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Primeira Aula
O que é a Ciência ?
Características:
• Superficial;
• Sensitivo;
• Subjectivo;
• Assistemático;
• Acrítico.
• Conhecimeto Filosófico:
Características:
• Valorativo;
• Racional;
• Sistemático;
• Não aplicável;
• Infalivel.
• Conhecimento Religioso:
Características:
• Valorativo;
• Inspiracional;
• Sistemático;
• Não verificável;
• Infalível;
• Exacto.
• Conhecimento Científico:
Características:
• Objectivo: descreve a realidade como ela é, ou pode ser.
• Empírico: sempre baseado na experiencia, nos fenómenos e factos;
• Racional: assente na razão e na lógica, não na intuição;
• Replicável: as mesmas condições, em diferentes locais e com diferentes
experimentadores, devem replicar os resultados;
• Sistemático: conhecimento organizado, orientado, consistente e coerente;
• Metódico: procedimentos e estratégias fiáveis, planos metodológicos
rigorosos;
• Comunicável: conhecimento claro e preciso, aceite pela sua comunidade
científica.
• Analítico: procura entrar na complexidade e vai para além das aparências;
• Cumulativo: ensaia, constrói e estrutura a partir de conhecimetos
anteriores.
Procedimentos éticos
• Ciências Formais:
• Estudo das idéias dividindo-se em lógica e matemática;
• Utilizam a lógica para demontrar a rigorasamente os teotemas;
• OS resultados alcançados demonstram ou provam as hipóteses.
• Ciências Factuais:
• Estudo dos factos, dividindo-se em naturais e sociais;
• Recorrem as observações e experimentações para comprovar ou refutar
hipóteses;
• Os resultados alcançados verificam, comprovam ou refutam hipóteses que
na sua maioria são provisórias.
Tipos de investigação
• Pesquisa analítica:
• Pesquisa filosófica;
• Revisões;
• Pesquisa de sínteses e meta-análise.
• Pesquisa qualitativa:
• Estudos feministas, naturalistas, históricos, individuais...
• Pesquisa Experimental
• Pesquisa Discritiva:
• Questionários;
• Entervistas;
• Estudos de casos;
• Análise de conteúdos;
• Estudos observacionais;
• Estudos correlacionais.
Investigação qualitativa vs quantitativa
Tipos de Investigação
• Descritiva:
• Descrever fenómenos
• Identificar variáveis
• Inventariar factos
• Correlacional:
• Relacionar variáveis
• Apreciar interacções entre variáveis
• Diferenciar grupos
• Experimental:
• Estabelecer relações de casualidade entre variáveis/fenómenos
• Predizer e controlar fenómenos
• Estabelecer leis
Modelos de Investigação
• Finalidade:
• Básica
• Aplicada
• Alcance Temporal:
• Transversal
• Longitudinal
• Amplitude:
• Micro – análise (variáveis e sujeitos)
• Macro – análise (variáveis e organizações)
• Natureza:
• Empírica (dados directos não manipulados)
• Experimental ( dados manipulados/provocados)
• Documental (assenta na análise de documentos)
• Investigação – acção
Ciência e Conhecimento
• Método Científico
• Sistematização das observações;
• Condução das hipóteses;
• Clareza dos dados;
• Definição operacional das variáveis e suas condições.
Segunda Aula
1º Passo:
Planeamento Execução
Formular o problema Recolher os dados
Desenvolver hipóteses
Especificar variáveis Análise de dados
Desenhar o plano de investigação
Definir termos e conceitos Avaliar processos
Identificar a população e a amostra
Conceber instrumentos Tirar conclusões
Seleccionar testes estatísticos
2º Passo
1. Definição do problema;
2. Revisão bibliográfica;
3. Formulação de hipóteses;
4. Definição das variáveis;
5. Definição da amostra;
6. Definição do plano e de procedimentos;
7. Escolha; adequação e aplicação dos instrumentos;
8. Recolha de dados;
9. Análise e discussão dos dados;
10. Conclusões;
11. Apresentação / divulgação.
Elementos de um relatório ou artigo científico
• Contém 7 secções:
• Título;
• Resumo;
• Introdução
• Revisão da literatura;
• Metodologia
• Apresentação e discussão dos resultados;
• Conclusão;
• Referências bibliográficas;
• Anexos.
