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Filipe Pires Adrian Ray-Sky

Adrian Rai-Sky

Numa galáxia muito distante da nossa, a República Galáctica governa.

Centenas de planetas habitados por seres seguem as ordens da República. Apenas alguns viviam vidas
injustas, e normalmente por razões que a República não podia ajudar.

Os habitantes de quatro grandes planetas, revoltaram-se contra a república, os Logompos, os


Tumbantes, os Cordexs e os Polivenes. Os quatro povos, já com um planeta conquistado, começam a
formar um império contra a República.

Para a galáxia ter paz, os Jedis da República tentam reunir tropas, mas até lá, uma pequena surpresa
dos Planetários, assim a República os chama, está a ser construída.

Enquanto isso, um miúdo humano que vive em Adarlon, faz a sua vida normal, mas, em pouco tempo,
ela será mudada drasticamente.

Tudo inicia-se numa vila à beira-mar. Aqui, o miúdo e os seus pais ganham a vida vendendo pequenos
veículos. O miúdo trata-se de Adrian Rai-Sky.

Capítulo I
Os dois mundos

– Adrian, está na hora de almoçar! – chamara sua mãe às 12h do segundo sol do dia, pois naquele
planeta existiam dois sóis, a estrela Lupman e a Gutnam.
– Já vou, mãe! – respondia Adrian todos os dias à mesma hora.

A vila era pequena, mas tinha mais de mil populantes. Como aquela terra era muito quente e
húmida, e por estar à beira-mar, era meio pantanosa. As casas eram todas feitas de pedra, havia poucos
automóveis a passar, apesar do pai de Adrian ser vendedor deles e se conseguir sustentar.
Havia poucas árvores, e as que existiam não eram muito bonitas, pois estavam infestadas de musgo
e eram rodeadas por leanas. A vila propriamente dita, apesar de ter estradas de terra batida, é limpa e
de cor predominante o castanho.

Adrian Rai-Sky andava a passear à beira da água a apanhar pequenas voçasdum (parecidas com
conchas mas mais recortadas e maiores) para fazer um colar à mãe. Ele tinha apenas oito anos, e já
ajudava o pai a arranjar carros voadores, motas speeders, submarinos de energia, etc. e ele próprio dizia
que gostava de fazer aquele trabalho.
A mãe apenas tratava da casa. Não têm empregados, e têm de lavar os pratos pelas próprias mãos.
Financeiramente, esta família é de classe média-baixa naquele planeta, mas isso não interessa muito.

Ao almoço, eles comeram o que tinham, carne de fubano (um animal daquela região) e arroz totós.
Depois do almoço, Rai-Sky saiu de casa no seu tempo livre e voltou para a beira-mar.

«Agora vou continuar o meu colar para a minha mãe» pensa ele chegando lá, mas logo, logo teve
uma surpresa. Um nautolano apareceu na costa. Os nautolanos têm uma pele liza como um anfíbio, e
esta pode variar de verde, azul, ou até bege. Este era azul. Os olhos dos nautolanos são totalmente
pretos, são uma espécie humanóide e anfíbia, e aquele nautolano era uma criança azul.
Chegara do mar até ali, e logo depois, levantara-se da areia, dizendo a olhar para Adrian:
– Olá, eu sou o Polidon`hian, mas todos me tratam por Polidon. Tu és...?
– Olá, o meu nome é Adrian Rai-Sky, mas podes tratar-me apenas por Adrian. Tu vives mesmo
debaixo de água?

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– Queres ver? Vem! – e mergulha na água.


– Ei, onde vais? Eu não sei respirar debaixo de água!
O nautolano não o ouvira debaixo de água, por isso, só passado algum tempo, em que Adrian teve
que esperar, é que se reencontraram.
– Então, não vens!?
– Eu não respiro debaixo de água, mas o meu pai tem uma coisa para eu poder respirar. Espera aí
que eu já volto.

Quando o pequeno Rai-Sky regressou, não encontrou ninguém.


– Era bom demais para ser verdade. – lamentava-se Adrian.
De súbito, alguém exclama nas suas costas:
– Então, vamos!?
Depois de recuperar do susto, Adrian viu Polidon. Tinha saído da água, e baloiçava em pé nos pés
com as mãos atrás das costas.

