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we om Universidade Corporativa Nucleo Bahia Recursos Humanos COLUNAS DE PRODUCGAO José Luiz de Paula José Eduardo de Lima Garcia Eh arcs SUMARIO 1. INTRODUCAO 2. TUBOS DE PRODUGAO 2.1.Generalidades 2.2. Especificagao 224 2.2.2 22.3. 22.4. 225. Diametro Externo (OD) Peso Nominal (PN) Grau do Aco Roscas RANGE 2.3. Dimensionamento de Coluna de Producao 2.4. Equipagem do Poco 244 2.4.2 243. 24.4. 24 Seguranca Operacionalidade Economicidade Tipos de Colunas mais Usuais na UN-BC 4.1. Convencional com Gas Lift (GL) 2.4.4.2. Bombeio Centrifugo Submerso (BCS) 2.4.4.3. Conjunto de Gravel Pack 2.4.4.4. Producao de Gas 2.4.4.5. Producao Seletiva 24 4.6. Pogos com CO2/HS 2.4.4.7. Pocos de Injecdo de Agua 2.4.4.8. Pocos de Alta Vaz8o ou Pocos Horizontais, 2.5.Componentes da Coluna de Producao 254 25.2 25.3. 25.4 2.5.5. 2.5.6. 257. 2.6.8. 2.5.9. 2.6.10. 26.11 2.6.12. 2.6.13. 2.6.14, 2.6.15, 25.16. 25.17. 25.18. 25.19, Tubos de Produgao Shear-out Hydro-trip Nipples de Assentamento Nipple R (nao seletivo) Nipple F (seletivo) Sliaing Sleeve Check Vaive Packer de Produgao Packer Permanente Unidade Selante Ancora Trava Batente Junta Telescopica (TSR) Mandril de Gas Lift (MGL) e Valvula de Gas Lift (VGL) VGL de Orificio VGL de Presséo VGL Cega 06 os 07 07 12 12 13 15 15 16 16 7 7 18 18 19 19 19 19 19 20 20 31 31 36 39 39 40 40 41 42 42 44 45 45 45 45 46 48 48 48 48 2.6.20. 2.6.21. 2.5.22. 2.6.23. 2.6.24 2.6.25. Valvula de Seguranga de Subsuperficie (DHSV) Enroscadas na Coluna ou Insertaveis Controlavel ou Nao Controlavel da Superficie Auto-Equalizavel ou nao Auto-Equalizavel DHSV para Aguas Profundas DHSV's Utilizadas no E&P-BC 3. BIBLIOGRAFIA 50 50 50 51 51 52 55 COLUNA DE PRODUCAO 41. INTRODUCAO Coluna de produgéo é a tubulacéo de menor diémetro descida dentro do revestimento de produc4o, com os seguintes objetivos: conduzir os fluides produzidos do fundo do poco até a superficie, permitindo um controle racional das condigdes de fiuxo; permitir a circulagéo de fluidos ele amortecimento do pogo, durante intervengdes futuras (operagdes de workover); permitir a instalacéo de equipamentos de subsuperficie, para elevacéo artificial de petréleo, quando necessario proteger o revestimento contra a aco de fluidos corrosivos; proteger o revestimento de pressdes mais elevadas; permitir a instalagéo de equipamento de seguranca na subsuperficie (DHSV). Na concepcao de uma coluna sempre devem ser considerados trés fatores: seguranca; operacionalidade; economicidade. Um poco deve possuir duas barreiras de seguranca durante toda a sua vida produtiva, bem como durante as intervenges. Barreiras de Seguranca é um sistema independente, dotado de certa confiabilidade, formado por um conjunto solidario de elementos capaz de manter sob controle 0 flux de um poco de petréleo. A seguranca de um pogo de petréleo ¢ a condi¢éo proporcionada pelo conjunto de barreiras de seguranca presentes no poco. Tomando-se como exemplo um poco produtor de dleo no mar, equipado para produgao por surgéncia (Figura 1.1), tem-se a primeira barreiras de seguranca composta de revestimento de produgao abaixo do packerbem cimentado; packer, tubos de produgao até a valvula de seguranga (DHSV) valvula de seguranga de subsuperficie (DHSV). Comp Simples Surgente Cab Prod Flangeada Componentes da Coluna de Producao: 00. Arvore de Natal 2 %/2" x 5000psi, com atuador pneumatico, 01. Adaptador A-SSH 7 "ss" — 2 */s' x 5000psi 02, Cab Prod TC-O0 11x 7 “/is" x 5000psi 03. Susp. TC-1A-EN 6” x 2 '/8°EU BPV 2 04. Linha de Controle Hidraulico da DHSV 05. Valvula de Seguranca de Subsuperficie (Down Hole Safety Valve - DHSV) 06. Tubos 2 "i, "EU 6,5 Lb/PE N-80. 07. Valvula Camisa Deslizante CMU 2.31" 08. Junta Exoansdo Separagdo TSR 3310 09. Obturador Hidraulico/Hidrostatico FH 10. Valvula Camisa Deslizante CMU 2.25" 11, Nipple °R” 2.25" 12, Boca de sino Notas: a) A Valvuia ce Camisa Deslzante posicionada na cauda do Obturador FH pode ser retrada se ndo for conveniente sua descica. >) Os tens 05 © 09 (Valvula de Camisa Deslzante fxercem a fungio de Amortecimento @ Oped para Producdo do pore, resnectvamente, Nesse caso podem ser descides as duas no tamanho 2 Caso so verfique a necessicace de_seletidade ode-se optar por descer_o tem 231 pare Amortecimente e'9 tamanho 2.25" come Op¢do de Produgdo na cauda, 2) 0 Suspensor TC-1AEM © 0 adaptacor A-SSH eferecam a passagem hidrullea pare acionamente aa DRoV, d) = importante que, entre cols equipementes, seja nero pelo menos. 01, tubo ‘para facitar a8 overages com arame 1" 2 Ll Figura 1.1 ~ Pogo Produtor de Oleo no Mar Equipado para Producao por Surgencia A segunda barreira de seguranga, composta de: + revestimento de produg&o acima do packer bem cimentado em frente as formac¢des com hidrocarbonetos: + tubos de produc&o acima da DHSV; + cabega de produgao (ou housing); + suspensor de coluna de producdo; + arvore de natal Estes dois conjuntos de barreiras de seguranca é um sistema independente, isto 6, a falha de qualquer um dos componentes pertencentes a uma barreira nao compromete a outra barreira, salva-guardando 0 poco contra o descontrole.A obrigatoriedade, por norma, da existéncia de duas barreiras para controle do pogo, faz com que, a qualquer falna observada em um componente de uma barreira, se intervenha no poco para o seu reparo ou substituicao. Para a especificacdo da coluna, sob o aspecto da operacionalidade, sao considerados dois periodos distintos: + durante as intervencdes; + durante a producdo. A operacionalidade durante a producéo € conseguida através do cumprimento das especificacdes fornecidas pela Diviséo Regional de Oleo, baseado em simulacées poco a poco, onde as caracteristicas da formacdo, fluido a ser produzido, capacidade de fornecimento de gas para elevacdo artificial, entre outras sao consideradas. A operacionalidade durante as intervencdes ¢ otimizada questionando-se sempre a validade de utilizagéo de um equipamento em uma determinada posigao, de forma a minimizar o tempo de utilizagao da sonda, que é um dos custos mais relevantes. O projeto de coluna leva em considera¢ao dois aspectos de economicidade + padronizagao; + operacionalidade A padronizacao dos tubos utilizados nos pocos € quem gera melhores resultados quanto a economicidade, porque diminui a infra-estrutura e 0 controle necessarios para a compra, recebimento, preservacéo, manuseio e instalac&o destes materials, diminuindo conseqtientemente o custo. 2. TUBOS DE PRODUCAO 2.1. Generalidades Os tubos de produc&o representam o maior custo dos equipamentos de subsuperficie. A selecdo adequada dos tubos de produgao é fundamental na complementagao de pocos, portanto devem ser analisadas todas as condigdes de trabalho da coluna 6 A variedade de tubos de producao existentes no mercado é€ suficiente para atender todas as condi¢des de produce ¢ injec&o dos fluidos nos pocos de petroleo. Para a maioria dos casos, os tubos de producéo sao selecionados e especificados conforme as especificacdes API 5A, API 5AC, API 5B. No entanto, para diversas situagdes especificas tem sido necessario utilizar tubos de produgdo, que por alguma caracteristica particular, nao se classificam dentro das especificaces API. 2.2. Especificagao Geralmente as especificagdes de tubos de produgao incluem apenas o diémetro externo do tubo, 0 peso nominal, 0 grau do aco, a rosca € o range. Deve-se especificar ainda, quanto ao processo de fabricacao, se o tubo é com costura ou sem costura Opcionaimente, pode-se especificar algum revestimento intemo e critério de inspecao dependendo da necessidade do usuario. 