Terceira Aula
Metodologias quantitativas
• Modelo 1
• A Pergunta de Partida – deve de ser o reflexo das peocupações do
investigador;
• A Exploração – fazer leituras que conduzam à elaboração de um corpo
teórico;
• A Problemática – abordagem ou prespectiva teórica que decidimos
abordar;
• Construção do Modelo de Análise – explicação teórica da forma como o
problema é abordado na prática;
• A Observação
• Análise das Informações – organizar a informação rcolhida de forma a que
possa ser realizada;
• Conclusão – descreve-se as implicações para investigações futuras e
discutem-se as limitações do estudo.
• Modelo 2
• Definição dos Objectivos – os objectivos devem de ser imediatamente
clarificados antes de qualquer outra coisa;
• Escolha e Delimitação do Tema
• Revisão da Literatura sobre o Tema – descrever, avaliar e comparar teorias
de modo a deduzirmos as nossas próprias hipóteses;
• Estabelecimento de Hipóteses – apresentação e esclarecimento da
hipótese a testar empiricamente;
• Definição do Processo de Recolha de Dados / Recolha de Dados – selecção
de métodos, técnicas de recolha de dados;
• Análise de Dados – análise qualitativa e quantitativa com auxílio de
programas informáticos;
• Conclusão - descreve-se as implicações para investigações futuras e
discutem-se as limitações do estudo.
Definição do Problema
Escolha do Problema
• Interesse pessoal;
• Tópico com significação (novidade, oportunidade, valor académico/prático);
• Capacidade do investigador (background, formação, recursos físicos e
financeiros, tempo disponível);
• Acessibilidade dos dados.
Definição de um Problema
Definição de hipótese:
• Proposição testável, que pode vir a ser a solução do problema (McGuigan,
1976)
Hipóteses: formulação
Tipos de hipóteses
1. Hipóteses Casuísticas:
• Refere-se a casos que podem ou não ter ocorrido
Quanto ao processo:
• Dedutivas: Quando decorrem de um determinado campo teórico e
procuram comprovar deduções implícitas das mesmas teorias formato:
se… então…()
• Indutivas: Quando surgem da observação ou reflexões sobre a
realidade (formato: será que?)
Hipótese: tipos
Variáveis
• “Alguma característica do mundo que pode ser especificada numa escala de
dois ou mais valores” (Anderson & Borkowski, 1978)
• “Propriedade que adopta diferentes valores” (Kerlinger, 1964)
• Aspectos a destacar:
– Realidade, propriedade ou constructo
– Apresenta variabilidade
– Assume-se a sua mensurabilidade ou valoração
– Os valores devem ser mutuamente exclusivos
Definição das variáveis
Nominal:
Medida ou classificação (?) de objectos medidos em diferentes categorias, usando-se
os números (poderiam ser letras) apenas para designar categorias não hierarquizáveis
(ex. sexo - 1 masculino e 2 feminino ou 1 feminino e 2 masculino)
• Estes números não podem ser usados em cálculos (ex. somar para calcular o
total de sexos…)
• O cálculo limita-se às frequências absolutas e relativas ou proporções, por
exemplo, expressas em percentagens, em cada categoria
• Cruzamentos entre variáveis nominais (tabelas de contingência) – testes de
significância como o Qui-quadrado e outros semelhantes
• Outros exemplos de variáveis medidas ao nível nominal são: a profissão
exercida, o estado civil, a filiação religiosa ou politica, a área geográfica de
nascimento ou residência, , a etnia
Ordinal:
• Relação ordinal é uma relação que respeita o princípio da transitividade: se A é
maior que B e B é maior que C, então A é maior que C
• Este nível de medição permite ordenar os indivíduos pela variável mas
determinar as distâncias existentes entre eles
Intervalar:
• Intervalar, ou melhor, aproximadamente intervalar, na avaliação psicológica
• Faz-se uma aproximação suficiente para efeitos práticos, procedendo-se a
somatórios e ao uso de coeficientes como o de correlação de Pearson ou o
teste t de Student
• O nível intervalar constitui a base essencial para a medição em Psicologia e nas
ciências do comportamento em geral
• Trata-se de uma “permissividade” da investigação psicológica sem erros
desastroso nas conclusões obtidas
Razão:
Existe um valor de origem absoluto, o zero, que corresponde à anulação da variável de
medida (ex. nas variáveis físicas mais comuns como o distância, a massa, existe o zero
absoluto)
São raras nas Ciências Sociais as medidas ao nível da razão a não ser em casos
excepcionais - o uso de medidas físicas (ex. quantidade de álcool consumido) ou das
contagem de frequências ( nº de palavras recordadas correctamente numa tarefa de
memória).
