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Questões de português para o concurso da Embrapa 2007.

Prova 1:
CHESF – assistente administrativo A; 2007.
Texto:
Mundo novo, vida nova
Buscar um mundo novo, vida nova
E ver, se dessa vez, faço um final feliz
Deixar de lado
Aquelas velhas histórias
O verso usado
O canto antigo
Vou dizer adeus
Fazer de tudo e todos bela lembrança
Deixar de ser só esperança
E por minhas mãos, lutando, me superar
Vou traçar no tempo meu próprio caminho
E assim abrir meu peito ao vento
Me libertar
De ser somente aquilo que se espera
Em forma, jeito, luz e cor
E vou
Vou pegar um mundo novo, vida nova
Vou pegar um mundo novo, vida nova.
(GONZAGA, Júnior, Luís. In: Elis Regina Saudade do Brasil. CD Warner Music do Brasil m250678-2,
1989.)

01) A respeito da tipologia textual apresentada através do texto “Mundo novo, vida nova”, trata-se de
um(a):
A) Texto que se volta inteiramente para a realidade.
B) Texto que se volta para a expressão, que nele é tão ou mais importante do que a própria realidade
retratada.
C) Texto que tem como objetivo transmitir conteúdos.
D) Texto que tem uma linguagem objetiva e impessoal.
E) Linguagem que tende à denotação.
02) “Vou traçar no tempo meu próprio caminho”. O vocábulo destacado NÃO tem o significado do
contexto em:
A) O caminho dos justos se renova sempre. D) Em seu caminho, Pedro observa a
paisagem.
B) A sua vida está entre um caminho e outro. E) O caminho para a vitória tem muitos
obstáculos.
C) O caminho para o sucesso é longo.
03) Identifique o trecho a seguir em que o termo destacado atua como conector contribuindo para a
coesão textual:
A) “Buscar um mundo novo, vida nova” D) “E por minhas mãos, lutando,...”
B) “E ver, se dessa vez, faço um final feliz” E) “Vou pegar um mundo novo, vida
nova”
C) “Vou dizer adeus”
04) O sinônimo que traduz “traçar” na oração: “Vou traçar no tempo” está corretamente indicado em:
A) Representar.B) Descrever. C) Projetar. D) Tracejar. E) Delimitar.
05) A respeito do tema principal enfocado pelo texto, é adequado dizer que:
A) O autor faz uma perspectiva do futuro avaliando o passado através de uma retrospectiva.
B) É claro o sentimento de angústia e pessimismo presente em todo o texto.
C) A ansiedade por uma vida nova faz com que o passado esteja cada vez mais presente.
D) O passado deve ser apagado na visão do autor para que não haja possibilidade de que se tenha uma
vida nova.
E) Para que haja uma vida nova é necessário que exista uma continuidade das antigas experiências.
06) “(...) E vou / Vou pegar um mundo novo, vida nova /”. O termo destacado anteriormente exerce
uma relação de:
A) Adição. B) Contraste. C) Escolha. D) Conclusão. E)
Motivo.
07) Exemplificando o modo como se relacionam adjetivos e substantivos, temos a seguinte
alternativa:
A) “Vou dizer adeus”
B) “Mundo novo, vida nova”
C) “Deixar de ser só esperança”
D) “De ser somente aquilo que se espera”
E) “E assim abrir meu peito ao vento”

08) “Deixar de ser só esperança” não é o mesmo que ser uma pessoa desesperançosa. Tal conclusão
é possível sabendo-se que, neste caso, o prefixo des tem o sentido de:
A) Negação. B) Contrariedade. C) Intensidade. D) Destruição. E) Separação.

Prova 2:
CHESF – assistente administrativo A – auxiliar de serviços jurídicos; 2007.
TEXTO O Ballet do leiteiro
No edifício da esquina ainda há várias janelas acessas. No terceiro andar mora um casal de velhos. Vejo
um pedaço de cama, um pé, um pijama riscado, o jornal aberto. Eis que entra a velha metida numa camisola
feito um balão murcho, arranca sem cerimônia o jornal das mãos do marido, agacha-se para olhar debaixo
da cama. A luz se apaga. (...)
Meia-noite. Quase todas as luzes já se apagaram. Ao longe o morro dos Cabritos deixa ver alguns de
seus casebres, que não chegam a perturbar a paisagem dos moradores do último andar. A luz da lua dá aos
edifícios fronteiros uma coloração amarelada. Uma pequena multidão acaba de sair do cinema. Alguns se
detêm no ponto de ônibus; outros vão andando. Meia dúzia de carros se movimenta. A lua também se apaga
por detrás de uma nuvem. Vem o ônibus, o último, e arrebanha este resto de vida.
E a cidade morre. Daqui por diante apenas um bonde, um táxi ou uma conversa de notívagos sacudirá
por instantes o ar de morte que baixou sobre a cidade. A mulata poderá discutir com o porteiro do edifício, o
vigia da construção poderá vir espiar. Ouvirei uma buzina, um choro de criança, apito de guarda, miados de
gato, tosse de homem, riso de mulher. Um rato cruzará o asfalto de esgoto a esgoto, um rapaz passará
assobiando. Serão débeis sinais de vida que não iludirão a morte, nessa hora em que os homens se
esquecem e dormem.
Mas alguém está acordado e continua vivendo. Não o conheço, não sei quem é, se homem ou mulher.
(...)
Vejo da janela, como de um camarote, o leiteiro se aproximar. Agora ele deteve sua carroça na esquina,
enquanto uma negra surgida não sei de onde parece desafiá-lo à distância.
− Negra sem-vergonha! Ah, se eu te pego.
Do outro lado, junto ao tapume, o vigia da construção assiste à cena. O leiteiro e a mulher se olham
como dois animais. Ele bate com o pé no chão, fingindo que vai correr, e ela sai em disparada, desaparece
na esquina.
− Não posso entregar o leite, que aquela negra está querendo me furtar uma garrafa. É só largar a
carroça e ela vem.
Fica, indeciso, dá um passinho para lá, outro para cá. Finge afastar-se e rodopia sobre o meio-fio, para
surpreender a mulher. Não vendo ninguém, apanha duas garrafas e, desconfiado, se afasta em direção a um
edifício.
Surge a negra na esquina. Vem vindo de mansinho, colada à parede. Encosta-se na carroça como quem
não quer nada − o leiteiro olha de longe. Passa a mão numa garrafa e o leiteiro se precipita aos gritos, foge
a negra espavorida. (...)
Desanimado, o leiteiro voltou-se para o vigia:
− Nem um guarda! Já me quebrou uma garrafa, olha aí. O senhor será que podia...?
O vigia, um mulato vigoroso e decidido, atravessa a rua e vai postar-se junto à carroça. O leiteiro
agradece, apanha de novo duas garrafas e sai correndo em direção ao edifício. Pela calçada vem vindo a
negra, de mansinho, vem vindo...
− O que é que você quer? − ameaça o vigia.
Aproximam-se um do outro, conversam baixinho alguns minutos. O vigia segura a negra pelo braço.
Depois atravessa com ela a rua e ambos desaparecem no interior da construção.
(Fernando Sabino. O homem nu/Fragmento)
01) Assinale a alternativa que traz consideração adequada sobre o texto referente aos recursos
utilizados pelo autor:
A) O texto tem propósitos essencialmente filosóficos.
B) O texto mostra a idéia de que o narrador-personagem é, na verdade, o próprio leiteiro.
C) A linguagem informal adotada realça o caráter reflexivo do texto.
D) A argumentação empregada traduz a crítica ao leiteiro.
E) O cenário inicial identifica aspectos importantes para o desenvolvimento da narrativa.
02) Segundo o texto, após a meia-noite, só haverá “débeis sinais de vida” e estes sinais “não iludirão
a morte” porque:
A) A morte “foge” diante da vida confirmando a oposição existente entre elas.
B) A morte, por ser um acontecimento certo na vida do homem, não abre precedentes para outra
alternativa.
C) Os sinais débeis são sinais fragilizados.
D) A fragilidade humana não pode iludir a morte.
E) Só a fragilidade humana pode iludir a morte.
03) A respeito do encontro entre a mulher e o leiteiro, assinale a alternativa que traz consideração
incompatível com o texto:
A) Através das atitudes da mulher e do leiteiro é possível constatar que aquele não era o primeiro
encontro.
B) A princípio, o vigia é apenas um observador que depois se tornará participante.
C) A expressão “como dois animais” é usada para menosprezar os dois personagens.
D) As falas do leiteiro são imprescindíveis para a compreensão do que se passa naquele momento.
E) A reação do leiteiro é uma conseqüência da atitude anterior da mulher.
04) No último parágrafo do texto, somente NÃO está implícito que:
A) O vigia e a mulher já se conheciam de longa data.
B) Existe um entendimento entre os dois personagens.
C) O homem abandona a sua posição contrária à mulher.
D) O contato físico entre os dois personagens demonstra um certo grau de intimidade.
E) A aproximação e a conversa em tom baixo demonstram a restrição do assunto que estava sendo
tratado.
05) “Eis que entra a velha metida numa camisola feito um balão murcho,...” A palavra em destaque
apresenta a seguinte denotação:
A) Inclusão. B) Designação. C) Retificação. D) Situação. E)
Explicação.
06) Leia o texto a seguir: “Mas alguém está acordado e continua vivendo. Não o conheço, não sei
quem é, se homem ou mulher.” O termo em destaque:
A) Substitui a palavra alguém. D) Caracteriza a ação verbal.
B) Refere-se à palavra anteposta “não”. E) Realça a ação verbal.
C) Intensifica a ação verbal.
07) A seguir, relacione corretamente as palavras com as idéias expressas pelos sufixos
correspondentes:
1. Leiteiro. ( ) Diminutivo.
2. Passinho. ( ) Modo.
3. Hermeticamente. ( ) Agrupamento.
4. Barrigudo. ( ) Profissão.
5. Leiteria. ( ) Abundância.
A seqüência está correta em:
A) 1, 3, 4, 2, 5 B) 2, 3, 5, 1, 4 C) 5, 2, 3, 1, 4 D) 4, 2, 5, 1, 3 E) 3, 2, 1, 5, 4
08) “Pela calçada vem vindo a negra, de mansinho, vem vindo...” O sinal de reticências no contexto
anterior tem por objetivo:
A) Indicar o corte da frase citada.
B) Indicar interrupção de pensamento.
C) Mostrar uma dúvida.
D) Indicar ironia, malicia ou qualquer outro sentimento, que o autor se abstém de manifestar.
E) Indicar pausa maior que aquela sugerida pela vírgula.