2.2.1. Diametro Externo (OD) OAPI cobre tubos de producao com diametros externos variando de 1,050 ate 4 % OD. Os didmetros externos mais usuais para as colunas de producdo usadas na Petrobras sao: 2°/5,2"Me,3% 64%. Os didmetros externos dos tubos de produgéo (OD), 0 peso nominal e as espessuras da parede estdo na Tabela 2.1 Na UN-BC, o menor revestimento completado para producao € 0 liner de 7 (32 Ib/pé) que tem diametro de passagem de 5,97, onde pode ser utilizado tubos de 4 74", cuja luva possui didmetro externo de 5,56. Para facilidade de pescaria, nos casos de prisdo de coluna, sao utilizados tubos 3 % cuja luva possui didmetro externo 4%. Nos casos de liner de 7 em que a coluna é de 4 %, é descida uma coluna mista de 3 4” dentro do liner de 7” e 4 % no revestimento de 9 “/a ‘oo ce ‘or 4a 0688 cover corse ‘ooo 08 ones czwos ousse ousse sas ase E-45 lg DE TUBOS DE PRODUGAO API ESESES DIMENSOES E CARACTERISTICAS PEERS FE ee ES eee ESE DIMENSOES E CARACTERISTICAS DE TUBOS DE PRODUGAO API LTE ee See ERS SE E- 47 DE TUBOS DE PRODUCAO API DIMENSOES E CARACTERISTICAS ‘ceser] osser | osoue cay | ome cae | ara oer ]ocer orect| ores | osoer oar'y | cos z00% | sora cee | oze owes: | ose: | ozezt oar | cos ez | oF0 sezt| ozs cover | crocs : : oe9 + foros +] ocrie | cuss cas | cos 089) cee | ozs oe | ose : - 059) - | ove coos} coos: | crest oat | cosy hoon 2009} sezt| over oasis | ois 2 foe ¥ oF ozo corr} oso | occa cay | ony Joan 2009} cee | ozs ores | oes Joen v8} + foe ower} ovr | oser oar | cose sect | over oreos | ovens + Jocos cess] cess | oroor cas | cosy ces | ozs + | cove | ona . . ~ Jove oss | ove ozs coe] oss | awe cary | os cee | ozs - | ows | cuss - - oot + foes - ows | owe ort > focor lcoort} cose | ono | ons | ops | once ony | cos ort cee | ozs corse] - ozey_|_ ooo or - [oz | me 10 DIMENSOES E CARACTERISTICAS DE TUBOS DE PRODUCAO API 0005 00's 000s 00's Coe ‘esses uo) Leo Roe U econ Meta ccos) TEE eee eee ee 11 ‘Tabela 2.1 — Dimensdes e Caracteristicas dos Tubos de Producao 2.2.2. Peso Nominal (PN) Com os esforgos mecénicos a que a coluna vai estar solicitada (tra¢do, pressao interna e pressao externa) € 0 tipo de aco, poderemos determinar a espessura da parede do tubo de produgao (peso) © peso nominal dos tubos de produgao, fabricados conforme o API, especifica apenas uma ou duas espessuras de parede para cada diametro externo de tubo. Esses tubos API podem ser clasificados nas categorias médios e pesados Em caso de necessidade de tubos com resisténcias mecdnicas além daquelas proporcionadas pelo API, pode-se conseguir tubos de producéo extra-pesados, escolhidos conforme Tabela 2.1 22.3. Grau do Aco grau do aco geralmente especifica a tensdo de escoamento minima do aco em milhares de psi (KSI). © API especifica apenas tubos de produgao, cujos materiais possuam resisténcias minimas de escoamento de 40, 55, 80 e 105 KSI, mas varios acos foram desenvolvides por diferentes fabricantes de tubos com tensdes de escoamento que aleancam até 150 KSI. A Tabela 2.2 mostra os graus de aco do API e de diversos fabricantes de tubos. O grau do ago também classifica, de forma indireta, a resistencia do material para meios especificos de trabalho. Desta classificacao dos materiais de fabricagdo so encontrados tubos para ambientes n&o corrosivos, para servigos em H2S, em COp, para baixas temperaturas, etc. O API especifica tubos apenas para ambientes nao corrosivos e para H2S, sendo que para as demais condigées de trabalho cada fabricante desenvolveu seu particular grau de aco dando-Ihe designacao propria com apresentado na Tabela 2.2 E encontrado ainda especificados em catalogos da Vallourec e na NKK, tubos de produgaio confeccionados em ligas de niquel, e certamente a nobreza desses tubos limitam suas aplicagées a ambientes extremamente corrosivos. A especificagéo API 5AR normaliza ainda tubos de produc&o confeccionados de resina termofixa reforcada, ainda sem aplicagao no Brasil ‘sumrowd. PON KOKAN WN) MANNESHANN VALLOUREC ns | ova] Hs |. 3 co] co: Pasece |; oo: | seco Tabela 2.2 - Graus de Ago para Uso Normal, H:S, CO2 e Baixas Temperaturas 12 2.2.4. Roscas As conexdes dos tubos de producéo sao consideradas pontos criticos no “hook- up” das colunas de produc&o, sobretudo no que diz respeito a estanqueidade e eficiéncia a tracao, Varias qualidades so exigidas das roscas de conexao dos tubos de produgao. A Vallourec relacionou cerca de 50 qualidades dentre as quais so descartadas: + aeficiéncia a tracao; + estanqueidade a pressdo interna e externa; + OD, ID eo perfil interno. Além do API Spec 5B que padroniza roscas, sendo que duas sdo bastante conhecidas e utilizadas pela Petrobras: a EU (external upset) e a NU (non upset). A terceira rosca API, a Iv (/ntegral Joint) é especificada para tubos de produgao até 2,063 de didmetro externo, sendo portanto pouco conhecida (Figuras 2.1 e 2.2) Figura 2.1 - Rosca Externa Upset (EU) Figura 2.2 - Rosca Non-Upset (NU) As caracteristicas das roscas API sao: + fios redondos, com eficiéncia de vedacao bastante dependente das propriedades da graxa, néo sendo recomendaveis para pogos de alta pressao ou produtos de gas; + eficiéncia a tracdo alta para as roscas EU e baixa para as roscas NU; + perfil interno nao é liso, expondo os fios de rosca ao fluxo de fluidos do interior da coluna, favorecendo a turbuléncia e dificultando as opera¢des com arame; + 0 diametro externo das luvas das roscas EU é grande, impedindo, em alguns casos, sua utilizagéo em pocos cujo didmetro interno do revestimento é reduzido; + em casos de tubos revestidos, no permitem a continuidade da pelicula do revestimento. 13, As roscas especificadas pelo API nao atendem a todas as necessidades operacionais. Para satisfazer estas necessidades, os fabricantes desenvolveram roscas especiais, também conhecidas como roscas premium. Dentre estas roscas, serao abordadas as do tipo: DSS-HT, HYDRILL PH-6 e TDS. As roscas fabricadas pela NL ATLAS BRADFORD possuem como caracteristica basica a utilizagdo de um anel de teflon para aumentar a eficiéncia de vedacao das roscas, possuindo ainda + veda¢&o metal-metal no ombro inferior; + integral ou com luva + perfil interno liso, excerto para a modificacdo das roscas API + filetes de rosca tipo Buttress modificado; + filetes de rosca sob tens&o apés 0 aperto, aumentando a vedacao. Dentre as roscas NL ATLAS BRADFORD, a DSS-HT tem sido utilizada pela Petrobras em situagées especificas. As roscas fabricadas pela HYDRILL possuem a peculiaridade de possuirem dos diametros primitivos de rosca, com um ombro de 90 graus da diferenga de diametro, propiciando uma vedacao metal-metal extra. Possuem ainda as seguintes caracteristicas: + integral; + trs ombros de vedacao metal-metal; + filetes de roscas buttress modificado e trapezoidal: + perfil interno liso € boa eficiéncia a trago. As roscas HYDRILL so de alta eficiéncia mecanica, sendo bastante aplicadas para completagdes de pocos de alta press4o. Dentre as roscas HYDRILL a PH-6 6 a utiizada pela Petrobras (Figura 2.3). A Vallourec desenhou as ROSCAS VAM, especialmente para ambientes corrosivos, sendo, no entanto, muito aplicadas para todas as condigées. Possuem as seguintes caracteristicas: + so non-upset, exceto a mini-vam + possuem luva, exceto a mini-vam; + perfil interno liso + vedagao metal-metal no ombro inferior, + fios de rosca buttress modificado ; + fios de rosca sob tens&o apés 0 aperto A mais conhecida é a rosca VAM normal, existindo ainda a VAM AF, para severas condigées corrosivas e mini-VAM para tubos de pequenos diametros. A rosca TDS, fabricada pela Mannesmann, € similar 4 rosca VAM normal, possuindo as mesmas caracteristicas (Figura 2.4) 14 | Figura 2.3 - Rosca PH-6 Figura 2.4 - Rosca TDS 2.2.5. RANGE © cumprimento dos tubos de producao s&0 especificados conforme API 5A para os ranges 1 € 2, de acordo com os comprimentos a seguinte: + RANGE 4 : 20 a 24 pés de comprimento; + RANGE 2 : 28 a 32 pés de comprimento. Os pup joints s8o especificados para comprimentos de 2, 4, 6, 8, 10 € 12 pés. com tolerancia de #/- 3 polegadas. Na PETROBRAS existe uma padronizacao a nivel nacional, que amarra o tipo de conexao as caracteristicas do tubo (grau do aco e peso). Isto visa facilitar o intercambio de tubos entre as regides, pela facilidade de identificacdo do tipo de tubo com uma simples verificagao da conexao. Na RPSE, além desta padronizagéio, amarrou-se também. © uso em fungao do tipo de conexao. [Eonexdo [Grau | Dametro(pon [Peseta] seid EU. N80 a 72,76] Produgao de Oleo/injeqao de agua 3 9.30| Producao de dleo/injeco de agua NU T55 9.20 Producao de Gleo/pocos rasos tos | ¢-75 4 12,75] Producdo/injec3o de gas em formacdes com gases 3 ‘Tabela 2.3 - Padronizacao de Tubos 2.3. Dimensionamento de Coluna de Produgao Para o dimensionamento de uma coluna de produgao s&o considerados os esforcos de tracdo, pressao interna e colapso. Para o dimensionamento quanto a trac&o nao € considerado 0 efeito do empuxo. O coeficiente de seguranca recomendado é 2 para tubos usados e 1,6 para tubos novos. Para o dimensionamento quanto ao colapso considerar a coluna completamente vazia e usar 0 gradiente do fluido existente no poco. Quando este nao € conhecido, 15 recomenda-se usar 0,5 psi/pé. O coeficiente de seguranga recomendado 6 1,125 para tubos usados e 1,0 para tubos novos Para 0 dimensionamento quanto 4 pressao interna, considera-se 0 reservat6rio como de gas, com peso especifico despreziveis, ou seja, considera-se a pressao interna constante ao longo da coluna e igual a pressao estatica do reservatorio. O coeficiente de seguranca recomendado é 1,33 para tubos usados e 1,0 para tubos novos. Dentre os esforcos citados acima, o limitante normalmente é 0 de traco 2.4. Equipagem do Poco Nesta etapa, 0 poco recebe a coluna de produgéo e a arvore de natal, convencional (ANC) ou molhada (ANM) A coluna de producéo é constituida basicamente por tubulacao metalica removivel (tubulac&o de producdo), onde ficam conectadas uma série de outros componentes, sendo descida pelo interior do revestimento de producao, com as seguintes finalidades basicas: + Conduzir, de forma otimizada e segura, os fluidos produzidos até a superficie, com auxilio inclusive de método de elevacdo artificial, se necessario; + Proteger o revestimento contra fluidos agressivos (CO, H2S, etc.) e pressdes elevadas: + Possibilitar a circulagéo de fiuidos para o amortecimento do pogo em intervenc6es futuras. A composic&o de uma coluna de produc&o é funcao de uma série de fatores, tais como: + Localizagao do pogo (terra ou mar); + Regime de produce de fluidos (surgente ou com elevacao artificial) + Tipo de fluido a ser produzido (6leo ou gas, com CO; e/ou HS); + Necessidade de conten¢ao da produgao de areia associada aos hidrocarbonetos; + Vazao de producao; + Numero de zonas produzindo (completagao simples, dupla ou seletiva), ete Uma composigéo ¢tima de coluna deve levar em conta os aspectos de seguranca, técnico/operacional e econémico. 