Professional Documents
Culture Documents
uma vez que a vontade foi invadida pelo pensamento, torna-se necessrio tomar
uma deciso baseada em razes, por mais disparatadas que possam ser. Se
teimar em pedir uma cerveja s porque era a minha primeira ideia, corro o risco
de ao sabore-la pensar devia ter pedido um whisky. Por esse motivo, se tiver
planeado ir a algum stio a uma determinada hora, devo evitar pensar naquilo
que vou pedir quando l chegar, pois corro o risco de me convencer que quero
algo que depois no me apetece. Se decidir com base no instante, e for atendido
com razovel rapidez, acerto sempre na coisa que quero.
Assim, de um modo geral, o corpo indica mais depressa a vontade do que a
razo, uma vez que a vontade est a um nvel anterior racionalidade. Sempre
que possvel, para saber o que fazer, devo perguntar ao corpo, que me dir se
tenho sede, fome, se preciso de batatas fritas, manga ou vinho do Porto, se estou
a precisar de dormir ou dar uma corrida, etc. O papel da razo o de
supervisionar a atividade instintiva: obviamente que os instintos, embora sejam
de uma exatido admirvel, so inconscientes da finalidade a que se dirigem
da a sua alegria e prontido. Por isso convm que levem uma vistoria de vez em
quando, para verificar se esto a funcionar corretamente. Outra funo da razo
a de investigar as razes insuspeitas, e, admirando-se ao ver-se do avesso,
aprender com o seu outro.
Onde aplicvel, o instinto leva a melhor sobre a razo, e sempre que possvel,
deve-se evitar pensar sobre aquilo que se quer fazer. J o que se deve fazer
outra histria