Prova 3:
CEAGESP – Agente de segurança – 2007;
TEXTO I:
O pão de cada dia

Que o pão encontre na boca


o abraço de uma canção
construída no trabalho.
Não a fome fatigada
de um suor que corre em vão.
Que o pão do dia não chegue
sabendo a travo de luta
e a troféu de humilhação.
Que seja a bênção da flor
festivamente colhida
por quem deu ajuda ao chão.

Mais do que flor, seja fruto


que maduro se oferece,
sempre ao alcance da mão.
Da minha e da tua mão. (Thiago de Melo)
TEXTO II:
“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dá hoje.” (Mateus 6: 10 – 11)

16) Em referência aos textos I e II é correto afirmar, após uma leitura crítica dos mesmos que:
A) Narram a respeito de um mesmo assunto na sua íntegra.
B) Fazem referência à subsistência diária em tom de clamor, pedido.
C) Têm caráter apelativo, de modo a convencer o leitor a respeito do assunto tratado.
D) Exaltam a condição do trabalhador, da sua luta diária.
E) É realçado o trabalho da colheita quando diz: “Que seja a bênção da flor/ festivamente colhida.”

17) O texto I trata em seu conteúdo, principalmente:


A) Da fome do povo.
B) Da humilhação e o trabalho indigno.
C) Do merecido descanso depois de um longo dia de trabalho.
D) Do trabalho e seus benefícios.
E) Do dia-a-dia do cidadão.

18) “Que seja a bênção da flor / festivamente colhida/ por quem deu ajuda ao chão.” No trecho em
destaque, pode ser identificado o caráter ___________ do trabalho agrícola. A alternativa que
completa corretamente a lacuna é:
A) recompensador D) de sacrifício
B) solidário E) bem remunerado
C) religioso

19) A primeira estrofe do texto I fala de um dos vários problemas que a sociedade atual vive. Estamos
falando de:
A) Falta de oportunidades no competitivo mercado de trabalho.
B) Individualismo do ser humano.
C) Má distribuição de renda.
D) Trabalho realizado sem as devidas condições de segurança e higiene.
E) Trabalho que muitas vezes não é devidamente recompensado.

20) A figura do “pão” tanto no texto I quanto no texto II, representa:


A) O principal alimento do dia. D) A necessidade básica diária de cada ser
humano.
B) O único alimento do dia. E) O incentivo para a continuidade do
trabalho.
C) O alimento comum aos trabalhadores.

21) Na língua oral, a menor unidade é o fonema. Na língua escrita, a menor unidade é a letra. Em
relação às letras grifadas das palavras abaixo, verifique o grupo em que ocorre o mesmo
fenômeno:
A) trabalho, quem, bênção D) que, seja, maduro
B) maduro, minha, vontade E) corre, trabalho, venha
C) sempre, pão, venha
22) Nas orações a seguir, as vírgulas foram usadas corretamente em:
A) A vida no campo é, sem dúvida nenhuma, bem mais saudável que a vida na cidade.
B) A vida, no campo, é sem dúvida nenhuma, bem mais saudável que a vida na cidade.
C) A, vida no campo, é, sem dúvida nenhuma, bem mais saudável que a vida na cidade.
D) A vida no campo é sem dúvida nenhuma, bem mais saudável que a vida na, cidade.
E) A vida no campo é, sem, dúvida nenhuma, bem mais saudável que a vida na cidade.

23) “... o abraço de uma canção construída no trabalho.” O termo grifado foi acentuado pelo mesmo
motivo que:
A) troféu, céu e dá D) balaústre, saúde, saída
B) ínterim, tênue e idéia E) péla, pêlo, pélo
C) tórax, abençôo e caráter

24) “Que o pão encontre...”


“Que o pão do dia não chegue...”
“Mais do que flor, seja fruto...”
Nos trechos acima destacados, o modo verbal apresentado exprime desejo por algo. O mesmo
ocorre em: (Considere a oração grifada)
A) Teria sido feliz se me casasse com ela.
B) Trabalha e estarás salvo.
C) Há muita gente passando fome.
D) Quando voltar, conto tudo que houve no atendimento de emergência.
E) Deus lhe pague!

25) “Da minha e da tua mão.” Quanto à classificação dos pronomes, o trecho em destaque apresenta
o mesmo tipo que em:
A) “O pão nosso de cada dia...” D) “que maduro se oferece.”
B) “... nos dá hoje” E) “sempre ao alcance da mão.”
C) “por quem deu ajuda ao chão.”

Prova 4:
CEAGESP – Assistente técnico A – analista de manutenção de LT’S – 2007;
TEXTO: O vento que vinha trazendo a lua

Eu estava no apartamento de um amigo, no Posto 6, e quando cheguei à janela vi a lua: já havia


nascido toda e subido um pouco sobre o horizonte marinho, avermelhada. Meu amigo fora lá dentro buscar
alguma coisa e eu ficara ali, sozinho, naquela janela, presenciando a ascensão da lua cheia.
Havia certamente todos os ruídos da cidade lá embaixo, havia janelas acesas e apartamentos. Mas
a presença da lua fazia uma espécie de silêncio superior e de majestade plácida; era como se Copacabana
regressasse ao seu antigamente sem casas, talvez apenas alguma cabana de índio humilde entre cajueiros
e pitangueiras e árvores de mangue, talvez nem cabana de índio nenhum, índio não iria morar ali sem ter
perto água doce. Mas dava essa impressão de coisa antiga, esse mistério remoto. Era um acontecimento
silencioso e solene pairando na noitinha e no tempo, alguma coisa que irmana o homem e o bicho, a árvore
e a água – a lua...
Foi então que passou por mim a brisa da terra; e essa brisa que esbarrava em tantos ângulos de
cimento para chegar até mim ainda tinha, apesar de tudo, um vago cheiro de folhas, um murmúrio de grilos
distantes, um segredo de terra anoitecendo.
E pensei em uma pessoa; e sonhei que poderíamos estar os dois juntos, vendo a ascensão da lua;
deslembrados, inocentes, puros, na doçura da noitinha como dois bichos mansos vagamente surpreendidos
e encantados perante o mistério e a beleza eterna da lua.
(Rubem Braga, in O Estado de S. Paulo, dez. 1990)

01) “Mas a presença da lua fazia uma espécie de silêncio superior e de majestade plácida...” A
palavra que NÃO pode substituir o termo plácida é:
A) Serena. B) Tranqüila. C) Sossegada. D) Calma. E)
Límpida.
02) Pela descrição da brisa da terra podemos inferir que o autor:
A) Menosprezava a brisa por lhe desviar a atenção da lua.
B) Reconhecia que os edifícios alteravam as características da brisa.
C) Reconhecia que cheiro de folhas é próprio de toda brisa.
D) Não gostava do progresso urbano.
E) Intentava descobrir algum segredo naquela brisa.
03) O texto possui um tom de:
A) Tristeza. B) Otimismo. C) Humorismo. D) Alumbramento. E)
Angústia.
04) “Mas dava essa impressão de coisa antiga, esse mistério remoto.”A mesma regra de acentuação
que vale para mistério vale também para:
A) Ruídos. B) Índio. C) Árvore. D) Idéia. E)
Poderíamos.
05) Observe estas orações: “... e essa brisa que esbarrava em tantos ângulos de cimento para chegar
até mim...” A relação existente entre elas é de:
A) Lugar. B) Finalidade. C) Causa. D) Modo. E)
Conformidade.

Prova 5:
INB – Assistente de administração - 2006
TEXTO I: “A radioatividade presente na sua vida”
Sua aplicação no cotidiano abrange atividades agrícolas e industriais e usos na medicina e na
preservação ambiental.
Quando se fala em energia nuclear, boa parte das pessoas pensa em algo como bombas atômicas ou
armas nucleares. Muitos associam a radioatividade apenas a coisas negativas. Mas a energia nuclear é
muito mais do que isso. Seu uso em usinas para gerar eletricidade é apontado como a opção para substituir
outras fontes, como petróleo, carvão – emissores de gases do efeito estufa – e os recursos hídricos – cuja
exploração causa grande impacto ambiental. Veja a larga aplicação positiva das descobertas ligadas à
radioatividade: radioterapia contra câncer, medicina nuclear, esterilização de materiais, hormônios de
crescimento, etc. São avanços científicos que ajudam a melhorar o cotidiano das pessoas.

