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A HISTORIA COMO TRAUMA Méreio Sligman-Siva as de cecsfrmigen Eset de Ketastrp (Oden da ivnc doce eatsote © teremoto de Lisboa, em 1755, foi uma eatstrofe que deixow at suae marcas oa reflex flostea do séeulo XV ‘como aclu emis lenin, ou como jugs 3 dourna do ere arbi em fang daqule evento, perguntava-seentio Vote. Porant, dose pode amar qu a else consiua tum objeto abolutamente nove no campo d rele losin, (0 gue mados~de modo radial fo 8 detiniso. Com efit, em vez de epresenar apenas um evento Far, dno, nespeead, {que seria responsive Por am cone na histra no seule 3X, Ihais e mals passou-se a ver no propio veal, vale dizer a9 oviian, materiales mesma da catstrofe. A experiencia prossies do homem moderna et epleta de chogues, deeb fom 0 perigo. Baudelaire, j4 no século XIX, percebera as consegltncis devastadoat desta onipresenga do chogue. Ele ‘¢desereveu um dos seu posmas em prosa por ele publica ‘a coletinea Le spleen de Paris, Ess poctas gue visa description dela vie moder” ~ como ele mesmo sranciow m3 ” Marcin Seocaesenn famosa desicatsrin » Arne Houssaye~ taviam aascido Jontament “row da rquetton des wiles Gnomes” les $anuniam na sua forma “bd ene poms e poss ma ds comeqitncin do choge da vida ornare rar. Nicht cr ua ey puree = Come rosa pram reas ambérm& descarada No pocma Sferda Ga sole, Bevel devereve oe crap pelo poeta pla psa nessa ra dx cuaofer coin. (ra, oa me eto! seort Aq! Em um fea ma sfamado~ am Homa gue sore essa, que se aime {eros De cour sonra, em verde — Mew can, fsbo do modo qe me cntum eatin ©veealon HE pouco ‘tava ou aavestand o bulova com pande pres, = it ‘de t mote chaps elope de todos Iados ao mes go ma scm dia panhlJlge enor devarel perder miss igi So que me dear qubrar os oss. E agora, endo ase ‘him memo, 9 infortiio sempre serve pars agua cos oto age patearIsigio, comer haxrat © enna. tne a nfmas come um simpes moral. ise. Pos al, Sta en co Tor ea en fe a ecpee— Pr Det! No! Snore Dem au Apena enor me vevonbeces. De reso, eee + dniade ‘tm dt, uve openstmento una pol uague ‘apace se cfeatt com ea som neu pedo Fazer se isi itor mea No que se segue, ttre desdabar ab consegicias dessa ova visto ds realiage como eatétrofe para a coneepeio Trdicinal de representagto, Como vetemos, esta concepgio tradicional, agora abalads, inclfa aso apenas os géneros tradicional du eratara (ej a eles as ategorins que rexiam 1 trabalho do poeta, ais como a de naradoronisiente, 08 nese 2 de trama), como também inlula« hstoriografia, (istoicisa) desenvolvidn no século XIX. A partir dessa a0va Visto da realidad posible mesma dx exsnein dem Uiscuso autioomo sUbre averdade ~ que wadicionalmente se feservu lost ~ ee passa a ser questions Dr reflex sobre» impossiblidade de represenagio ds catistofe una ver gue eal ets todo ele impregaado por es ‘stot, passou-se uma condeagdo da represenagso de Um tnodo geal toda represenigdo envlve um momento imediato {a ints) auto median (a aticulago conceit) que tz onsgo'e lado eiveral da epresenagso. Com anova definso ‘ineiidade como catsstoe, a epresenago, vista nas forms Ctaicional,passu ela mes, as poucos, a ser tetada como Iimpossvei 0 elemento universal da linguagem & posto em “questo tanto quanto a possibidade de wna into imediata da "ealidade". Esta conderagSo da repesena0 nos ses mois tradicional, deus no sem ambughldades or xii a passage td dicusivo para o matic, ose, da palvea para imagem, frases adeplosdefenderam uma desrgso realist ds fas ~ fovamente os moles tradicional. No centro dessa discuss80 Toclizase ~como um poderso buaco neo ~ a Shoah. Esse vente linie, a casstrole, por excelécis du Humaniade © que Jie tanaformou no defrens do nosso século, corgania os fellento sobre o real ¢ sobre a possbilidade da sux fepresentagdo, Busch-se agora uma nova concepgio de ‘representa ue perma neato desse event. Cairn 0a rnesonga © embate em tomo da historiograia du Shook, aceren avafia da sun biti, na verdad dau um novo rumo ao OW ‘mento ~eatastfica, como veremes ~ de desmoronamento € {Gren do concepgi tradicional de epresentagio. Esta rca pura em questo a possiblidade dese dvi de modo estan- 16 Maco Sarai Sav ue, realidad e dscico, ou sj, susto © objeto danse, ‘ainda descrip eo cv men ingistico. Abrindo-se 80a 0 8 Gramatologia