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Faculdade Eniac
Administração Estratégica em Recursos Humanos
Sérgio Miguel Arcanjo
Monografia
A Influência das Redes Sociais Virtuais no Ambiente de Trabalho
Guarulhos
2010
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Guarulhos
2010
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Sumário
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 28
Anexos......................................................................................................................................32
Lista de figuras..........................................................................................................................35
Lista de Ilustração.....................................................................................................................36
Lista de abreviaturas e siglas....................................................................................................37
Termo de compromisso e responsabilidade..............................................................................40
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INTRODUÇÃO
Esta monografia foi elaborada com o objetivo de realizar uma reflexão da influência
das redes sociais vituais no ambiente de trabalho, uma vez que vivemos em um período de
intensas e surpreendentes transformações e que possa anunciar a superação da era industrial.
Vive-se em um mundo tecnológico e revolucionário, repleto de novidades que vem
gerando mudanças na vida das pessoas e das organizações em sua maneira de
trabalhar, pensar, comunicar, relacionar e até mesmo gerir suas riquezas, sejam elas;
conhecimento ou financeira. O homem por sua vez têm a necessidade de acompanhar
esta evolução.
“Tecnologias permitem ao ser humano ampliar suas potencialidades, estender seus
sentidos e controlar o meio natural e o social em que vive. Nela estão contidas
nossas virtudes e vêm embutidos nossos defeitos” (POLISTCHUCK;TRINTA,
2003 , p. 34).
Nas últimas décadas a informação e a comunicação assumiram um ritmo acelerado,
fazendo com que a sociedade assuma novos rumos, não só tecnológicos, mas político
econômico e social. A internet vem revolucionando a comunicação entre pessoas e
organizações. Com ela abriu-se novas maneiras de intercâmbio de informações, de forma
interativa com significante intimidade mesmo sem proximidade física. Além do correio
eletrônico, a internet abre canais de diálogo que permitem a conversa simultânea entre as
pessoas.
As comunidades virtuais on-line é um exemplo dessa evolução, onde os indíviduos
interagem de forma interpessoal valorizando as relações sociais, seja para fazer amizades,
namorar, ampliar seu conhecimento ou até mesmo sentir-se inserido dentro dessa nova
sociedade da era internet.
Em meio a tantas mudanças e facilidades que se dispõe todos aqueles que estão
inseridos neste novo meio de interação, este trabalho visa levantar as possíveis causas e
efeitos dessa exposição e utilização das comunidades virtuais, uma vez que as organizações
também podem fazer uso dessas mesmas ferramentas, seja para fazer sua publicidade, ou até
mesmo como uma forma de avaliação e contratação de pessoas.
“A internet é o coração de um novo paradigma sociotécnico, que constitui na
realidade a base material de nossas vidas e de nossas formas de relação, de trabalho
e de comunicação. O que a internet faz é processar a virtualidade e transformá-la
em nossa realidade, constituindo a sociedade em rede, que é a sociedade em que
vivemos”. (CASTELLS, 2003, p. 287).
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1. HISTÓRIA DA INTERNET
A internet nasceu praticamente sem querer. Foi desenvolvida nos tempos remotos da
Guerra Fria com o nome de ARPANET para manter a comunicação das bases militares dos
Estados Unidos.
Se a antiga URSS resolvesse cortar a comunicação da defesa americana, bastava lançar
uma bomba no Pentágono, e esta comunicação entrava em colapso, tornando os Estados
Unidos extremamente vulnerável a mais ataques.
A Arpanet foi desenvolvida exatamente para evitar isto. Com um Backbone que
passava por baixo da terra (o que o tornava mais difícil de ser interrompido), ela ligava os
militares e pesquisadores sem ter um centro definido ou mesmo uma rota única para as
informações, tornando-se quase indestrutível.
“Pouca gente sabe, mas se não fosse pelo backbone, provavelmente não teríamos
acesso à Internet em nossas casas, empresas, nos shoppings e outros ambientes.