TEXTO II: O que fazer com o lixo nuclear?


O lixo nuclear, chamado de rejeito radioativo, é todo material resultante de atividade humana que
contenha elementos radioativos com risco à saúde humana e ao meio ambiente e para o qual não se
recomenda a reutilização. Usinas nucleares, hospitais, indústrias, clínicas médicas, centros de pesquisas e
universidades, entre outras instituições dão origem a esses rejeitos.
Os órgãos de controle exigem que o lixo nuclear seja tratado, embalado e armazenado de forma a ficar
isolado até não oferecer mais risco ao meio ambiente nem à saúde, ou seja, até que deixe de ser radioativo.
O tempo para isso varia de elemento para elemento.
A grande maioria dos rejeitos de reatores e de aplicações da energia nuclear na medicina é colocada em
depósitos temporários ou provisórios. São recipientes especiais, confinados em um tipo de trincheira
revestida de concreto. Nesses locais, o lixo nuclear deverá ficar isolado por períodos que variam de 50 a 300
anos.
No caso do Brasil, situam-se em locais de mineração, nas usinas de Angra I e II, e em órgãos
especializados, como o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo, e o Instituto
de Engenharia Nuclear (IEN), no Rio. Os rejeitos armazenados nesses institutos são gerados em fontes
industriais, de radioterapia, hospitais e universidades. Existe também o repositório de Goiânia, onde estão os
rejeitos gerados no acidente com o césio 137, ocorrido em 1987.
Os rejeitos de atividade alta, como combustíveis de reatores, devem ser colocados em recipientes
confinados em cavernas especialmente construídas a mais de 800 metros de profundidade.
(Almanaque Abril – Atualidades Vestibular 2007 – adaptação)

01) Numa análise interpretativa dos textos apresentados pode-se dizer que entre eles existe uma
relação de:
A) Conflito, por causa de suas diferenças.
B) Dependência, não existe entendimento do primeiro sem a leitura do segundo e vice-versa.
C) Ligação, já que o mesmo conteúdo os une sendo porém tratado de formas diferentes.
D) Conseqüência, todos os fatos que ocorrem no segundo texto são conseqüência do que ocorre no
primeiro texto.
E) N.R.A.
02) Levando em conta dados extratextuais, qual seria o motivo de muitas pessoas associarem a
radioatividade apenas a coisas negativas?
A) A falta de informação das pessoas, a palavra radioatividade é praticamente desconhecida pela grande
maioria da população.
B) O fato de radioatividade realmente estar associada apenas a coisas negativas.
C) As grandes tragédias que já aconteceram por causa da energia nuclear.
D) Existem duas opções corretas.
E) N.R.A.
03) “Sua aplicação no cotidiano abrange atividades agrícolas e industriais e usos na medicina e na
preservação ambiental.” O pronome “sua” foi destacado no texto anterior e diz respeito à posse
de determinado elemento. Assinale a alternativa em que a associação entre o pronome e o
elemento referido está correta:
A) Sua – vida D) Sua – radioatividade
B) Sua – agrícola E) Sua – preservação
C) Sua – medicina
04) “Mas a energia nuclear é muito mais do que isso.” A conjunção grifada pode ser substituída sem
prejuízo do sentido por:
A) Contudo. B) Porque. C) Ainda que. D) Embora.
E) E.
05) A respeito do Texto II, podemos dizer quanto a sua linguagem:
A) É predominantemente subjetiva.
B) Procura influenciar por meio de apelos.
C) Usa o próprio código para defini-lo ou explicá-lo.
D) Tem como objetivo estabelecer, prolongar ou interromper uma comunicação.
E) Trata-se de uma linguagem objetiva, centrada no conteúdo transmitido.
06) O título do Texto II mostra que seu objetivo, após a leitura do texto, é o seguinte:
A) Registrar que a indagação feita será respondida no decorrer do texto, como se fosse um manual
explicativo para o leitor, do que ele deverá fazer com o lixo nuclear.

B) Despertar o interesse pela leitura do texto, chamar a atenção através de um recurso da linguagem.

C) Aterrorizar o leitor, mostrando que não existe resposta para o questionamento feito.
D) Iniciar um assunto de pouca importância de modo chamativo.
E) Determinar o conceito de lixo nuclear.
07) “... ao meio ambiente e para o qual não se recomenda a reutilização.” A associação entre os
termos destacados e seu referente está expressa corretamente em:
A) O lixo nuclear. D) Risco.
B) Meio ambiente. E) Hospitais.
C) Elementos radioativos.
08) Na seguinte oração retirada do Texto I, a colocação do pronome está de acordo com a norma
culta, veja: “Quando se fala em energia nuclear, boa parte das pessoas pensa em algo como
bombas atômicas ou armas nucleares.” O mesmo ocorre em:
A) Ninguém disse-lhe a verdade. D) Contentou-se em chamá-los.
B) Não vejo-o há algum tempo. E) Já sabe-se quem venceu.
C) Nada detém ele.
09) A vírgula tem muitos empregos, entre eles é usada para separar o aposto, palavra ou expressão
que explica (esclarece) um termo geralmente anterior. Este emprego da vírgula é identificado em:
A) “Os órgãos de controle exigem que o lixo nuclear seja tratado, embalado e armazenado de forma a
ficar isolado...”
B) “... até não oferecer mais risco ao meio ambiente nem à saúde, ou seja, até que deixe de ser
radioativo.”
C) “O lixo nuclear, chamado de rejeito radioativo, é todo material resultante de...”
D) “Usinas nucleares, hospitais, indústrias, clínicas médicas, centros de pesquisas e universidades,...”
E) “No caso do Brasil, situam-se em locais de mineração, nas usinas...”
10) As conjunções expressam circunstâncias nas orações. De acordo com a circunstância expressa
na oração seguinte pela conjunção em destaque, a mesma poderá ser substituída por:
“Quando se fala em energia nuclear, boa parte da pessoas...”
A) Enquanto. B) Para que. C) Conforme. D) Como. E)
Que.
11) Ao dizer que “é risco à saúde todo material resultante de atividade humana que contenha
elementos radioativos”, entende-se que é “risco para a saúde”. O mesmo entendimento ocorre
em:
A) Saímos às cinco da noite. D) Às tantas da madrugada ouviu-se um
barulho.
B) À tarde fomos embora. E) Eu me refiro àquele filme.
C) Vou à cidade,
12) Algumas palavras adquirem novo significado apenas com a retirada do acento. Assinale a opção
em que a palavra em destaque está enquadrada neste caso:
A) “...mais risco ao meio ambiente nem à saúde,...” D) “Existe também o repositório de
Goiânia,...”
B) “...é colocada em depósito temporário...” E) “...como combustíveis de reatores,...”
C) “...até que deixe de ser radioativo.”
13) Com o objetivo de divulgar o Brasil em relação à tecnologia nuclear, o seguinte folheto foi
impresso:
“O Brasil concluiu neste ano um passo à frente no uso da tecnologia nuclear.
Com a inauguração, em maio de 2006, da primeira módulo da fábrica de
enriquecimento de urânio das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende (RJ),
o país entra no reduzido grupos de nações que dominam essa tecnologia em nível
industrial.”
Fazendo uma revisão textual do folheto, o número de erros de concordância nominal
encontrado foi:
A) Dois. B) Um. C) Três. D) Quatro.
E) N.R.A.
14) Considerando o significado das palavras e a sua regência faça a correta correspondência entre a
1ª e 2ª colunas:
1. É necessário aspirar o ar puro e no estudo da poluição a radioatividade ( ) Presenciar
permite determinar a quantidade e o local da ocorrência de poluentes. ( ) Acompanhar
2. O Brasil aspira a uma posição de destaque no enriquecimento de urânio. ( ) Pretender
( ) Sorver
3. Ontem assisti a um filme sobre o enriquecimento de urânio.
4. O médico assiste o doente.
A sequência correta da 2ª coluna é:
A) 2, 3, 4, 1 B) 4, 2, 1, 3 C) 3, 1, 4, 2 D) 1, 2, 4, 3
E) 3, 4, 2, 1
15) “O “requerimento” é forma específica de correspondência oficial, por meio do qual...”. Para
completar corretamente a oração anterior aponte o objetivo de um requerimento:
A) Podemos nos dirigir a vários destinatários.
B) Se solicita à autoridade competente alguma coisa a que temos direito.
C) Registra-se o resumo das ocorrências e decisões de reuniões e assembléias.
D) Comunica-se uma convocação, citação, abertura de concorrência, intimação, resultado de concursos,
etc.
E) Alguém recebe poderes de uma pessoa para agir em nome dela.

