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Matéria do 1º Bimestre
Dessa forma, tudo aquilo que incumbe ao Estado prestar em decorrência de uma norma
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jurídica, de natureza constitucional ou legal, configura necessidade pública, que não se
confunde com necessidade coletiva. Em outras palavras, necessidade pública é aquela de
interesse geral, satisfeita sob o regime de direito público, presidido pelo princípio da
estrita legalidade, em contraposição aos interesses particulares ou coletivos satisfeitos
pelo regime do direito privado, informado pelo princípio da autonomia da vontade.
Pode-se dizer que, entre nós, atualmente, a atividade financeira do Estado está vinculada
à satisfação de três necessidades públicas básicas, inseridas na ordem jurídico-
constitucional: a prestação de serviços públicos, o exercício regular do poder de polícia
e a intervenção no domínio econômico.
Geraldo Ataliba, por sua vez, conceitua o Direito Financeiro como “ciência exegética, que
habilita – mediante critérios puramente jurídicos – os juristas a compreender e bem
aplicarem as normas jurídicas, substancialmente financeiras, postas em vigor”.
Podemos dizer que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que estuda a atividade
financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico.
Seu objeto material é o mesmo da Ciência das Finanças, ou seja, a atividade financeira do
Estado que se desdobra em receita, despesa, orçamento e crédito público.
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produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
Como se observa, através deste poder de polícia o Estado satisfaz as
necessidades da coletividade.
Os doutrinadores chamam este poder de polícia de verdadeira limitação da
liberdade privada.
Exemplos desse poder de policia são as normas regulamentadoras que figuram
nos Códigos de Obras e Edificações, ou no Código de Posturas do Município,
onde a liberdade dos particulares sofre várias restrições em benefício da
coletividade.
Constituição Federal:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e
de seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Assim sendo, é natural que o Direito Financeiro se relacione com outros ramos do Direito.
Tem estreitas relações com o Direito Constitucional por representar o tronco da Árvore
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Jurídica, donde nascem os diversos ramos; relaciona-se com o Direito Administrativo,
donde se destacou, mantendo com ele conexões de gênero para espécie; com o Direito
Tributário, que dele se separou, para o estudo específico de uma parte da receita, à luz
de princípios próprios que regem as relações entre o fisco e o contribuinte.
1. Direito Constitucional
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
2. Direito Administrativo
3. Direito Tributário
4. Direito Penal
Vários tipos penais visam proteger os Sistemas Tributário e Financeiro, como por
exemplo: sonegação fiscal, crimes de responsabilidade, contra o patrimônio
público, etc.
5. DIREITO PROCESSUAL
Não apenas o Direito Processual Penal, mas, também, o Direito Processual Civil. O
primeiro em função de que só se aplica uma pena após o devido processo legal e o
Processo Civil é utilizado quando, por exemplo, a Administração move execução
contra os contribuintes inadimplentes.
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RECEITAS PÚBLICAS
CONCEITO. Como despesa pública pressupõe receita, pode-se dizer que receita pública é o
ingresso de dinheiro aos cofres do Estado para atendimento de suas finalidades.
Como ensina Aliomar Baleeiro, “para auferir o dinheiro necessário à despesa pública, os
governos, pelo tempo afora, socorrem-se de uns poucos meios universais: (a) realizam
extorsões sobre outros povos ou deles recebem doações voluntárias; (b) recolhem rendas
produzidas pelos bens e empresas do Estado; (c) exigem coativamente tributos ou
penalidades; (d) tomam ou forçam empréstimos; (e) fabricam dinheiro metálico ou de
papel”.
1. Conceito:
Todo ingresso de dinheiro nos cofres das pessoas jurídicas de Direito Público – União,
Estados, Distrito Federal, Municípios – a título definitivo.
- originárias
- e derivadas;
- ordinárias;
- extraordinárias.
- Receitas Correntes;
- Receitas de Capital.
Receitas Ordinárias
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Receitas Extraordinárias
Obs. Empréstimo compulsório > imposição que o Estado faz aos contribuintes quando
ocorrem situações anormais no País. Esta imposição trará ao Estado uma fonte de
recursos que deverá ser gasta de forma vinculada. Está previsto na CF, no art. 148:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou
sua instituição.