Backbone significa “espinha dorsal”, e é o termo utilizado para identificar a rede
principal pela qual os dados de todos os clientes da Internet passam. É a espinha
dorsal da Internet”. (SILVA, 2009).
SANTOS (2000), comenta que quando a ameaça da Guerra Fria passou, Arpanet
tornou-se tão inútil que os militares já não a consideravam tão importante para mantê-la sob a
sua guarda. Foi assim permitido o acesso aos cientistas que, mais tarde, cederam a rede para
as universidades as quais, sucessivamente, passaram-na para as universidades de outros
países, permitindo que pesquisadores domésticos a acessarem, até que mais de 5 milhões de
pessoas já estavam conectadas com a rede e, para cada nascimento, mais 4 se conectavam
com a imensa teia da comunicação mundial.
Depois de algumas pesquisas, a Arpanet mudou seu protocolo de comunicação do
NCP (Network Control Protocol) que era limitado para transmissão de dados para um novo
protocolo chamado TCP/IP (Transfer Control Protocol/Internet Protocol) desenvolvido em
UNIX. A maior vantagem do TCP/IP era que ele permitia o que parecia ser na época o
crescimento praticamente ilimitado da rede, além de ser fácil de implementar em uma
variedade de plataformas diferentes de hardware de computador.
Conforme pesquisa publicada pelo site Internet World State (2009) a internet mundial
é composta de aproximadamente 1.733,933,741 usuários, sendo que os dois países com o
maior número de usuários são; China e Estados Unidos, o Brasil é o maior em acesso da
América Latina, veja os gráficos demonstrativos no anexo: Figura 1.0 América Latina –
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usuários de internet, Figura 1.1 América do Norte – usuários de internet, Figura 1.2 Ásia –
usuários de internet.
Nos dias de hoje, não é mais um luxo ou simples questão de opção uma pessoa utilizar
e dominar o manuseio e serviços disponíveis na internet, pois é considerada o maior sistema
de comunicação desenvolvido pelo homem.
Com o surgimento da World Wide Web, esse meio foi enriquecido. O conteúdo da
rede ficou mais atraente com a possibilidade de incorporar imagens e sons. Um novo sistema
de localização de arquivos criou um ambiente em que cada informação tem um endereço
único e pode ser encontrada por qualquer usuário da rede.
Em síntese, a internet é um conjunto de redes de computadores interligadas que tem
em comum um conjunto de protocolos e serviços de uma forma que os usuários conectados
possam usufruir de serviços de informação e comunicação de alcance mundial.
Conforme SANTOS (2002 pp74-76), foi somente no ano de 1990 que a internet
começou a alcançar a população em geral. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee
desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a
criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a
Internet cresceu em ritmo acelerado. Muitos dizem, que foi a maior criação tecnológica,
depois da televisão na década de 1950.
A década de 1990 tornou-se a era de expansão da Internet. Para facilitar a navegação
pela internet, surgiram vários browser (navegadores), como, por exemplo, o internet Explorer
da Microsoft e o Netscape Navigator. O surgimento acelerado de provedores de acesso e
portais de serviços online contribuíram para este crescimento. A internet passou a ser utilizada
por vários segmentos sociais. Os estudantes passaram a buscar informações para pesquisas
escolares, enquanto jovens utilizavam para a pura diversão em sites de games. As salas de
chat tornaram-se pontos de encontro para um bate-papo virtual a qualquer momento.
Desempregados iniciaram a busca de empregos através de sites de agências de empregos ou
enviando currículos por e-mail. As empresas descobriram na internet um excelente caminho
para melhorar seus lucros e as vendas on-line dispararam, transformando a internet em
verdadeiros shopping centers virtuais.