Prova 6:
CEPISA – Assistente de administração - 2007
TEXTO: A fadiga da informação
Há uma nova doença no mundo: a fadiga da informação. Antes mesmo da Internet, o problema já era
sério, tantos e tão velozes eram os meios de informação existentes, trafegando nas asas da eletrônica, da
informática, dos satélites. A Internet levou o processo ao apogeu, criando a nova espécie dos internautas e
estourando os limites da capacidade humana de assimilar os conhecimentos e os acontecimentos deste
mundo. Pois os instrumentos de comunicação se multiplicaram, mas o potencial de captação do homem –
do ponto de vista físico, mental e psicológico – continua restrito. Então, diante do bombardeio crescente de
informações, a reação de muitos tende a tornar-se doentia: ficam estressados, perturbam-se e perdem em
eficiência no trabalho.
Já não se trata de imaginar que esse fenômeno possa ocorrer. Na verdade, a síndrome da fadiga da
informação está em plena evidência, conforme pesquisa que acaba de ser feita, nos Estados Unidos, na
Inglaterra e em outros países, junto a 1.300 executivos. Entre os sintomas da doença apontam-se a paralisia
da capacidade analítica, o aumento das ansiedades e das dúvidas, a inclinação para decisões equivocadas
e até levianas.
(...)
É claro que esse processo não vai estancar e muito menos regredir. A informação não poderia estar à
margem do mercado competitivo. Não há dúvida, porém, de que precisamos aprender a filtrá-la, a ajustá-la
ao nosso metabolismo de público-alvo. A eletrônica e a informática estão a nosso serviço, mas não
substituem as limitações orgânicas, cerebrais e emocionais do homem. A informação nos faz também sentir
as dores do mundo, onde quer que ocorram sob a forma de calamidades, tragédias, adversidades coletivas
ou individuais.
(Augusto Marzagão − Revista da Comunicação, Rio de Janeiro, ano
12, nº46, novembro/96, p.20-21)
01) Com base no conteúdo do texto apresentado, é correto afirmar que trata-se predominantemente
de um texto:
A) De opinião. B) Poético. C) Informativo. D) Narrativo. E) Científico.
02) O excesso de informação é uma questão levantada pelo autor. Tal questão é tratada no texto
como:
A) Um dos problemas dos órgãos públicos.
B) Um dos problemas do nosso tempo.
C) Um suposto problema existente entre sociedade e órgão responsáveis pelo mesmo.
D) Uma alternativa para solução de alguns dos problemas gerados pela sociedade do século XXI.
E) Existem anteriormente duas opções corretas.
03) “A informação não poderia estar à margem do mercado competitivo.” No trecho destacado é
correto o entendimento de que o autor:
A) Elimina a possibilidade de que diante dos problemas gerados pelo excesso de informação, a mesma
possa ser vista positivamente.
B) Estabelece um paralelo entre a informação e a desinformação.
C) Antecipa sua preocupação com o mercado competitivo.
D) Prioriza o ser humano acima de qualquer estresse provocado pelo excesso de informação.
E) Aponta a necessidade e conseqüentes efeitos positivos da informação.
04) “...trafegando nas asas da eletrônica...” O trecho anterior mostra uma figura de linguagem,
recurso extremamente utilizado na língua escrita e oral. Neste caso, o vocábulo “asas” tem um
significado peculiar e não literal por causa do contexto. O mesmo ocorre em:
A) Um fio de luz entrou pela janela assim que o sol surgiu. D) O verdadeiro amigo é aquele em
quem se pode confiar.
B) O amor é um sentimento nobre. E) Aquela construção parece ser a maior
desta região.
C) As correções são para que não voltemos a errar.
05) Indique o trecho a seguir que atribui veracidade às informações contidas no texto:
A) “Já não se trata de imaginar que esse fenômeno possa ocorrer.”
B) “Há uma nova doença no mundo: a fadiga da informação.”
C) “...conforme pesquisa que acaba de ser feita, nos Estados Unidos, na Inglaterra...”
D) “A Internet levou o processo ao apogeu, criando a nova espécie dos internautas”.
E) “ Pois os instrumentos de comunicação se multiplicaram,...”
06) “Há uma nova doença no mundo: a fadiga da informação.” Na sentença a seguir, os dois-pontos
ocorrem com a seguinte função sinalizadora:
A) Antes de uma enumeração. D) Para anunciar uma oração apositiva.
B) Antes da citação. E) Antes de uma reflexão.
C) Para anunciar um aposto.
07) “...de que precisamos aprender a filtrá-la,...” A língua nos oferece a possibilidade de fazermos
referência a algum elemento já mencionado no texto sem necessidade de repeti-lo. Identifique o
antecedente do pronome em destaque no trecho anterior:
A) Dúvida. B) Margem. C) Informação. D) Inclinação. E)
Capacidade.
08) De acordo com a norma culta da língua, assinale a opção que NÃO utiliza a concordância nominal
de forma correta:
A) É proibido o uso de telefones celulares neste local.
B) Fica proibida a permanência neste local após a conclusão dos trabalhos.
C) É inusitado aquela placa na entrada do local.
D) Fica liberada a entrada para todos.
E) N.R.A.
09) “ Não há dúvida, porém,...”,neste caso, o “porém”, pode ser substituído, sem alteração do
sentido contextual por:
A) contudo B) por que C) mas D) ainda E) e
10) Em relação ao processo de formação das palavras, sabemos que tal processo ocorre com (entre
outros) acréscimo de prefixos. Considerando tal informação, assinale a opção em que os prefixos
das palavras têm o mesmo significado entre si:
A) Revolta, retroceder. D) Distraído, deslumbrado.
B) Progredir, regredir. E) Ingrato, inteligente.
C) Desconforto, desesperança.
Prova 7:
CEFET – Assistente administrativo - 2006
TEXTO I:
As elites e o povão
É cansativo, é irritante, isso de falar em elites e povão, como se só o chamado povão fosse honesto e
merecedor de confiança e tudo que se liga à "elite" significasse o pior quanto à moral, ao valor e à
confiabilidade.
É mal-intencionado dizer que só a elite é saudável, educada, merecedora das boas coisas da vida e o
povão é sujo, grosseiro e não vai melhorar nunca.
E, afinal, o que é essa "elite"? Quem a constitui? Parece que existem várias.
Elite social – Nada mais triste do que ler: "Fulana de Tal, socialite". Tem profissão? Tem família? Faz
alguma coisa da vida? Não, ela é socialite. O marido, ou o filho, ou o companheiro dessa fina dama seria o
quê? Um socialite, também? Singularmente ainda não vi o termo usado no masculino. Talvez porque na
nossa utopia os homens sempre têm profissão e ganham o dinheiro, isto é, são úteis, enquanto as mulheres
ornamentam seu lado público.
Elite intelectual – Dessa, já gostei mais. Porém, cuidado: o grau de intelectualidade não reside na
quantidade de diplomas, alguns fajutos, adquiridos no exterior em universidades com nomes pomposos. O
intelectual de primeira é o que de verdade pensa, lê, estuda, escreve, pesquisa e atua. Cultiva a
simplicidade e detesta a arrogância, companheira da inteligência limitada.
Talvez elite verdadeira fosse a dos bem informados e instruídos, não importa em que grau, não
importam dinheiro nem sofisticação. Um povo pouco informado acredita no primeiro demagogo que aparece,
engole suas mentiras como pílulas salvadoras e, por cegueira ou por carência, segue o caminho de seu
próprio infortúnio.
Seria melhor largar essa bobagem de elite versus povão e pensar em habitantes deste planeta e deste
país. Todos merecendo melhor cuidado com a saúde, melhores escolas e universidades, melhores
condições de vida, melhor salário, melhores estradas, lugares de lazer mais bem-cuidados, mais tranqüilos e
seguros, menos impostos, menos mentiras. Mais oportunidades, mais sinceridade, mais vida. Melhor uso
das palavras. Mais respeito pela inteligência comum e pelo bom senso.
Então, velhíssima fórmula tão pouco aplicada, comecemos pela educação. Mas não venham com a
empulhação quanto aos analfabetos a menos no país. Alfabetizado não é quem aprendeu a assinar o nome:
é quem antes leu e compreendeu aquilo que vai assinar, pois, se optar errado, a exploração de sua
ignorância vai pesar sobre seus ombros por mais um longo tempo de altos juros.
Mais cuidado com palavras, pois elas podem se transformar, de pedras preciosas, em testemunho de
ignorância ou má vontade, ou ainda em traiçoeiros punhais.
(Lya Luft)

01) A respeito do texto transcrito se for estabelecida uma comparação entre 1º e 2º parágrafos pode-
se dizer que ocorre o seguinte:
A) Uma oposição de idéias, onde a idéia, conceito, a respeito do 1º parágrafo é anulada no 2º.
B) É estabelecida uma visão maniqueísta entre povão e elites.
C) São destacados somente os aspectos positivos da elite, ao contrário do “povão”, onde são
destacados somente os aspectos negativos.
D) É intenção da autora quebrar a visão maniqueísta logo de início que o leitor poderia ter a respeito de
“elites” e “povão”.
E) Os aspectos negativos e positivos a respeito de segmentos diferentes da sociedade são mesclados e
eliminadas as suas diferenças.