Este facto resulta da dificuldade em definir um ponto de anulação completa para
muitas das variáveis psicológicas
AULA 6
METODOLOGIAS QUANTITATIVAS
DEFINIÇÃO DO PLANO/DESIGN DE INVESTIGAÇÃO E DA AMOSTRA
- Validade:
interna e externa
- Momentos de avaliação
- Grupos num plano
- População e amostras
- Representatividade e significância das amostras
- Design da investigação
ADEQUABILIDADE
• Assegurar que os procedimentos se adequam à natureza do problema e aos
objectivos do estudo
• Daí ser necessário apreciar o rigor e a pertinência das hipóteses formuladas, as
condições em que vão decorrer as observações, os procedimentos de recolha e análise
de dados ou o papel que o investigador vai desempenhar
VALIDADE
• Garantia da validade da informação recolhida Importa que o plano controle várias
fontes de erro que poderão colocar em causa quer o significado dos resultados
(VI) quer a sua generalização a outras amostras e situações (VE)
Validade interna – o grau em que, no final da investigação se
consegue atribuir resultados observados na VD à manipulação da VI.
Exprime a segurança da relação medida entre variáveis, bem como do efeito de umas
sobre as outras, e o controlo de factores estranhos
Validade externa – o grau em que, no final da investigação,
se consegue generalizar os resultados a outras amostras e à população
OS MOMENTOS DE AVALIAÇÃO
• Estudos de um único momento com diferentes variáveis
• Estudos de dois momentos antes/depois ou pré/post teste
• Estudos com medidas repetidas
AMOSTRAGEM
• Processo para se chegar à definição de uma amostra
• Deve possuir certos requisitos de modo a garantir a validade dos resultados e a
possibilidade dos mesmos serem generalizados à população
PRINCÍPIOS PROBABILÍSTICOS
Os procedimentos conduzem a verdadeiras amostras, assumidas estas na sua
probabilidade de representarem uma população
PRINCIPIOS NÃO - PROBABILÍSTICOS
Os procedimentos usados formam mais grupos do que verdadeiras amostras
TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICAS
• Selecção das unidades que integram a amostra com base num
processo aleatório, que assegura que todas as unidades da
população alvo têm a mesma probabilidade de ser seleccionadas
(i.é., todas as possíveis amostras de “n” unidades sobre o “N” total
da população alvo têm a mesma probabilidade de ser escolhidas e
a saída de um não afecta a probabilidade de saída dos restantes –
amostra retirada ao acaso)
Exige a existência de uma base de sondagem (grelha de amostragem): lista de todas as
unidades que integram a população alvo
• A selecção das unidades que integram a amostra é feita com recurso a uma tabela de
números aleatórios
AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA
• Baseiam-se nos mesmos pressupostos e regras de procedimento
das amostras aleatórias
• A selecção das unidades que integram a amostra é feita no entanto
de forma sistemática: calcula-se o intervalo de amostragem (k=N/n),
selecciona-se aleatoriamente a primeira unidade e depois
escolhem-se unidades de k em k casos, com base numa tabela de
números aleatórios
• Obtendo-se um coeficiente do quociente do efectivo da
população sobre o da amostra, retiram-se os sujeitos através dos
números aleatórios coincidentes com esse intervalo – N/n= intervalo
de sujeito ao longo do contínuo a retirar
AMOSTRAGEM ESTRATIFICADA
• Utilizam-se quando, à luz dos objectivos da investigação, é
possível, e recomendável, dividir a população em sub-populações
(estratos), de acordo com critérios/variáveis pertinentes para a
pesquisa
• Os estratos devem ser homogéneos no seu interior e exclusivos
entre si
• A amostra é composta por várias sub-amostras, em função dos
estratos definidos; a dimensão de cada sub-amostra pode ser
determinada de forma proporcional (sub-amostras proporcionais ao
peso do estrato na população) ou não proporcional (sub-amostras
de iguais dimensões)
• A escolha das unidades que integram cada sub-amostra é feita de
forma aleatória
AMOSTRAGEM POR GRUPOS OU CLUSTERS
• Utilizam-se quando é possível dividir a população em clusters
(cachos ou grupos); os clusters devem ser grupos de população
semelhantes entre si, de tal forma que cada cluster constitua um