de Deda, um auor-chave nessa cescons. trugao do modelo representaconsta do coneciment, le: 4 ‘elena a "um signfeado pensive e orsvel fora de todo sg ificane permanece na dependéncia da ontoscoelo-gi' fanéamento dessa "otto cleo-loga” eaconese, pa ese tutor, justamente na eoncepeo de uma prexenga ering no: TingUistica. Para Derrida no existe uma tal presenga ‘extalingbttica. Iso 6 bem conhecdo e Roland Bathe, po sb ‘er, reafirmou esta vrada ings do conhecment em fr Sescomo:"Le fait n'a jamais qu’ une existonce ngusigae Anon vous” Rea No cabei equadraha agui essa cca da concep do conhecimena como ums representa ds realiade ~ 8 Se8, ‘como a tadugaa do mando fos Tatas par ingistco, Apes ‘levemos detacar eretr agent cicn Stal Priedlaner, ‘a todusio a obra por ele organizada deominada Probing he Limite of Representation: Naciom andthe "inal Solution”, fimo justamente que“ exterminagio do jadeus da Europe Enquan 0 eas0 mak exvemo deerme em mass, deve devise tr tericor do relatviamo hea 4 se confromarem com o+ ‘coroliios das sua psigies que de euro modo slam tata 2, Segue Denia, De ranma Pg: Let asd Mo, 196% pri ran oe mo om men nn ecw» pps enc eee, Sutra ann Avon como mane n em um nivel absirat”.)Um dos hstorindores adeptos Jo etasvmo, qu estava na aia densa ten de Friedlander, era FHaydea Whi, que josameateuilzara a frase aia citada de Rolang Barthes como epirae do sev vo sinfomaticamente (lnominado The Content f the Farm: Narrative Discourse ond Historical Representation”, Friedlander, na contcamdo 30 Feltvemo, prc do pressuposto qe a Shoah, eoguanto objeto {fp conhecnento,pssu una cuaceistca inca; la nfo pode Sraraada sem rertrigder em qbe soles nos perzuniemos 5© HC sequerpusivel de sr extaada. Fredianderperguntase 'A entcrminaggo dos jaeus da Europa pode ser objeto de Acussdes tcorcas? Nio sera inacetiveldebater-se temas srs © formais em elagso esa catfstofeT™0 momento ‘i univeslaapo gue end na base da representaso édestrido ‘Seidohsnpulardae do evero-timit. A Shoah, devido ao sea ‘ite de evento incomprdvel, enquanio "a frma de genoeiio ‘hus rac da hata, que por sua vez jf no sto mesmo da Sa execugio fot camufiada ~ pelos nazis, que como ¢ bem ‘Sonncide,tentaram apegar af suas marcas ~ ois Dem, ese ‘Xeno sxige par Friedlander oma meméra "sem dxorgo 08 ‘tnulnsyae™ “Algumareviniengo de verdad’ paece [nse MNrel parucutarmente imperative”, afima 0 autor e ainda Srencema Tso ser, em ose palavras, qu existe mites furs repeesentogho gue no devriam Ser transredis, mas fe poder faclmente 92" A Shaan @o supeslasiv pr exclzecia distr, Enganto morte de ile de pesos realzada sb wma organizacio Indus Shook ala vio rlativita da hstia tanto por ‘us da ava uniidade como também devido 3 impossitldade ‘de ae tedunie esse evento n0 mevamente discursive. Pars Ticdlunder ndo se pede stirmar que 8 Shoah € om fat0 2. Sane ne, Pin en fran: ai nd ciate he Cn oft Fr arene eur Hira. ™ Marco Sean Si04 lingo: Ela 6 apenas real, mas, emo ind veremos mai de pero, epeseaa o eal por exelécia, Seguindo Adora © & ‘metfora de Lyotard para quem a Shoah fot um teremoto de {al intensidade, que abalou todos os instruments de medida, Feclander sim que a ecesidade de una “narra evel ‘lo poe ser preenhisn com rel 8 Shoah Com Vidal Nagas © Cario Ginzburg, Friedlander apels para uma relagio recess fete epstemologiae ect: Nesse context apenas a categoria. (adits de ealdagepoderiaguraniadfereniag ene ficeio e a hiséria, A mntoria, gragas bistoriografia do Holocao, volta 30 mote de Ranke, © pai do Histone (© tum dos principais antimodelos na Mlsofia da historia de ‘Waker Benjamin) que pretendia uma represenajdo da tealidale "al como ocoeeu"? Ma esa vol, so menoe pas Feedlnde, ‘ose em lentes le v8 na Shoah um objeto que excapa 3 Fepresentagio jastamente devido ao seu "excerso"" “esse fxcesio" ele escreve, “ho pode ser defindo, exctto via uma Iirmagao gral soe algo “gue deve ser posto em eases mas io pode sé" O horiador da Shook fle peso a ex plo ‘mandamento contradtério: por um lado, a necessidade Ge ‘icrever sobre este evento, ©, Por outa, a conveigncia impossibildade de cumpric esa trea pr faa de wm sparao ‘onesiual “3 ala” do evento, ou sea, sob o qual ele pera fer subsume. A tenttva de Bedlander de dlines ws hime 7 le anos cages uo concent « de fino) & Memory