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A Onda
Ve r de
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I
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"1
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5BGUNDA EDIÇÃO
DO MESMO AUTOR
URUPÊS — Contos.
NEGRINHA — Contos.
PROBLEMA VITAL — Hygiene e sociologia.
FABULAS — Phantasia.
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MONTEIRO LOBATO
A Onda Verde
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o
vj.,
sar esse Oásis do Rubidio que é o Oésie paulista,
derriçam em balaios.
-^JlSâlí^V. .iZlM^ .
AO n d a Verde 7
tiva.
restas virgens!
io Monteiro Lobato
hostes de sertanejos, os mais rijos do Brasil, que
descem, pelo inverno, dos socavões da Bahia, de
machado ás costas e uma fúria de destruição nos
músculos. O duello entre esses heróes de dentes
e o cómico.
E^li;
A Onda Verde 11
.iv^^a
A o n d a V e r d e J3
Responde o café:
— Minha fome está acima da moral, e eu só
conheço as leis do meu appetite.
titulo.
macóta!
leiro"
A Onda Verde — 2 - . .
18 Monteiro Lobato
— E' isso.
ás celluloses d'antanho.
O "Cr illp" 19
autos.
o "G r i 11 o'' 23
maço.
Terceiro quadro: o grilleiro denuncia esse
destes
aguismo.
26 Monteiro Lobato
Ouvimos, uma vez, em roda onde se commen-
tavam estes geniaes malabarismos, cair em crise
listana .
que. .
30 Monteiro Lobato
Não nos parece, a nós, publico, nem aos
— Que bellezinha!
ra exercem alli?
Di quella pira
rorrendo fuoco . .
A Onda Verde — 3
34 Monteiro Lobato M
'ú
mambembes lyricos.
rantes.
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o " C r i 1 1 o
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X m
i e n e s 37
Não obstante. . .
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ALUA CÓRNEA
pelo caminho.
O facto observado por Fabricius era o pri-
quência.
em taes proporções.
^<ãi£iijsr?^i
A Lua Córnea 43
44 Monteiro Lobato
sexo forte, empolgam em absoluto a nossa gente
masculina. Em casa, vindos da fita, deante das
esposas amarellidas, todas nervo e medo ás ba-
nema tographica .
zante.
afêfe.^
A Lu a C o r n e a 47
— E' agora ! . . .
milado o perceba.
Tudo isso porque, em 1557, um hollandez
notou que os raios solares ennegreciam a lua
córnea. , .
A Onda Verde — 4
o INCOMPREHENDIDO
de Eça e Maupassant.
Lembro-me de uma, a propósito d*um artista
feito chãos ! . .
mas é. . .
observação.
56 Monteiro Lobato
— ... que as cores deste fundo estão vivas
em excesso. . .
(Vivíssimas! pensei.)
— . . . que o nariz da figura está deslocado
para a esquerda!
(Achei que se o nariz estivesse um pouquinho
mais para a direita . . .
— E o pé?
— Magnifico ! . . .
-. - .7 y:
Ú I n c omprehendido 57
— Mas, muito ! . . .
— Ea
-
não sãzinha?
perna, está
— Saluberrima ! . . .
elles, de estupidez. . .
quadros ficaram.
retratos. . . alli.
O incomprehendido suspirou:
— Contos largos!
teressantissimo"
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O 1 n c o m p r e h e n d i d o 61
— Eil-o!
Entretanto, gabei-o:
logicamente falando . . .
— Então? pergimtou.
64 Monteiro Lo h ato
— Um pôr do sol, parece-me... Um occaso...
galhada.
— E' o meu auto retrato ! Estranhou, é natu-
ral. O impressionismo requer iniciação e uma es-
de resumo:
— Pois é o que o amigo vê. Trabalho, estudo,
creio em mim e na minha arte. Nada espero do
presente, mas tenho fé no futuro. A posteridade
dirá um dia quem tem razão, Homero ou Zoilo.
O destino dos verdadeiros artistas é sempre este:
Pobre Ricardo !
A. Onda Ver«ie
VETERANOS DO PARAGUAY
— Curupaity. . .
}isLàí^.-
Veteranos do Paraguai 69
70 Monteiro Lobato
Barretto mandou formar em linha. Formamos,
firmes, e quando o inimigo appareceu puzemol-o
atarantado com uma descarga terrivel.
Depois
— Carregar á baioneta!