24.1. Seguranga © conjunto coluna de produgao, revestimento, fluido de amortecimento e arvore de natal ou BOP deve oferecer duas barreiras de seguranca durante toda a vida produtiva e, também, durante sua instala¢4o ou intervenc&o para manutencdo. A primeira barreira de seguranca, por exemplo, para um poco produtor com sistema de elevacao artificial por gas /ité composta de: + revestimento de produgo abaixo do packerbem cimentado; «packer, + tubos de produao do packeraté a valvula de seguranca (DHSV) e; + DHSV. 16 A segunda barreira é composta de’ + revestimento de producéo acima do packer bem cimentado em frente as formacées portadoras de hidrocarbonetos; + alojador de alta pressao (fousing) ou cabeca de produeao; + suspensor de coluna e; + arvore de natal (durante a produgao) ou tampao mecanico (plugue ou BPV) durante a intervengao. Estes dois conjuntos de barreiras de seguranca so independentes, isto ¢, a falha de qualquer um dos componentes pertencentes & mesma barreira néo compromete a outra barreira, salvaguardando 0 poco contra o descontrole. Como a norma obriga que sempre se tenha duas barreiras de seguranca para controle do poco, a falha de qualquer componente implica na imediata interveneao para correcao do problema Alguns pocos produzindo com bombelo centrifugo submerso (BCS), sabidamente nao surgentes, ndo vém mais fazendo uso de packers e valvulas de seguranca de subsuperficie (DHSV). Estes pocos sequer s80 amortecidos para que sofrem trabalhos de workover, j& que 0 fato de nao serem surgentes esta sendo considerado como uma primeira barreira de seguranca, 2.4.2. Operacionalidade Para o dimensionamento da coluna sao considerados dois periodos distintos: + durante a instalagao ou intervengao e; + durante a produgao A operacionalidade durante a produg&o € conseguida através do cumprimento das especificagdes fornecidas pelo grupo de métodos de elevacdo, baseado em simulacées poco a poco, onde as caracteristicas da formacdo, fluido a ser produzido, capacidade da unidade de producdo para fornecimento de gas /iff, entre outras, séo consideradas. A especificaco para pocos surgentes se restringe a diametro da coluna, otimizado para o fluxo multifasico através da mesma. Nos pocos com elevacao artificial por gas /ift continuo, a correta especificagao compreende, além do didmetro da coluna, a profundidade, tipo e orificio das valvulas. Nos pocos programados para produzir por bombeio centriftugo submerso (reservatorios com baixa raz4o gas-dleo), a correta especificacao compreende a profundidade, tamanho e numero de estagios da bomba, e poténcia do motor. A operacionalidade durante as intervengdes, objetiva facilitar os trabalhos executados no poco para a manuten¢o da produgdo. Por exemplo, nos pocos produtores com gas lift existe um TSR instalado logo acima do packer, para que, sendo necessario retirar a coluna de produce nao seja necessario a retirada conjunta do packer, evitando que a formacao entre em contato com o fluido de completacdo, o que normalmente, ocasiona perda significativa de fluido para a mesma. 2.4.3. Economicidade 17 © projeto da coluna de produco leva em consideraco dois aspectos de economicidade: em grande escala pela padronizacao dos tubos utilizados nos pogos e, em menor escala, pela otimizagao da operacionalidade de cada poco. A padronizagao de tubos e componentes diminui a infra-estrutura e 0 controle necessarios para compra, recebimento, preservacéo, manuseio e instalacao destes materiais, diminuindo conseqtientemente o custo. A otimizacao da operacionalidade da coluna durante a produgao aumenta a eficiéncia de fluxo e, durante a intervenco, reduz 0 tempo de utilizaco da sonda, que & responsavel pela maior parcela dos custos de intervengao. Com os crescentes custos com intervencéio em aguas profundas, em funcdo, principalmente, das altas taxas didrias das sondas de posicionamento dinamico, a E&P- BC desenvolve agdes que aumentem a vida util da coluna de producao ou injecdo. O GESCOM dimensiona os mandris de gas /iff para um horizonte de 10 anos, buscando instalar apenas um mandril por poco (redug&o de pontos de falna), considerando as varia¢des de composicao do fluide produzido, especialmente o BSW e a RGO. O GEQUIP estuda a adocao de tubos e acessérios em cromo 13 onde haja teores de CO, que possam causar corroséo importante. Os grandes operadores intemacionais costumam empregar colunas em cromo 13 para os pocos produtores (mesmo com pequenos teores de CO,) e colunas com revestimento interno, em epéxi ou fibra de vidro, para pocos injetores de agua 2.4.4. Tipos de Colunas mais Usuais na UN-BC A depender das condigées intrinsecas de cada pogo, utiliza-se um tipo de coluna mais adequado. As colunas podem ser classificadas como + convencionais; + para BCS; + para conjunto gravel pack, + coluna com modulado de gas; + coluna para pocos com COz/H2S: + coluna para pocos injetores. 2.4.4.1. Convencional com Gas Lift (GL) E a composi¢ao mais simples empregada em pocos de dleo surgentes e/ou com elevacao por gas /ift. Possui em sua composi¢ao: + cauda modulada (sub de pressurizacao + mjpple nao seletivo R); packerhidraulico recuperavel; + junta telescépica (TSR) + mandris de gas lifte + valvula de seguranca de subsuperficie (DHSV). A Figura 2.5 apresenta uma coluna de producao tipica para poco completado com elevacao artificial pelo método de gas /iffna UN-BC. 18 2.4.4.2. Bombeio Centriftugo Submerso (BCS) A composicao mais comum (Figura 2.6) compreende: +o conjunto de BCS + nipple R 2,78" + camisa deslizante; + packerhidraulico duplo, com valvula de alivio para 0 anular: + mandril de gas lift + valvula de seguranga. Nos pocos comprovadamente sem risco de erupcao, foram abolidos a camisa deslizante, o packer, 0 mandril de gas lite a valvula de seguranca (Figura 2.7). Havendo a necessidade de intervencdo nestes pocos, os mesmos nao s4o amortecidos. Ha uma composicao alternativa, chamada de BCS tubing mounted, onde a bomba fica encapsulada por um revestimento conectado a coluna (Figura 2.8). Finalmente, em pocos chave, onde é previsto se fazer testes de producao periédicos para acompanhamento do reservatério, utiliza-se a composi¢éo de coluna com bloco "Y” (Figura 2.9) 2.4.4.3, Conjunto de Gravel Pack Em pogos com producao de areia, associada aos hidrocarbonetos, ¢ empregada a coluna com conjunto de gravel pack (Figura 2.10), que consiste de um pacote de areia de granulometria selecionada, que é confinada entre o revestimento canhoneado e os tubos telados, que permitem a passagem do fluido produzido (com teor de areia muito reduzido), um packer de fundo (sump packer) e um packer superior. 