ol. tenamay e186 p DN se) eae She iin btw Ah "ine, uae onde ¢ verano smplemeate Opes soc Se 1a represents do Hlaesus,desgua na ofimasao de ‘secede mies do sen bj como represent ago Se Siem a noss pcae ei epee’ (0 sunuie como cxtecomi bo 0 ss concepsto da Shoah como algo sem limites ¢ spresenvel consti v lgar coma na hbogaa sobre 1 ites, por explo Ele Wis! nfrmou com go 8 {use ogy en po au © ‘edna mar sin are qu wots sb que woes aun 0 ‘Shearo” A astacls antago abragente de Shoo, spe vos com Filanr for om gue exe fat histo passe $e Conemplada dentro de um tpiso tradilonalmente ‘eletag hae ideo, por exempl, segundo ese ponto 3 ‘osiea clissie,afimmava que poesia, sim como 0 estilo ibime, de um modo feral possicm um Je meso hol & Sines. Nap € grata ext proxinoyo ene a poesia © © Soe Sein ns050. ome ale at Sen! acon peso scone ie Co a tai a ihe oi 9 ance Pte nae eee ® ee iss 0 Mince Sasounn Sx, cones de sublime. Coo tke, no slo XVI a nog Sublime pasion #ocpar um fel den da teflerdo eice i npr ty in fl hi verde, onium dos cans de niga de concn ses "seo eg us ec to us as fundado por Bannan, em 1750, por eke bazado de EusieaO carters do rblie 6 asamente como to caso da Shoah =o ae “een asus fra ofscate que trearece, na norsa mente, tos os nostonConceltos. Esse Segamento por uma Int do intensdadesemelnnnte 4 ool stacree¢dsanna nah apociade pest," coma tes expla Moves Menelsofe, “ines Howe bate tigum conc somelaneconetao 40 subline ov ojo de ncn nm [-] Deve jst en ft conla ‘ator, “snes ote ue sarin gre oa nove te {ue aro gor om nome ow at memo asp de treesiameni, wn ai de consis Meni também i dstcava a impossbiligade de representa de sbjetormublimes: “Algoma sols, ele aimow, = por tatueza tho completas, to sublines, que nfo podem ver Ings por onramentes itn oo pode ser sopra por ‘enhum rgno.o0representadae via imagens" 0 subline, ortanto, como jf acorris na sus detnigz por parte de Lona, abe a ou mito posco em comm ca lo sublime dt doutna rote ele pots anes un msn tna hipeble que oho pode ser conan e que decontaa eem 1 comtenpla. A conceltagio em torno do subline Caio ior hice da rig damage vin. Mo por scan, Kan Somenoron no tbe en cosa kt mer thmbén sea sounds aon fist, pl aval de ma Inuga®Taves nfo ens’ Kan xeeveu nasa Tecra tien, “nena pesragem nai sblin no ro da ee ‘uo nan Daca Wsentaiche Becht Boe jdaices que o mandaneno: Nio doves fazer nenhuma imager Zo compass, nem do gue exh no fu, nem do que ef 8 {era ou sub-atrra” (29) Tambem para este aur, devese crescent, auicin de Tits € a mare cecal do subline (Ge sbsimen ite) em oposgi0 20 ben “apenas os primes rominticosslemdesFriesich Schlegel «Noval no entano,deduzitam seasa imposible dee presenagao do infinto va coaseqncia para a sai a ex Posgto do ifinito, para exes autores extaria resis 0 reis- fo das ates "A necesidde ds poesia nasce da imposibiis {ic de Glosofia em exporo infrito,afmoa Seblegel, Esse “xposiio, para ele "ents acima [is erhaben] todos 0 com ‘xls Tendo em vite tw, esa exposigdo (Dartllung) su ett (do infin] deve dase via sinbols[Sinaider™* Essa [eto dos pumeitosromdatens,engcano, permanecen prt ‘amenteeaqucida ao longo do sécalo pasado. A exc heaes luna do “subjetivimo omlaico” eo unto do Historiismo limpecivam a recepglo dessus itis, dgase de passage ob toluramente evolaciondriae Amor excegio asa abséia de ‘eecpiidae evolu romnica fl evidentement Nietzsche [en seu Vom Nutzen and Nachthei der isto fr das Leben ‘eveloray a caegoria romanca de “incomprcensto postiva € produive,c que a conramdo do Historcismo pregow om {me ce um reise temporal opsto soda continidade proses: as sabero do “agra”. Em ver de submeterse A tuela ds Campreensao voltae letlmeste para 0 pusedo, Niece vst ‘Sutapecens “tum largo comovimen [Brchuterang) doin ‘ompeeenivel edo sublime." ‘Desse mado Nietreche nfo apenas estavaerlticando & ominao do paradigm da hemenéutca sobre oconbecimento ‘Tobe compreensto de htt A medida qe ele etronizou 1s, Ap at Koa Pte, Sheets Line em: ec ‘atte Ping 88188, 8 1s feta ange oi er 2 Mince Sasouse Sava ‘ sbline incomprecnto depts a an-comprensbo — como ‘amin. ao evtablecer 9 ago no Inga anes ocupado pelo Pattado, j6 esta amecipando © modslo do “agora oo Esto ao ql me refer aims, Com fe, Lyotard e- thcidament um dor princi terco do sobline dx mxee poche, ao lado de