Já no fundo do mar, Polidon começa a perguntar, mostrando o seu espírito curioso, no entanto a
pequena peça na boca de Adrian que lhe permite respirar, impedia-o de responder.
– Quantos anos tens? E os teus pais? Gostas de jogar a quê? Já viste algum nautolano sem ser eu?
O que fazes em terra?...

Depois daquele palavreado todo, quando Polidon percebeu a situação de Adrian de não falar,
aparecia uma ravina debaixo de água, e ao passá-la, Adrian ficou impressionado.
Centenas de bolhas gigantes se situavam no fundo do mar. Dentro delas, centenas de luzes e de
casas.
Polidon já conhecia tudo, mas Rai-Sky quase abriu a boca em sinal de surpresa.
– Então, – continuou Polidon – é grande ou não?
Adrian fez um sinal com a cabeça a dizer “sim”. Logo de seguida, arregalou os olhos: era um
Plombeu. Um animal marinho com mais de três metros parecido com um tubarão mas com um leque
enorme na barriga. Era inofensivo, só comia plantas.

O motivo de Adrian para arregalar os olhos era que já havia muitos anos que os terrestres não os
viam. E era a primeira vez que Rhaisky via um.

O porto (ou a entrada) eram na terceira bolha a contar da esquerda, e não parecia muito grande,
mas quando entraram e Adrian Rai-Sky pôde tirar o seu instrumento de respiração, a opinião mudava,
parecia que a sala não tinha fim.
Logo, logo o humano perguntou ao amigo:
– É aqui que tu vives?
– Não! – Respondeu Polidon – Aqui é o porto, que por acaso não tem nenhum veículo.
– Então vamos a tua casa! – exclamou Adrian com entusiasmo.
– Vamos lá!

Depois de passarem duas bolhas em frente, uma à direita e quatro à esquerda, já tinham, meio
caminho andado, e já estavam na bolha principal.
Um trono erguia-se no centro dela, umas escadas apareciam do chão até ao trono. Dezenas de
soldados nautolanos rodeavam a sala e a escadaria do rei, o qual estava sentado lá. Era um nautolano
elegante, tal como os seus soldados, a pele erguia-se verde como algas e os olhos intensos e pretos. Nos
seus tentáculos encontravam-se jóias e pulseiras de ouro e diamante. As vestes eram mais coloridas e
ricas que uma floresta infestada de flores. Tinha um bastão de metal com uma cor verde-brilhante na
ponta.

Depois de Adrian o observar bem, o rei levantou a mão em sinal de algo que Adrian não sabia o que
era, e falou:
– O que faz um humano aqui?!
Depois de momentos sem resposta alguma, Rai-Sky dissera:
– Sou um humano, sem dúvida, mas não quero fazer mal. Estou com o meu amigo Polidon só de
passagem.

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– Isto é verdade, Polidon’hian?


– Sim, vossa alteza. – respondeu Polidon curvando-se.
– Então sairão daqui ilesos. – continuou o rei. – O seu pai não gostaria de vê-lo aqui, meu jovem
Polidon, ele não gosta que tu vejas as minhas acções.
– Eu sei, desculpe.
Os dois rapazes saíram a passo rápido por onde entraram. Deram a volta à sala do trono e
continuaram o caminho.

Quando chegaram à bolha certa, entraram em ruas e ruelas, subiram escadas e escadarias, e foram
dar a uma casa pequena mas muito bonita. Tinha vasos por todas as varandas, as janelas eram redondas
e tinham uma luz amarela a sair de cada uma, não havia telhado, e um terraço encontrava-se no topo.
Era a casa de Polidon.
A bem da verdade, todas as casas eram parecidas com a de Polidon. Nenhuma tinha telhado, todas
as pessoas punham vasos e tinham um grande gosto por janelas redondas, etc.
Ao entrar naquela casa, erguia-se um corredor com um tapete de ceda. Dos lados da entrada
estavam a cozinha e a sala, mais à frente haviam os quartos e só ainda mais à frente é que se via o
escritório do pai de Polidon.