2.4.4.4, Produgao de Gas Em pogos produtores de gas ou com pressao anormalmente alta, emprega-se 0 conjunto packer permanente/locator, com pressao diferencial de trabalho superior a do conjunto packerhidraulico/TSR (em desuso) 2.4.4.5. Producao Seletiva Quando um poco possui 2 ou mais zonas de interesse para produgao, emprega- se a coluna seletiva (Figura 2.11), com um packer separando as zonas canhoneadas e uma camisa deslizante (s/iding sleeve) defronte & zona superior. Assim, estas zonas podem produzir simultaneamente, ou isola-se a inferior com plugue produzindo a superior através da sliding sleeve aberta, ou ainda produz-se a inferior, fechando a siiding sieeve defronte a zona superior 2.4.4.6. Pocos com COz/H2S Neste caso, os testes de producao indicam 0 teor destes gases corrosivos no fluido produzido, o que ira determinar o tipo de liga metalica a ser usado para os tubos e componentes da coluna a ser instalada, sendo obrigatério 0 selo duplo metal-metal, cujos tipos de rosca mais comuns so TDS, PH-6, VAM-ACE. Este é 0 caso da Bacia de Santos e do campo de Pampo (Figura 2.12) 19 2.4.4.7. Pogos de Injecao de Agua As colunas usadas em pocos injetores so bastante simples, estando a coluna tipica de injegdo no campo de Marlim apresentada na (Figura 2.13) A DHSV foi substituida pela BRV (back pressure and retainer valve), sem linha de controle, instalada proximo ao packer. A BRV elimina a possibilidade de falha em linha de controle, ou seja, elimina uma das principais causas de intervencdes em pocos relacionados a DHSV. 2.4.4.8. Pocos de Alta Vazao ou Pocos Horizontais Com 0 inicio da completacao de pocos horizontais (Figura 2.14), programados para vazdes maiores que as dos pocos direcionais convencionais em producao, ja se programa a completagao com coluna de 5 ¥%'. Nos médulo 2 a 5 de Marlim, por exemplo, a vazao de producao deve ficar em torno de 2000 m’/dia e a de injeg&o em 3500 m’idia. No futuro, a meta 6 aumentar também os diémetros dos acessérios de coluna e, com o advento da arvore de natal molhada horizontal, também 0 bore de producao para 5 1". Nos pogos injetores foi abolido o uso da DHSV, sendo instalada a BRV (back pressure e retainer valve) 20 moze E&P-BC POGO PRODUTOR DE OLEO PADRAQ “SM - PRODUGAO — _ARVORE DE NATAL SIMPLES FLANGEADA 5000 PS! [ADAPTADOR “ASS CABEGA DE PRODUGAO TC-0O 13 51x 11"x5000 PSI ‘SUSPENSOR DE COLUNA"TC-1AEN 4°72 EUG PERFILP) ASSENT. BPV 305" CABEGA DE REVESTINENTO TUBOS DE PRODUGAO 4 1/2" EU- 12,75 LAIPE, N-20 DHSV "TROP-1A-SSA’, 381" A +/-30.™mDA MUDLINE ‘TUBOS DE PRODUGAO 4 1/2" EU- 12.75 LBIPE, N-80 REDUGAO3 12" EU x4 1/2" EU ‘TUBOS DE PRODUGAO 3 1/2" EU-9 3 LBIPE, N60 [MANDRIS DE GAS LIFT LINER 7°26 OU 29 LBIPE, P-110 ‘TSRCOM PERFIL-F 287" PACKER HIDRAULICO MOD, “HHL” ‘TUBO DE PRODUGAO 3 1/2" EU-9:3 LAPE, N80 NPLE*R 275" ‘TUBO DE PRODUGAO 3 1/2" EU-9,3 LBIPE, N80, SHEAR-OUT DUPLA 3.12EU ESFERAS 21/8" E 2.18" Figura 2.5 - Coluna de Produgéo Convencional com GL EXTENDED NECK 10" 21 22 repaggausuenoss E&P-BC POCO PRODUTOR DE OLEO scaccnae Sk PARA POLONORDESTE-PNE 8S ‘ARVOREDE NATAL CONVENCIOWAL FLANGEADA ‘fx 300 Hari (CABECA DE PRODUGHO"TFF-FC-00" 11° 19.58°20001 7 SUSPENSORDE COLUNA PRES” 103 17 2006S ‘ianORIC ELETROSUS EPERFIL ASSENT BV "5 3 (CABECA DE REVESTINENTO DHSV-TROP’ 261 3127 EU MoWORILDE GASUFT 3 uz EU REVESTIMENTO DE PROOLGAO 9 Ser, 4447 LOPE P-1t0 PACKER -TWIN"958° ‘CAMISA DESLIZANTE*’ 281 LER 275 (CHECK VALVE 8 12"€U C$OMIUNTOBCS : -CABEGADE DESCARGA FLANGEADA “AohIeS0 SENT, SERE S13 LUNER 7:26 LOPE, P-110 Figura 2.6 - Coluna de Produgao Convencional para BCS, eas assem E&P-BC POGO PRODUTOR DE OLEO / BCS ATacoouA exe PPADRAO ?POLONORDESTE®PNE BCS ARORE DE NATAL CONVENGONALFLANGEADA 830007 ADABTADOR'ASEC" 19 18 SONS! an CABEGA DE PRODUGAO TC-00 11° x 5000 x 7-1/16" x 5000 a ‘SUSPENSOR DE COLUNA “PBCS-C" 11" x 3 1/8" x 3000PS1 ETIBNDRI ELE ROSLBE PERF ASSENT BOY (CABECA DE REVESTINENTOTFE-0O 1358 11° 3000PS1 CCOLUNADE PRCOUGAO 3 12°EU 9.3 LNPE, N20 REVESTINENTO DE PRODUGAO 95843847 LNPE, P10 ‘TuBOS DE PRODUGAOS 1 EU-93LBRE NSO NPLE'R'275° CCONJUNTO ECS: -CABEGA DE DESCARGA FLANGEADA “SOUBA TAOMSSAO TSE. Teo "MoToR "SHROUD LINER: 28 Loe, P-110 Figura 2.7 - Coluna de Produgao com BCS e sem DHSV e Packer 23 mmgrnren E&P-BC POGO PRODUTOR DE OLEO PADRAO “POLO NORDESTE"- PNE BCS [ARVORE DE NATAL CONVENCIONAL FLANGEADA 3 1/8" x 3000 PS! [ADAPTADOR “ASEG" IMS 11°43 1/8" x S000°S1x3 12° EU LCABEGA DE PRODUGAO "HEF-FC-00" 11"x 13 518" 000PSI SUSPENSOR DE COLUNA “PRCS-C” 10°x31/2"x 20000S1 CGPNMANDRI ELETROSUB E PERFIL ASSENT, PV "1S" 2 TUBOS CURTOS 31/2" EU-99 LAPE, N20 ‘CABEGA DE REVESTIMENTO OHSV"TROF" 201° 3.4/2" EU TUB CURTO 3 17 €U-5,3 LBIPE, N80 REDUCAO ESPECIAL 7BUTRESS x3 12° EU x2 7/8"EU REVESTIMENTO DE PRODUGAO 9 58", 43/47 LPE, P14) 2 REVESTIMENTOS 7 BUTRESS REDUCAO ESPECIAL 7'BUTRESS x3 12" EU x2 7/8°EU COLUNADE PRODUGAO 3 172"EU 8,3 LDPE, N20 ‘Cheon VALE HED LINER 7-26 0 28 LUPE. P-110 SURGE cucu 1 coM PERL 281 — 1U80 CURTO 3 12 €U-9 LOPE Na0 ROKER MOD. HL a2 TUBO DE PRODUGAO 3 1/2" EU-9.8 LBIE,N-80 NPLE "R275" TUBOCURTO 3 12’ EU-8,5 LBIPE. N80 SHEAR OUT DUPLA 3-V2°EU ESFERAS 218" 2:38" Figura 2.8 - Coluna de Producao com 8CS Encapsulado 24 26 mses E&P-BC POCO PRODUTOR DE OLEO PLATAFORMA FLUTUANTE (GRAVEL PACKING — _ARVORE DE NATAL MOLHADA “GL” NIPPLE "F" 3.81% 4 172" TOS. REDUGAO 4 12" TDS PIN x4 12" EUPIN KSI, 472" V.DUPLA VEDAGAO "TUBOS DE PRODUGAO 4 1/2" EU- 12.78 LBP, N80 DHSV MOD. “TRC-DH2", 2.88", 41127 EUC/LINKA. A+, 30m BAMUBLINE IMANORIL DE GAS LIFT 4172" EU MANDRIL DE GAS LIFT 412" EU MANDRIL DE GAS LIFT 412" EU REVESTIMENTO DE PRODUCAO 9 5.8" 43,5147 LBPE, F110 REDUGKO 3 12" EU x4 172" EU ‘TuB0S DE PRODUGAO 3 12" EU- 9.3 LELPE, N80 IMANORIL DE POG 3 172" EU ‘TSR.COM PERFIL“F* 281" PLE “Re 273" HIDRO-TRIP DUPLA 3 1/2" COM SEDES ROMPIDAS PACKER MOD. “SCI” Figura 2.10 - Coluna de Producao com Conjunto Gravel Pack Figura 2.11 - Coluna de Produgao para Completacao Seletiva 27 28 mares E&P-BC POGO PRODUTOR DE OLEO PADRAO"ESP-SUL" [ARVORE DE NATAL SECA 3.1/16" 10000 PSI- 6.1/2" ACME CX: REDUCKO 6.112" ACME CX x 3.112" VAM PIN, mick uP SSTTA0KS! ‘COLUNA DE PRODUGAO 9 1/2" VAM, 15,5 LUPE, VS-28 REDUCAO 3 12° VAM x4 112" ACME. SSTT T0KSI REDUCAO 4112" ACME x3 1/2" VAM 1 TUBO DE PRODUGAO 3 1/2" VAM, 15,5 LUPE, VS-28 HOUSING 18 34° x i0 KSI BGP RECUPERAVEL REDUGAO 3412" VAM x 34/2" PW \VALVULA DE SEGURANGA MOD. "TRDP" 15 KSI REDUGAO 3112" PW. 3 12 VAM. REVESTIMENTO DE PRODUGAO 9.5 F9p-110585/8385 87 COLUNA DE PRODUGAO. eee LINER 7,35 LDPE, P-110 PBR 20° COM LUVA DE SEGURANGA 91/2" VAM PACKER HVT" STUBOS DE PRODUGAO 3 177" EU9.3 LUPE, N80 REDUGAO 3 12" EU x2 7/8"EU NIPLE"’, TAM, 2.25" TUB0 CURTO 278° EU BSLDPE ‘TUBO PERFURADO 2 7/8°EU 6,5 LbiPE TUBO CURTO 278° EU 6.5 LUPE REDUGAO 2718" EU x 27/8" NU MEIA PATA DE MULA SE EEN Figura 2.12 - Coluna de Producao para Pocos com CO,/H,S mmmerers E&P-BC POGO DE INJECAO DE AGUA PLATAFORMA FIKA PADRAO “SM” -INJEGAO ANC FLANGEADA 9" x 4 1/18" x 6000 PSI 7 MEANDER AS ‘CABEGA DE PRODUGAO TC-00 11" x S000 x 7-1/6" x 000 a SUSPENSOR DE COLUNA “TC-1A" 10" x4 1/2" TDS Ci PERFIL ASSENT. BPV "ISA" 2.5" REDUGAO 4 12" EU x42" TS (CABEGA DE REVESTIMENTO ‘COLUNA DE PRODUGAO 4 1/2" EU, 12.75 LbIPE, N80 REVESTIMENTO DE PRODUGAO 958°, 435/47 LOPS, P-110 REDUGKO 31/2" EUx 41/2" EU ‘COLUNA DE PRODUGAO 3 1/2" EU, 93 LbIPE,N-60 LINER 7", 26 LOPE ‘TSR COM PERFIL“F* 2.81" PACKER “RH”, 7 TUBO CURTO3 1/2" EU, 9,3 LDPE, N80 NIPLE “R", TAM. 2.25" ‘TUBO CURTO 3 1/2" EU , 9,3 Lb/PE, N60 ‘SHEAR OUT DUPLA, Figura 2.13 - Coluna de Produgao para Pogos Injetores: 29 Era curanvao ar e202 aN DN Z/b € NOVawaLNIS DU1.ziyxois 205 AN .Zik £ 0939 OBNL OYSYTNOUID 30 VSINVD woimyuao 3a wadav14 ‘9418 X NN wZib vOVSNOTE SUNVTS OySNaLXa WET ILE Qe STAIN ‘SS3uLINa .2's Oydndowd 30 SosnL ‘SSRALING.ZIF'S xa WZ OYSNGRA (gv BLY OavSh) «187 a Is¥3d WOO SL na.zitex sszuiing.ziv's ovonaaa ‘SS3ULLNE .ZI1's OvOnaowd 30 sosNL Obi-d "3187 Evi2y W815 6 OYSNGONE 30 OLNSALSIATY Nid na .2/ > Nid Sa .Zik yOYSNGTE 18d 0008 «#7 9b T19 NGONVH ONIENL (0005 x .¥it 91 «7179» VOVHTON TW1¥N 30: 34ON¥y ‘AWINOZIIOH OVOvLTAMOD “SLNVLM a VRBOSVINT ynoy 3d OVSSPNI 3G 050d oa-d94 veousysng osu Od Figura 2.14 - Coluna para Pogos Horizontals ou de Alta Vazao, 30 2.5. Componentes da Coluna de Producao 2.5.1. Tubos de Producao A especificagao dos tubos de produco da coluna é uma das primeiras decisdes em um projeto de completacao, devendo ser feita ainda na fase de projeto de perfuracao. Em pocos submarinos pode ser que os equipamentos submarinos, como cabeca de poco @ ANM, sejam especificados primeiro, face ao longo tempo de fabricacdo destes. A especificacdo dos tubos de produco inclui size, grau, peso por unidade de comprimento, tipo de conexao. CARACTERISTICAS DOS TUBOS PARA COLUNAS DE PRODUGAO E& INJEGAO Os tubos de produgao (tubing) sao caracterizados por size, grau do ao, tipo de conexao. Os tubos padronizados pelo API (American Petroleum Institute) , seguem a especificacao API Spec. 5CT, 1990. As tabelas de tubos apresentam o size (4 1/2" por exemplo), 0 diametro externo do corpo do tubo e das conexées, 0 peso nominal em Ib/pé (média do tubo e conexées), para as conexSes NU e EU, 0 grau do aco, a espessura da parede do tubo, o diametro interno do corpo do tubo e da conexo, o drift (didmetro de passagem) do tubo, a resistencia ao colapso (diferencial de pressao de fora para dentro do tubo) em psi, a resisténcia a pressdo interna em psi. Vide Anexo com caracteristicas, de tubos. © grau do tubo é expresso através de um carater alfabético e caracteres numéricos. O cardter alfabético esta associado a composi¢&o quimica e propriedades fisicas e mecanicas do tubo. Os caracteres numéricos referem-se a tensdo de escoamento do material. Assim, por exemplo, o grau L80 refere-se a um tubo com dureza controlada que prové resisténcia a fissuras por ataque de H2S e cuja tensdo de escoamento do aco é de 80000 Ib por pol2 Os esforcos, tensdes ¢ deformacdes oriundos de pressdes de fluxo € variagdes de temperatura tém influéncia na escolha do grau do ago e espessura da parede dos tubos. 