Adore Levine, om Gov principle sos da Shoah imine eras ves nest eso ene ovegonzcorepresentve Nose eso Le sblne Pac tarde” podere ler entre outs pasagens preciosa. "O texte io reside em vn sale, em uot mundo, fmm onto tempo mars 0 sep ft! gue el ore iar con Barba coun, bans antegiencis desea oncepio pats. o cng ds ates ota Nutri ate undead oH sce ncor-o quar. A cor 0 guto engaatnccoéncn eve, ‘8 €eaprmivl e itn qe deve ser etemanhada™ Agel Tyotardinrodez alo apents sua concep da re como ‘rinement~ aus ara ce encores matralzada de odo Paradigmaico na ices de Barnet Newnan ~ come tember Spe ome ingran ons ea ‘O testemanto 6 vad repaid ume contra a testemonka ¢ sempre festemunha seul. Testemunhacse ‘empre um evento. A plasm pa event €jnamenie ema een nc Ise} Bete 8 pt {0 gant poles penn et pe sere end aan Seni tcinutarcanatie 22a espn (Pe rw cat cn “Gum event etre Ever 9p hese Ereinis (que vem de ivougen, endo qu ouge quer dis obo} {ue tmolegicament, signa “ps dane dos alos, most” ‘Stctemunbe de um aperaconects, par Lyotard, wrest dio sublime porque gets um prizer eminentemente negative: ‘Sao ims, sublime produ ma suapensio, am dsaivamento fds conscienca, Alem diss, sna ipologia desse coneito ‘nabeleida por Edund Burke (em A Piosopical Enquiry into The Origins of our Ideas of the Sublime an Beal, 1757), 0 hime € watado como peencente 20 campo do medo: medo {i peda tol 80 eu, da more, do Inconeebtvel.O festemunho {do Sven “subline”, que tanto Lyotard quanio Friedlander ‘ropoem, implica uma trea a0 mesmo tempo neces € Tryrstve. Portantor» uestio volts a ser post: Como dat testemunko do irepresemtavel? Como dar forma a0 que transborda a nossa eapaciade de pens? Avnaoa rosso ‘eaun A (M)FOSSIDADE DA EXPERIENC, Coffey Harunan intodux um novo poto de vst nesse debate em tomo da topresentabilidade ov no ds Shoah, ‘rccurndoo ue le deoranas de “veaa Kantian” d beso {Em ver de comraliear alent sobre os modos de reprodu7it. STremidade deve-se, tes, por em questio a possibifidade ‘cima de se experenvit essa realiade,""Jorge Sempran ‘apressera essa mesma idea 20 afirmar com relagio & S00 aperigncia em Buchenwald: "Nao que w expesinca vivid sje {altel Ele fo invvfvel snob] Podemos sempre ier ‘Sanat Reo Re oo. er ee en ero BAS {Scene on aun pc omni neo cree ene “ Mirco SeucnaeSsn tudo. a fnguagemcontém udo™!*Comeo Hartman neu, 82 virada di-se tambem em tcrmos de uma volts para s teria Freaiana do aun.” Freud, desde o seu prineir aba sobre ‘Aafasia, jt demonstra nteresse pola neurose teaumstics, QUe ‘esse trabalho ele extudara sob forma do trauma sic do ‘érebro. © trauma ¢ um dos conetoschave ds picnic, © © tatamento psicanalitico-simpliicando ~ existe em fang 40 trabalho de recomposigio do eventatrumaice.— O que € 0 twauma? O wauma ¢jostamente uma ferda na mers, Néo daa de se exsarevedorofato de Freud te excita um ds set Prineipas texts sobve teoria do tui, 2 18+ dae roar Nolesungen sur Einfhrung indie Prychanalsee em 1916-17 ¢ posteriormeate ter dexdobrado ese conceit, em 1920, nosed Ensaio “Jenreits des Lisiprinzipss A neurotetraumitea de ‘era €o material de base para ¢ desenvolvimento des teria (0 trauma, para Fre, @caraterzado ela ineapacidade de reczpeio de um evento tansbordante~ 00 sea, como m0 80 Ao sublime: ate, gu também, cn incapeidade de recep {2 um evento gue va slém dos “mites” ds ase pesca © torte, para ns, algo dem-forma. Essa vivencie leva Poseriormente «uma compulsio i repetgSo da cena trauma, 1 wauma, expica Freed, advém de wma quebra do Rescate (péerexcitado),provocnda por um susto (Schreck) gue nf smparado pela nossa Angstbereichat (stad de pevengso 3 {ogi A volta contami cena do tauma (sbretdo Pos tun 0 aa rine en tS enn, ‘owt © pen Re Let est mane fo ht ea ‘Somos Ident aes UE ep sty Mm onto sera 0 esta dem mecanimo de prepara Sek Gveoninte ue pslgcament, yew atraado "0 aoe ‘Sora por ns neo eudnn J mn € ant #584 IBEens dom choc caja onperega na sociedade modems {Eins no ca 8 Base como anbem o ito de ear Ses om dtdrbig de meméria no qual nfo ocorse una ‘SSpatitcia plona do fat wveniado gue ansorda no sca de pres. ‘na ota careless da sintomatlogi do trauma, cexucrmente impose pa a elt sobre 4 presenta Se'cauneotes eae expecifcamente para uma tora da ‘tprtntsio da ‘Shook laealdade da eoragto da cena {Chimaue a econo do