No escritório havia pedras esculpidas em todas as bordas, tinham desenhos de tentáculos de


nautolano a 3D, era costume daquela espécie.
No momento em que Adrian parou de observar os tentáculos, Polidan falou a seu pai:
– Pai, este é o meu novo amigo, é o Adrian.
O pai era construtor de bolhas, e naquele momento estava a fazer um projecto de uma máquina
construtora de bolhas, o qual estava na sua secretária enfeitada também com esculturas de tentáculos.
Mas mesmo com a trabalheira que tinha para fazer, ainda falou:
– Olá, meu filho! – exclama o pai – Não se cumprimenta o papá?
– Desculpa pai, mas quero que conheças o meu amigo.
– Muito bem! E como é que se chama este rapaz?
Na cara de Adrian via-se a vergonha, mas um pouco depois, uma voz saiu da boca dele:
– Olá, eu sou Adrian.
– O que te traz aqui?
– Polidon levou-me para vos conhecer.
– Então vai à mãe do meu filho, ela adora visitas!

Parecia que o pai de Polidon os tinha despachado, mas logo que Rai-Sky viu a mãe do amigo,
esqueceu-se daquilo.
Ela ia com uma prateleira de bolachas nas mãos, mas logo que ficou com as mãos livres, encheu-o
de beijos, e Adrian riu-se às gargalhadas.

Depois de se conhecerem, Adrian propôs irem todos conhecer os pais dele, e assim aconteceu. O
pai largou projecto, a mãe as bolachas, e foram todos até à costa.
Saíram da areia, andaram dois quarteirões, viraram à esquerda, depois à direita e chegaram a casa
de Rai-Sky.

Antes de sequer terem tempo de bater à porta, uma cápsula de ataque cai na rua ao lado. Um
estrondo enorme é ouvido, e logo, logo a porta abre e os pais de Adrian aparecem assustados.

Algumas pessoas aproximam-se da cápsula, mas u fumo é tanto que não se vê nada, até uma luz
vermelha aparecer entre a fumaça e o ar, logo de seguida sai do fumo e a imagem é nítida e clara: um
Dróide de Exploração.

Dróide de Exploração – O dróide de exploração é um dróide construído pelos separatistas conhecido


pela sua habilidade de se esconder e de explorar locais. O dróide de exploração é redondo mas achatado
em cima e em baixo, tem um olho vermelho, no meio uma arma leizer e tem uns braços saídos de baixo.
Também consegue voar a grandes velocidades.

As pessoas afastaram-se assustadas, e o dróide começou aos tiros, assim ferindo várias pessoas.

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Naquelas vilas, todos os homens tinham um bastão energético, com a energia numa das pontas, a
qual tinha dois picos para espetar e electrificar.

Vários homens já tinham o bastão na mão, e foram atacar o dróide. Em poucos minutos, o dróide
fora destruído, e os feridos levados, mas quando parecia já estar tudo bem, cinco dróides de exploração
saem da cápsula e começam aos disparos, o pai de Polidon tira o seu bastão das costas, e quando dá por
pronto, já estão uns dez homens a defenderem-se. Ele corre e espeta logo o seu bastão num dos cinco
dróides. Enquanto isso, o pai de Adrian procura em casa o seu bastão.

Da cápsula saem mais três dróides, mas estes são diferentes, são Dróides-Guarda-Costas.

Dróide Guarda-Costas – O dróide guarda-costas é um dróide construído com o objectivo de


guardarem os generais separatistas e outras pessoas importantes. O dróide guarda-costas tem porte
humano, uma luz vermelha no peito e na boca, garras nas patas e nas mãos e a sua arma é um bastão
electrificado nas duas pontas com a especialidade de conseguirem mandar tiros pelas pontas.

Um dos dróides-guarda-costas tinha uma capa a cobrir a cabeça e a cara, isso significava que era
capitão, e era mais forte.
O primeiro dróide a morrer foi logo o primeiro a sair da cápsula: ele saltou dela e ligou o seu bastão
eléctrico, olha para os lados, mas só vê um humano distraído com os dróides de exploração, e por isso
ataca-o logo.
O homem assusta-se, e consegue-se defender. Os dois olham nos olhos do oponente, mas em três
ou quatro ataques, o dróide vence. Olha para o lado e vê dois homens a irem contra ele, rodopia o
bastão, e de seguida defende-se deles. Fazem uma pequena luta, mas os homens são mais espertos, um
deles consegue tirar o bastão ao dróide, e tenta espetar o seu no peito do dróide, mas falha. Felizmente,
o outro homem está atrás e espeta o bastão nas costas do dróide, assim, matando-o.

