You are on page 1of 1

Chamam-me de bagaço do resto que não tem mais nada; que neguei o leite, a

lã e a gordura da carne. Disseram que estava extenuado, vencido e destruído, que sou
abnegado e desobediente e não tem como retornar.
Mas, esqueceram que foram as suas mãos que ungiram a minha cabeça,
fazendo-me um projeto das suas profecias, para propagar as Boas Novas de paz que o
mundo precisar ouvir.
Sei que sou o sonho de Deus, e jamais serei vencido, porque o meu fruto dar
vida abastece a incapacidade dos que atrofiaram ao longo da jornada ministerial, e se
entregam aos cicios das sinistras línguas que não prosperam e não desejam verem o
sucesso dos que são abrasados com o calor no campo missionário em que milhares de
vidas perecem nas sombras da ignorância espiritual.
No entanto, até o sumo deste bagaço torna-se unção como balsamo que cura
as lanceadas nos corações dos que perderam o verdadeiro amor pela vida. E quando o
velho bagaço não tiver mais liquido para adoçar, suco para ungir e palha para ser
oferecida na grande fornalha da existência às suas cinzas servirão para adubar novas
fruteiras que dão continuidade ao ciclo de vida na face da terra.

Presbítero - Robson Colaço de Lucena

You might also like