microcosmos da população total
• É útil porque não necessita de base de sondagem da população
total; apenas é necessária lista dos clusters (unidades amostrais
primárias)
• Os clusters são escolhidos aleatoriamente e, dentro de cada cluster,
são seleccionadas para a amostra todas as unidades que o
compõem
• Amostra tomando não os indivíduos singulares mas grupos em que
a população se encontra organizada, por exemplo, tomando os
distritos de um país ou as turmas de um determinado ano de
escolaridade)
AMOSTRAGEM POLIETÁPICA
• Amostras definidas em várias etapas sucessivas, combinando as
técnicas da amostragem por clusters e da amostragem aleatória
• Divide-se a população em clusters e seleccionam-se
aleatoriamente os clusters que vão integrar a amostra
• Depois sub-dividem-se os clusters em sub-grupos, escolhendose uma vez mais
aleatoriamente um número limitado de grupos; dentro de cada sub-grupo,
seleccionam-se aleatoriamente as unidades que integrarão
• A amostra feita em múltiplas etapas, por exemplo: distrito,
concelho, escola e turma, havendo ou não amostragem aleatória em cada uma dessas
fases)
AMOSTRAGEM NÃO PROBABILÍSTICAS OU NÃO ALEATÓRIAS (1)
• Estes métodos não são aconselháveis quando se
pretende extrapolar para o Universo os resultados e
conclusões obtidos com a amostra, contudo, poderão
ser muito úteis no início de uma investigação, por
exemplo, para testar as primeiras versões de um
questionário
• Dentro destes métodos, os mais vulgarmente utilizados são:
- Amostragem por Conveniência
- Amostragem Intencional
- Amostragem em bola de neve
- Amostragem por Quotas
AMOSTRAGEM POR CONVENIÊNCIA
• Amostras constituídas por conjuntos de unidades especialmente
disponíveis ou acessíveis; os resultados obtidos através do inquérito
apenas são válidos para a amostra
• Utilizam-se por exemplo em contextos de pesquisa exploratória ou
de teste de instrumentos de pesquisa
• Ocorre quando a participação é voluntária ou os elementos da
amostra são escolhidos por uma questão de conveniência (muitas
vezes, os amigos e os amigos dos amigos)
• O processo amostral não garante que a amostra seja representativa,
pelo que os resultados desta só se aplicam a ela própria
• Tem a vantagem de ser rápido, barato e fácil
AMOSTRAGEM INTENCIONAL
• Amostras definidas com base em critérios teóricos, relacionados com os objectivos
da pesquisa
• A selecção das unidades que integram a amostra é feita pelo investigador
AMOSTRAGEM EM BOLA DE NEVE
• A selecção das unidades que compõem a amostra é feita sucessivamente, em bola de
neve, através de indicações fornecidas pelos inquiridos
• Utiliza-se em situações de pesquisa em que o conhecimento disponível sobre o
universo é escasso ou em que o contacto com os elementos desse universo é difícil;
pertinente apenas para algumas situações de pesquisa
REPRESENTATIVIDADE
• Para que uma amostra seja representativa (i.e. reflicta as características da
população de onde foi extraída, garantindo a sua generalização , deve salvaguardar-se
um conjunto de condições prévias)
(i) O conhecimento prévio das características da população relevantes para o estudo
em questão
(ii) O conhecimento da distribuição de tais características na população
(iii) A utilização de procedimento de amostragem adequado
SIGNIFICÂNCIA
• Para que uma amostra seja significativa (i.e. seja suficientemente grande para
garantir a sua representatividade e legitimar generalizações) deve
atender:
(i) à dimensão da população
(ii) ao nº de condições ou variáveis em estudo
(iii) ao grau de confiança e ao erro de estimativa definido
DESIGNS DE INVESTIGAÇÃO – MÉTODO EXPERIMENTAL
• Designs pré experimentais
• Designs experimentais ou verdadeiramente experimentais
• Designs quasi experimentais
CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO
TIPOS DE PERGUNTAS
Em função do formato
_ Perguntas abertas
_ Perguntas fechadas
Em função do tipo de informação pretendida
_ Sobre factos / acontecimentos / práticas / comportamentos:
únicos ou repetitivos
_ Sobre opiniões ou atitudes: de âmbito geral / abstracto ou
relativas a aspectos específicos / concretos
_ Sobre preferências
_ Sobre satisfação