Atualmente, o acesso à internet pelos consumidores pode ser feito por banda langa, e
são duas as principais tecnologias usadas: o ADSL, ofertado pelas empresas concessionárias
de telefonia fixa, e o Cable Modem, disponibilizado pelas operadoras de TV a cabo. Outras
tecnologias baseadas em redes sem fio, como o WiFi e o WiMax, também permitem o acesso
banda larga. Estas últimas, por terem um custo de implantação reduzido, atualmente
despertam o interesse dos países menos desenvolvidos como o Brasil. Há ainda as tecnologias
por satélite e de fibra ótica (FTTC/FTTH – Fiber to the curb / Fiber to the home), ainda não
utilizadas no Brasil em escala significativa.
Para oferecer o serviço de telecomunicações que faz a conexão entre a residência e os
servidores do provedor de acesso a Internet, as operadoras precisam obter junto à Anatel uma
autorização de Serviço de Comunicação Multimídia
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Nos dias atuais, é impossível pensar no mundo sem a internet. Ela tomou parte dos
lares de pessoas do mundo todo. Estar conectado a rede mundial passou a ser uma
necessidade de extrema importância. A internet também está presente nas escolas, faculdades,
empresas e diversos locais, possibilitando acesso as informações e notícias do mundo em
apenas um click.
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Mais do que se apresentar como uma janela para o mundo, a internet promove uma
espécie de nova cartografia do local a partir da
utilização dos seus vários seus recursos e serviços por
parte do público em geral. A grande rede mundial de
computadores, termo pelo qual se fez conhecer e
consolidar a internet no meio de usuários, iniciados e
mesmo da sociedade em geral, assume outra dimensão
ao reforçar as articulações locais, inclusive para além
das conexões digitais de seus usuários. Figura 1.6 Comunicação
Se a internet tal qual a conhecemos se expandiu em todo mundo, não foi exatamente
por acaso, nem por benesses dos militares, mas sim por uma combinação de duas forças não
necessariamente opostas: a viabilidade de mercado, que delineia a própria internet a partir de
interesses do público e tendências da indústria e a demanda do público, manifestada numa
notória visibilidade de uma comunicação sem fronteiras, sem censuras, interativa e imediata,
que já se fazia pressentir na evolução dos meios existentes. Pela necessidade de se comunicar
sem intermediários, tais como sistemas de comunicação cujas regulamentações são
provenientes de gestões bem sucedidas do setor privado sobre o setor estatal, ou mesmo do
conluio entre eles (CABRAL, 2000, p.4).
A apresentação da internet ao grande público e essa interface com o mercado
possibilitou o surgimento de várias aplicações, recursos, serviços e empreendimentos que
fazem da Internet mais do que uma grande rede mundial de computadores, dando-lhe
dinamismo, movimento, possibilidades infinitas de crescimento e visibilidade de
oportunidades e compreensões, seja como uma grande biblioteca de alcance mundial de
produção coletiva e interativa, uma grande conectora de pessoas a partir da telefonia com
outros suportes, ou ainda, um grande banco de dados de acesso mundial.
A capacidade de aproveitamento da internet em levantamento de informações para o
desenvolvimento de pesquisas faz da grande rede uma biblioteca de proporções mundiais à
disposição de todos os seus usuários. Além disso, essa biblioteca é constantemente expandida
e compartilhada por pessoas que se aproximam a partir dos mais variados interesses.
Essa idéia de continuidade e compartilhamento entre usuários fundamenta a concepção
de uma cultura digital, originando o termo amplamente conhecido como cibercultura que, de
acordo ainda com Pierre Lévy, trata-se do
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3. COMUNIDADES VIRTUAIS
nascimentos e até funerais ligados aos membros que ele conheceu naquela comunidade. Na
verdade, é comum às comunidades virtuais promoverem encontros reais, para que os
participantes possam conhecer-se fisicamente.