momento de ansbordamento 6 m4 wena doe casos, extcmamente scribica. Essa mesina Tread tem consequncar para & queso dos modes de entagio da Shh “=P Fortaan langu mio do conceit pscaatico de trauma jtment par demon qo os mies dh representa 0 Aue tangetno tevtemunho a Shoah, nfo advem ea AMcapucdade nica A vepresentgoexemmente reais ¢ toon questo sabre sl € deseo! om gue vac la eves darae cn guste *bulo do uma tm ‘So nla imepago cena Se modo aculnd © 0 teas pli oe nse coneto de aus mostrou-seefcaz pare tl teria histra dn errs jostimenteporgue proba ‘Se pole de un acer eto m0 "ea" saber: 20.5 Fee e Lnni Sen SOc rete Tce ee 19% p29 SEER pec rns ier enw “Ob TN tebe tac’ leptin le Pros Tents ova Eien) on expres fora) Ee ‘Sikh Sey 3 Saban 1% al. 8.53 Greek, inte eas tage une ‘Sei Cay coh vote prea nt , Eloraioe See edhe et Lene Te es pine 58. "6 Misc Saou Sav Volucion a concepeo do meso. Freud alo chegou 2 abando- nar totalmente 0 papel d tlogia do trauma, ou sa etat- ‘ade reconstrgao con traumatiea “come algo duc, de fi, ‘cores num espago e tempo delimitves™ mas ao longo dua tcoiaprocuroarescionar esta eilogia com ma pcan se vollada para o “antasma” dessa cene. Em vez de una Vir ‘ho poi do evento como un fuo que ental “wo sleance ax nossas mios”, a conceppio ds reldade 3080 prism Jo ‘onceto de tauma pssbliton aos inlectane~ sp deeds {eexicn da repesentgso aos termos que vimos aio ~ uma ‘volta 4 historia” sem 08 rstos do. positiviemo ov do isoricsma.” ‘Com isso voltamos a Lyotard e a0 seu conceito fore de ‘gora” como momento de um perigo ~ como evenlo ® testemunhado. Denso da picanlse, Lacan tem uma poigao tmitosemethanie «ess de Lyotard para ele 0 encontr> com 0 real € sempre tematic ele é um encoto sempre de antemso perdido ~ pos 0 rea € lomado come ago imposivel ~ que #50 2 ds no seis de uma consigaciaroberana, Lacan Wanspde pars psicandineosetimento modern, cotidane, de que o Fel fearptra le ¢rgnalmente malin, Pua Lacan ovegisto {to simbalico ~ 0 Ea, vale dizer ~ nace apenar airaves do trauma, Exit algo como ui “alienagio een” "Na base tas nowsas toca sinbolicasoclzarseo que ele denominow de trou rée. A pai dessa vieSo expand Go tau, 0 2), da ‘onceppio do realiade como trauma, Geoffrey Hartman pide limar com razdo, que famosa fase de Hegel: “0 too € 0 real, deveria ser lids como uma raconalizato de "0 real € tesomsio"™ “indies ie ne np hay Pe ‘i, 9 p18 Quoc oe ac, Le me ‘Snr iw 1 a ute nn 25, Ey Hon, on i i ay ae om Asim como ante " ‘Water Benjamin fa em antes do Holocasto— primero perches tere necesedade © atalidade de wma “efiigio Govpresente como caisrfe” (Definition der Geaenwart als Kadropke) Come podese ler na sua famosa tse nimero fine "Sobre 0 conceited Rstéia”~ que desreveo “ano dt hia” vendoo aurular-se de roa como resultado “de wma he custo” pra Benjamin ao ava dvi de geo genes 0 presente 2 existe ~ "que ‘comin asim desse wesdo: wcnestofe™™ — mas também que “a catdtofe € 0 roses, o progress € a clsofe" Sosy, TN acesSOADEEDiREMLOADE DE REPREENTAGKO ara Adon, tan neste pont seguir de Benji, aver cai fed sie 9 pone ev alt rare fance meine mete a comapel conepeo 1eyeRinn de bia: Eon er exsetm 18 pendant eter iqno da contemporancdade como uma “ers do {chemo (roof vsimom)s na expresso de Shoshana Ham osstevento cna er 6 por ssin det enlndo © ‘uum nis sprendemos spear den da caved picanise SW ee Seo donna Fenn fia ‘ies como Shoah, de Claude Lanzmann, Le Chait lo ite te Mscel Oph, ou Miocine mow amour Sturgerte Durer Aluin Renal, os Insroem soe a TEN pels quate 0 etemumo se tornow una modaiede cer soa tela com ov acotecimenion de N80 oem otras du a contemporines Seends 16 wate enamin togmesos paris pr "Obes de Dt Beene tre Scene 128, a7. neni "Zio Cre Shien op. LL 2a Wr Bevan tagoetn pp pr Che den Bee 9, Sa "et nis: Cay Cth (Pa plc tenor ot ”* Mince Saou Sem, CGueres Manda,» Holocasto, a bombs nyclese¢ outs ‘roeidades da gus Como ums forma 8 ago com are de merino foam opens pls oes oe tor nonoequtdorrelrtciaie™ Reencontrames, ai 0 sop do vansbordamento do nosso aprelno coceitual:enquano um Black hole (oa expresao de Stra Ezra que vai lem ds lier nguapem e o mano ~ 20 menos de um humano desejado ~ a Shoah reise sua lteraidade posctraumatica }estentegia de represenago das metaforas Por onto To, no hd tepeseatag sem metior: