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Relatório de Bioquímica
PROTEÍNAS:
REAÇÕES DE COLORAÇÃO E PRECIPITAÇÃO
Introdução ..............................................................................................................................2
Objetivos .................................................................................................................................5
Conclusão ..............................................................................................................................11
Bibliografia ..........................................................................................................................12
2. OBJETIVOS
Reação do biureto
Foram numerados três tubos de ensaio, sendo que no primeiro colocou-se 1ml de solução de
proteínas, 5 gotas de NaOH, 2,5M e 3 gotas de sulfato de cobre 1%. Enquanto que no segundo
acrescentou-se 1ml de solução de glicina com 5 gotas de NaOH 2,5M e 3 gotas de sulfato de cobre
1%. Já no terceiro tubo, misturou-se água destilada com 5 gotas de NaOH 2,5M e 3 gotas de sulfato
de cobre 1%. Em todos os tubos foi observada a mudança de coloração das soluções.
Colocou-se 2ml de solução de proteínas em um tubo de ensaio que foi aquecido diretamente
na chama.
“Salting – in”
Colocou-se 3mL de clara de ovo juntamente com 2mL de água destilada em um béquer
pequeno. Tal solução foi agitada com um bastão de vidro até o aparecimento de um precipitado .
Em seguida, adicionou – se solução de cloreto de sódio – cerca de 30 gotas - até redissolução do
precipitado.
“Salting – out”
Com o auxílio de uma pipeta adicionou-se 2mL da solução anterior (“salting – in”) em um
tubo de ensaio. Posteriormente, acrescentou-se 2mL de solução saturada de sulfato de amônio até a
percepção de um precipitado de proteínas. Então, juntou-se 4 a 6mL de água destilada.
Reação da ninhidrina
Tendo em vista que tanto a glicina quanto a proteína foram utilizadas com o mesmo volume,
a diferença na intensidade da coloração de ambas as amostras deve-se a maior superfície de contato
do aminoácido (glicina) que contém uma maior quantidade de grupamentos amina disponíveis para
reação. Porém, isso não ocorre com a proteína em função da presença de ligações peptídicas entre
seus aminoácidos, diminuindo assim, sua superfície de contato. É importante ressaltar que houve
erro grosseiro no fornecimento de calor aos tubos o que possivelmente influenciou a intensidade da
cor.
Reação do biureto
Todos os tubos tiveram sua coloração inicial alterada após a adição de sulfato de cobre
(CuSO4). O primeiro tubo adquiriu coloração púrpura; o segundo, azul claro e o terceiro adquiriu
um tom levemente azulado.
Uma vez que a reação do biureto é caracterizada por identificar a presença de proteínas e
peptídeos com três ou mais resíduos de aminoácidos, no qual uma substância adicionada, o sulfato
de cobre, interage com as ligações peptídicas ,pode-se concluir que a primeira amostra adquire
coloração púrpura, devido a presença de proteínas. Já a segunda amostra, por conter somente
aminoácidos, não adquire coloração roxa, indicando assim a ausência de ligações peptídicas nessa, a
qual apresenta coloração azulada semelhante à terceira amostra que continha água destilada.
Colocou-se 2ml de solução de proteínas em um tubo de ensaio que foi aquecido diretamente
na chama.
Nesse experimento, a formação do coágulo branco ocorre graças ao calor que, ao provocar a
Nesse experimento, o sal serve como ‘ponte’/interage entre a proteína e o meio, auxiliando
assim, as interações proteína-água. O fato de se adicionar ácido tricloroacético solução de proteínas,
reduz o ph do meio, tornando positiva a carga da proteína, o que contribui para a formação de um
complexo insolúvel – o tricloroacetato de proteína. Além disso, vale ressaltar que o sal atua como
uma ponte entre a proteína e o meio. Adicionando-se o ácido, diminui a concentração de sal e a
interação proteína-água.
O acetato de chumbo ,na solução protéica, dissocia-se, liberando seus cátions e torna o meio
alcalino. Essa característica do meio – pH situado no lado alcalino do ponto isoelétrico das
proteínas - é favorável à combinação de algumas proteínas com os cátions do sal, formando
proteinatos insolúveis.
“Salting – in”: Após agitação da solução de água destilada e clara de ovo, formou-se um
precipitado (globulinas) semelhantes a pontos brancos na solução. Com a adição de 30 gotas de
solução de cloreto de sódio, houve a redissoluçao desse precipitado.
Tais fenômenos estão relacionados à precipitação da proteína sem que ocorra a sua
desnaturação. O “salting – in” dá-se pela solubilização do precipitado elevando-se a concentração
de sais no meio e também as interações proteína-água. Enquanto o “salting – out” corresponde à
precipitação da proteína através da adição de sais com alta força iônica (sais higroscópicos) que
ligam-se a água, havendo a predominância da interação proteína-proteína. Nesse caso, analisando-se
as duas fases formadas, a primeira – esbranquiçada – corresponde às primeiras proteínas a se
precipitarem, as globulinas. Já a porção transparente refere-se à água. É importante ressaltar que a
precipitação de proteínas pela alta concentração de sais é um processo muito importante para a
separação de misturas complexas de proteínas, uma vez que a concentração de sal necessária para
precipitar diferentes proteínas é variável.
Fuly , André Lopes. Roteiros de Aulas Práticas. Universidade Federal Fluminense. Rio de
Janeiro, 2007.