ANÁLISES QUALITATIVAS
_ Apreciar o conteúdo e a forma das itens,
nomeadamente:
_ Clareza
_ Compreensibilidade
_ Adequação aos objectivos da prova
_ Método: reflexão falada (Goldman, 1971)
_ Aplicação individual da prova e registo de todas as verbalizações dos sujeito
_ Os sujeitos são instruídos para comunicar todas as impressões em relação a cada
item, a forma como o abordam e realizam, os processos utilizados e facilidades ou
dificuldades que encontram
ANÁLISES QUANTITATIVAS
ÍNDICE DE DIFICULDADE
Traduz a proporção de sujeitos que consegue realizar correctamente o item
VALIDADE EXTERNA
_ Relação que existe entre as respostas dos sujeitos a um item e o seu desempenho
num outra situação que não o próprio testes
_ Múltiplos critérios externos podem ser usados dependendo da sua disponibilidade,
construto avaliado e objectivos prosseguidos
(exemplo: notas escolares, realização profissional)
CARACTERÍSTICAS MÉTRICAS OU METROLÓGICAS DOS RESULTADOS:
_ Sensibilidade – grau em que os resultados nos permitem diferenciar os sujeitos
_ Fidelidade – confiança que podemos ter nos resultados obtidos
_ Validade – em que medida os resultados no teste estão a medir o que se quer
TESTE-RETESTE
_ A prova é passada mais que uma vez aos mesmo sujeitos e correlacionam-se os
resultados obtidos nas duas aplicações
_ Espera-se, no caso da fidelidade, que se obtenham nas suas aplicações os mesmos
resultados
_ Limitações:
_ Custos com a segunda aplicação
_ Justificação aos sujeitos e manutenção das mesma condições no teste e no reteste
_ Intervalo entre as aplicações
TESTE-RETESTE COM FORMAS PARALELAS
_ O reste é uma versão equivalente do teste
_ Limitações: conseguir duas versões
equivalentes do mesmo instrumento em termos de igualdade de conteúdo, dificuldade
e forma
O pré-teste do inquérito
_ Teste do questionário
_ Teste das condições de aplicação
Plano de aplicação do inquérito
_ Formação dos inquiridores
_ Definição do prazo temporal de aplicação do inquérito
_ Definição da estratégia de selecção e contacto com inquiridos, em função do plano
de amostragem
_ Organização logística do trabalho de aplicação: organização do trabalho no terreno;
coordenação e supervisão dos inquiridores e do processo de
inquirição
_ Conferência e validação dos inquéritos
_ Codificação dos inquéritos e introdução dos dados em base informática
Metodologias Qualitativas
Objectivo
Adquirir conhecimento e competências básicas
no domínio das metodologias qualitativas para a
sua utilização na investigação sobre:
- Recursos Humanos;
- Marketing;
- Informática de Gestão;
- Secretariado e Comunicação Empresarial
Temas
1. Definição de Metodologias Qualitativas (MQ)
2. Variedade de MQ
exs.
Análise de conteúdo
Análise de discurso
Variedade de MQ
Exemplos:
- Análise de conteúdo
- Análise de discurso
Análise de conteúdo
_ É uma metodologia de análise de textos que parte de uma perspectiva quantitativa,
analisando numericamente a frequência de ocorrência de determinados termos,
construções e referências num dado texto
Método
1. Pré-análise
2. Exploração material
3. Tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação
1. Pré-análise (1)
a) Selecção dos documentos:
b) Leitura flutuante: estabelecer um primeiro contacto com os documentos que serão
alvo de análise, com a finalidade de se deixar emergir impressões e orientações sobre
os mesmos
c) Regra da exaustividade/não-selectividade:
Após definido o corpus de documentos submetido a análise, todos os elementos
constituintes desse corpus devem ser tidos em consideração
Isto significa que nenhum documento escrito, será retirado desta análise
d) Objectivo: definir objectivo do estudo
e) Hipóteses: partindo da análise dos documentos escritos, apreender os principais
temas que sistematicamente, vão sendo apontados
f) Índices/Indicadores:
EXEMPLO
MÉTODO
_ Participantes
Foram realizadas entrevistas a 106 participantes (74, 69.8% mães;
9, 8.5% pais; 21, 19.8% pai e mãe; 2, 1.9% outros) pais e
encarregados de educação de 66 raparigas (62.3%) e 40 rapazes
(37.7%), alunos do 9º ano de escolaridade, em três escolas privadas
e um centro educativo de uma instituição camarária, da região norte
de Portugal.
