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São Luís
2006
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO – UNICEUMA
Trabalho de pesquisa
apresentado à disciplina de
Parasitologia Humana, para
obtenção parcial de nota.
Orientadora: Andréia
São Luís
2006
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 04
4. REFERÊNCIAS.................................................................................. 20
.
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1. INTRODUÇÃO
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2. CONSIDERACOES GERAIS
2.1. O PARASITO
2.1.1. MORFOLOGIA
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Figura 1: Vermes adultos.
Figura 2: Microfilária.
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Larvas: Encontradas no vetor. No primeiro estádio (L1) mede em torno de
300 micrômetros e é originada da transformação de microfilária. Depois se
diferencia em L2, duas a três vezes maior, que sofre nova mudança dando
origem a L3 que mede de 1,4 a 2,0mm. (Ver figura 3).
2.1.2. BIOLOGIA
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a quinze dias depois vai ocorrer um crescimento acentuado e a L2 vai
sofrer uma mudança e transformar-se na larva infectante para o hospedeiro
intermediário (L3). Esta com aproximadamente 2mm migra para a
probóscida do mosquito mais especificamente para lábio. Quando o vetor
volta a fazer novo repasto, as larvas L3 escapam do seu lábio e penetram
no hospedeiro definitivo (homem) pela solução de continuidade causada
pelo mosquito e migram para os vasos linfáticos, onde se tornam vermes
adultos. Depois de sete a oito meses as fêmeas grávidas produzem
microfilárias, que migram dos ductos linfáticos para a corrente sanguínea
ficando alojadas nos capilares profundos de várias regiões e em torno da
meia noite têm preferência pela corrente sanguínea periférica. (Ver figura
3).
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Mecanismo de Transmissão: A transmissão é feita exclusivamente pela
picada do Culex quinquefasciatus fêmea e entrada das larvas (L3) pela
área lesada da pele por esse mosquito. Acredita-se que o estímulo
necessário para a saída da larva da probóscida do vetor seja o calor
corporal e que a alta umidade e o suor permita a progressão e a
penetração dessas larvas. Não há a possibilidade de se transmitir de
pessoa a pessoa, pois o ciclo se faz de homem infectado com
microfilaremia picado por inseto transmissor, que transmitirá a outro
indivíduo após maturação das microfilárias no vetor que ocorre entre 12 a
14 dias do repasto sangüíneo. A microfilaremia pode persistir,
aproximadamente, de 5 a 10 anos (Ver figura 4).
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2.1.3. PATOGENIA
Ação Mecânica:
Ação Irritativa:
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inflamatórias. Em conseqüência teremos linfangite (inflamação dos vasos
linfáticos) e linfadenite (inflamação e hipertrofia dos gânglios linfáticos).
Geralmente aparecem reações alérgicas como urticárias e edemas extrafocais.
Figura 5: Elefantíase. 14
Figura 6: Elefantíase crônica.
2.1.4. EPIDEMIOLOGIA
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encontrada filariose bancroftiana autóctone, ou seja, adquirida na própria região,
em Manaus(AM), Belém(PA), Recife(PE), Maceió(AL), Salvador(BA), Castro
Alves(BA), Florianópolis(SC), Barra da Laguna(SC), Porto Alegre(RS) e São
Luís(MA). Atualmente somente três áreas são consideradas, pelo Ministério da
Saúde, com transmissão ativa em nosso país: a Região Metropolitana de Recife
(PE), englobando as cidades de Recife, Olinda e Jaboatão, as cidades de Maceió
(AL) e Belém (PA), sendo esta última considerada o local de maior prevalência no
início da década de 50. Em Maceió, na década de 50, foi realizado inquérito
epidemiológico sendo encontrada uma positividade de microfilarêmicos de 0,3%
entre a população examinada. Em 1990, objetivando avaliar a prevalência de
microfilarêmicos por W. bancrofti na cidade de Maceió, foi realizado pelo Centro
de Pesquisas Aggeu Magalhães / FIOCRUZ (Recife/PE) em conjunto com
Universidade Federal de Alagoas e SUCAM/AL, um inquérito epidemiológico no
59º Batalhão de Infantaria Motorizada. Entre 731 soldados examinados foram
encontrados 2 microfilarêmicos, que eram autóctones de Maceió, com
microfilaremia muito alta para área onde a transmissibilidade estaria sob controle.