—
— São uma tranqueira tecida de ferros pon-
tudos fincados no chão, páos apuados e galhos
d'um espinheiro terrível que ha muito p>or lá. Os
paraguayos enredavam tudo isso em frente das
74 Monteiro Lobato
— Não ha remédio . . .
nossa.
— ^ E a Lynch, conheceu-a?
— mas na
Estive, sim, enfermaria.
— Ferido?
76 MonietToLohaio
— Não. Uma cólica. . .
— E em Bellaco?
Estero
— Também na enfermaria.
— Ainda a cólica?
— Não. Uma dor de dente damnada!
— E em Tuyuty?
Ah, gosei! Assisti á batalha inteira sem
teza. . .
OS EUCALYPTOS
\.?^:.^
*0 s E u c a l y p t o s 79
. jjt- V , 1.
80 Monteiro Lobato
cretario da Agricultura. Examinou tudo, mu-
Iherilmente, e, dando com os eucalyptos, disse:
A Onda Verde — 6
-_ ^'
82 Monteiro Lobato
enormes, fez até agora obra que se possa com-
parar a esta? Fomentou alguma cultura, orien-
e 2m.05 de deflexão.
— O triticornis agora!
Uma tonelada.
Duas toneladas.
Três toneladas!!
Quatro!!
Cinco ! !
Cinco e meia!
Seis ! . . .
utilitária.
90 Monteiro Lobato
é de páo, tudo é feito d'essa madeira, de modo a
arrolhar as objecções levianas dos maldizentes.
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Mais Eucalvpíos 91
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Mais Eucaliptos 93
Corria o anno de . .
e disse:
Mais Eucaliptos ^
95
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os TANGARÁS
A Onda Verde — 7
98 Monteiro L^obaio
de faculdades e capaz da visão ecológica das
coisas. E escripta, além disso, em bom estylo,
Os Tangarás 99
. i;>*:^ :tti/»>-âF95íídJít!!
OsTungarás 103
termos
0CM^
N:
Os Tangarás 105
OO homem inventou
reza: o parasitismo na
parasitismo é uma
uma
lei
coisa fora
mesma
da vida,
da natu-
espécie.
mas sempre
entre espécies differentes. Na própria, só no caso
Porque é assim?
sou o povo.
"HOMO SAPIENS"
bom partido.
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H o m o Sapiens** 123
d 'esta marca?
Animaes todos da Terra, basta de submis-
são! Uni-vos!
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U V
das.
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Luvas! 127
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Luvas! 129
A Onda Verde — 9
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ÍÍS?-
1
Luvas! 131
porcionará !
/32 Monteiro L o h a i o
hoje
forças humanas que o salvem. Os homens de
Jehovah, e
são filhos dos antigos prepostos de
faina de lhe cor-
tão incansáveis como os pães na
rigir o famoso erro de dosagem.
Além disso, está provado que ha tesouros alli
dentro: luvas!
W»C"TÇ^ft. ,i^!Sltif^ r^^y^^lí-^j^
DRAMAS DA CRUELDADE
ao pelourinho.
Assim Manzoni e Boccacio legaram-nos a
terrompeu :
durante dias.
Dramas da Crueldade 139
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/Pfi??^-^'-?-. "'^**rry^ -r .
DIALECTO CAIPIRA
Expliquemo-nos.
A grande arvore da lingua latina, que cir-
no á rainha metropolitana.
Não obstante a menina cresce, conchegada com
amor ao seio do povo. Já é ella, a neta, e não
a avó erudita, quem satisfaz ás necessidades de
intercambio mental dos roceiros, das patuléas ur-
banas e dos literatos que se dirigem ás massas e
não as "elites" gommosas. Nella é que o sertane-
•^d^y^J^-ifJ^^jjiJlW" ", j-
leira.
A Onda Varde — 10
"
146 Monteiro Lobato
nina descançadota, meio "mãe da vida", ella
a surprehende.
Amadeu Amaral, em vez de lhe sussurrar pa-
P^;. '
- 7-. '-' - '^--^ ':;^>-h
le dos philologos.
Aqui tendes a minha contribuição. Juro pela
fidelidade de esboço — que assim foi que a vi,
— Peccado ! Peccado ! . . .
os LIVROS FUNDAMENTAES
O filhote vespertino
1 54 Monteiro Lobato
e tomam a nuvem por Juno, como se dizia nos
massa, os 99 ^ do paiz.
O escol lê o seu Anatole France, o seu Mau-
passant, o seu Maeterlinck, o seu Rostand, o
seu d*Annunziozinho. E* cosmopolita, e se lhe
O povo, não.