Os seguintes dróides saltaram ao mesmo tempo, e não pareciam estar muito contentes.
Lutam contra os homens, mas a certa altura o pai de Polidon é atingido no braço por um bastão de
dróide. O filho usa todas as forças para passar, e consegue. Corre para o pai, enquanto que o dróide vai
a andar para perto do pai de Polidon.

Enquanto isso, soldados da república chegam em duas motas speeders e um carro nutrop. O dróide
capitão observa as motas, e corre contra elas a uma velocidade estonteante. Aponta o bastão nas
cabeças dos republicanos, e no momento de choque entre as motas e o dróide, o capitão salta e mata
um dos soldados, o outro atira-se ao chão e as speeders explodem.
O carro ainda está mais atrás, e o dróide guarda-costas capitão regressa á sua correria, atira um
choque eléctrico contra o carro, mas dois soldados saem a tempo, tudo o que está no carro é
electrocutado e o carro derrapa no chão sem parar.
O dróide para no sítio e mete o bastão espetado na terra em diagonal a apontar para o carro. O
carro sobe no bastão quando bate nele, e assim sobe. Para em cima do bastão e o dróide atira-o com
toda a força para trás.

O carro vai batendo no chão, mas não para. Polidon corre para o pai, mas será esmagado pelo
carro. Porém, à última da hora, quando o carro vai cair em cima de Polidon, Adrian grita:
– Não!!! – os braços dele estão estendidos para a frente, e o carro muda de direcção com toda a
força e bate numa casa, assim explodindo e atirando o dróide que ia matar o pai de Polidan ara longe.

O dróide capitão já não toma atenção à aldeia, agora estava a lutar contra três soldados com
bastões de energia vermelha (energia vermelha quer dizer que é uma energia forte).
Enquanto isso, o dróide que fora atirado com pedras, levanta-se, mas quando o pai de Adrian vê
que ele está levantado, atira o seu bastão, assim espetando-o na cabeça do dróide.

Todos os habitantes vão ajudar os soldados, que naquele momento já só eram dois, e quando
chegaram lá, triunfaram e tiveram a vitória.

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Capítulo II
O pressentimento da Força

Duas semanas mais tarde, quando Adrian já conhecia melhor Polidon e o amigo a Adrian, os dois
tiveram uma excelente idéia. A idéia era os dois darem um passeio nos montes de Hupbath.

No dia 21 de Agosto (dez dias depois), os dois rapazes levaram pranchas voadoras do pai de Adrian
às escondidas, e foram até aos montes de Hupbath. Lá, tudo era diferente da vila deles, estava tudo
coberto por árvores, o chão era feito de fumo, os pés não se viam. Do pouco que se ouvia,
entranhavam-se barulhos de animais, com lumpas (lagartos com asas de abelha e com escamas), ou
wimpers (parecidos com o tiranossauros rex mas mais gordos, com braços maiores, cabeça mais
rectangular e o corpo bege.

– Adrian, – chamava Polidon. – gostas deste sítio?


– Sim, é muito tranquiii... – Adrian não pôde acabar a sua resposta, porque, tal como Polidon, tinha
escorregado numa descida e foi parar aos pés de Polidon, o qual estava agarrado a uma raiz que lá
estava antes do imenso buraco sem fim.
– Polidon! Agarra mais raízes, temos de subir!
– Eu sei!, mas não sei se chego lá!
– Ao menos tenta!
– Está bem!
Uma das pranchas já tinha caído, mas a outra estava lá em cima ainda.
Enquanto Polidon tentava chegar às raízes, Adrian entrava em pânico:
– Então, olha que a vista daqui não é muito bonita, claro, estou PRESTES A CAIR NUM BURACO SEM
FUNDO!!!
– Acalma-te, estou a tentar subir, já só falta uma raiz e depois subimos, o problema é que eu não
chego a ela.
– O quê?!
– Acalma-te, deixa-me concentrar!