Se 0 Holocauso & incomparve.. como represeniio? Mais do {ue isso: a metifors, assim como o plo, 4 wm indiio de Comensurabilidade.O consol que 0 testemunho (tam) visa 50 pode se da via comparajsa." A reiricaanalipea do “coma ‘io funciona pare dscriezo da Shook porque 0 sea regia, Como todo vegisio da cena traumdics, 60 do shroltaments Iieral. Da porgue a Shook sopers a diferenga entre story © History. Daf sentido ris pou do dito adroiano, de 194, segundo 0 qual. “eserever poesia apés Auschwitz € uma barbie 31a i da taney Co ae ho cnn png ee ee arse 8 ange po aon tet” As ed den el spam reper om as et Aven coun rsa » No entanto, seria naif afrmar, como entre outros Berl Lang? ¢ Claude Lancmann 9 faze, que se devetia desea por completo qulguerfgurocdo na tepresetagio do Holocausto. sa airing nif primevramente porque parte da crenga a8 poniiidade de uma dng rigorss ene dicuso hisico represen da imagnaso portant, actedia numa lingo pura sola, deta ~ que Se confundinia cla mesma com © Evento 0 propio fim de Laszmann fi studado pela sua Exca mas cntuiasta Simone de Beauvoir, como uma obra tho apenss “poi” mas tuber de wim poesia vem dvign {gute sublime —na qual se unom "Thoreu eta beawte™.” Ein Segundo lgar essa afrmacio €inoceme porque nfo levs em Conta a crise nos. geneios tradicionals da representagio ‘Svencadeada pol Shoah. Como Saul Pedlander € Dominick TLacapa ene outs descr, a hstoriogaia do Holocasto ps em queso dogma ca neutaliade dx esceita da stiri fia assumerse agora como trabatho transferencial, como ‘Secesidade de dinar um truma, Nb pode have mais expag0 Part um aniguade objetivdade dentro dese regis da histria Como traa. 0 bstoradae taba no sentido a beta do ‘mini de una imager do pasado que foge ao nosso conte tse pustado deve set incoporado dento de via meméris Solada agora também para fuuro ~ denzo de wa meména {que possible 4 narra, dia Benjamin. A “passagem” do ita” para. “fguravo erapéticn Bort Cag ch Maen Whe “sul empomea and he pole of 4 Gea iin ai et, hry Pa %0 Mano Seocnni-Stan a concordo com a afirmayo de Geotiey Hartnan para quem "ns todos somos parte Jo dem da sepunds gersqio ps Holocaoto "Esse dies conte, ne verdad, mum dado ‘ramentodaguelaesirtua tensa que de um mode gral avo ‘ea represetag do Holocaust: a nto solugto do calito en te anecessidade © a impossbildade da su tepeesntaio. No aso da "Segunda gerago" ~ que para Harta incl também (5 testemuntos de sobrevivenes~ esta tnsio exna 6 diltica fenie memiria«exquecnento + ipossbldade des spatat ‘im movimento do auto, Por uth lado tao 0 testemunbo deve Ser visto como uma forma de esguecimento, ams “Tops para fete” eo dria 3 palawa eum merplbur oa lingoage come ‘amber, por outro lad, buscae igualment sree do teste ‘muh, a ibertapdo da ceaa tania. Niewsce, na jé men- ‘onada oba sobre as vntagense dsvantagens d sti para 1 vida, destacarajstamente a ecessdade do esquecimento Existe um limite inexorivel da memeria © dt rememoragso, Os Sobreviventer de Asrchwit convivem com spoardade mu tas vezes posi de modo ano dina escola ~ ent 0 wver © ‘olembrar‘O slenclr ais, mits vener, a0 vives A liber ‘fo do campo de concentrajso deve ser compresrids, amb, no seu senigo de liberago de um paseo betas sign Tua pela sobrevvenci, pelo verse Live do pasado © por Terr esse pasado da sus teivelpreseaga¢lealidade, Jor {fe Sempron, sobrevivene de Buchenwal, no seu eno antcbio= [io sitomatics ~« paradoxsimens~ denominado dre ‘ou la ve firma que 0 esquecimenta foi 0 pego que ee eve Ae pagar para avid: "L-]oesquecimeato- ida nha ese re 0. Eoqueimentodeliterao,sntemio, da experéneis do ca o.Exguccimento ds eet, gusimene, [Ex oka que op- ‘ar ente eerie a vidn & €8optel pela Shima’.” Tambien 3 etter Langs beans Tae of ln Net Aen conn an a Cchastote Deb perguna-se no seu reat sobre o se intern tpento em Avschwite: "Pour-qdohabje pide mémoire” {Como jf vis, a memdsia dh expergnlataumtica jose {ern cid submesi 2 afi dagele que passou poral ex pesiacin -ctrenaibae DA EXPEIENGA RAUBATICA tenes os ata, oi p a ered Tucan, meds por um Ssceo” de aie. Come iia ma "ir ht hia alae oe THEIRS ommin spre de ko ter esudo mum camo So Seersin lpr ann die, pec estar ne es Setar qu sonifcsam = Stns Se mo sino 0s verge Sus et des chockfrmiges Ebines a te Runctopic" 0 Wea droves debe weal)" ‘Sine