A ciência constatou que o toque é essencial para o bom
desenvolvimento dos mamíferos, e do bebê humano. Filhotes de mamíferos separados precocemente da mãe têm seu sistema nervoso e a produção do cortisol (hormônio do estresse), alterados permanentemente. Bebês separados da mãe durante os primeiros anos de vida, além de sérios problemas no desenvolvimento social e emocional, apresentaram um alto índice de mortalidade. No reino animal, a mãe carrega e segura seu filhote, acaricia-o, lambe-o e muitas vezes se deita sobre ele, fazendo pressão sobre seu corpo. A mãe humana carrega, abraça, acaricia, e beija seu bebê. Esses comportamentos que, junto com a amamentação, compõem a maternagem, estão lado a lado com a produção de alguns hormônios, e o rebaixamento de outros. Dois hormônios importantes produzidos nessas ocasiões de toque da mãe com o bebê são a ocitocina e os opióides endógenos. À ocitocina se atribui a importante função de trazer um sentimento de calma, bem-estar e estado de confiança ao filhote; já os opióides endógenos ajudam-no a relaxar e ficar com os sentidos embotados a estímulos externos, podendo assim dormir e se recuperar. Por outro lado, o cortisol, hormônio que prepara o animal para uma rápida fuga diante de circunstâncias de perigo, tende a diminuir nessas circunstâncias, desarmando os comportamentos agressivos e defensivos. Como talvez você já esteja percebendo, o toque proporcionado pela massagem vem reproduzir no ser humano alguns dos comportamentos maternos, e por isso mobilizam esses mesmos hormônios, aumentando a produção de ocitocina e opióides, e diminuindo a produção do cortisol. Além da sensação de calma e bem-estar, a massagem terapêutica ajuda na homeostase na produção de hormônios, sendo por isso um instrumento importante no tratamento e reequilíbrio de pessoas com alto nível de estresse e ansiedade.