A classificação legal das receitas é encontrada na Lei n. 4.320, de 17 de março de 1.964 que assim as
divide em seu art. 11:
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e,
ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender
despesas classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da
conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender
despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.
§ 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na
demonstração a que se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentária.
DESPESAS PÚBLICAS
Conceito:
Todo gasto efetuado pelo Estado e destinado à satisfação das necessidades públicas é
conceituado como despesa pública.
Classificação
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São despesas extraordinárias aquelas que ocorrem eventualmente,
dependendo de certa situação fática. Ex. reconstrução de uma cidade
destruída em função de uma catástrofe natural.
DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital
§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as
destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta
em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito
público ou privado.
§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das
entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade
lucrativa;
II - subvenções econômicas, as que se destinem a emprêsas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou
pastoril.
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à
aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho,
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de emprêsas que não sejam de
caráter comercial ou financeiro.
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:
I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II - aquisição de títulos representativos do capital de emprêsas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a
operação não importe aumento do capital;
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou emprêsas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive
operações bancárias ou de seguros.
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público
ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências
auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações
para amortização da dívida pública.
CONCEITO. No Estado moderno não mais existe a requisição de bens e serviços dos súditos
nem a colaboração gratuita destes no desempenho de funções públicas.
Quase a totalidade dos doutrinadores acata o conceito de despesa pública formulado por
Aliomar Baleeiro. Segundo esse autor, a despesa pública pode significar duas coisas:
“Em primeiro lugar, designa o conjunto dos dispêndios do Estado, ou de outra
pessoa de direito público, para o funcionamento dos serviços públicos”.
Pode também, significar “a aplicação de certa quantia, em dinheiro, por parte da
autoridade ou agente público competente, dentro duma autorização legislativa, para
execução de fim a cargo do governo”.
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EXECUÇÃO DAS DESPESAS PÚBLICAS. Em face dos textos constitucionais, nenhuma despesa
pode ser realizada sem previsão orçamentária. O inciso II do art. 167 da CF: “ Art. 167. São
vedados: I... II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais”; veda
expressamente isto.A abertura de crédito suplementar ou especial depende de autorização
legislativa e da indicação dos recursos correspondentes (superávit, anulação de outra
dotação e operações de crédito), conforme prescreve o inciso V do art. 167: “ V - a abertura de
crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes” . Outrossim, o inciso VI
do mesmo artigo veda a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa.
Sendo a despesa uma das fases da mesma moeda, integrando o orçamento ao lado da receita,
deve manter posição de equilíbrio em relação a esta última. Não é o quem ocorrendo no
nosso país. Nos últimos anos, o déficit público vem crescendo assustadoramente, tendo
como principais responsáveis desse desequilíbrio as despesas com o pessoal e com o
serviço da dívida.
A primeira providência para efetuar uma despesa é seu prévio empenho, que significa o ato
emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente
de implemento de condição (art. 58). O empenho visa garantir os diferentes credores do
Estado, na medida em que representa reserva de recursos na respectiva dotação inicial ou
no saldo existente. É importante lembrar que o empenho, por si só, não cria obrigação de
pagar, podendo ser cancelado ou anulado unilateralmente. O empenho limita-se a diminuir
do determinado item orçamentário a quantia necessária ao pagamento do débito, o que
permitirá à unidade orçamentária (agrupamento de serviços com dotações próprias) o
acompanhamento constante da execução orçamentária, não só evitando as anulações por falta
de verba, como também possibilitando o reforço oportuno de determinada dotação, antes do
vencimento da dívida. Materializa-se pela emissão de “nota de empenho”, na qual constará
o nome do credor, a representação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do
saldo da dotação própria (art. 61). Atualmente, a maioria das unidades orçamentárias se
utiliza de modernos recursos da informática, que substituem com vantagens, em termos de
precisão e velocidade, os empenhos manuais.
A terceira etapa é a ordem de pagamento, que outra coisa não é senão o despacho da
autoridade competente determinando o pagamento da despesa (art. 64).
