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2anarnr6 ‘APCONCURSOS: MANUAL DE REDAGAO DA PRESIDENCIADA REPUBLICA MANUAL DE REDAGAO DA PRESIDENCIA DA REPUBLICA Abaixo Resumo do Manual de Redagao da Presidéncia da Republica 1, 0 que 6 Redagao Oficial 2. AS COMUNICAGOES OFICIAIS - 0 Padrao Oficio(Aviso,Oficio, Memorando), Exposi¢ao de Motives, Mensagem, Telegrama, Fax, Correio Eletrénico. 3. ELEMENTOS DE ORTOGRAFIA E GRAMATICA 4, OS ATOS NORMATIVOS - Questées Fundamentais de Técnica Legislativa 5, ATOS NORMATIVOS CONCEITOS BASICOS - LO, LC, LD, MP, DL, Decreto, Portaria, Apostila 6. 0 PROCESSO LEGISLATIVO Com a edi¢do do Decreto no 100.000, em 11 de janeiro de 1991, o Presidente da Republica autorizou a criago de comissao para rever, atualizar, uniformizar @ simplificar as normas de redagao de atos © comunicagées offcials. 1. O que é Redagao Oficial Em uma frase, pode-se dizer que redagao oficial é a ‘maneira pela qual o Poder Publico redige atos normativos @ comunicagées. Interessa-nos tratéla do ponto de vista do Poder Executivo. A redagao oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrao culto de linguagem, clareza, concisao, formalidade e uniformidade. - art 37 da CF 4.1. A Impessoalidade A finaldade da lingua 6 comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicagao, so necesséiros: a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicagao. No caso da redagao ficial, quem comunica & sempre o Servigo Publco (este ou aquele Ministerio, Secretaria, Departamento, Divisdo, Servigo, Segao); o que se comunica é sempre algum assunto relativo as atribuigées do érgao que comunica; 0 destinalério dessa comunicagao ou € o piblico, 0 conjunto dos cidadéos, ou outro érgéo piblico, do Executivo ou dos outros Poderes da Unido. 1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicagdes Oficiais A necessidade de empregar determinado nivel de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do préprio carater piiblico desses atos e comunicagdes; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de carater normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadaos, ou regulam o funcionamento dos 6rg40s piblicos, o que sé & alcangado se em sua elaboraco for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dé com os expedientes oficiais, cuja finalidade precipua é a de informar com clareza e objetividade, As comunicacées que partem dos érgos puiblicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadio brasileiro, Para atingir esse objetivo, hd que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Nao ha divida que um texto marcado por expressées de circulagdo restrita, como a giria, os regionalismos vocabulares ou 0 jargao técnico, tem sua compreensao dificultada. 1.3, Formalidade © Padronizagao As comunicacées oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das jé mencionadas exigéncias de impessoalidade e uso do padrao culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento, Nao se trata somente da etema dilvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nivel (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito @ polidez, a civilidade no proprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a hpllapconcursos Hogepot com br201 03imanual-de-redacac-da-presidencia dahil 19 2anarnr6 ‘APCONCURSOS: MANUAL DE REDAGAO DA PRESIDENCIADA REPUBLICA comunicagao. 1.8, Concisao e Clareza {A concisao & antes uma qualidade do que uma caracteristica do texto oficial. Conciso é 0 texto que consegue transmitir um maximo de informagGes com um minimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, 6 fundamental que se tena, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessério tempo para revisar 6 texto depois de pronto. & nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundancias ou repetigses desnecessérias de idéias AS COMUNICACOES OFICIAIS 2.1. Pronomes de Tratamento 2.1.2. Concordéncia com os Pronomes de Tratamento Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto & concordancia verbal, nominal e pronominal, Embora se refam & segunda pessoa gramatical (& pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicagao),levam a concordéncia para a terceira pessoa. E que o Verbo concorda com o substantive que integra a locugao como seu nticleo sintatico: “Vossa Senhoria nomeard o substituto"; “Vossa Exceléncia conhece o assunto" Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento séo sempre os da terceira pessoa: *Vossa Senhoria nomeard seu substtuto” (e néo “Vossa ... vosso..") J quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o género gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, © néo com o substantive que compée a locugo, Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Exceléncia esta atarefado’, "Vossa Senhoria deve estar satisfeito’ se for mulher, “Vossa Exceléncia esta atarefada’ “Vossa Senhoria deve estar satisfeita’. 