3.2 Escolha do SIZE DOS TUBOS (OD) © size € definido pela capacidade de fluxo do pogo (obtida em testes de formagao ou por analogia com po¢os semelhantes), a capacidade de fluxo do tubo e os diémetros interos da coluna de revestimento. Os fluidos produzidos pelo poco e as vaz6es parciais destes variam com 0 tempo. Assim, a coluna de produgao deve ser capaz de realizar a produgZo ao longo de toda a vida util estimada para o poco. Este dimensionamento é feito pelos técnicos em elevacao € escoamento A espessura da parede do tubo, traduzida pelo peso do tubo por unidade de comprimento (lb/ft) € 0 grau do tubo sao funcdes do grau de corrosividade dos fluidos produzidos/injetados e da tensdo aplicada nos tubos. As operacées de limpeza, estimulac&o e workovers previstas devem ser levadas em conta. 31 Na Bacia de Campos sao usados os seguintes sizes: 3% - utilizado principaimente dentro do liner de 7” ou algumas vezes até o TH por razdes econémicas, em pogos com vazées inferiores a 300 m3/d. Ha casos onde a utilizaco de colunas com OD maior seria prejudicial a elevacao por gas-lift (0 gas tende a ‘cortar’ 0 fluido produzido). 4%" - utilizado em pogos da BC dentro do revestimento 9 5/8" (no a utilizamos dentro do liner de 7” devido a dificuldades no caso de possivel pescaria). Atende a vazdes entre 300 e 800m3/d. 5%" - a utilizacao das colunas 5 "OD BTC (Butress) na producao comegou em Marlim face & necessidade de colunas com diametros maiores para maiores vazées. Estes tubos eram até entdo utilizados como revestimento. Hoje esta soluedo esta bastante difundida, sendo largamente utilizada em pocos produtores / injetores de Marlim e Espadarte e da UN-RIO, geralmente para vazées superiores a 800m3/d 6 5/8” ou 7° - utilizados em pocos de alta vazao (maior que 3000m3/d) da UN- RIO € em alguns poucos pocos de Marlim. Hoje, a ope8o recomendada é 6 6/8” pois permite a utilizagao de cabo de PDG, ao contrario da coluna de 7” onde o risco de dano ou até mesmo prisao € grande face a pequena folga entre estes tubos e os revestimentos 95/8" Recomenda-se que se faga sempre uma andlise da folga entre todos os componentes da coluna e o revestimento onde estes est&o localizados. Veja o exemplo a seguir para 0 caso de tubos para pocos de alta vazao am ow) DRIFT=9,604 Cabo PDG| op= 6.25 op= 6,625" = RE oo soe sn Proteor do Folge = 0375" ‘ao do FDG| Fig. Font 6-5/8" 3.3 Escolha'daMetalurgia wes Aco Carbono - Utilizada na maioria dos pogos. Recomendada onde nao ha expectativa da producao de fluidos corrosivos (H2S; CO2), 32 Cr 1% - Recomendada para pocos injetores de agua. E cerca de 20 % mais cara e tem vida util maior que a tubula¢ao de ago carbono comum pois € mais resistente & acao do O2 proveniente do sistema de injecdo. Duoline — Tubos de ago-carbono comum revestidos internamente com fibra ‘Também recomendados para pocos injetores de agua (é 40 % mais caro que 0 tubo de ago-carbono comum). Cr-13 - Utiizados nos pocos produtores onde espera-se producao de CO2 e/ou H2S com temperaturas menores que 1500 C. Exemplo de aplicacao: BR&CRT; MLS (mod 2); ABL; ESP e algumas areas de RO. Super Cr-13. - Difere do Cr-13 comum pela presenca de Ni e Mo na liga Recomendado quando se espera presenca de CO2 e/ou H2S em temperatura maior que 1500 C. Sera utilizada nos pogos de gas do projeto Peroa & Cangoa (ES) Cr-22 - Utilizados nos pogos de gas de Meriuza (foram especificados na época pela Shell) e também em pocos produtores de oleo do Sul. Aplicados em ambiente com H2S e/ou CO2 em pocos com alta temperatura. 3.4 Escolha das Conexdes (API ou PREMIUM) Mecanicamente, privilegiam-se nos tubos de produgao a confiabilidade de vedagao e a resisténcia, em detrimento da facilidade de manobra As conexdes podem ser as padronizadas pelo API (NU; EU; BTC), para as aplicagdes em ambientes mais favoraveis, ou especiais (proprietary connections), chamadas de premium (TDS; BDS; NK3SB; VAM ACE; VAM TOP) para ambientes mais exigentes, As conexdes especiais ou premium s&o recomendadas para as seguintes condigdes/ambientes (Landmark, March 2000) Obter eficiéncia total e confiabilidade de selamento contra gés em condigdes severas como: altas pressdes (> 5000 psi) altas temperaturas (> 250 oF), ambientes corrosivos, pocos produtores de gas, altas pressdes de gas lift, pogos submetidos a vapor, pogos horizontais com altos doglegs. Aumentar a eficiéncia de conexdes tipo FJ (Flush Joint), IJ (Integral Joint) e similares. Aumentar a facilidade de encaixe (stab-in) e enroscamento (make-up) de tubos de grande didmetro (> 16") Reduzir 0 efeito de galling em tubos de cromo e colunas que sero reutilizadas. Prevenir falha da conexao sob carga de torsdo (quando girando no pogo, por exemplo) 33 © desempenho superior das conexdes premium, quando comparadas as API, decorrem de: i) formas mais complexas de rosca; ii) selos resilientes; iii) ombros para torque; iv) selos metal-metal. Como 0 custo das conexdes especiais € também premium, ie, elevado, deve-se verificar se no € possivel atingir os mesmos resultados com conexdes API. Aigumas vezes isto ¢ conseguido através de cuidados como: i) rigoroso controle de qualidade; ii) rigoroso controle dimensional; il) uso de graxa adequada (nas conexdes API a vedacao se da pela interferéncia entre os fios de rosca em conjunto com a graxa); iv) plating applied to couplings (Landmark, March 2000), A revista World Oil publica anualmente uma lista de conexdes premiuns dos varios fabricantes, com suas caracteristicas. ‘A rosca mais usada no mundo é a EUE-8R, padronizada pelo API, onde EUE significa o reforco de espessura (upset) do tubo nas extremidades, 8 € o numero de fios de roscas e R significa que os fios de rosca sao de perfil arredondado. Ja as conexdes premium tém sido adotadas na Bacia de Campos, em alguns casos, por conta dos fluidos produzidos, face a elevadas RGOs ou a presenca de H2S ou CO2. No caso de pocos de gas nao associado, raros na Bacia de Campos, o uso de conexdes premium é obrigat6rio. No caso de ambientes corrosivos devido a H2S ou CO2, a metalurgia especial, tipo Cri3, Cr22, ete, € obrigatéria, o que por sua vez exige conexdes especiais. Isto porque os a¢os inoxidaveis apresentam uma tendéncia de soldagem no contato de duas superticies do mesmo material (galling) se submetidas a altas presses, 0 que ocorre no enroscamento dos tubos. As luvas das conexdes especiais dos tubos inox sao revestidas com uma camada de cobre depositada eletrostaticamente, que previne 0 efeito de galling (O uso de conexées premium na Bacia de Campos se iniciou com a TDS (3 %e 4 %), nos pogos do campo de Pampo. Na época, foi uma op¢ao motivada pela presenca de H28, apesar do principal requisito da coluna de produgao em PM, em face do H2S, ser 0 tipo do ago (C-90). A V&M, fabricante da TDS, esta substituindo esta pela conexao VAM TOP, mais moderna e com melhores propriedades. Tem-se ainda usado, em larga escala, as conexdes NK3SB (em Cr-13) fornecidas pela NKK, vencedora da ultima grande licitagao. principal fomecedor de tubulacdes é a V&M (EU, BDS, BTC, VAM TOP etc.) Alguns outros fomecedores sao: NKK (rosca NK3SB); MITSUBISHI (rosca FOX) Observemos que a multiplicidade de opeSes de tubos e roscas premium decorre da evolucao tecnolégica e de aspectos de mercado Na Petrobras existe uma padronizac&o nacional para tipos de conex4o, grau do aco e peso dos tubos de producao, facilitando o intercdmbio entre as regides e permitindo menos itens de estoque e, conseqientemente, menores custos operacionais Na E&P-BC, as conexées padronizadas para colunas de produc&o sao: + EU (external upset; + NU (non-upsefy + TDS (tubing double sean; + Buttress (para colunas 5 %4’) e: + VAM-ACE (Vallourec), empregada nos pocos da Bacia de Santos. 