02) “Talvez porque na nossa utopia os homens sempre têm profissão e ganham o dinheiro, isto é,
são úteis...” A respeito do trecho destacado, analise cada uma das afirmações a seguir:
I. Ao usar a palavra “talvez” a autora deixa claro que o pensamento que virá a seguir está confuso
para ela mesma.
II. Um fato verídico na nossa sociedade, segundo o contexto, é que aquele que tem uma profissão, ou
seja, formou-se em algum curso profissionalizante, tem o retorno financeiro garantido.
III. De uma forma irônica são colocados em questão assuntos polêmicos como: machismo, “utilidade”
de homens e mulheres na sociedade, o papel de cada um.
IV. Ao dizer “nossa utopia”, a autora está trazendo o assunto de uma forma genérica, é um pensamento
comum às pessoas, e não individual.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
A) I e II B) III e IV C) III D) II E) IV
03) No quinto parágrafo transcrito, é feito um paralelo entre:
A) Os tipos de elite existentes.
B) As universidades do exterior e seus níveis de qualidade.
C) Aquele que possui o diploma universitário e aquele que não o possui.
D) O grau de intelectualidade visto de forma alienada e por outro lado visto de forma consciente.
E) A arrogância e a inteligência limitada.
04) A respeito de “informação, dinheiro e sofisticação” é correto afirmar que de acordo com o texto:
A) A informação supera a sofisticação e o dinheiro.
B) O dinheiro é necessário a qualquer pessoa, porém a informação aliada à sofisticação eleva o espírito
humano.
C) A falta de informação faz com que as pessoas acreditem em mentiras e enriqueçam facilmente.
D) A sofisticação e o dinheiro são um mal que devem ser abolidos através da informação.
E) Existem duas alternativas corretas.
05) “Seria melhor largar essa bobagem de elite versus povão... Todos merecendo melhor cuidado
com a saúde, melhores escolas e universidades, melhores condições de vida...”

O trecho destacado, retirado do texto I, e a charge possuem uma intertextualidade em relação ao


assunto que seria:
A) A mesma crítica feita.
B) Oposição de pensamentos diferentes em relação ao mesmo assunto.
C) Sugestão de solução para os problemas apresentados.
D) As condições sociais apresentadas no texto são tolhidas na charge de modo a sugerir violência
advinda da falta das mesmas.
E) A garantia de condições mínimas para o bom desenvolvimento de qualquer cidadão consciente.

06) A relação entre as condições sociais mencionadas na questão anterior e a “utopia” citada no
texto seria:
A) A respeito do pensamento utópico da autora quando enumera as condições sociais que, segundo ela,
“todos merecem”.
B) A fantasia de que todo cidadão usufruiu de educação, moradia, saúde, lazer, etc.
C) Inexistente, já que, a colocação da autora em relação às condições sociais é um questionamento,
uma reflexão, uma reivindicação a respeito do assunto.
D) De que, uma citação completa a outra, do ponto de vista contextual.
E) N.R.A.
07) “...engole suas mentiras como pílulas salvadoras...” No trecho em destaque podem ser
observados recursos literários na produção de efeito de sentido; são eles respectivamente:
I. Metonímia, quando se opta por utilizar uma palavra em lugar de outra.
II. Catacrese, quando na falta de uma palavra específica para designar o fato, usa-se um objeto
impróprio.
III. Metáfora, quando diz-se que houve uma transferência de um termo para um contexto de significação
que não lhe é próprio.
IV. Comparação, trata-se da aproximação de elementos de universos diferentes, associados por meio
de um conectivo.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
A) I, II e III B) I, II, III e IV C) III e I D) IV, II e III E) III
e IV
08) A respeito do texto I e a charge apresentada na questão 05 é correto afirmar que:
I. Apesar de serem tipos diferentes de texto, os dois trazem informações dentro de um contexto,
com um sentido próprio.
II. O texto I traz informações dentro de um contexto. A charge não pode ser considerada um texto.
III. Quando falamos de texto, identificamos um uso da linguagem verbal apenas, por isso a charge é
considerada apenas uma forma de linguagem não-verbal e não um texto.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s):
A) I B) II C) III D) I, II e III E) II e III
09) Das opções abaixo, aquela que indica uma variação da linguagem coloquial é:
A) “...os homens sempre têm profissão e ganham o dinheiro,...”
B) “mais cuidado com palavras...”
C) “É mal-intencionado dizer que só a elite é saudável...”
D) “Um socialite, também?”
E) “Um povo pouco informado acredita no primeiro demagogo que aparece...”
10) “E, afinal, o que é essa “elite”? Quem a constitui?” De acordo com os recursos coesivos da
linguagem o termo grifado deve ser entendido da seguinte forma:
A) Siga adiante e procure o referente deste termo ou expressão.
B) Volte ao trecho já lido e procure o referente deste termo ou expressão.
C) Adicione o que for dito a seguir ao que foi dito antes.
D) O raciocínio vai mudar de direção e seguir um rumo contrário ao esperado.
E) As alternativas A e B estão corretas.

TEXTO II:
Escolarização e crescimento econômico
Não podemos justificar o desenvolvimento escolar apenas pelas possibilidades de crescimento
econômico que ele gera. Ao contrário, o crescimento econômico só é justificável pelo desenvolvimento
social, educacional inclusive, que ele propicia. Entretanto, não podemos ignorar a relação direta existente
entre a melhoria do sistema escolar e o desenvolvimento econômico.
Diversos especialistas têm se dedicado a estudar o impacto econômico dos investimentos em
educação escolar. Embora suas conclusões quantitativas sejam dependentes de opções ideológicas
automaticamente embutidas nas análises matemáticas, especialmente quando envolvem a relação entre a
distribuição de renda e a escolaridade, um ponto é comum a todos eles: investimentos em educação escolar
provocam crescimento econômico. A taxa de crescimento econômico varia de país para país, de época para
época, e depende do nível de escolaridade da população. Em termos aproximados, essa variação está entre
cerca de 10%, no caso do ensino superior nos países ricos, e cerca de 30%, no caso do ensino básico nos
países pobres.
Esse retorno econômico é um reflexo em escala nacional do aumento da renda individual com o
aumento da escolaridade do trabalhador. Cada ano a mais de escolaridade garante um aumento individual
de renda que varia entre cerca de 5% a 10%, no caso de países com fortes mecanismos de controle de
renda e sistemas escolares muito organizados, há cerca de 100%, no caso do ensino fundamental em
países pobres de populações subescolarizadas.
(Otaviano Helene)

11) De acordo com o paralelo estabelecido no texto II entre escolarização e crescimento econômico
dizemos que existem relações de:
A) causa e conseqüência D) temporalidade e finalidade
B) adversidade e causa E) oposição e condição
C) finalidade e conseqüência
12) “A taxa de crescimento econômico varia de país para país, de época para época, e depende do
nível de escolaridade da população.” A afirmativa destacada é a base para a seguinte conclusão:
A) “Não podemos justificar o desenvolvimento escolar apenas pelas possibilidades de crescimento
econômico que ele gera.”
B) “Investimentos em educação escolar provocam crescimento econômico.”
C) “Diversos especialistas têm se dedicado a estudar o impacto em educação escolar.”
D) “Embora suas conclusões quantitativas sejam dependentes de opções ideológicas...”
E) N.R.A.
13) Em relação aos elementos coesivos do texto, das orações abaixo, aquela que apresenta o termo
grifado que se refere a um outro termo já dito, ou seja, anterior é:
A) “...de crescimento econômico que ele gera.” D) “...a melhoria do sistema escolar...”
B) “Ao contrário, o crescimento econômico...” E) “Cada ano a mais de escolaridade...”
C) “Entretanto, não podemos ignorar...”
14) “Embora suas conclusões quantitativas sejam dependentes de opções ideológicas...” A respeito
do trecho destacado é correto afirmar que:
A) As conclusões não são seguras e dependem de mais pesquisas.
B) As opções ideológicas estão ligadas às questões religiosas de cada indivíduo.
C) As conclusões em números, concretas, dependem do ponto de vista.
D) A ideologia presente no estudo parte de um ponto de vista unilateral.
E) As conclusões são totalmente fragmentadas.

15) A respeito do tipo textual apresentado no texto II, está claro o seguinte:
A) Foram usadas citações para esclarecer o assunto tratado.
B) Ocorre a defesa de uma idéia, procurando apresentar razões.
C) A argumentação feita no texto foi através de citação.
D) O texto tem caráter apenas expositivo.
E) O foco narrativo é em terceira pessoa, o narrador é onisciente.

16) “no caso de países com fortes mecanismos de controle de renda e sistemas escolares muito
organizados,...” O termo grifado no trecho acima como elemento coesivo de um texto indica:
A) contrariedade B) conseqüência C) causa D) adição
E) finalidade

17) “populações subescolarizadas” A expressão em destaque tem o seu sentido diretamente ligado
a:
A) desenvolvimento escolar D) educação escolar
B) crescimento econômico escolar E) desenvolvimento educacional
C) subdesenvolvimento escolar

18) A expressão “... há cerca de 100%...” tem o mesmo sentido em:


A) Haverá uma palestra há cerca desse assunto. D) Este acontecimento aconteceu há cerca
de dois anos.
B) Nada sei há cerca das manifestações. E) Ela disse há cerca do assunto, tudo o que
sabia.
C) Há cerca desse assunto, já está tudo encerrado.

19) “Entretanto, não podemos...” A palavra grifada pode ser substituída sem prejuízo do sentido por:
A) Todavia B) E ainda C) Conseguinte D) Para tanto E)
Embora
20) A respeito da charge anterior em relação ao contexto é correto afirmar que:
A) A charge é um tipo de texto cuja leitura independe do leitor conhecer o contexto a que ela se refere.
B) O contexto é evidente: trata-se da proposta de aumento do salário mínimo para o equivalente a US$
100.
C) O contexto é a respeito de como o povo se comporta diante de uma entrevista.
D) O contexto não pode ser determinado apenas pela charge.
E) Todas as respostas anteriores estão corretas.

21) A intenção de uma charge é sempre:


A) Criar um efeito cômico. D) Criticar os fatos atuais.
B) Ter um sentido pela criação de uma imagem. E) Todas as opções anteriores estão
corretas.
C) Fazer referências a fatos atuais.

