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RESUMO – ZAOUAL

INTRODUÇÃO
O livro retoma estudos anteriores que enfatizam a impossibilidade de transpor
indiscriminadamente modelos econômicos e administrativos de um espaço para outro, no tema
de “desenvolvimento transposto”(p.15, l.1), apresentando uma proliferação de “economias
dissidentes” (p.16, l.1) que não respondem mais aos supostos padrões, com foco nas
experiências dos países do Sul, especificamente a economia informal surgida do impasse da
economia formal (p.15, l.7)

Esses estudos chamam a atenção para a “problemática dos territórios, das iniciativas locais e da
diversidade cultural nas relações internacionais” (p.15, l.11). Os contrastes socioeconômicos
espelhados no território revelam anomalias sociais e ambientais, resultado “de uma cega
aplicação da ciência e da tecnologia” regulada apenas pela economia de mercado. Instala-se
então um “profundo mal-estar moral e social” (p.16, l.15) derivado do predomínio de valores
utilitaristas, mercantis e instrumentais, e, da perda dos conteúdos simbólicos na sociedade
(p.16, l.21).

O paradigma dos sítios simbólicos de pertencimento (p.17, l.3), a Teoria dos Sítios (p.15, l.13),
respondem a necessidade de observar as “múltiplas dimensões da existência humana” (p.16,
l.33) dentro dos aspectos da vida cotidiana, que “põe em relação a cultura dos atores e seus
comportamentos” (p.17, l.6), e encontra o homem da situação ou situado, o sujeito complexo
em suas “interações simbólicas e práticas” isoladas ou com outros atores, detentor de boa parte
da “resolução dos enigmas” o homo situs (p.17, l.19). O sítio é um espaço simbólico e cognitivo
que, nas palavras de ZAOUAL:

“magnetiza os comportamentos e marca profundamente os códigos, as normas,


as convenções, as instituições locais e, finalmente, o meio local circundante. […]
Uma estrutura imaginária de coordenação econômica e social”.

O livro está dividido em 9 (nove) capítulos. O capítulo 1 trata da importância do sentido que é
dado por agentes ao mundo, aborda o território, economia informal, redes de pertencimento e
comportamentos econômicos. Esse assunto é aprofundado nos capítulos 2 (dois), que trata mais
da tragetória do autor e 6 (seis), que consolida a teoria dos sítios nos últimos avanços da ciência.
O capítulo 3 (três) chama a atenção para produção de certezas diante das incertezas atuais. Os
capítulos 4 (quatro) e 5 (cinco) tratam do sítio e da diversidade dos modos de coordenação. O
capítulo 7 (sete) apresenta novas práticas alternativas ao sistema econômico dominante, e, os
capítulos 8 (oito) e 9 (nove) fornecem bases empíricas ao que foi abordado nos capítulos 3, 4, 5,
6 e 7.

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