You are on page 1of 8
_ AFRICAS: HISTORIAS E CULTURAS Conceigao de Carvalho ‘Aquele que mata o passaro ontem com a flecha lancada hoje” Motumba, Motumba! ABO. Ago! jUMO: Este artigo discute a importancia da Historia da Africa, ‘destacando a diversidade e a anterioridade das formacées sociais icanas, Faz uma reflexdo sobre os mitos que encobrem a Historia ‘da Africa. Sugere caminhos para enfrentar as generalizagdes e a ho- eneizacao das trajetérias dos povos africanos. \VRAS-CHAVE: Histéria da Africa; Mitos; Formagées Sociais. ABSTRACT: This article discusses the importance of African history, "focusing the diversity and anteriority of African social formations. Reflects on the myths that shroud the history of Africa. It suggests ways to deal with generalizations and mixing of the trajectories of African people. KEYWORDS: African History; Myths; Social Formations. Ana Rita Suna: Denice de Almeida Ribeiro; Rona Crspim Sena Barros: Rosangela Suse da Sis (Ongantzaones} | 8B. Introdugio CO espago atualmente chamado de Africa foo palco onde teve inicio a aventura humana na Terra. Essa constatagao j oferece uma pista sobre qual é a importincia do conhecimento sobre a Historia deste continente. Trata-se de uma trajetoria milenar, combinada ‘com imensa vastidao territorial e uma diversidade cultural que nao pode ser reduzida a uma Historia nica. Sao experiéncias ricas que ccobrem todas as dimensées dla vida, desenvolvidas de modo original pioneiro em relagio a qualquer outra parte do planeta, ‘Aldi disso, devemos considerar que a construgio do Brasil std umbilicalmente ligada 20 continente africano. As pontes que I ‘gamosdois lados do Atlintico so maiores do que se costuma pensar. Os antepassados de mais da metade da populacao brasileira foram trazidos de Ia. Um comércio sistemaitico que, com periodos de maior ‘ou menor intensidade, durante trés séculos, ligou os dois mundos nna formagdo de um complexo produtor de agiicar em uma margem ‘coma mao-de-obra fornecida pela outra margem deste “Rio chama do Atlantico”*, Ao transportar pessoas, esse comércio colocava em circulagio suas creneas, valores, habitos, formas de ser, de pensar ¢ air, enfim, eolocava em contato suas variadas culturas. © Brasil de hoje ¢ fruto dos confrontos e das trocas provocados por este contato, ‘Assim sendo, qualquer introducao ao estudo da Historia da Africa deve partir deste duplo significado: a importancia dos povos africanos para a formagio do Brasil, em particular, e a importancia ddesses povos para a Histéria de toda a humanidade. Porém, isso deve ser feito enfrentando o desafio de evitar 05 mitos, as generalizagdes simplificadoras e homogeneizadoras das multiplas e complexas tra jetérias dos povos deste continente. Digo que € necessério relativizar a ideia de unidade, de uniformidade das vivencias das culturas. “a Veraeam espa ALENCASTHO, Luge deat der ere Almada Bs a ‘neal sculon viet So aca: Compania da ets 20, RODENUUES, ote. rc ute niet de an: Caan Srl SL, AT da Cont. ‘inc ina Anta no baco fo a Aiea Ride ana: Nov one EDUPRL 0 6 rae ge i at © ponto de partida ¢ a nog de que nao existe um povo afri 40, uma cultura africana, uma Histéria africana. Tal ideia pode pa- estranha para nés, aqui no Brasil, pais onde toda evolucio da ria e da cultura esté marcada pelas historias e culturas africa das para essa margem do Atlantico por milhdes de homens enviados pelo trifico para aqui serem escravizadost”. Po lugares diferentes, as vezes distantes, muitas vezes inimigos, uras distintas, foram afastados dos referenciais formadores de idacles, para serem misturados e