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento Vossa Exceléncia, para as seguintes autoridades: a) do Poder Executivo; Presidente da Republica; Vice-Presidente da Republica Ministros de Estado( Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, pardgrafo tnico, sao Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidéncia da Repiblica, o Chefe do Gabinete de Seguranga institucional, 0 Chefe da Secretaria-Geral da Presidéncia da Repiiblica, o Advogado-Geral da Unido e 0 Chefe da Corregedoria-Geral da Unido); Govemadores @ Vice-Govemadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forgas Armadas; Embaixadores; Secretarios-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretarios de Estado dos Govemos Estaduais; Prefeitos Municipais, b) do Poder Legislative: Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da Unido; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Camaras Legislativas Municipais. ) do Poder Judicidrio: Ministros dos Tribunals Superiores; Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Justica Militar. © vocativo a ser empregado em comunicagées dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentissimo Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentissimo Senhor Presidente da Repiblica, Excelentissimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, tpsllapconcursos Hogspot com br201 t103!manul-de-redacao-da-presidoncia da hil 29 2anarnr6 ‘APCONCURSOS: MANUAL DE REDAGAO DA PRESIDENCIADA REPUBLICA Excelentissimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal As demals autoridades serdo tratadas com o vocativo Senhor, seguldo do cargo respective: ‘Senhor Senador, Senhor Juiz, ‘Senhor Ministro, ‘Senhor Governador, No envelope, 0 enderegamento das comunicagées dirigidas as autoridades tratadas por Vossa Exceléncia, terd a seguinte forma: A Sua Exceléncia o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiga 70064-900 - Brasilia, DF A Sua Exceléncia 0 Senhor ‘Senador Fulano de Tal ‘Senado Federal 70165-900 — Brasilia, OF A Sua Exceléncia o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara Civel Rua ABC, no 123 01010-000 - So Paulo. SP Em comunicagées oficiais, esté abolido o uso do tratamento dignissimo (DD), &s autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo piiblico, sendo desnecessaria sua repetida evocagao, \Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado 6: ‘Senhor Fulano de Tal, (.) No envelope, deve constar do enderegamento: ‘Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, no 123 12345-000 - Curitiba. PR Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificéncia, empregada por fora da tradi¢ao, em comunicagées dirigidas a reitores de universidade. Corresponde4the o vocativo: Magnifico Reitor, (Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesistica, séo: \Vossa Santidade, em comunicagées dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente 6: Santissimo Padre, (9) Vossa Eminéncia ou Vossa Eminéncia Reverendissima, em comunicagées aos Cardeais, Corresponde-Ihe 0 vocativo: Eminentissimo Senhor Cardeal, ou Eminentissimo ¢ Reverendissimo Senhor Cardeal, () Vossa Exceléncia Reverendissima é usado em comunicagdes dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendissima ou Vossa Senhoria Reverendissima para Monsenhores, Cénegos e superiores religiosos. Vossa Reveréncia & ‘empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos, 2.2. Fechos para Comunicagdes fecho das comunicagées oficiais possui, além da finalidade ébvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatério, ‘Os modelos para fecho que vinham sendo utllizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da Justiga, de htpsllapconeursos Hogspot com br 201 t103Imanul-de-redacao-da-presidoncia da hil 29 2anarnr6 ‘APCONCURSOS: MANUAL DE REDAGAO DA PRESIDENCIADA REPUBLICA 1937, que estabelecia quinze padrdes. Com o fito de simplificé-los © uniformizéos, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicagao oficial 4) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da Repiiblica: Respeitosamente, ») para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente, Ficam excluidas dessa férmula as comunicagdes dirigidas @ autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradigo préprios, devidamente disciplinados no Manual de Redagao do Ministério das Relagdes Exteriores. 2.3, Identificagao do Signatério Excluidas as comunicagées assinadas pelo Presidente da Repibblica, todas as demais comunicagées oficials devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificagao deve sera seguinte: (espaco para assinatura) NOME Chefe da Secretaria-Geral da Presidéncia da Republica (espago para assinatura) NOME Ministro de Estado da Justica Para evitar equivocos, recomenda-se ndo deixar a assinatura em pagina isolada do expediente. Transfira para essa pagina ao menos a tltima frase anterior ao fecho. 