concensnae€ aba es peas dt Shi a ce as an dna {sn om npc cng a ceo: Rai Reng ans 184 p98 Gus ‘tan entangle ‘fos snen le pmmoum patie eae ps eat ihe Bea ae Hcp ne Gomemae Seo 2 Misco SeiciseStsn sociedade moderna com a sua oniresnte experiencia do cho- ‘qe. Esse € 0 conraponta da dfinigo sdornina de Auschwite como hipertofin =e nko como negasto ~ da raxto inutrumental:"0 aujeosubmetido ao cheque noble odo ose sparatopsigueoe corporal pra a soa dees. Como Primo Levi teremunha no seu Se quest wn woma?, para os habitants do ‘campo de concentagso"o problema do fluro longinguo To Spagando, pede lols ilesidade peante ox problema do fu "Ur imedito, bom mais urgent e eoeretor como a gems. mers hoje, se val nevar, se. vamos ter que descarregar curvdo™ A conseaitncia dessa vngncia exuemament intense ‘1 destuigao do contiete¢ dn capactade de dacerimenta ‘nte 0 real ¢ 0 fea" Devido ao exceso e reslidede core Ets Ake mine sun do ircaon oe ‘ine eae lg aie gee pe sep inet Entguctis bpm pneu detriment do {629 io Um imei de“ ene a ‘am Or ypu seems cr 10, Rio Ls oop CE nn sepia, Entinenpeas ett Opty it : |. hd ar denen oo mp prs ut se dace SCSEES sae ceno pn po a i oe on ee wie Ser he isn mar cnp eee ae mage le pane oe ‘ea ht nites ow Coen pce ep Sos en meget aca “teen Ene ses seo eS ha saree pap pt famete Cap une SCG ron coe ‘scat lg 38 1 cemnnttet 2 o Aven coun sana % tum dstrbio ma discs entre o piaipio de realdade © o de raver A vivéncia no campo de concetagio assume wm espa {Gove wm poto de uma dimenso tal que tendencalmente apags {uo o que ccorey anes e, eospectivament.tado 0 que veo ‘ovoner depois. ise uma ciao do Fu. Ess realidade em ex: ‘esso implica um “perramenta” do prepric campo (gcogs on simbllico semdatca) da mote! ex, devido 8 sta onic Schgn dena de ecupa owe papel fundamental ma orgaizagio ein ela io oienta mais ising ene o aul eo a ‘Como Claude Rabat afin de moo mgisal. esac ‘So'tnciamo no 6.9 ste david, as maar 8 mor, fa er rina 4 eorte da mort, snfectando com iso a vide, gue pede asim odo seatido outro gue forga pra”? Tamim ver de Pan Levi a desrito dessa experi terrivel do siamento incootorsvel no ambite do eampo de ‘Concentragdo, da sun petenga absolut. le narra 0 constane ‘esperar pasa dentro do Lager (campo de concenragio, em flee Pomo Lest desreve «vida como um sono nto do suelo da ealidde inexorévelesaplacivel do Lager. Nesse onbo deirodo sonbo, ao desperar do soho casio da vida, ‘leo sobevivente, anda dentro do sonho verpre reps a fase “eva de novo no Lager. ena ra veradiro fra do Lager’ * Jorge Semprun também arta esse mesmo Son, em ciscaa cero no qual ele wna que despert pata pereeber que ovamente est eno de Buckonwald” Pars ele, Bochenwald TE Risa oven eno Maco Lacs St Pa Compa ‘encom nen urease ncng Se Ma errcosea insti Eevee ie pete J coer ‘Steno sees un me ep pria Pet 15. me gee Om goa oe * Misc Sacen St const aim eae” to fora denn experi sufocame “semelhage oa tem a evens de um sono. "Também em trmos da bist da humanidade essa expe- sienia do Lager consitu una presengataumtix: dat pore, pura Pine Levi, enio apenas para le, o massacre nazar Tembrado como o fat central, como a roancha deste séculs™* Esse evento leva de roid conectos cents do pensumento ‘ovidental, iis como 0 de verdade, realidad, humana, Charlot Deo wou com eprae na sta obra detesterunbo, 2 seguine fase: “Avjoud'hl, je ne sus pa sbe que ee que JT Gert soit wa. Je suis sve que c'est vrdique”. O que reta {a "verdade” dante do peso esmagador da realdade Ge Avs ‘hwitz? Ov, ivertendo questo: exisira alga ours vera. fe para quem pasiow por esa experiencia?” ‘A iteralidade aida da experitnla do Lager €,curepito, resultado da experizcia da more. Debo, como muitos sobre: ‘vents aflma que ela aio est “ele 6 vivo. Ea mor em ‘Auschwit"2"~ A qualidade da eaperiéncia dos Lager € to invensa que gereo efeito perverso du sua nio-relidade. Dat porque a represenapteshper-eitas do Holocasto, va de re- ‘ra, apenas eprodurem ess impresio de ieaidade em ver de [ossbltarem um auénico tabalho de rememoragio rite [ragfo da cena tramsticn. Com rlagso exe eveno vale 0 ‘mote: "Ver para nio eet” Hartman arma que o represent es massivamente realistas nfo apenas dessensibilizam 05 Spectadores como tmbéim geram atm unreal effect” Nels fo hi espago pars 0 jogo