_ Instrumento
Foi utilizado o guião de entrevista semi-estruturada de Pinto & Soares (2000), contendo
três temas. Para cada tema as questões são duplas: a primeira de incidência descritiva
“o que…?”; a segunda de incidência explicativa “porquê”.
- Comunicação pais/filhos: De que fala com ele? Porquê?;
- Intervenção da família: O que faz ou tem feito com ele? Porquê?;
- Expectativas dos pais relativamente ao futuro dos seus filhos:
O que gostaria que o ele concretizasse? Porquê?.
Recolha de dados
Entrevistas, excertos de cartas, material jornalístico, excertos de revistas
Em vez de se formular uma hipótese o investigador deve formular concretamente o
seu objectivo
Exemplo:
Analisar os discursos que justificam o acto de fumar:
pode interessar analisar discursos de homens e mulheres; de pessoas que deixaram de
fumar….
Tamanho da amostra
_ Generalização e representatividade da amostra não se colocam
_ Amostra é constituída pelas frases e não pelos sujeitos entrevistados
Leitura
_ Ler as transcrições cuidadosamente. Permite perceber os efeitos discursivos do
texto, ler o texto como se fosse um leitor e sentir o “ambiente” do texto
_ Ler o texto antes da análise permite perceber o que “o texto está a fazer”
_ O objectivo da análise é perceber como o texto concretiza essa acção
Codificação
_ Consiste na selecção do material para análise.
Esta codificação é feita com base nas questões a investigar. Convém verificar que todo
a material importante foi incluído, mesmo as frases que
parecem mais vagamente identificadas com a questão em estudo
_ A necessidade de codificação indica que nunca podemos fazer uma análise de
discurso de um texto e que devemos identificar aspectos particulares que queremos
explorar de forma detalhada (microanálise).
Assim, haverá sempre muitos aspectos do discurso que não serão analisado
Análise
_ Através do processo de análise deve-se perguntar:
“Porque estou a ler esta passagem desta forma?
Que aspectos do texto conduzem a esta leitura?
O investigador deve ter em conta o contexto, a variabilidade e a construção do
discurso
Para isso, olha ao modo como o texto constrói os objectos e os sujeitos; como essas
construções variam através dos contextos discursivos e quais as consequências da sua
utilização
Para alcançar estes objectivos é preciso prestar atenção à terminologia, aos aspectos
estilísticos e gramaticais do texto, bem como a metáforas ou outras figuras de estilo
(repertórios interpretativos)
_ Diferentes repertórios são usados para construir diferentes versões dos
acontecimentos (adjectivos e metáforas que usamos para diferentes pessoas usam
para descrever a mesma pessoa
_ Mas igualmente diferentes repertórios podem ser usados pela
mesma pessoa em diferentes contextos discursivos para atingir
diferentes objectivos sociais
_ Por vezes são usados para construir versões contraditórias dos
acontecimentos
_ Estas contradições mostram que as pessoas usam recursos
discursivos que constituem dilemas
Escrita
_ A escrita da análise de discurso não é separável da análise do texto. Ao escrever o
investigador vai clarificando a análise
_ A procura de escrever um texto coerente permite ao investigador identificar
inconsistências e tensões que podem conduzir a novas análises
_ Por vezes, o analista tem que voltar aos dados para resolver problemas levantados
pela escrita
Exemplo
_ Noutros casos, esta constatação conduz a dúvidas sobre as escolhas a efectuar, como
se torna claro no discurso de uma aluna que tenciona enveredar por arquitectura e
antevê falta de tempo que esta actividade acarreta em termos extraprofissionais:
(…) têm muitas coisas que eu pensei que se calhar não queria ser arquitecta porque se
tiver um filho, um só, vou querer dar lhe toda a atenção, não é?