34 TH. A seleco da tubulacao a ser + Coletor de Detritos empregada num determinado poco leva em = Linha DHEV conta 4 fatores: * Flow Coupling Jol _-bisv + diémetro interno do revestimento de + Flow Coupling (Luva de Fluxo) produgao: nos pocos equipados com liner de 7°, utiliza-se tubulagéo com * Tubos didmetro externo (OD) de 3 %" para facilidade de pescaria, pois o diametro externo da luva € 4 %". Alguns pocos possuem zona de interesse revestida + Tubos por liner 5 14" e, nestes casos, utiliza-se acoluna 2 °/," (OD da luva 2,875"); + maxima vazo esperada: determina-se o y | > Mandril com Vaivula Cega diametro nominal da coluna; * 01 Tubo + fluido a ser produzido: define 0 tipo do + TSR aco (grau) dos tubos, bem como 0 tipo » Packer FH das conexdes; obo tokee + esforgos mecanicos: calculando-se os ~ Siding Sleeve esforgos a que a coluna estara + 01 Tubo submetida durante sua vida util (tenses > Nipple “R” Botton No Go de tracao, de colapso e pressao interna), + Tubo Curto @ definido 0 grau do aco, podemos i = Shear-out Triplo ou determinar a espessura de parede wt Hidro Trip-Duplo requerida e, consequentemente, seu peso por metro Figura 2.15 - Componentes da Coluna de Produgao Devido ao uso prolongado da coluna de produc&o, prioriza-se nestes tubos a confiabilidade da vedac&o ao invés da praticidade de manobra. Assim, privilegiam-se as roscas finas que promovem a vedacao metal-metal na propria conex&o. As roscas finas podem ser classificadas como: de perfil redondo, de perfil quadrado e premium As roscas EU e NU se enquadram na categoria de perfil redondo e so padronizadas pela norma 5B do API. A rosca NU esta em desuso em nossa regiéo e a rosca EU é a mais comumente utilizada, dada a grande quantidade de pocos produtores de dleo, sem outros fluidos agressivos associados, em nossa regido. A Tabela 2.4 apresenta algumas caracteristicas destes tubos. Referéncias completas esto apresentadas no apéndice. Nos pocos completados com coluna 5 7%” emprega-se os tubos de revestimento com conexao BTC (Buttress Thread Casing), com 5 fios por polegada, padronizada pelo API, as quais se enquadram na categoria de perfil quadrado. Os tubos comprados para completar os pogos de Marlim com esta coluna de 5 %4’ possuem grau N80 e peso de 17 Ib/pe. Em pogos produtores de gas, com fiuidos agressivos ou com alta pressdo, so empregados tubos com roscas premium, especificamente as roscas TDS e VAM-ACE 35 rr 3% EU TEU, Drift (pol) OD da iuva (pel) Colapso (psi) Pressao interna ‘TDs Popos de gas ou pogos com gases cortosivos: (C02, Has) PHA6 Pogos profundos de alta pressao com gases corrosivos (Co2, H2s) NU Utlizados apenas como ferramenta na RPSE (tubo de Javagem, cauda pi squeeze, etc) EU Pogos de le Figura 2.16 - Tubos de Producdo mais Usuals 2.5.2. Shear-out E um equipamento instalado na extremidade inferior da cauda de produgdo, que permite 0 tamponamento temporario da mesma. Tambem conhecido por sub de pressurizacao (Figura 2.17 e 2.18) Possui trés sedes, sendo a inferior tamponada. Atualmente tem sido descida sem a sede inferior tamponada, isto €, apenas com duas sedes. Antes da descida, & dimensionada a press&o de rompimento da mesma e, de acordo com 0 callculo, colocados tantos parafusos de cisalhamento quanto necessario. Ao se pressurizar a coluna, a forca 36 atuante na sede faz com que os parafusos cisalhem, caindo a sede no fundo do poco & liberando a passagem na coluna. Necessitando-se tamponar novamente a shear out, langam-se as esferas no poco (Figura 2.19), que se alojarao nas suas sedes. Para abrir ao fluxo novamente, basta pressurizar a coluna. Uma vez rompida a sede inferior, a shear out passa a funcionar como uma boca de sino, pois tem a sua extremidade inferior bizelada para facilitar a reentrada de ferramentas na coluna de producao. Corpo Sede superior fam Paratso de Std nfetor Para de | Figura 2.17 - Shear-Out Dupla em Corte Figura 2.18 - Esquema da Shear-Out Tripla hi all Figura 2.19 - Sedes e Estera da Shear-out As principais dimensées da shear out tripla para coluna 3 na E&P-BC) séo mostradas na Tabela 2.5: EU (a mais utlizada 37 [SEDE [iD clsedenaorompida__[\D cisederompida___[Diam.esfera__] 30 ae 3m Pe 38 ‘Tabela 2.5 - Principals Dimensées da Shear Out Tripla de 3°" 253. Hydro-trip Tal como a shear-out, serve para tamponamento temporario da coluna. Porém por ter rosca também na parte inferior, pode ser instalada em qualquer ponto da coluna. A sede, no entanto, nao cai para o fundo do poco, pois tem um collet que se expande, entrando na reentrancia apropriada para isto. | Como desvantagem, nao permite passagem plena na coluna apés o rompimento da sede (Figura 2.20 ). fe superior Roentrancta para ‘expansdo da sede Parafuso anti-rotagso Parafuso de ‘expansdo da sede Parafuso © dimensionamento dos anti-rotagao parafusos de cisalhamento e operacao sao semelhantes a da shear-out. Parafuso de cisalhamento As principais dimensdes da Ayaro-trip dupla para coluna 3 4%" EU (@ mais utlizada na E&P-BC) so Figura 2.20 - Hydro-Trip Dupla mostradas na Tabela 2.6 a seguir: |__| !Dcisede nao rompida _| ID c/sede rompida Diametro da esfera inferior 2,000" 7500 2p Superior 2.300" 2,700 2% Tabela 2.6 incipais Dimensdes da Hydro-Trip Dupla de 3 1 2.5.4. Nipples de Assentamento Os nipples (ou perfis) de assentamento so subs que possuem uma area polida para vedac&o e uma sede de travamento. Servem para alojar, numa profundidade bem definida, plugs (para isolamento de zonas produtoras), standing valves (para impedir perda de fluido para a formacdo), instrument hanger com registradores de pressao para testes de producao, e chokes (estes de uso raro, permitem a producdo simultanea de 2 Zonas com diferentes pressdes). S40 especificados pelo sea/ bore, que € 0 diametro da tea polida onde as gaxetas dos equipamentos de controle de fluxo fazem a veda¢ao Normaimente so instalados na cauda de produc&o, abaixo de todas as outras ferramentas. Podem, também ser instalados tantos quantos necessarios, em qualquer ponto da coluna, ressalvando-se a seletividade dos mesmos. Basicamente, ha dois tipos principais de nipples de assentamento: nipple R (nao seletivo) e nipple F (seletivo) (Figura 2.21). 39 2.5.5. Nipple (nao seletivo) Possuem um batente (10-go) na parte inferior com diémetro interno menor que 0 diametro interno da area polida. Normaimente, ¢ utilizado em dois casos: quando a coluna Tequer um Unico nipple ou como 0 ultimo (mais profundo) de uma série de njpples do mesmo tamanho. A utiizagéo de mais de um nipple nao seletivo na mesma coluna, somente € possivel se os diémetros internos dos mesmos forem diferentes, decrescendo com a profundidade de instalacao Os principais nipples R utilizados na E&P-BC sdo mostrados na Tabela 2.7. Tamanho Nominal [Conexao __| Area Polida “NO-GO” 275" 2,750 2687 2,250° 2.197 [27 FEU | 1,875" 1822) Tabela 27 - Principais Nipples R 25.6. Nipple F (seletivo) Nao possuem /o-go, isto €, a propria area selante serve de batente localizador. Podem ser instalados varios njpp/es seletivos de mesmo tamanho numa mesma coluna Neste caso, o posicionamento do equipamento desejado ¢ feito pela ferramenta de descida e/ou tipo de trava do equipamento a ser instalado. A junta telescépica (TSR) e 0 tubing hanger tém um perfil F incorporado internamente, com dimensdes de 2,81” e 3,75", respectivamente. Em caudas de produeao large bore, 0 perfil F do TSR tem diametro nominal de 3,50” e o nipple R pode ser de 3,28" ou 3,31” As figuras 2.22 e 2.23 mostram respectivamente uma standing valve e um niplle Rem corte, com uma Standing Valve assentada Os principais njoples F utilizados na E&P-BC sao mostrados na Tabela 2.8 ‘Tamanho Nominal ‘Area Polida am EU 4A EU 4% EU 3A EU Tabela 2.8 - Principals Nipples F. 40 irons Piva orev) ‘rea pola (rosa NipoteF Nipple R Figura 2.21 - Nipples para Assentamento de Tampoes Figura 2.22 Standing _—Figura 2.23 - Standing Mecanicos (Plugues) Vaive Valve Assentando 25.7. Sliding Sleeve A sliding sleeve (ou camisa deslizante) possui uma camisa interna que pode ser aberta ou fechada através de operagdes de arame, para prover comunicacao anular- coluna ou coluna-anular (Figura 2.24 ) A area de fluxo, normaimente, ¢ equivalente a area de passagem da coluna de produc&o. Os diferentes tipos de camisas deslizantes existentes no mercado séo bem semelhantes quanto 4 sua concep¢éo, variando apenas os tipos de elementos de vedacao (gaxetas, selos moldados ou o-rings), 0 sentido de abertura e fechamento (percusséo para cima ou para baixo) e a existéncia ou nao de um perfil para assentamento de tampées mecanicos com operacdes de arame. Posicao aberta Posigdo fechada Perfil F. para Top sub assentamento eventual de plug ou pack-off Camisa interna danela de CN) f_— comunicagso anular x coluna oO Gaxetas de vedagio G8 Reentrancia (groove) superior Collet Area polida Botton sub Figura 2.24 - Camisa Deslizante (Siding Sleeve) 4 Seu uso esta restrito, atualmente, para completacao seletiva, onde permite a produc&o da zona superior. Alguns pocos antigos ainda possuem esta valvula na composi¢éo da cauda, porém, este uso foi abolido nas novas colunas devido pouca confiabilidade na vedag&o dos o-rings da camisa quando se fazia o fechamento com arame. Os principais fornecedores tentam resolver este problema de diferentes formas: a Baker lancou uma siiaing sleeve com vedagao metal-metal, a CAMCO preferiu a op¢ao da camisa insertavel, onde se pode substituir os elastémeros a cada ciclo. Sua func&o na cauda era ser um back-up para produc&o caso a extremidade da coluna estivesse irremediavelmente plugueada. Com 0 advento do cortador quimico, a zona pode ser rapida e economicamente aberta com o corte da cauda modulada Quando houver a necessidade de se descer uma sliding sleeve no poco, jamais colocar chave flutuante ou cunha no corpo da camisa. Enroscar previamente um pup joint no fop sub para o manuseio, e posicionar as chaves flutuantes no fop e bottom subs para aplicar 0 torque. 