transformados, todos, ite em “Negros da Guiné”. Dai a ideia, predominante no senso comum, de que todos 0s slo uma coisa $6, que ndo existe diferenca. A escola, os livros ‘quando muito dividem os eseravizados, seguindo 0 modelo Rodrigues, em Bantos e Sudaneses. Assim, Bantos seriam to- soriundos do centro - sul do.continente, falantes de linguas , pertencentes a uma mesma familia linguistica. Sudane- serlam todos os povos oriundos da chamada Africa Ocidental. Tais s possuem uma grande superfcialidade, pois escondem is nada despreziveis entre os diversos povos africanos.. - Falar linguas aparentadas nio significa, necessariamente, nidade cultural. Brasileiros e romenos falam linguas de origem No entanto, o que 05 dois povos tém em comum? Devemos ncordar que no sao ki muito parecidos. Falar de Bantos e Suda tes é desprezar as particularidades das culturas de povos como os 9s, Mound, Ambundos, Tehoke, Lubas, Lundas, lorubas, Haussas, 9s, Etiopes; Akans,...! © objetivo deste texto ¢ provocar uma reflexdo sobre as ge~ neralizagGes uniformizadoras que transformam aspectos espectficos de um povo, de um lugar e de um tempo determinado em caracte~ risticas de todo o continente. Assim, falaremos sempre em Africas, no plural, para destacar a riqueza da diversidade hist6rica e cultural em todas as suas dimensbes: politica, ideoldgica, econdmica e social, Unidade e Diversidade [A Diéspora africana eriou uma Hist6rla comum para 0s su= jeitos envolvidos no cireuito Atlantico. Falar de “povo afrieano”, “povo banto” ou “povo sudanés” pode explicar novas identidad eradas pelo trifico, pela eseravizagio ¢ o colonialismo, mas infor pouco sobre as culturas dessas pessoas na Africa” antes e para a dos trificos. E preciso superar 0s mitos para conhecer os diferent povos africans. ‘Como tratar de todas as especifickdades e romper os mitos? onga duragio, a vastidzo territorial ea imensa diversidade cultural do estudo da Historia da Africa um grande desafo. A tentagio eneralizagao ¢ grande. Insisto que falar da Africa como se fosse w tunidade politica, econdmica, social ou mesmo geogrifica € um erro. (© caminho ¢ estudar aspectos, hugares, povos e questdes especificas. Alguns temas podem englobar maior nimero de povos e re gies mais vastas, mas édiftll imaginar e aceitar uma uniformizac’ fem qualquer aspecto. Pensemos, por exemplo, na situagao da mu- iher, especificamente daquelas que estavam nos circulos de poder. ‘Comparando Kush®, situado na regio das cataratas do rio Nilo, co ‘oreino do Ndongo, parte do que hoje conhecemos como Angola, {3S ene tics ra pa tN, oes ti cate engem dv scanty ahi, ea re = Ana Saad, CFs sr ar Nga ont A Arca bere ocho do Bal en Fe devoon ona Naor ‘Sb Kuh vers MORIFAR, Camo) Heth era Ai Aca ag, 2 ev ima UNESCO. 200 que eneontraremos? Em Kush, teremos as Candaces, rainhas mae «jue detinham uma parcela de poder, j& no Ndongo, Nzinga®, filha « preferida do soberano para sucedé-lo, apesar das suas qualidades politicas, diplomticas e militares no conseguiu chegar a0 poder. ‘Veremos quea condigao da mulher nao era mesma em todo o conti: niente. Cabe ainda pensar como viviam nestes dois reinos aquelas que ino estavam nesses espacos de poder. Ora, poderiamos entio falar de uma Historia da mulher na Africa? Estariam elas submetidas as mes mas condigées em todos os lugares, nos diferentes tempos? (© mesmo pensamento se aplica a qualquer outro tema. As onganizagoes politicas, as expressbes artisticas, as estruturas econ} ‘micas, 08 sistemas de crengas, tudo deve ser examinado em situa~ «oes especificas. Existe entdo um amplo campo aberto para pesquisas