3. O Padrao Oficio Ha trés tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: 0 oficio, 0 aviso e 0 memorando. Com o fito de uniformizé-los, pode-se adotar uma diagramago tinica, que siga o que chamamos de padrao oficio, As peculiaridades de cada um serdo tratadas adiante; por ora busquemos as suas semelhancas, 3.1, Partes do documento no Padro Oficio Q aviso, 0 oficio e o memorando devem conter as seguintes partes: a) tipo e numero do expediente, seguido da sigla do érgao que 0 expede: Exemplos Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of, 123/2002-MME b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento a direita: Exempla: Brasilia, 15 de margo de 1991 c) assunto: resumo do teor do documento Exemplos Assunto: Produtividade do érgao em 2002. Assunto; Necessidade de aquisiga0 de novos computadores 4d) destinatério: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicagao. No caso do oficio deve ser incluido também 0 enderego, @) texto: nos casos em que nao for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte cestrutura: — introdugo, que se confunde com o paragrafo de abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a ‘comunicagao. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de’, “Tenho o prazer de’, “Cumpre-me informar que", empregue a forma direta; = desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma idéia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em paragrafos distintos, 0 que confere maior clareza a exposigao; = conclusao, em que ¢ reafirmada ou simplesmente reapresentada a posigéo recomendada sobre o assunto. (Os paragrafos do texto devem ser numerados, excelo nos casos em que estes estejam organizados em itens ou titulos subtitulos. J4 quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a seguinte: = introdugo: deve iniciar com referéncia ao expediente que solicitou o encaminhamento, Se a remessa do documento 1éo tiver sido solicitada, deve iniciar com a informago do motivo da comunicago, que é encaminhar, indicando a seguir 0s dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatario, e assunto de que trata), ea razao pela qual esté sendo encaminhado, segundo a seguinte férmula: “Em resposta ao Aviso n° 12, de 1° de fevereiro de 1991, encaminho, anexa, cépla do Oficio n° 34, de 3 de abril de hpllapconcursos Hogepot com br20110imanual-de-redacao-da-presidencia dahil 49 2anarnr6 ‘APCONCURSOS: MANUAL DE REDAGAO DA PRESIDENCIADA REPUBLICA 1990, do Departamento Geral de Administragao, que trata da requisigao do servidor Fulano de Tal — desenvolvimento: se o autor da comunicagao desejar fazer algum comentario a respeito do documento que tencaminha, poderd acrescentar pardgrafos de desenvolvimento; em caso contrério, nao hd pardgrafos de desenvolvimento em aviso ou oficio de mero encaminhamento. f) fecho (v. 2.2. Fechos para Comunicagies); 4@) assinatura do autor da comunicagéo; e h) identificagao do signatario (v. 2.3, Identificagao do Signatario). 3.2, Forma de diagramagaio ‘Os documentos do Padréo Oficio devem obedecer & seguinte forma de apresentagao: a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citagdes, e 10 nas notas de rodapé; ) para simbolos nao existentes na fonte Times New Roman poder-se-4 utilizar as fontes Symbol e Wingdings; ) 6 obrigatério constar a partir da segunda pagina o nimero da pagina; 4d) 08 oficios, memorandos e anexos destes poderdo ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terdo as distancias invertidas nas paginas pares (‘margem espelho"); €) 0 inicio de cada pardgrafo do texto deve ter 2,5 cm de distdncia da margem esquerda; f) 0 campo destinado & margem lateral esquerda tera, no minimo, 3,0 cm de largura; {g) 0 campo destinado margem lateral direita terd 1,5 cm; h) deve ser utiizado espacamento simples entre as linhas e de 6 pontos apés cada paragrafo, ou, se o editor de texto uliizado nao comportar tal recurso, de uma linha em branco; i) ndo deve haver abuso no uso de negrit, itélico, sublinhado, letras maiusculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatagao que afete a elegancia e a sobriedade do documento; }) a impresso dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressdo colorida deve ser usada apenas para graficos e ilustragées; I) todos os tipos de documentos do Padréo Oficio devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 om; m) deve ser utllizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de texto; n) dentro do possivel, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos andlogos; ©) para faciltar a localizagao, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + numero do documento + palavras-chaves do contetido Ex.: “Of, 123 - relatério produtividade ano 2002" 3.3. Aviso e Oficio 3.3.1. Definigao e Finalidade Aviso e oficio so modalidades de comunicacao oficial praticamente idénticas, A Gnica diferenca entre eles 6 que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que 0 oficio 6 expedido para e pelas demais autoridades. Ambos tém como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos 6rg0s da Administragao Publica entre si e, no caso do oficio, também com particulares. 