Finalmente, temos a etapa do pagamento que, uma vez efetivado em decorrência de regular
liquidação da despesa e por ordem da autoridade competente (art. 62), extingue a
obrigação de pagar.
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débitos são requisitados pelo Presidente do Tribunal que proferiu a decisão exeqüenda,
por meio de precatório que é inserido pela entidade política devedora, na ordem
cronológica de apresentação. O precatório entregue até o dia 1º de julho deve ter o
respectivo valor consignado no orçamento do exercício seguinte, para pagamento atualizado
até o final desse exercício, dentro da rigorosa ordem cronológica de sua apresentação (§
1º: “§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de
sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício
seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente”. As dotações orçamentárias, bem como os créditos
para pagamento de requisitórios judiciais deverão ser consignadas ao Poder Judiciário,
recolhendo-se as importâncias respectivas à repartição competente, cabendo ao Presidente
do Tribunal determinar o pagamento, segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a
requerimento do credor preterido no seu direito de precedência, o seqüestro da quantia
necessária à satisfação do débito (§ 2º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao
Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o pagamento segundo as possibilidades do depósito, e
autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia necessária à
satisfação do débito.).
Esgotados os recursos orçamentários, não está o Executivo obrigado a
solicitar abertura de crédito adicional suplementar para atendimento dos precatórios.
Nestas hipóteses, cabe à Administração Pública demonstrar perante o órgão judiciário
competente a impossibilidade de cumprir a decisão judicial. De fato, se a entidade
devedora não tem como indicar os recursos correspondentes para a abertura de crédito
adicional (art. 167, V, da CF), não pode ela ser compelida a fazer o impossível. Nenhuma
lei pode exigir mais do que o permitido pelo ordenamento jurídico, da mesma forma que
nenhuma ordem judicial pode conduzir a um beco sem saída. É a teoria da impossibilidade
material. É de se aplicar o brocardo ad impossibilia nemo tenectur.
conceito;
natureza;
espécies;
processo legislativo
Crédito Público
conceito;
Classificação
quanto à origem: Dívida Pública Interna e Dívida Pública Externa.
Classificação Constitucional
Art.
Outras Operações de Crédito.
Orçamento > Lei autorizativa que estima a receita de certo exercício financeiro, autorizando
também a realização de despesas.
CONCEITO. Classicamente, o Orçamento é conhecido como uma peça que contém a aprovação
prévia da despesa e da receita para um período determinado.
Dentre as várias definições conhecidas preferimos a de Aliomar Baleeiro para que, nos
Estados Democráticos, “o orçamento é considerado o ato pelo qual o Poder Legislativo
prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas
destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política
econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei”.
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Fases de realização das despesas >
Natureza jurídica do Orçamento > A Lei é formal. Em sentido amplo > toda lei é norma. Em
sentido estrito > é norma oriunda do Poder Legislativo e depois do trâmite previsto na Constituição
Federal.
A Lei orçamentária difere das demais leis, caracterizadas por serem genéricas, abstratas e
constantes ou permanentes. Ela é, na verdade, uma lei de efeito concreto para vigorar por um
prazo determinado de um ano, fato que, do ponto de vista material, retira-lhe o caráter de lei.
Exatamente, essa peculiaridade levou parte dos estudiosos a sustentar a tese do orçamento como
ato-condição.
Portanto, entre nós, o orçamento é uma lei anual, de efeito concreto, estimando as receitas e
fixando as despesas, necessárias à execução da política governamental.
Lei Orçamentária Anual – LOA – art. 165, inc. III e § 5º > É o orçamento propriamente dito.
Crédito Público
CONCEITO.Para a generalidade dos autores, crédito público é um contrato que objetiva
transferência de certo valor em dinheiro de uma pessoa, física ou jurídica, a uma
entidade pública para ser restituído, acrescido de juros, dentro de determinado prazo
ajustado. Corresponde, portanto, na teoria geral dos contratos, ao mútuo, espécie do
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gênero empréstimo, ou seja, empréstimo de consumo, em contraposição ao comodato, que
configura um empréstimo de uso.