Rheingold, citado por FEMBACK E THOMPSON (1995, p. 7) sugere que se as
comunidades virtuais respondem às necessidades sociais das pessoas elas devem sofrer um
significativo crescimento nas próximas décadas:
Quando um grupo de pessoas permanece em comunicação com outro por períodos
estendidos de tempo, a questão se isso constituí uma comunidade aparece. Comunidades
virtuais podem ser comunidades reais, elas podem ser pseudo-comunidades, ou podem
constituir um tipo de contrato social completamente novo, mas eu acredito que sejam em parte
uma resposta a necessidade de comunidade que seguiu à desintegração das comunidades
tradicionais no mundo.
RHEINGOLD (1993) ainda lembra que Licklider e Taylor, criadores da ARPANET
(que antecedeu a internet), já em 1968 haviam previsto a formação de comunidades lincadas
por computador. Segundo eles, essas comunidades consistiriam de pessoas separadas
geograficamente, organizadas por interesses comuns e não por localidade.
Sendo assim, as comunidades virtuais seriam baseadas em proximidade intelectual e
emocional em vez de mera proximidade física. Os participantes reconhecem-se parte de um
grupo e responsáveis pela manutenção de suas relações. Dessa forma, pode-se inferir que essa
percepção é, muitas vezes, maior nesses grupos que em situações de comunidades baseadas
geograficamente, como um bairro ou condomínio. Baseadas na proximidade física, muitas
dessas comunidades freqüentemente carecem de qualquer aproximação emocional.
Por outro lado, FERNBACK E THOMPSON (1995) lembram que a noção de
comunidades virtuais também recebe muitas críticas. A entrada para uma conferência
eletrônica depende inicialmente da possibilidade financeira de aquisição de um computador,
manutenção de uma conta telefônica e de serviços do provedor de internet, capacidade de
leitura e redação, além de familiaridade com o texto informatizado. Logo, as comunidades
virtuais seriam pré-selecionadas e elitizadas e iriam contra a retórica de democracia e
liberdade da internet.
É importante salientar que diferentemente das comunidades geográficas, que sempre
existirão, as comunidades virtuais podem ser efêmeras. A comunidade de um bairro sempre
existirá, pois o bairro não deixará de existir. Por outro lado, um chat só existe quando o
sistema está funcionando. Ocorrendo algum problema, ele deixa de existir.
Um usuário de um chat fará parte da comunidade enquanto se conectar habitualmente
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a ele. Assim que ele deixe de freqüentar o canal, ele deixa de fazer parte daquela
comunidade. Bem, o mesmo pode ocorrer em uma situação real. Uma pessoa que deixe de
morar no bairro (de nosso exemplo hipotético) e não freqüente mais o mesmo, não é mais
percebido como parte daquela comunidade. Por outro lado, em uma cibercomunidade, um
usuário de nick (apelido usado na conferência) "Fulano" pode aparentar que deixou de fazer
parte da comunidade ao mudar o nick para "Sicrano". Mudando o nick sem comunicar a
mudança, o usuário virtualmente se transforma em outro "indivíduo", mas continua fazendo
parte da mesma comunidade. A mesma situação não ocorreria em situações reais.
“A internet é o coração de um novo paradigma sociotécnico, que constitui na
realidade a base material de nossas vidas e de nossas formas de relação, de trabalho
e de comunicação. O que a Internet faz é processar a virtualidade e transformá-la
em nossa realidade, constituindo a sociedade em rede, que é a sociedade em que
vivemos”. (CASTELLS, 2003, p. 287).
REID (1991) aponta que a comunicação midiada por computador (CMC), por
trabalhar com um sistema particular de signos e significados, afeta a maneira como os
participantes analisam a realidade. Para ela, trata-se de um fenômeno pós-modernista, à
medida que os usuários desconstróem os limites sociais convencionais e constróem suas
próprias comunidades e culturas.