pontuais sobre determinados paises, regides ou periods histéricos. Apesar disso, alguns autores a0 longo do século XX, se lan- ‘caram na empreitada de produzir Historias getais sobre a Africa. Tals ‘obras panorimicas s2o instrumentos poderosos para indicar cami hos, abrir perspectivas de estudos, identificar lacunas. Em geral, partem da selesio de alguns temas e regides que consideram deci sivos, estruturantes para uma compreensio de conjunto que sugere uma unidade que precisa ser debatida Saoescolhas feitas por autores «clitotes que privilegiam certas dimensesem detrimento de outras. 0 \lcbate sobre a geografia do continente africano presente nestas obras jaanordmicas io um indicativo dos perigos desta alternativa, COs trabalhos que adotam essa abordagem da Historia da Afti- ‘ca quase sempre comegam com um capitulo dedicado a caracteri aco dos aspectos geogriticos da Africa, Assim & a obra de Pierre vertaux, Africa: Desde la prehistoria hasta los Estados actuales”™, CLASS ing: sean ied do lena pegs em Arla ‘hk egeshs NNTOR en Hebe ac SERTAU, Poe: Ai Dede a rohit ata adn cls: Nadi Sg cian ‘acest. a ets or Uva Sige veal - na sng tr ite ls pment Bares Ras he neta) | 89 assim € Historia Geral da Ajrica produzida pela UNESCO™ assim 6: Envadac a Lanca* de Alberto da Costa e Silva; assim ¢ o livro de John Tiff, Africanos: Historia dum Continente*. Qual seria a razao de ‘escolha? Segundo Joseph Ki-zerbo: Na verdade, as dificuldades especiica da historia da. ‘podem ser constatadas ji na observacio das reali ‘da geografafsica desve cont-nente. Continente so se € que existe algum, a Aica parece dar as costa p resto do Velho Mundo, 20 qual se encontraligads pelo frgilcordio umbilical do istmo de Suee. No ‘posto, ela mengulha integralmente sua massa compact tna diego das Aguas austras, rodeads por macicos co teizos, que os ros forgam através de desflideltos “I os" que constituem, por sua vez, obsticulos pen ‘A tinea passagem importante entre © Saara ¢ 6s mom abissinos encontra-se obstruida pelos imensos pintanos ‘de Bahr el Ghazal. Ventos ecorrentes matitimas extrem ‘mente violentos montam guarda do Cabo Branco a0 Verde. Entretanto, no interior do eontinente, tr d tos encamegam-se de agravat © Isolamento exterior ‘uma dlviso Interna, Ao sal Calaasi. Ao centro, 0 “dese to verde” da floresta equatorial, temivel refigio no q. hhomem lutara para se impor. Ao norte, © Saara, camp dos desertos,imenso fitro continental, oceano, ful ergpe regs que, coma franja montanhosa da cordilheirae Atlas, dissocia 0 destino da zona mediterrinea do tedo continente, Sobretudo durante a pré-hist6ra, es poténciasecoldgicas, mesmo sem serem murathas ‘ques, pesatam muito no destino africano em todos 0s Pectos(..) A natureza eos homens, a geogratta ea hist * (KI-ZERBO, 201 no foram benevolentes com a Ali XXAIV-XXAY), [holo ira eral da Ac tem vlumes fl produ por um cont cio da UNE £6, ped pr evel Alan Ogee Tm 200, 0 MEC plo aes nova eto td ‘formate dial pars quem dear 54, SIVA, Aborto da Cast, 4 emu lena Ae ants doe parte. Roden: Fete 2006 5 1LIFFE, i. Os hans stra dam continent sa: rama, 0 | poset ste hen a Essa transcrigdo do texto de Ki-Zerbo revela uma forte ten. déncia em explicar a situagao socioecondmica da Africa em fungio as condigdes geogrficas, ou no minimo atribuir um grande peso a essa determinagio, A geografia teria levado a maior parte do conti- nente para um isolamento total ou parcial, mantendo-o assim afas~ {ado das rotas de trocas que viabilizariam o progresso. A concordin- cia com este tipo de argumento parece ser geral e por isso as obras panordimicas iniciam