2.5.8. Check Valve E uma valvula de pé, que serve para impedir 0 fluxo no sentido descendente. E composta de uma sede, com uma valvula de reten¢ao que se abre quando pressurizada de baixo para cima e veda quando pressurizada de cima para baixo (Figura 2.26). Serve para evitar que 0 poco beba 0 fluido de completagao presente na coluna, mantendo-a cheia, e, em colunas com BCS, impedir o contra-fluxo pelo interior da bomba ‘Anel protetor da valvula vValvula de go ——| Sede da vilvula Figura 2.25 - Valvula de Pé (Check Valve) 2.5.9. Packerde Produc&o O packertem multiplas fungdes: + serve para compor a primeira barreira de seguranca, conjuntamente com a DHSV, a coluna de producdo entre ao DHSV e 0 packer e o revestimento de producao bem cimentado abaixo do packer, 42 + protege o revestimento (acima dele) contra pressdes da formacao e fluidos corrosivos; + possibilita a inje¢ao controlada de gas, pelo anular, nos casos de elevacdo artificial por gas lift + permite a produco seletiva de varias zonas por uma Unica coluna de produco (com mais de um packer), etc. E posicionado de tal forma que a extremidade da coluna de produgao fique a aproximadamente 30m acima do topo da formacao produtora, para permitir perfilagens de producdo e ampliagdes de canhoneio through tubing. Os packers de producao so assentados por diferencial de pressao entre o interior e o exterior da coluna, e consequentemente, em algum ponto da coluna abaixo do packer é necessario instalar um sub de pressurizaco com este objetivo. Os packers so compostos por elementos de vedagao (borrachas), elementos de ancoragem (cunhas & hold-down), pinos de cisalhamento para assentamento e pinos (ou anel) de cisalhamento para desassentamento, © hold-down, presente em alguns tipos de packer, s4o cunhas com a funcao de no permitir que pressdes abaixo do packer o desloquem para cima, pois quanto maior 0 diferencial de pressdes, maior sera a fixagdio do hold-down ao revestimento. Nos packers HH e HHL esta funcdo suprida pela propria cunha, cujo desenho dos dentes Ihe permite um bom desempenho tanto com diferenciais de pressao de cima para baixo, quanto o contrario, A Tabela 2.9 apresenta as caracteristicas dos packers usados na producao. Em fungdo do historico de desempenho observado para cada modelo de packer de producao, 08 mesmos s&o usados em situacées diferentes, conforme mostrado pela Tabela 2.10. [ FH | FHL] RH | RHL| HH | HHL | so-1 [sc-1L7"] sc.2 rm a | 9" oir | 7 | 9ck" 95" 95" |aP maximo Temperatura maxima elastémeros (°F) 275| 275] 350] 350) 330) 330] 300) 300) 350] Fee ene Numero estagios 1 1 4 1 >| 4 1 1 1 itrago (klbf) }50 Iso |S0 4354 84 16 15 15 rere ar EE eee res "Eethas "has Eas” [pine (P) / anel (A) [50 so |S.00 |7,186 |9,.00 9.00 2,50 [2,50 [2,50 [eapacidade (kis) Tabela 2.9 - Caracteristicas dos Packers de Produgio 43 FH/ FHL RH/ RAL [HH / HHL 'SC-4/SC-1L/ SC-2 (Gravel pack Nao) indo Indo ‘sim (Canhoneio TCP Nao [pode ser usado (") [mais adequado [pode ser usado [Abandono temporario __[Mais adequado [pode ser usado [pode ser usado [pode ser usado Packerde produgao bom Imuito bom Imuito bom [Nao ITSR pré-balanceado [nao ipode ser usado (*) |mais adequado [Nao Histérico de desempenho [bom Imuito bom Imuito bom [muito bom (Cy consultar recomendaies Tabela 2.10 - Recomendacées para Aplicacito dos Packers de Producéo (01) Mandsit (02) Paratuso de eisathamento para desassentamento (0) Collet Pisthoant-desassentamento © packer no devessente ‘am pres na coluna (4) Elemento de vedaeao (05) Sap tate (06) Paratuso de esa (07) Crematheira (08) Parafuso de csathamento (09) Cone superior Figura 2.26 - Elemento de Vedacao (Borrachas) do Packer HHL (17) Andis de (10) Cunha fevvame (11) Cone inferior (22) Parafuso de eisathamento (16) Camisa (13) Pistt0 atuador protetora (18) Mandell do pist0 (15) Camisaretentora Figura 2.27 - conjunto de Figura 2.28 - Esquema do Packer de Producao ‘Ancoragem do Packer Modelo HHL Recuperavel HHL 2.5.10. Packer Permanente E um tipo de packerque, uma vez assentado, ndo se consegue mais recupera-lo Para retira-lo, é necessario corta-lo e empurra-lo para 0 fundo do poco. & assentado a cabo, utilizando-se uma unidade de perfilagem. Para ser assentado, é conectado a uma setting too/ (ferramenta de assentamento) e descido até a profundidade apropriada. Ao se acionar, eletricamente, a sefting tool, ha a detonacao de um explosive que cria um movimento da camisa superior para baixo, comprimindo todo o 44 conjunto até a camisa retentora. Este movimento expande o elemento de vedac4o e as cunhas contra 0 revestimento (Figura 2.29). 2.5.11. Unidade Selante E 0 equipamento descido na extremidade de uma coluna, que faz a vedagao da mesma com 0 ofificio da packer ou do suspensor de subsuperficie. Para instald-la, basta colocar peso, pois tem uma rosca tipo wicker. Divide-se em trés tipos principais (Figura 2.30) 2.8.12, Ancora Uma vez conectada, s6 permite a liberagéo com rotac&o a direita (14 voltas), possuindo dispositivo anti-rotacional. Os dentes da garra tém perfil horizontal na parte superior, o que garante a impossibilidade de liberagao por tracao. 26.13, Trava Uma vez conectada, permite a liberago com tragao (cerca de 10.000 Ib), pois n&o tem um dispositive anti-rotacional que permita seu giro para liberago. 2.5.14, Batente Por nao ter a rosca wicker, nao trava. Para retiré-la, basta tracionar a coluna. Ancora Batente ‘Camisa de asentamento (Anchor) —(Snapatch) (Locator) Mod E ModE Mod 6 Mandel com rose esquarda Paras de czathanento ‘Ave de travamento emes ‘carta care horizons live xa Aletas. Dentes tl antirotacao| inctinados lemon de vetasto Cunha interior Conexéo Fi J Meta para tubo) pata Caria rtentors sspacedor mula Figura 2.29 - Packer Permanente Figura 2.30 - Unidades Selantes Modelo D Baker 45 2.5.15, Junta Telescopica (TSR) © TSR (Tubing Seal Receptacle) ou junta telescopica (Figura 2.31 ¢ 2.82) é usado para absorver a expansdo ou contragao da coluna de producdo, devido a variagao térmica da mesma por causa das diferentes temperaturas a que € exposta quando da producéo (ou injecao) de fiuidos. Permite também a retirada da coluna sem haver necessidade de desassentar a cauda. E composto basicamente de duas partes independentes: a camisa externa e o mandril. A camisa € composta de um top sub, dois conjuntos de barreiras de detritos, quatro conjuntos de unidades selantes e a sapata guia com J-siot. O mandril € composto de um perfil F no topo, seguido de mandril polido e bottom sub com J-pino e duas sedes para parafusos de cisalhamento. A vedacao entre os dois conjuntos (camisa externa e mandril) é promovida pelo conjunto de unidades selantes sobre o mandril polido. O travamento entre os dois conjuntos, para descida ou retirada, ¢ promovido através do v-siof existente na sapata guia (Figura 2.33 e Figura 2.35 ) que se encaixa no J-pino (no bottom sub do mandril) & Por parafusos de cisalhamento que tanto podem ser armados para rompimento por tra¢ao ou compressao (Figura 2.32). Figura 2.31 - TSR Armazenado na Oficina da GENPOIGEQUIP A sapata guia (figuras 2.33 e 2.35 ) tem também uma extremidade tipo overshot na meia-pata de mula para facilitar 0 reencamisamento da camisa no mandril. O J-slot da sapata pode ser do tipo “EASY-OUT’, ‘AUTO-IN" ou “AUTO-OUT’, todos com a opgao de liberacao direita ou a esquerda, o que deve ser definido em funcao da aplicacao © perfil F no topo do mandril tem a finalidade de possibilitar o isolamento da coluna através do tampo mecdnico e também possibilitar a limpeza dos detritos, por circula¢o, que porventura se acumulem acima do tampao antes de sua pescaria 46 Camisa do TSR Mandril do TSR (6) Perfil "F" Area polida Ranhura superior Perfis de sapata guia (slot) Fhe EORH (") J J Easy-out (2) right hand Barrei de AIRH detritos ‘Auto-In right hand AORH Auto-out right hand EOLH Easy-out left hand N AILH (**) * Usual em coluna de producao. ** Usual em pescador de TSR. colocacéo cl parafusos de cisalhamento (slot) Figura 2.32 - Junta Telescépica (TSR) Figura 2.33 J-Slot na Sapata Sula Figura 2.34 - Ranhuras do Mandril Figura 2.35-Sapata Guia do TSR 47 2.5.16. Mandril de Gas Lift (MGL) e Valvula de Gas Lift (VGL) © mandril de gas Jift (MGL) € um componente da coluna de produgao usado como alojamento de diversos tipos de valvulas, chamadas de valvulas de gas /ift (VGL), que promoverao a comunicagao coluna-anular (Figura 2.36, 2.37 e 2.38). Estas valvulas podem ser assentadas e retiradas através de operacdes com arame. Os MGL so excéntricos, isto ¢, as bolsas de assentamento das valvulas séo localizadas na lateral do mandril, sé sendo acessiveis com a utilizacao de ferramentas especiais (desviadores) através