A visão de MCLUHAN (1989) de uma aldeia global, a televisão, o rádio e as
redes telefônicas se estenderam globalmente no decorrer do século XX. Porém, eles
sofrem de limitações de tempo, espaço e características do meio. A TV e o rádio trabalham
com comunicação unilateral, o que funciona bem para transmissões massivas mas não
para contatos interpessoais. O telefone e o rádio amador permitem o diálogo entre
indivíduos, mas apenas se eles estiverem conectados ao mesmo tempo. Sistemas de gravação
de voz (fitas e discos, por exemplo) possibilitam uma comunicação assíncrona, sem
limitações temporais, mas devem ser transportados fisicamente pelo espaço. Mesmo a
comunicação interpessoal face-a-face exige a simultaneidade espacial e temporal dos
participantes. Isto é, trazem limitações à realização do conceito de aldeia global. Já a
CMC permite a realização do conceito de McLuhan pois transcende limitações de
tempo e espaço.
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importante, as pessoas não precisavam mais saber quem você é para participar dessas
comunidades.
Hoje, muitas pessoas participam de diversas redes sociais e o número de pessoas
que elas conhecem pessoalmente podem ser contados nos dedos. Isto se deve ao fato de
que o objetivo principal é compartilhar informações dos mais diversos assuntos e nas
mais diversas comunidades.
Segundo dados do IBOPE/NETRATINGS, só em maio de 2008, 18,5 milhões de
pessoas navegaram em sites relacionados a comunidades. Se forem acrescidos a este
número os fotologs, videologs e os mensageiros instantâneos, o valor salta para 20,6
milhões de brasileiros por mês acessando as chamadas “redes sociais”.
Segundo WIKIPEDIA (2010), as redes sociais mais populares no Brasil são:
Figura 1.9 Orkut Figura 2.0 Facebook Figura 2.1 YouTube Figura 2.2 Flickr Figura 2.3 Twitter
Orkut é uma rede social on-line, projetado para amigos. Permite que você encontre
facilmente pessoas que compartilhem seus hobbies e interesses, procure relacionamentos
afetivos ou estabeleça novos contatos de trabalho;
Facebook é uma rede social onde cada pessoa pode ter o seu perfil, ou seja, os seus
dados pessoais, as suas fotos, vídeos, links, notas etc. Os membros desta rede social, como
aliás de todas as outras, interagem entre si, visitando os perfis, fazendo amigos, estabelecendo
contatos, deixando comentários, enviando mensagens entre si;
YouTube é o líder no setor de vídeos on-line é o principal destino dos internautas para
assistir e compartilhar vídeos originais com todo o mundo por meio da internet;
Flickr é uma Site de hospedagem e partilha de imagens fotográficas (e eventualmente
de outros tipos de documentos gráficos, como desenhos e ilustrações);
Twitter trata-se de um serviço gratuito que pode ser desfrutado por qualquer
internauta, não requer convite e permite que você publique textos de até 140
caracteres.
O Twitter é também uma maneira prática e rápida de divulgar links interessantes,
manter seus amigos informados sobre o que você anda fazendo ou publicar insights que lhe
vêem à cabeça num determinado momento.
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Por meio dessas ferramentas, pode-se mostrar os gostos e expandir os contatos, mesmo
que por vezes, meramente virtuais.
Uma das características desses meios de comunicação são as comunidades que reúnem
adeptos de carros antigos, por exemplo, bandas de rock e, até mesmo, astros do cinema. No
entanto, especialistas questionam até que ponto, essas comunidades interferem na profissão,
tendo em v ista que os empregadores andam "espiando" as páginas pessoais dos
funcionários.