A partir deste trabalho foi iniciado um amplo inquérito hemoscópico através de
amostragem em municípios pertencentes a diferentes áreas fisiográficas do
Estado de Alagoas (Litoral, Zona da Mata, Agreste e Sertão). Em Maceió
encontrou-se percentagem de positividade de 0,7% em escolares do primeiro e
segundo graus, onde 84% dos casos estão concentrados em apenas três bairros
centrais e limítrofes, Jacintinho, Pitanguinha e Feitosa, com prevalências de
microfilarêmicos variando de 1,2 a 5,7%, indicando distribuição focal da parasitose
na capital alagoana . Em outras nove cidades de Alagoas localizadas em regiões
fisiográficas distintas, a realização de levantamento epidemiológico em parcela
significativa da população não constatou a presença de nenhum indivíduo
microfilarêmico.
2.1.5. DIAGNÓSTICO
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O diagnóstico de filariose bancroftiana pode ser difícil, basicamente
porque os quadros clínicos determinados pela W. bancrofti podem ter outras
causas etiológicas e a demonstração da presença do parasito (microfilária) não
prova ser ele o agente causal, visto que na maioria das vezes ele não exerce
efeito patogênico.
Os dados clínicos e epidemiológicos são os responsáveis pelo
questionamento de possível infecção do paciente em áreas endêmicas. O
diagnóstico confirma-se por exames parasitológicos ou testes de imunidade,
podendo-se utilizar outros meios de diagnóstico, tais como: exame radiológico,
linfangiografia e, mais recentemente, ultra-sonografia. É sinal indireto a
comprovação de eosinofilia.
• Pesquisa de microfilárias:
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A microfilária também pode ser encontrada na urina em 2 situações: nos
indivíduos microfilarêmicos antes e durante o tratamento com antifilarial
(associada ou não a hematúria) e nos portadores de quilúria.
Qualquer que seja a técnica empregada, a pesquisa de mf deve ser feita
de acordo com o horário de maior concentração do embrião no sangue periférico
do hospedeiro.
Imunodiagnóstico:
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Linfocintilografia:
Ultra-sonografia:
• Eosinofilia:
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5 (IL5) e fator estimulador de colônia granulócito-monócito (CSF-GM), dos quais a
IL5 é a mais importante. Níveis elevados de IL5 são encontrados em doença
parasitária. O mecanismo da eosinofilia parece ser similar ao de doença alérgica,
com resposta tipo “T Helper 2” ao Ag helmíntico, resultando em produção
aumentada de IL5.
Os eosinófilos têm habilidade de matar larvas opsonizadas de parasitas,
secretando produtos como proteína básica maior, proteínas catiônicas e
peroxidases que danificam tecidos e larvas de parasitas. Adicionalmente, já foi
observado que ocorre exacerbação da eosinofilia durante a terapia antifilarial nos
indivíduos microfilarêmicos, provavelmente devido à liberação de antígenos
circulantes causada pela morte das mf, voltando ao nível basal cerca de 6 meses
após o tratamento.
• Neutrofilia:
2.1.6. TRATAMENTO
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eficácia, segurança e tolerância, quando comparadas com doses únicas de DEC. O regime
em combinação aparenta ser melhor do que ambas as drogas usadas isoladamente, para
obtenção a longo prazo a redução da densidade e da prevalência da microfilaremia. O
período exato desses vários tratamentos não tem sido estabelecido, porém estima-se que se
deve administrar dose única por 5 a 10 anos. Observar que a DEC não pode ser
administrada em áreas onde coexiste oncocercose ou loíase. Felizmente, não se tem
coexistência geográfica dessas filarioses no Brasil. Para facilitar a relação peso/dose IVM
observar: Ivermectina, dose única, VO, obedecendo a escala de peso corporal (15 a 24 kg -
1/2 comprimido; 25 a 35 kg - 1 comprimido; 36 a 50 kg - 1 1/2 comprimido; 51 a 65kg - 2
comprimidos; 65 a 79kg - 2 1/2 comprimidos; = 80 kg – 200 microgramas/kg).
2.1.7 PROFILAXIA
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Tratamento em massa: Para as populações humanas que residem nos
focos, de acordo com os esquemas preconizados no tópico de tratamento
citado acima.
3. CONSIDERACOES FINAIS
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4. REFERÊNCIAS
1. NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 10ª edição. São Paulo: Editora
Atheneu, 2000.
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