Depois de algum tempo de silêncio, a raiz começa a se mexer, parecia que era um animal, porém
era Polidon. Sem ele saber como, fez com que a raiz se movesse e fosse ao seu encontro.
Assim, Polidon sobe para a terra firme, mas antes de falar algo, fica a olhar para uma grande,
grande coisa.
– Polidon! – chama Adrian sem resposta. – O que vês!?
Ele tenta subir pelo corpo do amigo, mas quando olha para a terra, vê uma sombra. Sobe a cabeça,
e vê um enorme wimper (tal como eu já vos falei, ele é parecido com um tiranossauros rex mas com
diferenças). Devia estar esfomeado, via-se na cara dele.

Os dois miúdos entraram em pânico, e estavam gagos, quando o wimper deu um passo e tentou-
os morder. Contudo, os dois afastaram-se ainda agarrados ao penhasco, e o wimper continuava a tentar
morder, até que Adrian fica sem apoio e cai do penhasco batendo numa espécie de varanda e
desmaiando lá.

Polidon sobe o penhasco e foge do wimper, o qual não demora muito tempo a perceber isso e
corre atrás dele.
Ele corre para as árvores aflito, até que agarra numa liana e sobe a uma árvore. Porém o monstro é
mais esperto: começa a derrubar a árvore e não deixa outra ipótese a Polidon senão descer.
O rapaz volta a correr e a tentar se esquivar de todos os ataques do wimper, mas não parecia
resistir durante muito tempo.
«Não posso deixar o Adrian lá» pensou «Ele é meu amigo, tenho de voltar.»

Assim o fez: recuou passando por entre as pernas do wimper e regressando para o penhasco, mas
o wimper não desistia, voltara atrás só para o apanhar.

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Polidon corre o máximo que pode, mas quando olha para a frente, vê o penhasco mesmo ao pé,
por isso trava e derrapa no chão segurando-se nas pedras. Tanta sorte não teve o wimper, que também
derrapou, mas não resistiu e caiu no buraco.
– Ajuda-me, Polidon! – grita Adrian meio tonto.
– Já vou, agarra esta liana!
Adrian apenas via a liana, não conseguia ver o amigo. Mas á medida que subia, começava a ver um
monstro a aproximar-se escalando, era o wimper novamente.

– Sobe, Adrian! Sobe! – exclamava Polidon com medo do monstro.


– Não consigo subir mais depressa!
– Eu ajudo-te, já estou a puxar a liana.

Assim que Adrian subiu, Polidon ajudou-o a se levantar e os dois foram para longe.
– A prancha, a prancha! – berrava Adrian. – Vamos para a prancha!
– Está bem, vamos lá.

Logo depois de apenas tocarem na prancha, um braço sai do buraco, o wimper já tinha chegado ao
topo.
– Vamos sair daqui!
Os dois subiram na prancha e puseram-na a andar. Entrando na floresta, só encontravam plantas,
nem seres vivos nem pedras.
Atrás deles já estava o monstro, mas felizmente já estavam perto do fim da floresta.
– Boa, agora que já... cuidado com o lago! – interrompera-se Adrian.
Um lago de lama se aproximava à frente deles, e a única maneira de não caírem nele era diminuir a
gravidade da prancha para a fazer subir. O problema era que o botão que fazia diminuir, estava em
baixo da prancha.

– Alguém tem de ir lá. – diz Polidon com uma cara de quem diz «vais ter que ir lá abaixo».
– Eu sei, mas quem?
– Vais tu! – dizem os dois em coro.
– Eu disse primeiro!
– Não, não disseste.
– Está bem, – Aceita Adrian. – eu vou.
– É melhor irmos os dois.
– OK !
– Um, dois, três!
– Vamos!
Os dois meteram a cabeça para baixo, e Adrian carregou no botão. Era o errado.
– Estamos a descer! E não a subir! Carrega no outro botão!
– Eu sei, eu sei!
Depois de o carregar, o impulso para cima foi grande, e Polidon quase caiu. O que é certo é que os
dois se safaram e deixaram o monstro para traz.
– Conseguimos!
– Ah! Ah! Quem são os maiores?
– Somos nós!

– O nosso único problema agora, são os nossos pais. – Comenta Polidon.


– Tens razão, eles vão nos “matar”.
– Podemos explicar! – Comenta novamente Polidon.
– Não, não podemos. Basta eles ouvirem que estivemos na floresta e que ficámos logo em sarilhos,
eles desmaiam. – Responde Adrian esquivando a prancha de uma grande pedra.
– Ao menos os teus pais desmaiam, os meus gritam logo comigo!
– É, os pais são todos iguais: primeiro querem-nos, depois, só rabujam connosco. – Volta a falar
Adrian.