LinkEdin um dos precursores das redes sociais com perfil de trabalho, carro chefe
da categoria e muito popular entre HeadHunters e analistas de RH que utilizam a internet
para busca e prospecção de candidatos a estágio e ou emprego com mais de 22 milhões de
usuários cadastrados, existem contas pagas e gratuítas. Para profissionais, não há
vantagens em passar para uma modalidade paga, já que os recursos extras fazem mais
sentido para empressas em busca de candidatos. Famoso pelos endorsements; ou endosso
(em português), escrita por um colega na rede profissional (tema criado no
LinkedIn e popularizado nas demais redes sociais no Orkut podem ser os
“depoimentos”);
Plaxo é focado nas atividades da web dos contatos. Permite o cadastro de blogs,
sites de hospedagem de fotos e qualquer outro tipo de serviço que possa gerar informações
em RSS. Comunidades mais ativas e personalizáveis, que recebem vídeos, fotos e
enquetes, além de contar com uma URL fácil de lembrar. Não tem o recurso de
recomendações do LinkedIn, nem opções avançads par busca, que permitam delimitar o
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empresas em que trabalham ainda não possuem perfis nessas plataformas. A pesquisa mostra
que apenas 20% das empresas onde os entrevistados atuam têm páginas em meios de
relacionamento digital.
“No começo, as redes sociais da internet eram usadas para entretenimento
reencontrar amigos, manter novidades em dia e divulgar fotos pessoais. Agora, elas
têm outra função: a de promoção profissional.” Nunes (2009).
O uso das redes sociais no ambiente profissional ainda divide opiniões. Alguns alegam
que a utilização dessas ferramentas provoca perda na produtividade do profissional. Já outros
enxergam nas redes de relacionamento uma forma de ampliar setores da empresa,
turbinar a inteligência organizacional e utilizá-las como eficiente instrumento de
trabalho.
HOFFEMAN (2009), comenta que atualmente todo mundo deve ter um perfil online.
Se há uma coisa a ser feita, é manter um perfil completo com suas experiências profissionais e
escolaridade. Perfis mais completos têm chances 50 vezes maiores de ser contatado para
vagas do que aqueles que deixam um breve resumo. É interessante também
estabelecer contatos na rede, o que aumenta suas chances de encontrar alguma
oportunidade.
Os já difundidos blogs, Orkut e LinkedIn são complementados por Twitter, MySpace e
YouTube para mostrar currículo, encontrar vagas e promover competências. As páginas
eletrônicas de relacionamento começaram a se fortalecer entre recrutadores e Headhunters.
Cada rede de relacionamento possui características próprias e está na mira de empresas
e agências de recrutamento. Com tanta atenção, os usuários devem calcular como fazem sua
exposição virtual. A chance de conquistar uma vaga pode ser perdida quando o profissional
possui em seu perfil virtual elementos que manchem sua imagem, como fotos
constrangedoras, piadas de gosto duvidoso e comunidades com os nomes “odeio meu chefe”
ou “bebo até cair”.
Usar os sites de relacionamento na busca por oportunidades de emprego é uma
tendência que ajuda os recrutadores a identificar pessoas para determinadas vagas, estar
incluído nessas comunidades virtuais demonstra que a pessoa está "antenada".
ROBERT HALF CONSULTORIA (2009), aponta em sua pesquisa que 91% dos
executivos brasileiros têm perfis em redes sociais. Os perfis também são usados na hora de
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5. INTERNET NO TRABALHO
Com a evolução rápida dos meios de comunicação, a internet passou a fazer parte da
vida da maioria das pessoas. Nas organizações não foi diferente. Uma parcela grande das
empresas se utiliza da internet e das redes internas de comunicação para facilitar o dia a
dia.
O ambiente de trabalho deveria ser
sempre harmônico. Afinal, salvo raras
exceções, é lá que as pessoas passam, pelo
menos, um terço do dia. Como tempo é
bastante corrido e no dia a dia são incluídas
tantas atividades, há aqueles que têm mais
contato com os colegas do que com a própria
família. Figura 2.9 Ambiente de Trabalho
DIAS (2009), comenta que é comum ver a cena: pessoas no trabalho que resolvem dar
aquela arejada. Conversando através do MSN com amigos, twittando alguma coisa, fuçando o
Orkut, até que o chefe apareça e todos começam a fechar as janelas dos computadores
rapidamente, disfarçando e voltando ao batente.