22) Diante da resposta obtida pelo entrevistador à pergunta, nota-se que as opiniões são:
A) indiferentes B) semelhantes C) diversificadas D) camufladas E)
hipócritas

23) O efeito crítico desta charge está:


A) Na aparência dos personagens.
B) Na forma como a pergunta é feita.
C) Na forma como a pergunta é respondida.
D) Na mudança de interpretação das respostas feita pelo pesquisador.
E) No uso do aparelho celular.

24) Diante das respostas à entrevista, entende-se que:


A) O povo é contra o salário mínimo de US$ 100.
B) O povo espera que o valor do salário mínimo seja maior que US$ 100.
C) As pessoas não aceitarão receber o mínimo de US$ 100.
D) As pessoas entrevistadas recebem mais de US$ 100 como salário.
E) N.R.A.

25) O sentido que o pesquisador dá ao resultado da entrevista no último “quadro” é:


A) Que as pessoas esperam que o valor do salário mínimo seja menor.
B) Que as pessoas estão desiludidas e não esperam coisa alguma.
C) Que as pessoas esperam é que o valor do salário mínimo seja maior.
D) Que as pessoas são contra o valor apresentado na entrevista e aceitam um salário mínimo menor.
E) Que as pessoas gastam mais do que ganham, por isso são contra o valor do salário mínimo de US$
100.
Prova 8:
CEFET – Assistente administrativo - 2006
TRATAMENTO DE CHOQUE

A refrigeração é uma questão delicada para os fruticultores. As baixas temperaturas, ao mesmo


tempo em que são necessárias à conservação das frutas, também podem causar danos ao produto, se a
exposição ao frio for prolongada. Essa contradição, entretanto, está com os dias contados. É o que promete
um novo método desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Pós-Colheita da
Esalq – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.
O processo, chamado de condicionamento térmico, consiste em mergulhar o fruto em água quente
antes de refrigerá-lo. “O frio faz com que a fruta fique vulnerável à ação de substâncias que deterioram a
casca, mas o uso da água quente ativa seu sistema de defesa”, afirma o pesquisador Ricardo Kluge.
A temperatura da água e a duração do mergulho variam para cada espécie, mas, em média, as
frutas são mantidas em 52 graus por poucos minutos. Em alguns casos, o tratamento aumenta a
conservação em até 50% do tempo; se um produto durava 40 dias em ambiente frio, pode passar a durar 60.
Resistência. A Esalq também desenvolveu um outro tipo de tratamento, o “aquecimento
intermitente”. Essa técnica consiste em pôr a fruta em ambiente refrigerado e, depois de dez dias, deixá-la
em temperatura ambiente por 24 horas, para então devolvê-la à câmara fria. “Isso faz com que o produto
crie resistência ao frio e não seja danificado”, afirma Ricardo Kluge. Para o produtor de pêssegos Waldir
Parise, isso será muito válido, pois melhora a qualidade final do produto. Ele acredita que a nova técnica
aumentará o valor da fruta no mercado. “Acho que facilitará bastante nossa vida.”
De acordo com o pesquisador Kluge, o grande desafio é fazer com que essa novidade passe a ser
usada pelo produtor. “No começo é difícil, pois muitos apresentam resistência às novidades”, diz. Neste ano,
os pesquisadores trabalharão mais próximos dos agricultores, tentando ensinar-lhes a técnica. “Acho que
daqui a três anos ela será mais usada”. O Chile já usa o método nas ameixas.
As frutas tropicais devem ser as mais abordadas pelo estudo, pois não apresentam resistência
natural às baixas temperaturas. A pesquisa testou o método só no limão taiti, na laranja valência e no
pêssego dourado-2.
(Luis Roberto Toledo e Carlos Gutierrez. Revista Globo Rural – Março/2006)
16) Segundo o texto, entre a refrigeração e os fruticultores há uma:
A) Oposição ideológica. D) Ausência de utilidade.
B) Semelhança espacial. E) Utilização desnecessária.
C) Utilização benéfica e maléfica.

17) O emprego das aspas no segundo parágrafo:


A) Ressalta a importância da nova técnica. D) Serve para complementar a
reportagem.
B) Serve para ressaltar a fala do autor da reportagem. E) Explica o que é o aquecimento intermitente.
C) Serve para ressaltar a fala do pesquisador.

18) “No começo é difícil, pois muitos apresentam resistências às novidades”. Pelo processo da
intertextualidade a alternativa que contém uma citação com o mesmo valor semântico do período
acima é:
A) “À mente apavora o que ainda não é mesmo velho”.
B) “...o horror de um progresso vazio”
C) “Oh! Mundo tão desigual! De um lado esse carnaval, de outro a fome total”.
D) “Foste um difícil começo”.
E) “Como vai explicar vendo o céu clarear sem lhe pedir licença”.

19) Assinale a frase em que o vocábulo destacado tem seu antônimo corretamente indicado:
A) “A refrigeração é uma questão delicada para os fruticultores”: difícil
B) “ ... se a exposição ao frio for prolongada”: rápida
C) “ O frio faz com que a fruta fique vulnerável à ação de substâncias...” : desamparados
D) “Acho que facilitará bastante nossa vida.”: suficientemente
E) “No começo é difícil, pois muitos apresentam resistência às novidades...” : empecilho.
20) “Para o produtor de pêssegos Waldir Parise, isso será muito válido...” A palavra sublinhada nessa
frase tem como referente:
A) “... a temperatura da água e a duração do mergulho...”
B) “A refrigeração é uma questão delicada para os fruticultores”.
C) “ ... o produto crie resistência ao frio e não seja danificado”.
D) “Essa contradição, entretanto, está com os dias contados”.
E) “ ... aumenta a conservação em até 50% do tempo...”

21) A alternativa em que as três palavras são acentuadas pela mesma razão é:
A) necessárias – substâncias – média D) vulnerável – espécie – difícil
B) também – está – três E) até – pôr – só
C) método – térmico – útil

22) “As frutas tropicais devem ser as mais abordadas pelo estudo, pois não apresentam resistência
natural às baixas temperaturas”. A palavra sublinhada na frase anterior, estabelece com o
período anterior uma relação de:
A) Conseqüência B) Tempo C) Adição D) Explicação
E) Oposição

23) “O processo, chamado de condicionamento térmico, consiste em mergulhar o fruto em água


quente antes de refrigerá-lo”. O período sublinhado na frase:
A) Substitui a palavra “processo”. D) Indica qualidade.
B) Caracteriza o termo “condicionamento”. E) Completa o sentido do verbo
“consiste”.
C) Completa o sentido da palavra “processo”.

24) Assinale a alternativa em que o acento da crase foi usado pela mesma razão que, em “... em que
são necessárias à conservação das frutas”, EXCETO:
A) “...fique vulnerável à ação de substâncias...”
B) “... para então devolvê-la à câmara fria”.
C) “... muitos apresentam resistência às novidades...”
D) As frutas ficam, às vezes, muitas horas sob baixa temperatura.
E) Os cientistas se dedicam à técnica de refrigeração.

25) A forma de plural da palavra sublinhada na frase “A pesquisa testou o método só no limão taiti...”
é a mesma com que se faz o plural das três palavras constantes da opção:
A) órgão – melão – cão D) mão – alemão – pagão
B) vilão – irmão – cão E) N.R.A.
C) botão – balão – anão

Prova 9:
CRQ/SE – Assistente administrativo - 2007
TEXTO: Casa de vó

Eu faço todo o possível para respeitar a opinião e o gosto alheios. Ainda não cheguei à tolerância total,
mas tenho feito progressos. Hoje consigo aceitar tranqüilamente que alguém considere água tônica uma
delícia ou que seja fã da banda Calypso. Cada um na sua. Mas preciso evoluir mais, muito mais, porque
ainda fico perturbada quando alguém diz que foi passar a lua-de-mel na Disney. Tudo bem, é uma escolha,
um direito, o que tenho a ver com isso? Ainda assim, não consigo evitar o espanto. Dois adultos
apaixonados em lua-de-mel na Disney. Jantando com o Mickey!
Isso não significa que eu seja desprovida de espírito lúdico e de apreço à fantasia. Certa vez ouvi a
Luana Piovani, num programa de TV, dizendo que a casa dos avós dela foi sua Disney. Bingo. A casa da
minha avó também foi, Luana. Tinha uma espécie de morro nos fundos da casa, todo gramado, que dava
para um outro nível do quintal. Bem no centro deste morro (deve ser um morrinho, mas a memória de uma
criança não respeita proporções exatas) havia uma pequena escada de pedras, porém a gente subia sempre
pela grama, claro. Éramos 13 primos fazendo trekking naquele latifúndio.
Lá em cima havia a churrasqueira e algumas árvores, mas o mais tentador era um quartinho misterioso,
um depósito meio sem função, nosso QG infantil, que às vezes servia de casa de bonecas, em outras de
redação de jornal ― eu tinha o topete de escrever as aventuras da família. Se os fundos da casa eram
mágicos, a casa propriamente dita era nossa Neverland. Tinha lareira, tinha adega, tinha sótão. Era como
estar dentro de um cenário de filme, e havia também a Lúcia, uma empregada alemã que parecia uma
agente da Gestapo, nunca vi loura tão séria e retesada, mas preparava um cachorro-quente que jamais os
Estados Unidos viram igual. Sério: a casa da avó da gente desbanca qualquer Epcot Center.
Hoje estas casas antigas foram derrubadas para dar lugar a prédios imensos, mas mesmo dentro de um
apartamento é possível existir uma “casa de vó”, porque casa é só uma maneira de chamar, o que vale é o
espírito do lugar e havendo uma avó que entenda seu papel de proprietária não de um imóvel, mas de um
segredo, está garantida a magia. Casa de vó é onde a lasanha e o pastelão ganham um sabor diferente,
onde os ponteiros do relógio correm mais lentos, onde os ruídos são mais audíveis, onde o teto parece mais
alto, onde a luz entra mais discreta entre as persianas, onde os armários escondem roupas antigas e fundos
falsos, e só isso é falso, tudo mais é verdadeiro. Casa de vó é onde os brinquedos não surgem prontos, são
inventados na hora. É onde a gente encontra os restos da infância dos nossos pais. E fotos de bisavós, de
tios... epa, este sujeito aqui, quem é? Acalme-se, é o namorado novo da sua avó, você achou que ela ficaria
viúva para sempre? Ela é sua avó, não um matusalém.
Se as avós não são mais as mesmas de antigamente, em suas casas ainda sobrevive um encanto que
não muda. Será sempre um lugar secreto onde encontraremos um piano sem uso, alguns recortes de jornal,
anéis coloridos, um bicho preguiçoso, uma máquina de escrever ou de costura, algo que seja estranho aos
olhos de uma criança ― e espaço, muito espaço para uma imaginação que não é estimulada nem da
Disney, nem na rotina maluca de hoje, só mesmo lá dentro, no endereço do nosso afeto mais profundo, onde
tudo é permitido. (Martha Medeiros/ Revista O Globo − 16/07/2006)