mutuamentefevundante ere aim finagio e a reflexto. Como jd fot constatado, nos primeios Ae ie Sgerig teicher pod Sapte ere er eae ae eee counters 21 SE ier sei op 18 Arron coo as 9s ‘mes-docunentso sobre 4 Shah onde vm predomi de Gia Strcmamone violets insportves oF expectadores indicate no accuavamaseldade otro eles como que seznam tuna o iso, tomandoo por ments "Aharon Appell fala dx necssignde dee rtcar 8 ners Horas de vera do mito, deers a meester O mero afi Sempra devido wo elemento Teicedavel de “hipersidade” do campo de concentag « rat ena hae "Cov com a ee ae fc cle se peng, somo susciur aimaginao do {Rinagininel snlo ser labora © wbalhano » calidad ‘Stocandos om pempecva™> Pua Coan werent, sem dvd, o poets que de 040 nas cmp Jeno imprepat 1s poeta pela experncla Shook Non tecspoemas oe plein gi EER + Nagungem, as como a pongo ene ogra eo iter, cote Wifeglo'co dscurso io sero, exledem soba forge desse SESE Coan imple eapeener Tera poesia Ele £50 stn d ome tera gor sindn eat por sr compreeniga aon ions ms no conaente€ impossvel ands ext for st cominaaa, Com can ao Holoente, ee wirio angel pine «no pedo emacs em io as pee da tngun Ea Hg, permanese Petia sm pear de too. May la teve de aan 3 is pps asec de spot, vest un emus, © (GE ce acta mah ne aah MSE Stet Metre Noa oe att hein ci eno ttn ‘Stans nl tempers en ita 96 Mince Sain Sava sexy mies roe eno ve tat 2 Be poate sae “eget agile” © decisvo ns poesia de Celané sa economia marcada pla arden ~ plo modo solime da brevtas~ que a2 com que 1 sons imagens permanesam enremamente concreta. Para se Terese ao bart lembar dos foros verios iii do posma Tedesfage: “Leite negro ds manht nse heberon no ears sis tbehnes mene eos oe a abe ‘bebemos”, As imagens dos poems de Celantendem pra una Tneraiade th peda quota a linguage femora ds te {emunhos dos Sobreviventes ~ de um Primo Levi ¢ de uma CChasloite Delvo.*= Celan define a son potion como ama Toposforschung: pesquisa ou busca de um foes, de wna wpa ‘Su poesia jstameneprocra a odo momento delineate fo elimitad, dar forma a0 sem forma Como Celan mesmo 3 oe En, sent fedeeie(.|tsinensee demented ‘ Slndomau au es fueh sn uo cota pas Siikteten eens Sai Afni, a sun podtica visu construir“Eifriedungen um dss remenlos Worse” (Cercamentos er tomo do sem-palava, emlimites").Eifredang deviva de Frieden (pa), no endo ‘ico dessa pave: "Tetede auf Erde” ("Paz na ea") donde ‘Setvou, po emdo, temo para cemitéio: Fried. Ua Werner. ‘io sem rcio, defini poesia de Celan como wma fala Rede) tue oe diige para a expoigdo (Darstellung) do emudecer, vile ‘deer, como oma poesia gue tena crar uma "septa n0 1x0", Iiteraiment: eater oF moros (eta em alma, Erde, € um fnaprama de fla ede)" Esa 6a oigem da teaidade extrema ‘Ess poesia: a sua esposta a evento da eausofe evento, que ‘omo vinioe, € maeado pela mesma austncia de forma e de tnedida Nese cet, eta poesia €absoltamente media, Tormagéica#Nuo €cawal que otro hebraico Schibboleih Covsttua uma ds palaeer-chave dessa podtica. Schibboteth Sinwifia, justamente,palavea de passe" passagem, ultta- asamenta de fromera" Ese € oma e 0 cerne da ptica de {Clan A tentativ de dar forma e ints aon tende sempre Some Walter Besjanin mais do que singuem o sabia a levar ‘individ a am estado rclncsic: como ma ravora de Dire, 8 anjo mclancolco permancce merpulhado na mals profanda inatvidae, ele pede Indo os seus instuments de abso lnstrmentosjustamente de mediqao consroao. O gest de Clan Ge sempre novamente fentar agar eretagar os limites, fo € outro santo pesto gue basa dlinearo Ev aravés Jo Constante desvio Umweg. Esse desvio. esse "pOr em perpetiva® que € tanto uma "mise en abe" como um ach eon beso sma emo tempt "Cn inp ne ‘ian tu aac ee enone seit le a ‘erie "On apt owe Coo Par btu Pat ‘Siar 197s 398 Mach re, mt me ho ‘Sea Senin nrc aS Va * nce Saran Sas do Eu pela poesia, pelo encontro contigo ¢ com 0 outo, vi, {a limi, 0 econo dew improve local de oie. ‘Cela artando cone bus screveu “Eu proc tuo sto com 9 dedo ceramente it Imprecio, poedueinguiet, que ‘Eatiza na cara geogrfics ~ noma carta geogrdica de ume ‘hang, como eu logo deve confessat. Neahum deses lugares Pde sr enontad let #80 existem, mas eu sei agora, onde Fic no menos agora deveriam existe. eu acho algo!

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