Pouco tempo depois, ainda na viagem de volta, Polidon tem uma ideia:
– E se não contássemos o que aconteceu?

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– Boa ideia, só temos de agir como normal.


– Está bem!

Chegando a casa de Adrian, já os pais de Polidon os esperavam. Depois de arrumarem a prancha e


se juntarem aos pais, a mãe de Adrian pergunta onde estiveram.
– No... nós esti... ti... estivemos a dar um passeio.
– É! – Concorda Polidon
– Aonde? – Pergunta a mãe de Polidon.
– Por ai.
– É!
A mãe de Adrian pergunta como correu, e eis a resposta:
Olhando para Polidon com os olhos arregalados ele solta algo.
– Co..., corr..., correu tu... tudo bem.
– Porque estás gago, filho? – Pergunta o pai.
– Ajuda-me! – Diz Adrian por sinais ao amigo.
– Ele não está gago! – Interveio o amigo – Está impressionado com as coisas que viu, não é
Aaddrriiaann?
– S... sim e... é, Ppoolliiddoonn.
– E porque é que não avisaram? – Questiona o pai de Polidon – Podíamos também ter ido.
– N... não nos lembramos, não é Polidon? – Responde Adrian dando um pequeno toque no braço
do amigo.
– É!

Depois de algum tempo de conversa, o pai de Polidon diz que tem que fazer coisas, e que vai
embora com o filho para casa.
– Desculpem a minha deselegância, mas tenho de ir com o meu filho, amor, ainda podes ficar um
bocado.
– Adeus, mamã!
– Adeus, querido.
– Adeus Polidon, vemo-nos amanhã! – Despede-se Adrian.

Ele estava certo, iam se ver amanhã, mas houve um contra tempo. O pai de Adrian tinha recebido
umas contas de energia enormes e precisaria de estar na loja todo o dia a arranjar, alugar, vender,
limpar e arrumar carros. O grande problema era o filho, que não tinha quem o levasse.
– Filho, vens me ajudar na loja? – Pergunta.
– Mas eu não ia com o Polidon?
– O pai não pode te levar, vais ter de ficar, ajudas-me?
– Tenho outra hipótese? – pergunta ele como quem diz “está beeemmm!” – Só vou ao mar dizer-
lhe que não posso ir passear com ele.
– Vai lá, meu filho!

Adrian corre para a praia e dá um mergulho na água, com uma ferramenta chamada Tubanto, apita
para o amigo. Apenas os nautolanos ouviam o barulho, e quando Polidon o ouviu, saiu de casa, nadou
velozmente e apareceu à superfície com uma luz na mão, um animal que quando tinha medo brilhava.
Adrian já podia falar, por muito que não quisesse:
– Olha, Polidon. Hoje não posso ir dar um passeio.
– Porquê?
– O meu pai precisa de ajuda na loja.
– OK... olha! – responde Polidon.
– O que é? – pergunta o amigo.
– Lembras-te do grande buraco há meses? – continua Polidon.
– Sim.
– Pronto, ando a pensar nisto desde que saímos de lá.
– Desembucha, Polidon!
– Está bem! Lembraste da última raiz, aquela que eu não chegava?
– Sim.
– Não fui eu que a apanhei, foi ela que veio ter comigo.

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– Como assim? – interrompe Adrian.


– A raiz mexeu-se! – continua Polidon – Ela veio até mim, o que faço?
– Huumm! – Pensa Adrian – Já sei, amanhã vamos até à biblioteca do meu pai no seu escritório
(uma pequena biblioteca) e procuramos nos livros de energi-talco (livros muito conhecidos onde tem
tudo o que quisermos procurar) do meu pai, e vemos o que se passou.
– Boa!
– Porque é que nunca me contaste, Polidon?
– Não sei!
– Sabes, eu já li qualquer coisa às escondidas nos livros de energi-talco que falavam de coisas a se
moverem.
– Adrian! – Chama o pai de Adrian – Anda!
– Bem, agora vou ter que ir ajudar o meu pai, adeus!
– Xau!