01) No primeiro parágrafo do texto, a autora fala de uma situação que está bastante atual, trata-se de:
A) Respeito às diversidades.
B) Ter paciência com aqueles que possuem gostos diversos.
C) Ignorar o saber do outro.
D) Desrespeitar a opinião alheia sempre que sua própria não for respeitada.
E) Separar o que pode ser proveitoso ou não.

02) Ainda em relação ao 1º parágrafo é adequado o seguinte provérbio popular à mensagem


transmitida:
A) “De grão em grão a galinha enche o papo.” D) “Cada macaco no seu galho.”
B) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.” E) “Água mole em pedra dura tanto bate até que
fura.”
C) “Quem com ferro fere, com ferro será ferido.”

03) A expressão “Bingo” usada no 2º parágrafo apresenta o seguinte sentido conotativo:


A) Surpresa. B) Descoberta. C) Admiração. D) Introspecção. E) Reflexão.

04) No seguinte trecho: “A casa da minha avó também foi, Luana.”; percebemos, no termo
sublinhado, um dos termos de oração estudados na sintaxe. Assinale a opção em que o mesmo
tipo de termo pode ser encontrado:
A) Espere, homem!
B) Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é cidade populosa.
C) Entravam pela janela os raios solares.
D) Este trabalho foi feito por mim.
E) O jogador foi expulso pelo juíz.

05) Ao dizer que “a casa da avó foi sua Disney”, é adequado dizer que ocorre:
A) Uma comparação em que dois lugares são ligados por uma palavra comparativa.
B) Uma metáfora, em que é estabelecida uma relação comparativa entre dois seres suprimindo-se a
palavra comparativa.
C) O emprego de uma palavra por outra, baseando-se numa relação constante entre as duas.
D) O emprego impróprio de um termo, por não existir termo adequado.
E) Uma personificação, atribuindo a seres inanimados, sentimentos próprios do ser humano.

06) “... mas o mais tentador...” Observe o uso do mas/mais sublinhado, a seguir faça a correta
correspondência:
I. Tentou, _______ não conseguiu.
II. Ele foi quem _______ tentou.
III. Aquele é um dos países _______ desenvolvidos do planeta.
A sequência correta é:
A) mas, mas, mais. D) mais, mas, mas.
B) mais, mais, mas. E) mas, mais, mais.
C) mas, mais, mas.
07) Em relação ao uso da crase, o texto apresenta a seguinte ocorrência: “... que às vezes servia de
casa de bonecas, ...” Tal ocorrência tem a seguinte justificativa:
A) Usa-se o acento da crase antes de substantivos femininos que exijam o artigo a(s) e o verbo ou o
nome pedirem preposição.
B) Usa-se o acento da crase antes de numeral, quando indica horas.
C) Usa-se o acento da crase antes de expressões adverbiais femininas que indicam modo, lugar ou
tempo.
D) Usa-se o acento da crase antes de substantivo masculino ou feminino, quando a palavra “moda”
(maneira) estiver subentendida.
E) Usa-se o acento da crase antes dos demonstrativos, quando precedidos de preposição.
08) O texto traz predominantemente um caráter:
A) Nostálgico e um sentimentalismo barato. D) Melancólico e descrente.
B) Saudosista e amargo. E) Saudosista e nostálgico.
C) Utópico.
09) Existe um dado no texto que reflete a mudança dos tempos e costumes da sociedade
contemporânea, assinale o trecho que demonstra tal fato de forma clara:
A) “Sério: a casa da avó da gente desbanca qualquer Epcot Center.”
B) “Lá em cima havia a churrasqueira e algumas árvores, ...”
C) “― eu tinha o topete de escrever as aventuras da família.”
D) “Acalme-se, é o namorado novo da sua avó, você achou que ela ficaria viúva para sempre?”
E) “Casa de vó é onde os brinquedos não surgem prontos, são inventados na hora.”
10) “Se as avós...” A conjunção em destaque expressa uma idéia de:
A) Causa. B) Circunstância. C) Condição. D) Precaução. E)
Temporalidade.

Prova 10:
ECT/BA – Atendente comercial I – 2006
TEXTO I:
“Abrace seu carteiro” (Fragmento)

Não é a conseqüência mais grave da nossa crise social, eu sei, mas você já se deu conta de como,
pouco a pouco, fomos nos afastando dos nossos carteiros? Quem não mora em casa com cerca eletrificada,
arame farpado, seteira, guarita, jardim minado e a caixa de correio longe da porta mora em apartamento e, a
não ser no caso de carta registrada, raramente vê a cara do seu carteiro.
Eles mesmos devem ter uma certa nostalgia do tempo em que precisavam bater nas nossas portas, e
até dos ataques dos nossos cachorros. - Pelo menos havia um contato...
Da próxima vez que o enxergar, abrace o seu carteiro e convide-o a entrar. (VERÍSSIMO, Luiz
Fernando)

01) No texto, o autor fala sobre a época em que os carteiros entregavam a correspondência
pessoalmente. A esse respeito, é possível percebermos:
A) um saudosismo irônico D) um saudosismo “barato”
B) um profundo saudosismo E) um sentimento vulgar
C) um saudosismo dissimulado e contraditório.

02) A mudança de hábitos com relação à situação apresentada pelo texto se deve:
A) À evolução da tecnologia, especialmente no século XXI.
B) Aos constantes relatos de profissionais sendo correspondidos e levados a atos e práticas violentas.

C) À violência de uma forma generalizada que se vê principalmente nas grandes cidades.


D) À mudança também nos tipos de construções devido à diminuição no espaço demográfico.
E) Ao período em que o ser humano vive, de isolamento das pessoas de um modo geral.

03) O texto inicia dizendo que “não é conseqüência mais grave da nossa crise social”. Com esse
prenúncio, o autor alerta que:
A) O assunto a ser tratado pode não ser de “altíssima” gravidade do seu ponto de vista e do de outras
pessoas também; porém, se mereceu a composição de um texto é porque será, no mínimo, uma
reflexão interessante.
B) Aqueles que não se interessam por assuntos que não sejam graves, não deverão fazer a leitura do
texto que se segue.
C) Apesar da não gravidade do assunto para alguns, para o autor; o mesmo é grave o suficiente para
merecer um texto.
D) A crise social precisa ser vista com responsabilidade, não só pelos governantes, mas por toda a
sociedade.
E) Existem duas respostas corretas.

04) “Quem não mora em casa com cerca eletrificada, arame farpado, seteira, guarita, jardim minado e
a caixa de correio longe da porta mora em apartamento...” A respeito do trecho destacado é
correto afirmar que o autor usou o seguinte recurso:
A) Uso de uma expressão produzindo a idéia de exagero.
B) Uso de uma palavra empregada em lugar de outra que se considera desagradável ou
excessivamente forte.
C) Uso de uma palavra com um sentido que se distancia do literal.
D) Utilização de palavras de sentido oposto.
E) Utilização de uma seqüência de palavras que promovem a intensificação de uma idéia.

05) “Da próxima vez que o enxergar, abrace o seu carteiro e convide-o a entrar.” Neste trecho
destacado, as palavras possuem certo valor conotativo, ou seja, têm seu sentido ampliado,
provocando um efeito particular no contexto, trata-se de:
A) Resgatar alguns valores humanos perdidos, tais como a convivência, o carinho e a atenção
dispensados ao outro.
B) Uma campanha para distribuir abraços e assim aproximar as pessoas.
C) Abrir as portas da casa para que as pessoas possam participar da vida íntima umas das outras e
assim eliminar a solidão.
D) Cumprir o papel de cidadão e ter um relacionamento mais íntimo com as pessoas.
E) N.R.A.