Dívida Pública Interna > significa empréstimos que o Estado toma de pessoas
de Direito Público Interno ou de outras pessoas, mesmo que físicas, residentes
e domiciliadas no Brasil (ex. empréstimos compulsórios);
Dívida Pública Externa > O Empréstimo é tomado pelo Estado de entes
estrangeiros; caso em que o dinheiro obtido vem do exterior.
Quanto a Forma
Voluntária > é aquela tomada pelo Estado sem qualquer poder de coerção
sobre o credor;
Forçada > É aquele empréstimo concedido ao Estado por imposição legal deste.
Ex. empréstimo compulsório.
Flutuante > é aquela contraída para ser paga em período curto de tempo, geralmente
menos de um ano.
Fundada > contraída para pagamento em prazo superior a um ano. Ex. empréstimos,
financiamentos.
Quando o orçamento é realizado o ente político estima as receitas que pretende arrecadar
no exercício posterior. Há também uma fixação dos gastos que serão realizados tendo por
base aquelas receitas que se espera arrecadar.
Pode ocorrer, no entanto, que os gastos precisam ser realizados mas a receita prevista
não se concretizou ainda.
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A Constituição permite, então, que se faça uma Operação de Credito junto a entidades
bancárias, inclusive privadas, sob o título de Operação de Crédito por Antecipação da
Receita.
Há, no caso, um pagamento vinculado àquele tributo que se esperava arrecadar.
DIREITO TRIBUTÁRIO
Conceito:
Codificação;
Fontes formais;
a) Constituição Federal;
b) Emendas à CF;
c) Lei Complementar;
d) Lei Ordinária;
e) Tratados e Convenções Internacionais;
f) Resoluções;
g) Leis Delegadas;
h) Medidas Provisórias;
i) Decretos;
j) Decretos Legislativos
Receitas Originárias > quando o Estado explora seu patrimônio urbano, rural ou de suas
empresas.
Receitas Derivadas > são aquelas decorrentes de uma imposição estatal. Ex. IPVA; IR; INSS;
etc.
Conceito > Complexo de normas e princípios jurídicos que regula todo o processo de
fiscalização e arrecadação dos tributos.
Codificação do Direito Tributário > Código Tributário Nacional – Lei nº 5.172/66. Observe-
se, no entanto, que existem várias leis esparsas que tratam de matéria tributária. A
Constituição vigorante na época não exigia forma específica para aprovação de questões de
natureza tributária. Toda matéria tributária era regulamentada por leis normais, gerais, ou
ordinárias.
O CTN é uma Lei ordinária. Em 1967, pouco tempo depois da sua edição, em plena
Ditadura, baixou-se uma espécie normativa denominada Ato Complementar nº 36/1967,
que passou a exigir que as matérias tributárias fossem regulamentas por Leis
Complementares.
Em 1967 a Lei Complementar também exigia um processo legislativo mais rigoroso.
O que fazer então com o CTN – lei ordinária – que tinha apenas 5 meses de existência?
Depois de muitas discussões resolveu-se manter o CTN na forma de Lei Ordinária, cujo
processo de aprovação é mais simples; porem, atribuiu-se ao CTN o status de Lei
Complementar.
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Portanto, o CTN é visto assim: é lei ordinária, porém, com status de lei complementar. Este
status é reconhecido pelo nosso Supremo Tribunal Federal. Então, o CTN somente pode
ser alterado ou revogado por Lei Complementar.
Constituição Federal
> A nossa CF preocupou-se demasiadamente com outros assuntos que podiam ser
perfeitamente regulamentados por leis infraconstitucionais. Por excesso de zelo do
legislador, no entanto, a CF acabou abarcando diversos assuntos, inclusive de matéria
tributária que, originariamente, não seriam do âmbito da Constituição.
Lei Complementar
Lei Complementar é aquela que tem um processo legislativo mais elaborado, exige
quorum maior do que a lei ordinária;
A ‘competência’ dos Entes Públicos em matéria tributária deve ser entendida como ‘Poder”
em matéria tributária.