sempre com este tema. Porém, cabe perguntar se realmente a natureza foi cruel com a A\rica. ‘A ese difundida € a de que tais condigdes naturais foram um filtro, uma barreira para 0s contatos dos diferentes povos africanos entre si e com povos de outros continentes. Tudo isso seria demons~ trado com a inexisténcia de golfos, baias e peninsulas, as planicies costelras estreitas e abruptamente limitadas por planaltos, os rios pouco navegivels a partir do mar, o regime dos ventos no atlanti- co, soprando na direcao Sul, dificultando a navegaglo, 0 deserto do Sara separando 0 continente em duas grandes areas, duas Africas extremamente distintas: Uma ao norte, conectada com 0 mundo mediterranico. A outra, a0 Sul do deserto, completamente isolada ‘Tal situagdo era agravada pela baixa densidade demografiea na maior parte do continente, onde predominava pequenos agrupamentos humanos e grandes espacos vazios. Alberto da Costa e Silva (2006) considera que, apesar disto, a ‘deia do isolamento total deve ser relativizada. Afirma que os contatos © influéncias s20 antigos. Seja entre os virios povos dentro do préprio ‘continente ou seja entre os afticanos com povos da Asia, China, india, ‘eda peninsula arabica. Mesmo 0 Sara nao foi um impedimento com- pleto para os contatos, como alerta Paulo Farias de Moraes (2004) a0 se referir ao deserto do Sara como “a outra costa d’ Africa.” john Iliffe (S/D) afirma que se existe uma caracteristica comum na Historia da Africa €a mobilidade populacional, os deslocamentos constantes, as ‘migragées. Como entao falar de isolamento total? ‘Também neste terreno ambiental a diversidade é a carac- teristica predominante. As paisagens variam dos desertos, das seins: Di Bea rip Sn Re Ran Se deh ret | florestas tropicais as montanhas geladas. A natureza no foi mais rem menos cruel com os afticanos. Para 0 ser humano as condi~ 0es naturais sergio sempre adversas, ou sera que viver no frio € algo facil? Em todos os lugares o ser humano foi forgado a se adap~ tar, dominar e transformar a natureza para garantir a sua sobrevi véneia. Isto os africanos fizeram e foram pioneiros. As dificuldades naturais nio impediam o africano de agir, dominar ¢ transformar ‘o meio para sobreviver. s problemas sociais e econdmicos da At ni sao frutos de condigdes ambientais extremas e desfavoriveis, Analisar as historias, as relagdes sociais, a exploragio econdmi as estruturas de poder, as conexdes com outros continentes ¢ 0 qu pode explicaro lugar da Africa nas relagdes internacionais do mun: do capitalista. ‘Atualmente, depois da criagdo do Sudao do Sul, a Africa um eontinente com 55 paises. Além disso, devemos considerar dentro de cada tum destes pafses existe uma grande diversidade linguas, rligides, de costumes, de erengas e valores. Nao podem dizer que todos vivem do mesmo jeito, com as mesmas identi des, com os mesmos problemas. Por exemplo, a crise alimentar atinge todo o continente. Sim, existe lugar onde muitas pessoas: tem 0 que comer, mas isso nao quer dizer que todos os africa ppassam fome. ‘Outro exemplo é pobreza que os meios de comunieagio sistem em retratar como um problema africano, Alguns paises 4a Etiépia e a Somalia sao pobres, mas outros sao ricos, muito ri talver esse sim seja o grande problema africano. Angola, por plo, tem petréleo, diamantes, ferro. A Africa do Sul tem muito ‘carvio, diamantes, manganés urinio, A Guiné tem Bauxita, A. bia tem cobalto e cobre. A Libia, 0 Egito, a Nigéria, 0 Sudao, 0 {g0. a Repaiblica Democratica do Congo, o Gabo, todos também! petroleo, O Marrocos, o Saara ocidental, Tunisia, Senegal possue reservas de fosfato, Portanto, nao é possivel desconsiderar essa riedade de situagdes. 