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Monumento= Construção executada para ser monumento (a priori); lembra, toca a emoção
por uma memória viva: acontecimentos importantes, sacrifícios, ritos e crenças. Função
antropológica. Com o passar do tempo, o ideal de memória é substituído por beleza.
• Barthes= A fotografia é um monumento individual que permite a cada um a volta
dos seus mortos.
Inicia-se uma onda de restauros com a substituição de peças antigas por novas que
parecem antigas (Wyatt). Críticas. Poucos são os que conservam a arte in loco. A
arquitetura é levada em pedaços a galpões que seguem para coleções particulares.
• Pierre Patt= Arquiteto de Luis XV – destruir tudo em prol da modernização.
Revolução Francesa
• 1830 – Os inspetores dos monumentos históricos são criados para a proteção dos
mesmos.
• 1837 - É criada a primeira comissão de monumentos históricos na França,
separando os valores de monumento em: antiguidade, idade média e castelos.
• Ruskin= A arquitetura é o único meio para conservar o laço que nós temos com o
passado, identificando-nos com ele. O primeiro a indicar não só obras antigas, mas
também, conjuntos habitacionais como monumentos históricos.
Alois Reigl: Adota novos valores à obra: valores de rememoração – ligado ao passado e se
vale de memória; valor de contemporaneidade – presente/ valor de uso; valor de
ancianidade – idade do monumento.
Séc. XIX – XX
O espaço urbano não tinha sido pensado como histórico até a época de Haussmann,
antes, os estudiosos só viam monumentos isolados e obras de arte. Haussmann destrói
malhas antigas da França para dar lugar a largas avenidas e construções salubres, adequadas
à moradia, poupando os monumentos históricos mais importantes.
Ruskin pensou em proteger as malhas antigas, pois são as essências destas cidades.
Os centros antigos devem continuar habitados.
Camilo Sitte: Cidade pré-industrial= passado, necessidade de transformação para a
acomodação de novo tipo de vida (não existe mais o prazer estético). As cidades
contemporâneas banem a arte desenvolvida nas cidades antigas, tanto pelo tipo de
construção (sem sentimento) quanto pela escala.
Cidades antigas: seu papel acabou, sua beleza plástica permanece.
Cidade antiga museal: Sem uso, perde a historicidade, passando a ser apenas
histórica.
• Gionanonni= Figura historial – valor de uso e valor museal aos conjuntos urbanos
antigos. Uma cidade histórica contribui em si um monumento, sendo também, um
tecido vivo.
• Doutrina de conservação e restauro: Toda malha antiga deve ser anexada a algum
plano diretor; considerar a área toda histórica, sem destacar apenas poucos
monumentos isolados; preservação e restauro seguindo os pré-requisitos de Camilo
Boito.