A meio do trabalho que o pai tinha de fazer, Adrian encontra-se numa pequena situação: está
debaixo de um carro voador, de costas para cima numa prancha voadora e precisa de uma ferramenta
para mudar uma válvula negra, e pôr uma válvula cinzenta. O problema é que a ferramenta está em
cima de um móvel, e ele tem de se levantar. Apesar de ser pouca coisa, Adrian não está com paciência
para se levantar, e olha fixamente para a peça...
Um tremer leve se observa, e de repente, a peça voa rapidamente para a mão de Adrian. «Uau, o
que aconteceu?» pensa ele, « Será que me aconteceu o mesmo ao que aconteceu a Polidon?».

No dia seguinte...
Já Adrian tinha chegado na biblioteca, quando Polidon chega com esperança de ser alguém
especial. Um sorriso na cara, a saltitar pela rua até que entra na biblioteca, cumprimenta a idosa gestora
nautolana da biblioteca, cumprimenta o amigo, e os dois vão até ao corredor proibido.
Tinham dado uma bebida enjoativa à senhora, e ela ficou a dormir. Só assim é que conseguiam
sequer chegar ao corredor pretendido.

Enquanto procuravam algum livro que interessasse, eles conversavam.


– Polidon, ontem na loja, sabes?
– Sim.
– Acho que me aconteceu o mesmo que a ti.
– O quê?!
– Xiiiiiiuuuuuu! – Avisa Adrian – A senhora da biblioteca ainda acorda e expulsa-nos!
– Está bem, o que é que aconteceu?
Adrian explicou tudo enquanto procuravam os livros, e quando acabou, depois de mais algum
tempo de procura, eles encontram os cinco livros de energi-talco.
– Cuidado, eles são muito sensíveis!
– OK! – Afirma Polidon.
– I, II, III, IV, V. – Lê Adrian. De seguida fala: - Há cinco livros, vamos tirar o I.

Na capa existia uma fita vermelha (significava CUIDADO, mas eles não sabiam), logo, logo, tiraram-
na e observaram várias coisas: o título (O Conselho Jedi), uma gravura de um sabre de luz azul, e umas
imagens atrás a representar metal.

Sabre-de-Luz – O sabre-de-luz é uma arma usada pelos jedis. Em média tem 15 centímetros e pode
ter muitas formas. Funciona com um botão que se carrega e uma lâmina de leizer se abre. A lâmina tem
apenas uma cor, mas as únicas 5 cores possíveis são: azul, vermelho, verde, roxo e amarelo. A mais
conhecida é a azul (por isso é que está na capa do livro). Os sabres-de-luz são apenas usados por jedis
porque é muito difícil controlá-los. A sua constituição é simples: quando uma estrela explode, pequenos
cacos de cristal são lançados ao espaço. É desses cristais que as espadas de leizer são feitas. O cristal é
que decide a cor que já falei anteriormente. Ele contém muita energia, e com umas máquinas próprias, a
energia é controlada e transformada em leizer. Assim, carrega-se no botão e o leizer sai como uma
lâmina.

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Caro leitor,

Não devia estar a ler isto, mas este livro existe para se ler, por isso, vou lhe contar o que nunca tinha
imaginado.

Primeiro Capítulo
O que é um Jedi?

Pergunta-se: o que é um jedi? Pois a resposta é muito simples,...


Há milhares de anos, a República vivia em paz, não se precisava de tropas nem de armas, não
existia guerras, nada disso!
O problema foi mais tarde. Muitas populações se começaram a revoltar por quererem mais
dinheiro, ou quererem ser os que reinam na galáxia. Isso gerou as guerras, que mais tarde passaram a
reinar com o caus e tudo mudara.

Foi por isso que a república criou os Jedis.


O que eu quero dizer é: os Jedis não são soldados normais com pistolas leizer, são mais que isso. A
especialidade dos Jedis é o poder de levitar coisas, que até aí, era quase ignorado, ou seja, não
treinavam o puder e depois apenas conseguiam levitar copos ou garfos.
Bem, a partir daí, as pessoas com esse puder foram recrutadas para serem Jedis.

– Nós temos o poder de levitar as coisas! – Interrompe Polidon.


– Xiu! Deixa-me continuar.