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É na lei complementar que encontraremos os tributos, fatos geradores, quem são os
contribuintes, formas de lançamento e arrecadação, prescrição e decadência do crédito
tributário, etc.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou
sua instituição.
A regra geral para instituição de tributos é por lei ordinária, entretanto, a exceção aparece
quando se trata de empréstimos compulsórios, quando a criação é por lei complementar.
Impostos de competência da União:
O único imposto até hoje não instituído é o do inciso VII – grandes fortunas, nos
termos de lei complementar.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
III - propriedade de veículos automotores.
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I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
LEIS ORDINÁRIAS
A lei ordinária é a espécie normativa que, como regra, cria, extingue, majora
ou reduz tributos.
Da mesma forma é a lei ordinária que majora (aumenta) o tributo, seja
aumentado sua base de cálculo, seja aumentando o percentual que é aplicado
sobre a base de cálculo.
Código Tributário Nacional:
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu
sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela
definidas;
Como o caput do artigo não diz que lei é (somente a lei...) TRATA-SE DE LEI
ORDINÁRIA.
A Lei Complementar dita as normas gerais sobre contribuinte, fato gerador, etc.
O devedor é chamado sujeito passivo da obrigação e é quem pratica o fato
gerador, mas não necessariamente.
A alíquota e a base de cálculo são os elementos quantitativos do tributo.
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados
pela que lhes sobrevenha.
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Resoluções do Senado Federal
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
§ 1.º O imposto previsto no inciso I:
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela
maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de
exportação;
Leis Delegadas
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso
Nacional.
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa
da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: {...}
Medidas Provisórias
Constituição Federal:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei,
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
....
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V,
e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia
daquele em que foi editada.
Decretos
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Decreto em sentido amplo é Lei.
Antes da CF/88 existia a figura do decreto-lei onde o Chefe do Executivo
legislava sem a interferência do Poder Legislativo.
Decreto em sentido estrito não é Lei. É uma espécie normativa que advém
do Poder Executivo.
Decreto não é Lei porque apenas regulamenta a Lei.
O valor de um tributo é calculado em função de dois elementos: ALÍQUOTA,
que geralmente é um percentual e a BASE DE CÁLCULO, valor sobre o qual se
aplica o percentual da alíquota.
A lei diz, por exemplo, que a base de cálculo do IPTU pode ser corrigida
monetariamente. Esta correção pode ser efetuada por Decreto.
O decreto, no caso, não inovou nada, apenas regulamentou uma disposição já
contida na lei.
O Decreto é de competência dos Poderes Executivos da União; Distrito Federal,
Estados e Municípios.
O Decreto é muito utilizado no Direito Tributário. Principalmente no que diz
respeito a quatro tributos federais na modalidade de Impostos > Imposto de
Importação; Imposto de Exportação; Imposto sobre Produtos Industrializados e
Imposto sobre Operações Financeiras, Câmbio e Seguros; respectivamente, II;
IE; IPI e IOF.
São denominados tributos extrafiscais.
- Fiscais;
- Parafiscais;
- Extrafiscais.
Os tributos de natureza FISCAL são aqueles que objetivam arrecadar receitas para a
satisfação das necessidades sociais. Ex. O Imposto de Renda (maior fonte de
arrecadação do País) possibilita a oferta de Educação, Saúde, etc e tal.
PARAFISCAIS são os tributos cuja arrecadação não é feita pelo ente competente
para instituir o tributo, mas, sim, por outras pessoas jurídicas as quais ficam com o
produto da arrecadação. Ex. cobrança de contribuições do INSS – contribuições da
Seguridade Social.
Observar que o INSS não cria as contribuições. Isto é feito por Lei da União que
permite, ainda que o INSS arrecade e destine o produto dessa arrecadação às suas
finalidades previdenciárias.
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o
dispositivo.
Portanto, a OAB tem o direito de arrecadar e dispor dos valores cobrados a título de
anuidade.
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econômica nacional o Chefe do Executivo resolve que deve desestimular as
importações para estimular as exportações. Então, por medida governamental, ele
aumenta, em patamar elevado a alíquota do imposto de importações elevando-o, por
exemplo, a 150%. Com isto ele estará estimulando a indústria brasileira, porque o
consumidor fará a opção de um produto nacional similar ao importador que desejava
adquirir.