de operacdes com arame. Assim, os mandris mantém um. dimetro interno igual ao dos tubos de produgao (full bore). Os mandris s80 enviados para a sonda com a valvula ja instalada e com 2 pup joints instalados (um acima e o outro abaixo). SAo marcados externamente com as informagdes: tipo do mandril, diémetro, tipo, orificio e calibraco da valvula, posi¢ao na coluna, € se as conexdes esto torqueadas ou com aperto manual. Os mandris possuem rosca caixa nas 2 extremidades e, para nao se correr o risco de inverter sua posicao de instalaco, deve-se lembrar que os orificios estao situados na parte inferior do mandril. Os pup joints conectados facilitam esta instalagao. Em colunas 5 ¥%' com mandris 4 14", emprega-se luvas de fluxo na transi¢&o, que cumprem dupla fun¢&o: reducdo da rosca e maior resistencia a erosdo devido a maior espessura de parede. © ponte critico de vazamento nos mandris é nas gaxetas da valvula e, devido a este fato, sAo testados na oficina com 5000 psi antes de serem enviados para a sonda. Quando se troca valvulas na sonda, este teste deve ser repetido. Os principais tipos de valvulas de gas /ift s40: VGL de orificio, VGL de pressao & VGL cega 2.5.17. VGL de Orificio Serve para injecéo de gas em coluna de elevacdo artificial por gas lift Esta sempre aberta no sentido anular-coluna, e nao permite passagem no sentido coluna- anular (Figura 2.40) 2.5.18. VGL de Pressao Também chamada de VGL calibrada, serve para ajudar a aliviar o peso da coluna hidrostatica durante a induc&o de surgéncia. Na coluna de produgao, trabalhando como valvula de alivio (normalmente se utiliza mais de uma VGL calibrada), fica posicionada acima da valvula operadora (de orificio), e é calibrada para fechar a determinada pressao no anular, quando entéo nao mais permite o fluxo de gas através de si (Figura 2.41 € 2.42) 2.5.19. VGLCega Serve para reservar uma posi¢ao estratégica na coluna para comunicagao coluna-anular. Nao € possivel a circulagdo através desta valvula, tendo a mesma de ser retirada da bolsa do mandril para permitir a circulac&o. 48 Comet sana APE on 12"EU Deter eat para ‘rman ds vila Ava pada superar Ori oma slr conn va pas ine Cone ct ANDES 1O"EL Figura 2.36 - Esquema do Mandiril de Gas Figura 2.37-AlgunsMGL,em —_ Figura 2.38 - Instalando uma VGL Lift com Bolsa Lateral Corte, usados na E&P.BC na Bolsa do NGL Figura 2.99 - Valvula de Orificio Figura 2.40-VGL de Pressio, _—Figura 2.41 - Engaxetamento ‘em Corte Inferior e Check Valve 49 2.9.20. Valvula de Seguranca de Subsuperficie (DHSV) A valvula de seguranga de subsuperficie, DHSV (Down Hole Safety Valve), posicionada sempre abaixo do fundo do mar, € um componente da coluna de producao, tendo a fungao de barreira mecdnica de segurancga para evitar erupgdes ou fluxos descontrolados do poco no caso de falnas dos equipamentos de seguranca de superficie. Normaimente a DHSV esta na posigao fechada. Para produzir 0 pogo, a DHSV deve ficar na posi¢ao aberta. Qualquer que seja a posi¢ao da valvula (aberta ou fechada), a mesma permite injec de fluido para o interior do poco. Nas plataformas fixas, é instalada a 30 metros abaixo do mud line. Porém, quando se prevé a perfura¢éo de um poco no mesmo femplate, a mesma deve ser instalada abaixo do kick-off pointprogramado. Nas completagdes com ANM, a valvula de seguranca vem sendo instalada a 10 metros abaixo do mud line. Recentemente, foi conduzido um estudo de possibilidade de falnas em pocos isolados, onde foi demonstrado que a DHSV pode ser dispensada para estes pocos. Ha uma comissao nomeada para alterar a norma Petrobras e iniciar a implementagao deste estudo. ‘S&o varias as formas de se classificar uma DHSV: + Quanto a forma de instalag&o: tubing mounted ou insertaveis; + Quanto ao mecanismo de acionamento: vaivula controlavel da superficie ou valvula de velocidade de fluxo (storm choke); + Quanto a equaliza¢ao: auto-equalizavel ou nao auto-equalizavel. 2.5.21. Enroscadas na Coluna ou Insertaveis As enroscadas na coluna, ou tubing mounted (TM) (Figura 2.41), so conectadas diretamente na coluna de producdo, sao mais confiaveis, apresentam menor restricao a0 fluxo e s&o mais caras que as insertaveis. A principal desvantagem reside no caso de mau funcionamento, ou problema que necessite remové-la, ter-se que retirar a arvore de natal e coluna de producdo. As insertaveis com unidade de arame, ou wireline retriaveable (WL) (Figura 2.42 e Figura 1), permitem substituigao sem a necessidade da retirada da coluna 2.5.22. Controlavel ou Nao Controlavel da Superficie As controlaveis da superficie so normalmente fechadas (Jai! safe close), independem das caracteristicas de fluxo do poco, podem ser enroscadas na coluna (Figura 2.41) ou insertaveis (Figura 2.42) e abrem aplicando-se pressdo através de linha hidrdulica. Para fecha-la, drena-se a pressdo na linha hidraulica que a liga ao painel de controle na superficie A nao controlavel da superficie (Figura 2.47), também chamada de valvula de velocidade de fluxo, é normalmente aberta. E afetada pela variacdo de fluxo do poco. Um fluxo superior ao utilizado na sua calibracao atua a valvula provocando o seu fechamento. Sua principal vantagem 6 a nao utilizacao de linha de controle, mas o ajuste de calibracdo, face as caracteristicas do fiuxo, constitui sua desvantagem. 50 2.8.23. Auto-Equalizavel ou nao Auto-Equalizavel A auto-equalizavel (Figura 2.48) nao necessita de fonte externa de pressdo para equalizar as pressdes acima e abaixo do dispositive de vedacdo (‘fagper ou esfera) para abertura da valvula, j4 que possui um mecanismo de auto-equalizacao. Alguns tipos de mecanismo permite a possibilidade de vazamento interno na valvula. Na no auto-equalizavel, o dispositive de veda¢do (flapper ou estera) s6 deverd ser acionado para abertura apos equalizar as presses acima e abaixo da valvula. 25.24. DHSV para Aguas Profundas Os desafios oriundos da producdo de campos de petrdleo em aguas profundas (> 700 metros) fez surgir novos equipamentos para atender as condi¢ées existentes, entre eles a DHSV com camara de nitrogénio (No) (Figura 2.49) Basicamente, além de atender a instalacao a alta profundidade, as DHSV's Nz tém como requisitos necessarios possuir baixa pressao de acionamento nos umbilicais de controle e @ confiabilidade no funcionamento. Suas principais caracteristicas sio a existéncia de cdmara de Nz, ser ndo sensitiva a pressao do poco, ter 2 (duas) linhas de controle independentes e um mecanismo para mau funcionamento da valvula (/2i/ safe) que garanta o seu fechamento. A redundancia da linha de controle € necessaria, pois 0 entupimento da mesma sempre foi a maior causa de interven¢éo em pocos com problemas na DHSV. ‘A camara de N; tem a finalidade de compor a resultante de forcas que atuam no sentido de fechar a DHSV quando ocorrer uma falha na valvula. No paragrafo acima & citado como uma das caracteristicas o fato da valvula ser nao sensitiva a pressao do pogo, e como no momento no ha ainda tecnologia disponivel que fabrique uma mola de material suficiente para superar a pressdo hidrostatica na LC (esta pressdo atua no sentido de manter a valvula na posicao aberta) a solucao encontrada foi pré-calibrar a valvula com No de acordo com a profundidade de instalagao. A pressao de abertura desse tipo de DHSV varia com a temperatura do poco, havendo uma tabela de corregdo da pressdo para a qual foi calibrada, em funcdo da temperatura. 51 fi [| = Figura 2.41 - DHSV Tubing Mounted Figura 2.42 - Desenho Esquematico da DHSV Insertavel 2.6.25. DHSV's Utilizadas no E&P-BC A Tabela 2.11 apresenta modelos de DHSV's existentes e instalados na Bacia de Campos. FXE Otis Sensitiva BFVE/H Baker Sensitiva DL Otis: Sensitiva SL Baker Sensitiva FMX Otis/CBV_ Sensitiva FVHDM Baker Sensitiva TRDP-1A € 44, Cameo Sensitiva TRCDH-1, 2e 10 Cameo Nao Sensitiva TRCDH-2FP -eeneg pti ia cera Tabela 2.11 - Modelos de DHSV's na E&P- BC 52 Figura 2.45 - Engaxetamentos '@ Furos de Entrada pi Fluido Hidrdulico Figura 2.46 - Compartimento da Flapper Valve Figura 1.43 - DHSV Insertavel ererrenrrrrey Figura 2.44 - Sistema de Figura 2.47 - Storm Choke Travamento Figura 2.48 - Mecanismo de ‘Auto-Equalizacao 53 54 CAMARA DE NITROGENIO Figura 2.49 - Diagrama com Cam: jematico e Vélvula HSV Nitrogenio 55 Bibliografia ECONOMIDES, Michael J. ett alli, Petroleum Well Construction. Jhon Wiley & Sons, 1997 GARCIA, J. E. L. A completagéo de pogos no mar. Apostila PETROBRAS SEREC/CEN-NOR, Salvador, 1997. 4111p. MIURA, K. GARCIA, J. E. L. Manual de Completagao. E&P-BC, Outubro de 1988. ROVINA, P. S. Coluna de Produgao. Apostila E&P-BC, Junho de 1996. SILVA FILHO, H. P. Sistemas de DHSV. Apostila E&P-BC, Abril de 1997. PETROBRAS. Petroguia, E&P-CORP/ENGPITEP, 2 edicdo, 2002. BAKER. Tech Facts. 1996.

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