A República é que treinou essa gente. Porém, não podiam apenas lutar com esse puder que vinha da
mente, precisavam de outra arma, foi por isso que inventaram os S.D.L., os Sabres-de-Luz. A arma era
perfeita para o trabalho, não era uma pistola, nem uma basuca. Era uma espada leizer. Agora aqueles
guerreiros precisavam de um nome, e assim ficaram como Jedis.
Alguns anos mais tarde, alguns jedis se sobressaíam dos outros. E foi por eles que se formou o
Conselho Jedi.
Apenas os jedis mais poderosos é que entravam no conselho. E durante muitas dezenas de anos, a
República voltou a ter paz, mas prevenida com estes guerreiros.

Mais tarde, o conselho Jedi deixou entrar todos os jedis no conselho, e assim criaram-se os Mestres
Jedis (os jedis mais poderosos) e os Cavaleiros Jedis (os jedis normais).
Para aprender a ser jedi e a treinar o puder da levitação, formaram-se os younglins (dos 3 aos 13
anos), e os Padwans (dos 13 até ser jedi).

Capítulo III
A chegada de uma surpresa

Depois de lerem o livro inteirinho (cerca de 1500 páginas), foram para as suas casas e deixaram os
outros quatro livros por ler (só para que saibam, eles demoraram a tarde toda a ler o livro, os pais até
estranharam, mas acharam que eles faziam bem em ler, mas não sabiam que eles estavam a ler
AQUELES livros).
Dois dias mais tarde, os livros “A República” e “As Naves da Galáxia” tinham sido lidos e “Os
Planetas e os seus Populantes” (este era o mais longo de todos) estava quase a acabar. Eles já tinham
descoberto segredos que não deviam.

Um dia foram dar um passeio nas ruas a conversar. Não havia nuvens no céu, os dois sóis (Hultorp e
Veltorp) brilhavam reluzentes. Naquela altura já era Verão.
A meio do passeio, um susto acontece vindo do céu. Uma nave star fighter de jedi e mais três naves star
fighters vulture dróide aparecem vindos da hiper-velocidade, a conhecida velocidade-da-luz.

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Filipe Pires Adrian Ray-Sky

Um flash é o que apenas se vê na chegada das naves, logo, logo está a star figter de jedi a fugir dos
tiros leizer das outras três naves inimigas.

Star Fighter de Jedi – Uma star fighter de jedi é uma nave particularmente usada pelos jedis. A nave
tem uma blindagem de 95% (o máximo até aí construído é de 100%), uma metralhadora leizer, motores
de alta qualidade, mísseis-seguidores e controles muito complexos. A nave foi criada com o objectivo de
proteger os jedis o melhor possível. Podem ter várias formas e cores.

Star Fighter Vulture Dróide – A star fighter vulture foi criada pelos Contrabantes (os quatro povos
contra a República), eles tentaram criar uma nave tão poderosa como as star fighters de jedi, mas
parecia impossível. Por isso criaram uma parecida: uma nave que também pode ter “pernas” e que não é
comandada por ninguém. É um dróide que apenas obedece às ordens que lhe dão. É temida porque tem
uma arma quase metralhadora, o dobro dos mísseis-seguidores da star fighter de jedi e uma blindagem
de 80%.

A star fighter de jedi desce bruscamente para perto das casas, algumas delas são destruídas com os
tiros das naves vultures. Com uma viragem repentina espetacular, a star fighter de jedi põe-se atrás dos
seus inimigos disparando os seus tiros leizer e destruindo duas delas.
Contudo, a nave restante afasta-se do local sem deixar oportunidade para o jedi a seguir. Dá meia
volta, aponta os seus mísseis e dispara.
– Tshshshshshshshshshshshshshs!!! – O terrível zumbido alerta o jedi dos mísseis disparados.
– Míssil-seguidor a aproximar-se! – Avisa a nave star fighter ao jedi.
– Eu sei! Eu sei! – Repete-se ele – O que faço?
Num pensamento rápido esquiva-se dos mísseis, os quais regressam seguindo-o.
– Piuiyioy ui pipio uoypi uyyu! – Diz V7.

V7 – O V7 é um robot da República. É programado para se instalar na nave star fighter de jedi e para
ajudar o piloto, é uma espécie de co-piloto. O V7 também pode atacar com pequenos raios de
eletricidade.

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