Ainda para outras a solução é adiar a vida familiar, como acontece no caso de uma
aluna cujo projecto profissional é a engenharia electrotécnica:
(…) casar, não tão cedo, tenho muito tempo para isso ainda, primeiro quero começar a
carreira e tudo e depois penso em casar...
Princípios Éticos na Investigação
Respeito pelos direitos e dignidade da pessoa
Respeito apropriado e promovem o desenvolvimento de direitos fundamentais,
dignidade e valor de toda a gente
Eles respeitam os direitos das pessoas à sua privacidade, confidencialidade,
autodeterminação e autonomia, consistente com
outras obrigações profissionais do investigador e com a lei
Competência
Os investigadores esforçam-se em garantir e manter níveis altos de competência no
seu trabalho Eles reconhecem os limites das suas próprias
competências e as limitações do seu conhecimento Eles oferecem somente aqueles
serviços para quais estão qualificados por educação, treino e experiência
Respeito geral
a) Consciencialização e respeito para com conhecimento, discernimento, experiência
e áreas de conhecimentos dos clientes, terceiros partidos
relevantes, colegas, estudantes e o público em geral
b) Consciencialização de culturas individuais e diferenças de acção incluindo aquelas
derivadas de deficiências, género, orientação sexual, raça, étnicidade, origem nacional,
idade, religião, língua e
nível socioeconómico
c) Evitar práticas que são o resultado de tendências impróprias que podem causar
discriminações injustas
Privacidade e confidencialidade
a) Restrição de procurar, e de dar para fora, informação fora
daquela que é necessária para os propósitos profissionais
b) Guardar e manusear adequadamente informação, em qualquer
forma, de maneira a assegurar confidencialidade, incluindo tomar salvaguardas
razoáveis de fazer o anonimato de dados quando necessário, e restringir o acesso a
questionários e registos só aqueles que tem necessidade legítima de os conhecer
c) A obrigação de dar a conhecer aos participantes e outros com
quem se tem uma relação profissional as limitações da manutenção de
confidencialidade perante a lei
d) A obrigação, quando o sistema legal assim o exigir, de revelar,
mas fornecer somente aquela informação que é relevante
e) Reconhecimento da tensão que pode surgir entre a confidencialidade e a protecção
do participante ou de outros terceiros partidos relevantes
f) O direito dos participantes a terem acesso a registos e relatórios acerca de eles
próprios e de receberem a necessária assistência e consultoria de maneira a dotálos
de entendimento da informação e servir os seus melhores interesses
g) Manutenção de registos e de relatórios escritos permitindo o seu acesso ao
participante e de salvaguardar a confidencialidade de informação relacionada com
outros
Honestidade e precisão
a) Precisão na divulgação de qualificações, educação, experiência, competência e
afiliações relevantes
b) Precisão na divulgação de informação, e responsabilidade em admitir e não omitir,
hipóteses alternativas, evidências ou explicações
c) Honestidade e precisão em relação a quaisquer implicações financeiras derivadas
das relações profissionais
d) Reconhecimento da necessidade para precisão e das limitações das conclusões e
opiniões exprimidas em relatórios e declarações profissionais
Em síntese
_ Clarifique os canais oficiais, pedindo formalmente autorização para
levar a cabo a sua investigação logo que tenha um esquema de trabalho autorizado
_ Fale com as pessoas a quem pedirá colaboração
_ Mantenha-se sempre fiel a padrões éticos rigorosos
_ Submeta o esquema de trabalho ao presidente da instituição na qual
irá recolher os dados
_ Decida o que quer dizer com anonimato e confidencialidade
_ Decida se os participante receberão um cópia do trabalho e/ou verão
as primeiras versões ou transcrições das entrevistas
_ Informe os participantes quanto ao que fará com a informação por
eles fornecida
_ Prepare um esquema das intenções e condições sob as quais o
estudo será levado a cabo para entregar aos participantes
_ Seja honesto quanto ao objectivo do estudo e quanto às condições
da pesquisa
_ Lembre-se de que as pessoas que acedem a ajudá-lo estão a fazerlhe
um favor
_ Nunca parta do principio de que tudo correrá bem. A negociação de
acessos é uma etapa importante da sua investigação
_ Se tiver dúvidas quanto à ética da sua investigação, consulte o seu
orientador e decida a atitude a tomar