06) Através do título do texto, é possível afirmar que o objetivo da mensagem é:


A) Chamar a atenção para a própria mensagem.
B) Falar sobre a própria linguagem.
C) Persuadir o destinatário, influenciando em seu comportamento.
D) Estabelecer ou manter a comunicação, o contato.
E) A expressão das emoções, atitudes e estados de espírito.

07) “Não é a conseqüência mais grave da nossa crise social, eu sei, mas você já se deu conta de
como, pouco a pouco, fomos nos afastando dos nossos carteiros?” No trecho destacado, ocorre
o uso de vírgulas. Foram empregadas devido a, respectivamente:
A) Separação de expressões explicativas e indicação de elipse do verbo.
B) Separação de vocativos e apostos.
C) Separação de elementos de uma enumeração e de vocativos.
D) Separação de orações intercaladas e adjuntos adverbiais.
E) Separação de expressões explicativas e apostos.
08) “ – Pelo menos havia um contato...” O uso do verbo “haver” está INCORRETO em:
A) Há muita pessoa descontente. D) Eu hei de alcançar meu objetivo.
B) Há muitas pessoas descontentes. E) Haviam candidatos para
preenchimento das vagas.
C) Havia um rapaz inteligente no escritório.

09) “Da próxima vez que o enxergar, abrace o seu carteiro e convide-o a entrar.” Em relação à
colocação pronominal, são apresentados no trecho destacado, respectivamente:
A) próclise e ênclise D) ênclise e mesóclise
B) ênclise e próclise E) mesóclise e próclise
C) mesóclise e ênclise

10) O grupo em que todas as palavras foram acentuadas pelo mesmo motivo é:
A) conseqüência – vê – próxima D) número – domésticos – triângulo
B) café – já – até E) distância – é – você
C) imaginário – eloqüência – concluída
TEXTO II:
“Bahia, 22 de abril de 1500. Brasil, eu te vi nascer.”

De uma parte, a proa lusitana. De outra parte, a praia dos tupis. A noite estrelada passa em silêncio,
mas cheia de presságios. Na manhã seguinte, a surpresa. Dois povos se medem, frente a frente. Trocam
olhares, gestos, sinais. E vem a dança do encontro. A primeira manhã de um novo mundo. De um mundo
chamado Brasil. Sim. O Brasil nasceu na Bahia. E logo chegaram os negros – com os seus risos, ritos e
ritmos. Assim o coração se completou. E é por isso mesmo que a Bahia começa, desde já, a bater os seus
tambores. A celebrar os 500 anos de vida do Brasil. E a convocar os brasileiros para colocar este país no
centro de todas as nossas atenções. (Texto de homenagem aos 500 anos do Brasil, veiculado
pelo Governo da Bahia)

TEXTO III:
A carta de Pero Vaz de Caminha (Fragmento)

Quando eles vieram a bordo, o Capitão estava sentado em uma cadeira, bem vestido, com um colar
muito grande no pescoço, e tendo aos pés, por estrado, um tapete. Sancho de Tovar, Simão Miranda,
Nicolau Coelho, Aires Correa e todos nós outros que nesta mesma nau vamos com ele, ficamos sentados no
chão pelo grande tapete. Acenderam-se tochas. E eles entraram sem qualquer sinal de cortesia ou de
desejo de dirigir-se ao Capitão ou a qualquer outra pessoa presente, em especial. Todavia, um deles fixou o
olhar no colar do Capitão e começou a acenar para a terra e logo em seguida para o colar, como querendo
dizer que ali havia ouro. Fixou igualmente um castiçal de prata e da mesma maneira acenava para a terra e
logo em seguida para o colar, como querendo dizer que lá também houvesse prata. Mostraram-lhes um
papagaio pardo que o Capitão traz consigo: pegaram-no logo com a mão e acenavam para a terra, como a
dizer que ali os havia. Mostraram-lhes um carneiro: não fizeram caso dele; uma galinha: quase tiveram medo
dela - não lhe queriam tocar, para logo depois tomá-la, com grande espanto nos olhos.
Deram-lhe de comer: pão e peixe cozido, confeitos, bolos, mel e figos passados. Não quiseram comer
quase nada de tudo aquilo. E se provavam alguma coisa, logo a cuspiam com nojo. Trouxeram-lhes vinho
numa taça, mas apenas haviam provado o sabor, imediatamente demonstraram de não gostar e não mais
quiseram. Trouxeram-lhes água num jarro. Não beberam. Apenas bochechavam, lavando as bocas, e logo
lançavam fora.
Um deles viu umas contas de rosário, brancas: mostrou que as queria, pegou-as, folgou muito com
elas e colocou-as no pescoço. Depois tirou-as e com elas envolveu os braços e acenava para a terra e logo
para as contas e para o colar do Capitão, como querendo dizer que dariam ouro por aquilo. Nós assim o
traduzíamos porque esse era o nosso maior desejo... Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o
colar, isso nós não desejávamos compreender, porque tal coisa não aceitaríamos fazer. Mas, logo depois ele
devolveu as contas a quem lhe dera. (CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre:
L&PM)

11) O texto II é um texto publicitário veiculado pelo governo da Bahia por ocasião dos 500 anos do
descobrimento do Brasil. Qual é o sentimento presente no texto:
A) medo e desconfiança D) fidelidade e companheirismo
B) orgulho e esperança E) pessimismo e confusão
C) confiança e ânimo

12) “E vem a dança do encontro.” Este trecho transmite a idéia de que:


A) O encontro entre lusos e tupis foi amigável. D) A cultura dos tupis prevaleceu sobre a
cultura lusa.
B) Houve um momento de reflexão através da dança. E) N.R.A.
C) Os tupis impuseram seus costumes ao povo luso.

13) “...centro de todas as nossas atenções.” Esta expressão significa, no contexto:


A) Celebrar com amor a descoberta do Brasil.
B) Ter orgulho do Brasil.
C) Valorizar o Brasil cobrando das autoridades o seu desenvolvimento, papel exclusivo do governo.
D) Lutar pelo desenvolvimento político, cultural e econômico do Brasil.
E) Existem três opções corretas acima.
14) Referente ao texto III: “Quando eles vieram a bordo, o Capitão estava sentado em uma cadeira,
bem vestido, com um colar muito grande no pescoço, e tendo aos pés, por estrado, um tapete.”
Neste trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, qual é a intenção dos portugueses?
A) Impressionar os índios. D) Convencer os índios a mudarem seus
hábitos.
B) Assustar os índios. E) N.R.A.
C) Impor sua autoridade aos índios.

15) Pode-se dizer que os textos II e III:


A) Tem assuntos diferentes e objetivos semelhantes. D) Não possuem qualquer tipo de
relação entre si.
B) Tem uma relação por possuírem elementos comuns. E) Têm por objetivo mudar pensamentos.
C) Fazem críticas diversas um do outro.

16) A segunda parte do título do texto II: “Brasil, eu te vi nascer” apresenta um vocativo. O emissor
desse vocativo, de acordo com o contexto é:
A) Brasil D) Os portugueses
B) Bahia E) Todo o povo brasileiro
C) Os tupis

17) “A noite estrelada passa em silêncio, mas cheia de presságios.” A oração grifada é iniciada por
um conectivo que demonstra a seguinte idéia:
A) Temporalidade. D) Conseqüência de um fato anterior.
B) Oposição. E) Finalidade de uma ação.
C) Causa e conseqüência.

18) “A celebrar os 500 anos de vida do Brasil.” O termo destacado na oração anterior é passível da
interpretação do seguinte sentido:
A) posse B) soberania C) domínio D) dominador E)
dominado

19) “Quando eles vieram a bordo, o Capitão estava sentado...” A palavra “quando”, neste caso,
indica:
A) lugar B) tempo C) sugestão D) motivo E) causa

20) “– não lhe queriam tocar...” o termo grifado refere-se:


A) aos índios B) aos portugueses C) à galinha D) ao carneiro E)
ao medo

Gabaritos:
Gabarito da prova 1:
01. B;
02. D;
03. D;
04. C;
05. A;
06. A;
07. B;
08. A;

Gabarito da prova 2:
1. E;
2. B;
3. C;
4. A;
5. B;
6. A;
7. B;
8. D;

Gabarito da prova 3:
16 B
17 D
18 A
19 E
20 D
21 E
22 A
23 D
24 E
25 A

Gabarito da prova 4:
01 E
02 B
03 D
04 B
05 B

Gabarito da prova 5:
1. C
2. C
3. D
4. A
5. E
6. B
7. A
8. D
9. C
10. A
11. C
12. * anulada
13. C
14. E
15. B

Gabarito da prova 6: *gabarito anterior à análise de recursos

1. A
2. B
3. E
4. A
5. C
6. C
7. C
8. C
9. A
10. C

Gabarito prova 7:
1. D
2. B
3. D
4. A
5. D
6. C
7. E
8. A
9. D
10. B
11. A
12. B
13. A
14. C
15. B
16. D
17. C
18. D
19. A
20. B
21. E
22. B
23. D
24. B
25. D

Gabarito da prova 8:
16 C
17 C
18 A
19 B
20 C
21 A
22 D
23 E
24 D
25 C

Gabarito da prova 9: *anterior à análise de recursos

1. A
2. D
3. B
4. A
5. B
6. E
7. C
8. E
9. D
10. C

Gabarito da prova 10:

1. B
2. C
3. A
4. E
5. A
6. C
7. D
8. E
9. A
10. D
11. B
12. A
13. E
14. A
15. B
16. B
17. B
18. A
19. B
20. C

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