB do G-20.
Gráfico 1: Participação no PIB mundial (em ppp) da soma dos países do G-7 (Estados Unidos,
Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) e dos outros 12 países do G-20 (China,
Índia, Rússia, Brasil, México, Indonésia e Turquia, Coréia do Sul, Argentina, Arábia Saudita,
África do Sul e Austrália): 1992-2015
55
50
45
40
35
30
%
25
20
15
10
5
0
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
1
Professor titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE. Tel: (21) 2142 4689. E-mail:
(jed_alves@yahoo.com.br ). Publicado em 28 de julho de 2010
Cabe destacar que a soma do PIB da China e da Índia, que era cerca de um quarto do PIB dos
Estados Unidos, em 1992, deverá ultrapassar o PIB americano já em 2012. Uma grande mudança
em apenas 20 anos.
O ritmo das transformações está ocorrendo de forma bastante acelerada. Isto coloca uma questão
sobre a governança internacional, pois os países do G-7 continuam tendo um poder muito forte
no Conselho de Segurança da ONU, no Banco Mundial, no FMI, etc. Ou seja, as mudanças
econômicas ainda não chegaram a alterar as relações internacionais em outros campos. Mas o
processo de desconcentração regional está em curso e, certamente, trará novidades, em diversos
campos, nos próximos anos.