3.3.2. Forma e Estrutura Quanto a sua forma, aviso ¢ oficio seguem o modelo do padréo oficio, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatario (v. 2.1 Pronomes de Tratamento), seguido de virgula Devem constar do cabegalho ou do rodapé do oficio as seguintes informagdes do remetente: = nome do érgao ou setor; — endereco postal; = telefone e enderego de correio eletrénico. Exemplo de Oficio hpllapconcursos Hogepat com br201 103Imanual-de-redacac-da-presidencia dahil 59 2anarnr6 ‘APCONCURSOS: MANUAL DE REDAGAO DA PRESIDENCIADA REPUBLICA 3.4. Memorando 3.4.1. Definigao e Finalidade ‘© memorando é a modalidade de comunicagao entre nidades administrativas de um mesmo 6rgdo, que podem estar hierarquicamente em mesmo nivel ou em niveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicagao ‘eminentemente interna, Pode ter caréter meramente administrativo, ou ser ‘empregado para a exposigao de projetos, idéias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do servico publico. Sua caracteristica principal é a agilidade. A tramitagéo do memorando em qualquer érgao deve pautar-se pela rapidez & pela simplicidade de procedimentos burocraticos. Para evitar desnecessario aumento do nimero de comunicagées, 0s despachos ao memorando devem ser dados no préprio documento e, no caso de falta de espago, em folha de continuagao. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparéncia a tomada de decisées, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando. 3.4.2. Forma e Estrutura Quanto a sua forma, 0 memorando segue o modelo do padrao oficio, com a diferenga de que o seu destinatadrio deve ‘ser mencionado pelo cargo que ocupa, Exemplos ‘Ao Sr. Chefe do Departamento de Administragao ‘Ao Sr. Subchefe para Assuntos Juridicos Exemplo de Memorando 4. Exposigéo de Motivos 4.1. Definigao Finalidade Exposigao de motivos ¢ 0 expediente dirigido ao Presidente da Republica ou ao Vice- Presidente para a) informé-lo de determinado assunto; ») propor alguma medida; ou c) submeter a sua considerago projeto de ato normativo, Em regra, a exposigao de motivos ¢ dirigida ao Presidente da Reptiblica por um Ministro de Estado, Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposi¢ao de motivos deverd ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razao, chamada de interministerial 4.2. Forma e Estrutura Formaimente, a exposigao de motivos tem a apresentagao do padrao oficio (v. 3. 0 Padréo Oficio). O anexo que ‘acompanha a exposigo de motives que proponha alguma medida ou apresente projeto de ato normativo, segue o modelo descrito adiante. ‘A exposigdo de motives, de acordo com sua finalidade, apresenta duas formas basicas de estrutura: uma para aquela que tenha carter exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato normativo. No primeiro caso, o da exposigdo de motives que simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presidente da Repitblica, sua estrutura segue o modelo antes referido para o padréo oficio. hpllapconcursos Hogepat com br201 103Imanual-de-redacac-da-presidencia dahil 9 2anarnr6 ‘APCONCURSOS: MANUAL DE REDAGAO DA PRESIDENCIADA REPUBLICA ‘Anexo @ Exposigao de Motivos do (indicar nome do Ministério ou érgo equivalente) no , de de de 200 1. Sintese do problema ou da situagao que reclama providéncias 2. Solugées e providéncias contidas no ato normative ou na medida proposta 3. Altemativas existentes as medidas propostas Mencionar: + se ha outro projeto do Executive sobre a matéria; + se ha projetos sobre a matéria no Legislativo; + outras possibilidades de resolugao do problema, 4, Custos Mencionar: + se a despesa decorrente da medida esta prevista na lei orgamentaria anual; se no, quais as altemnativas para custed- lay + se 6 0 caso de solicitar-se abertura de crédito extraordinario, especial ou suplementar, + valor a ser despendido em moeda corrente; 5, Raz6es que justificam a urgéncia (a ser preenchido somente se o ato proposto for medida proviséria ou projeto de lei que deva tramitar em regime de urgéncia) Mencionar: + se 0 problema configura calamidade publica; + por que é indispensavel a vigéncia imediata; + se se trata de problema cuja causa ou agravamento nao tenham sido previstos; + se se trata de desenvolvimento extraordindrio de situago j& prevista. 