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História da utilização:
Cometas – Grandes concentrações de minério de ferro.
Povos antigos – Babilônia, Egito, Pérsia, China, Índia e depois Gregos e
Romanos fabricavam armas e inúmeros utensílios de ferro e aço.
1 Fornos Primitivos
- Tipo poço fechado
- Tipo de forja catalã → Ambos usando carvão vegetal como
combustível.
3.2 Carvão
O combustível utilizado no alto-forno é o carvão, coque ou de madeira, cuja
ação se faz sentir em três sentidos:
- fornecedor de calor para a combustão;
- fornecedor do carbono para a redução de óxido de ferro;
- indiretamente, fornecedor de carbono como principal elemento de liga do
ferro gusa.
Carvão coque:
O coque é obtido pelo processo de “coqueificação”, que consiste, em princípio,
no aquecimento a altas temperaturas, em câmaras hermeticamente (exceto para
saída de gases) fechadas, do carvão mineral. No aquecimento às temperaturas de
coqueificação e na ausência de ar, as moléculas orgânicas complexas que
constituem o carvão mineral se dividem, produzindo gases e compostos orgânicos
sólidos e líquidos de baixo peso molecular e um resíduo carbonáceo relativamente
não volátil. Este resíduo resultante é o “coque”, que se apresenta como uma
substância porosa, celular, heterogênea, sob os pontos de vista químico e físico. A
qualidade do coque depende muito do carvão mineral do qual se origina,
principalmente do seu teor de impurezas.
Carvão vegetal:
O carvão vegetal ou de “madeira” é fabricado mediante pirólise da madeira,
isto é, quebra das moléculas complexas que constituem a madeira, em moléculas
mais simples, mediante calor. O aquecimento para a carbonização da madeira é
feito em fornos de certo modo rudimentares e pouco eficientes, sobretudo no
Brasil, pois os subprodutos gasosos e líquidos são perdidos durante o processo. O
calor é aplicado à madeira, com ausência de oxigênio, resultando em gases (CO2,
CO, H2, etc...), líquidos (alcatrões, ácido acético, álcool metílico) e o resíduo sólido
que é o carvão vegetal.
3.3 Fundente
A função do fundente é combinar-se com as impurezas (ganga) do minério e
com as cinzas do carvão, formando as chamadas “escórias”. O principal fundente
é o calcário, de fórmula CaCo3.
C + O2 → CO2 Reação 1
Originando-se grande quantidade de calor.
Este CO2, ao entrar em contato com o coque incandescente, decompõe-se:
5 Fabricação do aço
O ferro gusa é uma liga Fe-C com outro elementos resultantes do processo de
fabricação. Estes outros elementos são o Si, Mn, P e S. Para a fabricação do aço,
estes outros elementos, inclusive o carbono, devem ter seus teores reduzidos.
Esta redução da concentração destes elementos químicos ocorre por oxidação.
Os “agentes oxidantes”, isto é, aqueles que iram oxidar o ferro gusa para
baixar o teor dos elementos químicos, podem ser de natureza gasosa ( ar ou
oxigênio) ou sólida (minério de ferro).
- Processos pneumáticos → agente oxidante → ar ou oxigênio
- Processo Siemens-Martin ou elétrico → agente oxidante → substâncias
sólidas contendo óxidos (minério de ferro por exemplo).
5.1 Processos pneumáticos
Os vários tipos estão representados na Figura 4. Como se vê na figura, o
princípio básico de qualquer dos processos é introduzir ar ou oxigênio, pelo fundo,
lateralmente ou pelo topo, através de uma “lança”. Estes diferentes tipos de
equipamentos são chamados de conversores pneumáticos. Sendo as reações de
oxidação dos elementos contidos no ferro gusa líquido fortemente exotérmicas,
principalmente a do silício, não há necessidade de aquecimento da carga metálica
do conversor, eliminando-se, assim, a utilização de qualquer combustível.
Figura 4 – Processos pneumáticos para produção de aço, a partir de ferro gusa.
Reações químicas de oxidação do ferro gusa:
As primeiras reações de oxidação do gusa são as seguintes:
FeO + C → Fe + CO Reação 18
Após este primeiro estágio de oxidação, o metal está pronto para ser vazado
na panela onde são, então, adicionadas as “ligas” Fe-Mn ou alumínio para
desoxidar e dessulfurar o metal, segundo as seguintes reações:
Mn + S → MnS Reação 22
O enxofre é então reduzido pela formação do sulfeto de manganês (MnS) que
vai para a escória. Já quanto à desoxidação, é inevitável que parte do ferro,
durante o refino primário, sofra oxidação, de acordo com a seguinte reação:
Fe + O → FeO Reação 23
Então, na desoxidação, ocorre a seguinte reação e o óxido de manganês vai
compor a escória.