O povo tem a coragem da sua honrada estu-
fantis.
tados.
letram.
ir'
"yT^.<-\,-y^.'^,Z-:--:l':^
Condes. . . 161
A Onda Verde — 11
162 Monteiro Lobato
como as quer a é/i/e, e emquanto a pedagogia
for a própria arte de secar as creanças com o di-
piados.
Terreno montanhosissimo. Cadeia andina onde
os picos vulcânicos da intelligencia se erguem ao
pé das bossorócas da estupidez ; e o bom e o máo,
o rico e o pobre, o virtuoso e o crápula, o puri-
tano e o larapio, o artista e o idiota, o honesto
e o cavador, os RoUos e os Ximenes, formaun a
mais pittoresca montanha russa de valores natu-
raes.
C o n d e •& . . . f65
a todos os freguezes.
tores —
uma miuçalha lambareira que, se não
vivesse dos condes, iria viver do Estado.
Condes... 169
as intenções egualitarias.
lando!. . .
:.",,h:, '-.--.-V'
URUGUYANA
etc.
ra do Paraguay.
Interessantissimos.
Uruguaiana 175
Uruguayana rendeu-se.
A Onda Verde — 12
: •r'.
178 Monteiro L o h a i ó
Uruguaiana J79
•; r^* -ít'íCS«
", •;;-
'^^fjgt-IV.íy^
seda e jóias."
Pobre Estigarribia ! No fundo, um homem de
appetites fortes, que tinha o seu problemazinho
pessoal a resolver.
Lopes, incomprehensivo, vingou-se da sua
"traição" d'um modo feroz: entregando-lhe a fi-
,^:lJ*
Urugua}?ana 181
na janella. . .
-'^ :
cance do povo.
Acoimam o nosso pobre povo de ignorante,
mas não lhe dão sequer um diccionario da sua
lingua, bom e barato! Os succedaneos portugue-
zes que lhe indicam, sobre lhe não satisfazerem
as exigências, custam os olhos da cara, oitenta,
A Onda Verde — 13
o GRANDE PRPBLEMA
lhou a civilização.
Riqueza é cultura, e só ella.
Jí^íJak-
o Cr ande Problema 197
ciarias?
queza.
ce um paiz.
midáveis industrias.
boratório.
tante.
dista.
Porque? Incultura.
Inútil proseguir.
-^
o Grande Problema 203
no engaste.
A G R A N D E I D É A
va de lucro nenhum.
O mais baixo operário traz deante dos olhos a
miragem consoladora da riqueza. Pode prosperar.
Pode guindar-se á cúspide dos millionarios.
O professor, não. Seus horizontes económicos
trancavam-se com a ridicula muralha dos eternos
250 ou 300 mil réis mensaes, quer dizer, o feijão-
mil reis.
A Onda Verde — 14
2/0 Monteiro Lobato
Um calorão, na salinha humilde.
sempre assim, aos 25, aos 30, aos 40, aõs 60 an-
nos...
;Js>
.M:
'^i:m.
A Grande ídéa 21 f
— Agá.
— Não!
Et r / '^'
O,
— Não!
— E* emme.
-- Nãol
212 Monteiro Lobato
1.^ • • •
— E' zê!
— Não. Adeante!
— E' enne!
— Não. Ninguém sabe? Prestem attenção:
isto é o A ! . . .
forço.
e a remuneração percebida.
A Grande I d é a 215
lo.
O 22 da "Marajó" 219
o 22 da "Ma r a
•
j o
t •*
O 22 da "Marajó'* 223
,
*'—
reiro.
- j'. -
o 22 d a " Ma r a j ó
"
225
A Onda Verde — 15
'aC'T ».
com saudades:
— Já gostei d'este divertimento. Hoje, minha
posição social e o meio em que vivo não m*o
permittem mais. Vejo, porém, que a arte está
decaindo. . .
Jl Onda Verde . 5
O "Çrillo" ......... f5
O ''Grillo' Ximenes 27
A Lua Córnea 39
O Incomprehendido ,5/
Veteranos do l^araguay 67
Os Eucalyptos 77
Mais Eucaliptos 87
Os Tangarás . . . 97
O "Pae da Querra 107
"Homo Sapiens" / //
Luvas! 125
Dramas da Crueldade 753
Dialecto Caipira 143
Os livros fundamentaes 153
tv
1
índice II
Condes / 63
Uruguayana 173
O Diccionario Brasileiro 183
O Çrande "Problema 195
J Grande Idéa 207
O 22 da "Marajó" 2/7
rt-a'^-
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