Estes manejos do Poder Executivo precisam ocorrer de uma hora para outra,
portanto, não podem seguir o trâmite legislativo normal. Nos casos que envolvem o
II, IE, IPI e IOF são questões cuja dinâmica que qualquer alteração de alíquota
ocorram de imediato.
Observar que até por portaria do Ministério da Fazenda estes tributos podem ser
alterados.
CTN:
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora
e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
QUESTÕES
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3. É Constitucional o Decreto n. 3.724/2001, que regulamenta o art. 6º da Lei
Complementar nº 105/2001?
Constituição Federal:
Seção II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão
de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto
na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
§ 1º - A vedação do inciso III, "b", não se aplica aos impostos previstos nos arts. 153, I, II, IV e V, e 154, II.
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso
III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos
previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se
refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados
com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto
relativamente ao bem imóvel.
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre
mercadorias e serviços.
§ 6º - Qualquer anistia ou remissão, que envolva matéria tributária ou previdenciária, só poderá ser concedida através de lei
específica, federal, estadual ou municipal.
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§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, §
2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não
se realize o fato gerador presumido.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
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§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, §
2.º, XII, g.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu
sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela
definidas;
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da
respectiva base de cálculo.
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos
enumerados nos incisos I, II, IV e V.
Sim, o Poder Executivo pode alterar ou para menor a alíquota posta sobre os impostos
IE, II, IPI e IOF, através de Decretos baixados pela Presidente da Republica ou
Portarias dos Ministérios em regra o Ministério da Fazenda, são estes exceções ao
principio da legalidade.
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização
de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b;
Medida Provisória é lei . Os tributos podem ser majorados por medida provisória
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Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153,
I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até
o último dia daquele em que foi editada
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
O § 1º é unânime em dizer que este artigo estende-se também aos tributos e taxas e
não só para os impostos.
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
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I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a
promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
Sobre os agentes –
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
>Anterioridade
> Noventena
> Não-confisco
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Aula do dia 23/03/2009
Periódico > situação que perdura no tempo. Ex. propriedade enquanto fato gerador
(de um veículo > IPVA; de um imóvel urbano > IPTU). O legislador fixa por lei um
determinado dia em que ocorrerá o pagamento de tais tributos.
Então, uma série de fatos isolados, os quais, no seu conjunto, gera o nascimento da
obrigação tributária. Ex. o Imposto de Renda > é a obtenção de rendas ou proventos
de qualquer natureza, em momentos diferentes do exercício financeiro, que, no seu
conjunto, formarão a base de calculo do IR.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão
de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
* A Lei que cobrar tributos, ou majora-los, não pode ser aplicada a fatos passados.
Ou seja, fatos ocorridos antes de sua vigência. É o PRINCÍPIO DA
IRRETROATIVIDADE.
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7,5%
15% Esta lei estabelece alíquota única de 25%
22,5%
27,5%
Quando o fato gerador for complexivo este considera-se ocorrido após o final
do exercício financeiro equivalente. Isto quer dizer que a LEI NOVA que no
curso de um exercício financeiro tiver majorado um tributo não poderá ser
aplicada ao fato gerador que ainda irá ocorrer, pois embora esse fato gerador
ainda não pode ser considerado existente, neste caso para fins de aplicação do
PRINCÍPIO a lei precisa ser vigente antes da ocorrência da série de fatos.
A lei para não violar o princípio da irretroatividade deve estar vigente ANTES
do início da serie de fatos que originou o fato gerador do IR.
Neste caso (do exemplo da tabela) a alíquota de 25% não poderá ser
aplicada, prevalecendo a lei velha que estabelece alíquotas de 7,5; 15;
22,5 e 27,5%.
Obs > Lei que extingue e Lei que reduz tributos NÃO É EXCEÇÃO AO princípio da
irretroatividade.
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Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos
interpretados;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não
tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
R. não se trata de exceção. Todos os casos aqui previstos referem-se a situações que
não estão na regra.
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