Muitas companhias tem restringido o acesso a alguns sites de internet a seus
colaboradores. Isso decorre do fato de eles abusarem do uso desses sites. Enviar e-mails
pessoais, fazer compras ou ficar em bate-papos on line durante o expediente são os
motivos alegados pelas empresas para tomarem tal atitude.
As empresas consideram que os funcionários deixarão de trabalhar e gastarão o tempo
precioso mandando mensagens para amigos. Um dos principais desafios será a
conscientização do usuário, uma vez que o funcionário é o principal culpado por falhas na
segurança da internet nas empresas, virus e vazamento de informações sigilosas são um dos
exemplos.
Surgem todos os dias novos sites maliciosos com intuíto de explorar a fraqueza
desses usuários, que por falta de treinamento e concientização acabam se tornando presas
fáceis.
Empresas como a Catho, que faz recrutamento online, restringe o acesso a maioria
dos funcionários.
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REANI (2009), aponta que uso indevido de internet no trabalho pode gerar demissão.
Atividades corriqueiras na internet doméstica podem ser proibidas em ambiente de trabalho.
A desobediência à política de segurança da informação da empresa pode acabar em
advertência, suspensão e até demissão. No fim das contas, o dono do computador e do acesso
à rede é o patrão, que pode até ler o que você escreve no webmail.
As empresas têm direito a monitorar o uso dos PCs, bloquear o acesso a sites
considerados perigosos e determinar como as ferramentas podem ser usadas. O limite entre
uso privado e corporativo da rede é polêmica, mas dicas simples podem proteger empregado e
empregador de possíveis abusos. As punições só podem ser aplicadas se houver regras claras.
A melhor forma de resguardar todas as partes é contar com uma política transparente e
bem divulgada. As normas devem dizer o que pode feito e o que é proibido, pois para alguns
intérpretes: “O que não é proibido, então é permitido”. As regras devem estar visíveis para
que o funcionário saiba que está entrando em ambiente monitorado e possa decidir. A punição
pode variar de uma advertência até a demissão no caso de reincidência ou de infração grave.
A empresa não precisa comprovar que teve prejuízo, basta comprovar o descumprimento das
regras. No setor público, ainda se aplica a Lei 8112/90, que diz que o servidor não pode fazer
uso particular de recursos públicos.
A figura abaixo ilustra os principais erros cometidos pelo funcionários:
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
colegas de trabalho, e todas as vertentes pessoais e profissionais que fazem parte da vida dos
internautas. É preciso ter critérios na utilização das redes e analisar qual é o objetivo com as
postagens de idéias, pensamentos ou sugestões.
Fazer o uso consciente dessas ferramentas é sempre o melhor caminho para o sucesso
profissional apontão os especialistas em Recursos Humanos, mas cabe aos usuário o bom
senso na sua utilização.
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SANTOS, Ademar de Araujo. Informática na Empresa. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.
Anexos
Lista de figuras
Lista de ilustrações
Chat room São salas de chat, ou seja, são espaços virtuais e eletrônicos, situados em
um website, onde as pessoas comunicam-se, trocam mensagens, mantêm
e participam em conversas direta e em tempo real com outros
participantes em locais separados do mundo mas unidos virtualmente,
através da Internet.
Chat Conversassões em tempo real através de uma conexão com a internet que
podem fazer uso das salas de bate-papo online, ou mensageiros
instantâneos.
Nick Palavra em inglês utilizado para definir apelido, utilizado na maior parte
das vezes em Chats ou Fóruns.
Pelo presente, os abaixo assinados declaram, sob as penas da lei, que o presente
trabalho é inédito e original, desenvolvido especialmente para os fins educacionais a que se
destina e que, sob nenhuma hipótese, fere o direito de autoria de outrem.