92 | naman Ar a A tnvengio da Ati’ Outro mitoa er superado ¢0 nome. Desce quando aquele pe ‘dago de terra passou a ser chamado de Africa? Sera que os habitantes deste espago chamavam tudo de Africa? Serd que um morador doreino de Ketu sabia da existéncia de um morador do reino do Congo e con- siderava 0 mesmo como irmao? A palavra Africa pode ser encontrada nos tempos do Império Romano, mas ninguém sabe ao certo sua ori «gem e significado. Pode ter origem no nome de um povo berbere, 0s Afrig, que viviam ao sul de Cartago. Neste caso significaria “regio dos Arig”. Talvez seja derivado do latim ou do grego, signifieando ensola. rado ou isento de frio. No hindu pode signiftar o que esta a Ocidente*. ‘© nome que os habitantes daquelas terras usavam para iden Lifiear © lugar n6s nao sabemos. Nem mesmo sabemos se eles tinham uum nome para definir toda regio. O que existe no outro lado do Atlantico & uma poreio enorme de terra que ja recebeu muitas de~ signagdes. Nubia, Sudo, Guiné, Libia, Senegambia sio palavras que, cm algum momento foram usadas para se referr a partes ou 20 que hoje chamamos de Afriea. Na Didspora, pessoas de diferentes lugares do continente fo- ‘ram forgadas a atravessar 0 oceano e a passarem a viver juntas. Assim, Ppovos de tradigdes, ce culturas diferentes trocaram experiéncias, co- ‘megaram a valorizartragos comuns existentes ou a construir outros, a lnventar identidades para enfrentar os desafios da vida nas Américas Neste contexto é que a Africa, tal qual conhecemos, foi inventada. ‘A Antiguidade e Anterioridade das Formages Sociais Africanas, A historiografia ocidental difundiu por muito tempo a ideia 1 Se ZERO neg Gn) rin end is eg pets At eS ene eens pn nn ars | 82 ec continente afrieano de queens um vaio poe ont soni ao Src cecavinnss east ec powod i eal A cease 2 esc una cms ae ga ue eee gine vaio politico ainda ¢ predominante. Talargumento faso nao res ‘exame das Hist6rias da Africa neste period. aia Osan, cm ines dominaam eansomaram o meioambens, posta cults asada na cg, cole na se, Desenevram ger a rago de anima, ram fnoden de vida cose diversicado;constratam Estados, colonia ram, eran guerra comecin dente fora do continents prada ziram monumentos, criaram cidades, criaram téenicas e produziram ‘ is diferentes areas ee ar vel laracrenmiédat0 md pele ll Aguas sce anes, como os pens ros de ciao fee cates mancaogrizam stratus pes esata”. Mas Iria eonsrai xtaon desde mito edo, Impeisgatscos Som mito pe conic potioe mila como fo eso do ligt, dean, Ma Sng eins como oda ia kash, Axum Kanen, Congo, Ndongo, Matamba, Lunda, Monomotapa, Benin, foram estados com grande terrtéro e muita gente sob seu coma Ag dara eas os dram milk: el ines Reinos. Mas a ma fe peque we cseaionntssukérec rece abaning see Hstads africaos, independente das formas onan vs ue ssa, apaeram ants do que o Estados fo outro lugar. O Fgito Faradnivo ¢ 0 cae hs signe eantedridede den vocodades afi Seaerrene, Os epee contrfarr wma socieade soci STREET Cm pvt pe ny Seas porate ta eee ah Net emer oe ‘9 OLIVER land apr ean, Ro dean rg a 94 | reeset i daca Souberam aproveitar todas as possibilidades que o meio oferecia, Criaram complexos sistemas de irrigagao para reter as dguas do Nilo © leva-las para dreas nas quais a enchente nao chegava, Exploravam mminérios, fabricavam joias, construiram templos, palcios « mont. Imentos grandiosos. Para fazer tudo isso eles desenvolveram conhe- cimentos ¢ téenicas na matematica, geometria, arquitetura, quimi

You might also like