Segunda-feira 2 Oormal de HOPE 2a sa 0 ow -Opini (professors FRANDISCO RAMOS NEVES. professor de'Flosone = VERN 15) et O mito das sacolas plasticas e a realidade do mercado (II) ‘A propagada enganosa que earacte~ riza um dos principais aspectos do mi das Sacolas plasticas esconde sua reali dade pratica: O apelo ao espirito ecolé- 0 de sustentabilidade que este mito Nacional de Autorregulamentagao Pu blicitaria) ao suspender uma campanha da Apas (ASsociagaio Paulista de Super- merados) pelo fim das sacolas plas Gas, Esta campanha transgredia o'Cédi- 0 Brasileiro de Autorregulagdo Publi {aria c era enpanowa-sesundora CONAR, pelo fato de nao-ter argue Imentos clarose bem fil madlos que ustificasse, além de esconder que o Sacoias plasticas nao reduziria ios no prevo final dos produtos comercializados. A agao contra a Apas foi movida pela Plast da (Instituto socioambiental dos Plasti- 0s), instituto que euida do uso eonscien- te, responsavel © ambientalmente core te doa plasticos: Alem do mais a propa anda éngana o consumidor pelo fata Sccondetlees ire cies saccine eyes tieas hos supermercados Obrigaria as pessoas A'lerem que comprar outras sacolas para © uso disrio coma transporte de objetos © para o recolhimento do lixo domesti= €o © outros. A campanha nao resolve 0 problema do meio ambiente apenas trans fere sua Calusa para outros setores, alm de onerar ainda mais a economia do poe blico consumidor. A campanha mitiea fizacao de como a utilizagao de caixas de ‘ou sacos de papel, para conduzirem ali- mentos, por exemplo, podem acarretar Outros graves problemas, pois estes re~ Cipientes pelo uso inadequade e repeti— ioe pnts aout tanta Se a (oo ereicaiee nc ls Se ae ae ee eset a Fear ace ite geen ric a see ee foes son rem meaeic aso Bands an at cian oa eee oe ee ie aera leer Seeded seas eam ee faeces ta gee Serre pene aa Soa ier = cana ee oe ee eee Seer ler ean ae ie Sang Coe eee ees aaa ae ee Severe eee ate oot inns Spee aria eee nan eae nnn ee es Snares ie fato miticamente superdimensionado a estimativa das centenas de anos ne cessdrias para a degradagao de compo- hentes plasticos na natureza. Sabemos que alguns objetos de plasticos sao de grande durabilidade, que curiosamente nao estalo sendo combatidos, mas outros objctos plasticos, pela sua espessura composicao fragil sto de pouca durabi Tidade. Nao falo nem das sacolas plasti- cas que alguns supermercados estao ado- tando, que de tio frageis ¢ finas mal su- Portam © peso de poucas mercadorias, chegando a ter suas algas arrebentadas ou rasgam-se por inteiro, nes obrigando utilizar duas ou até tres ao mesmo que algumas sacolas plasticas tradici fais se degradam facilmente, mesmo em. ambientes fechados ao abrigo da luz ou umidade. Quem muitas vezes ja nao guardou um ou mais objetos em sacolas plisticas e depois de algum tempo, cerea, de poucos anos ou mesmo alguns meses, nao percebeu que as sacolas ficaram, secas © degradadas, chegando a se esfa- relar em nossas maos, nos obrigando a troca-las? Isto ja me ocorreu varias vezes, mesmo nao sendo sacolas plasticas oxi biodegradaveis. O que dizem ¢ que as sa- colas plasticas duram cerca de 100 anos para Serem degradadas pela natureza, mas esta é uma hipdtese que ainda ca- rece da precisao cientifica. Mas 0 que é a certeza cientifica se a propria ciéncia ha atualidade padece em um mar turbi jemos agora susci tar as seguintes reflexdes: 1. No interior deste mito das sacolas plasticas ha um: Verdade quanto aos ristos ao meio am: bBiente. 2. Sabemos que, segundo espe listas, 0 plistico obtide como deri- Vagilo do eds produzido pela combustaa, do petréleo, © que se este gas nao for uti- lizado para produgio de resinas plasti- cas ele sera "desperdigado” ¢ sera emi- tide para a natureza (© que ja acontece mesmo com a produgao de plasticos) contribuindo ainda mais para'o aqueci- mento global e polui¢ao. 3. Os materials plsticos, incluindo as sacolas, ainda S40 importantes. Ent&o 0 que fazer em con- traposicao A enganosa campanha pelo fim das sacolas plasticas? Um caminho tem sido apontado por alguns ambicn- talistas ¢ empresarios que passaram @ investir na produgdo de plasticos oxi- biodegradaveis para serem sacolas. O incentive © até. izagdo da adogao das sacolas plasticas oxibiodegradaveis em substituigao as sa- Colas de termoplastico (tradicionais) tem sido praticados por diversos paises, so- bretudo na Europa, eno Brasil por alguns Estados e municipios. Ja podemos per- ceber que alguns Supermercados ¢ lojas J adotam estas novas sacolas alternati— Vas fabricadas com 0 aditive "d2w", pro- duzidas a partir do final dos anos! 80, que segundo seus fabricantes sao am- Bientalmente corretas por se decompo- rem mais rapidamente na natureza re- duzindo seu impacto ambiental. Mas Sera que estas sacolas plasticas oxi degradaveis também abrizam um mito?