6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou medida proposta possa vir a té4o) 7. Alteragdes propostas Texto atual Texto proposto 8 Sintese do parecer do érgao juridico + Com base em avaliagdo do ato normativo ou da medida proposta a luz das questées levantadas no item 10.4.3. A falta ou insuficiéncia das informagSes prestadas pode acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Juridicos da Casa Civil, a devolugao do projeto de ato normativo para que se complete 0 exame ou se reformule a proposta. 5, Mensagem 5.1, Definigao e Finalidade E 0 instrumento de comunicagao oficial entre os Chefes dos Poderes Puiblicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executive ao Poder Legislative para informar sobre fato da Administragao Publica; expor o plano de govemo por ocasido da abertura de sessao legislativa; submeter ao Congreso Nacional matérias que dependem de deliberagao de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicagdes de tudo quanto seja de interesse dos poderes publicos e da Nagao. Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Ministérios a Presidéncia da Repiblica, a cujas assessorias cabera a redago final hpllapconcursos Hogepat com br201 103Imanual-de-redacac-da-presidencia dahil 19 2anarnr6 ‘APCONCURSOS: MANUAL DE REDAGAO DA PRESIDENCIADA REPUBLICA 6, Telegrama - 6.1. Definigdo e Finalidade Com o fito de uniformizar a terminologia e simplifcar os procedimentos burocraticos, passa a receber o titulo de telegrama toda comunicagéo oficial expedida por meio de tolegrafia, telex, ete Por tratar-se de forma de comunicagao dispendiosa aos coftes piiblicos © tecnolagicamente superada, deve restringi-se o uso do telegrama apenas aquelas situagées que ndo seja possivel 0 uso de correo eletrénico ou fax e que a urgéncia justitique sua ullizagao e, também em razéo de seu custo elevado, esta forma de comunicagao deve pautar-se pela concisao (v. 1.4. Concisao e Clareza). 6.2. Forma e Estrutura Nao ha padrao rigido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulérios disponiveis nas agéncias dos Correios e ‘em seu sitio na Internet, 7. Fax 7.1, Definigao e Finalidade © fax (forma abreviada jé consagrada de fac-simile) & uma forma de comunicagao que esta sendo menos usada devido 0 desenvolvimento da Intermet. € utiizado para a transmissdo de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento ha preménela, quando nao ha condigdes de envio do documento por meio eletrénico. Quando necessério 0 original, ele seque posteriormente pela via e na forma de praxe Se necessétio 0 arquivamento, deve-se fazé-Jo com cépia xerox do fax no com o préprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente. 7.2, Forma e Estrutura Os documentos enviados por fax mantém a forma e a estrutura que Ihes so inerentes. E conveniente 0 envio, juntamente com 0 documento principal, de folha de rosto, i. 6., de pequeno formulério com os dados de identificago da mensagem a ser enviada, conforme exemplo a seguir: [Orgao Expedidor] [setor do érgo expedidor] [enderego do érgao expedidor] Destinatario: No do fax de destino: Data: J I Remetente: Tel. p/ contato: Fax/correio eletronico: No de paginas: esta +, No do documento: Observagées: 8, Correio Eletrénico 8.1 Definigao e finalidade © correio eletrénico ("e-mail"), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicagao para transmissdo de documentos. 8.2, Forma e Estrutura Um dos atrativos de comunicacao por correio eletrénico é sua flexibilidade. Assim, ndo interessa definir forma rigida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar 0 uso de linguagem incompativel com uma comunicagao oficial (v. 1.2.8 Linguagem dos Atos ¢ Comunicagées Oficiais) © campo assunto do formulério de correio eletrGnico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organizagao documental tanto do destinatario quanto do remetente, Para os arquivos anexados & mensagem deve ser utllizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que ‘encaminha algum arquivo deve trazer informagGes minimas sobre seu contetdo, ‘Sempre que disponivel, deve-se utilizar recurso de confirmagao de leitura. Caso nao seja disponivel, deve constar da mensagem pedido de confirmagéio de recebimento. 8,3 Valor documental Nos termos da legislagao em vigor, para que a mensagem de correio eletrénico tenha valor documental, i. 6, para que pllapconcursos Hogepet com br201103Imanual-de-redacac-da-presidencia dahil 29 2anarnr6 ‘APCONCURSOS: MANUAL DE REDAGAO DA PRESIDENCIADA REPUBLICA possa ser aceita como documento original, é necessério existir certificacao digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lel hpllapconcursos Hogepot com br201 03imanual-de-redacac-da-presidencia dahil

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