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Laboratório de Química

No último piso situa-se o Laboratório de Química onde se pode ver logo no átrio uma curiosa extensão do Museu do
Pavilhão - uma "hotte" que pertenceu ao antigo laboratório de Química, recheada com aparelhagem de vidro antiga, onde
se destaca um aparelho de Kipp, bastante elegante e de grande interesse didáctico, destinado à obtenção de substâncias
gasosas.
Oficial do Exército e professor, nascido em Tavira a 14/03/1874. Tirou o curso da arma de infantaria e do estado maior,
onde atingiu o posto de coronel ( 02/03/1922 ), no qual passou à reserva ( 16/02/1931 ).

Tirou também o curso preparatório para a Escola Médica na antiga Escola Politécnica de Lisboa. Dedicou-se muito ao
ensino e foi assistente de Química na Faculdade de Ciências de Lisboa e professor no Colégio Militar.
Concorreu também ao lugar de professor da Escola Militar, no primeiro concurso de provas públicas realizado nesta escola
a seu pedido, sendo aprovado em mérito absoluto, mas preterido em mérito relativo.

Verdadeiro apóstolo do ensino, fez intensa propaganda na imprensa da necessidade de desenvolver o ensino prático. Pela
sua acção se construiu um laboratório de Química no Colégio Militar.

Pertenceu a várias comissões de interesse publico, entre as quais a nomeada por Vasconcelos Porto para elaborar o
regulamento da Instrução Militar Preparatória.

Fez várias viagens de estudo a Espanha, França, Itália, Bélgica, Alemanha, Suíça e Inglaterra e no Congresso de
Instrução Secundária, em Viseu, representou o Colégio Militar.
Dedicado à Química Farmacêutica, fundou e dirigiu o Laboratório Farmacológico de Lisboa, um dos primeiros do país.
Correia dos Santos praticou também o jornalismo como chefe de redacção de O Dia, no período agitado da dissidência
progressista, a que pertenceu.

Depois da proclamação da república filiou-se na União Republicana, colaborando na Luta, de Brito Camacho. Após a
revolução do 14 de Maio abandonou toda a actividade política. Colaborou ainda na Capital, no Século (como critico teatral),
nas Novidades ( de Emídio Navarro ) e em muitos jornais do Algarve.
Foi sócio de honra da Sociedade de Geografia de Lisboa, grande oficial da ordem de Aviz e comendador das ordens de
Cristo, Santiago, Instrução Pública e Leopoldo da Bélgica. Tem a medalha de Bons Serviços.

Foi um dos fundadores da Casa do Algarve, a cuja direcção presidiu. Dos seus numerosos trabalhos científicos e literários
destacam-se: Problemas e Manipulações de Química, 3 vols, 1910; Instrução, Vida Militar e Grandes Indústrias na França
e Alemanha, 1914; Guia prático para a leitura de cartas topográficas, 1916; Curso de férias para professores de instrução
secundária, 1912; Artilharia Portátil - Emprego das granadas de Mão e de espingarda ( tese de concurso à E. Militar ),
1912; Preparação de Portugal para a Guerra - Males e remédios ( premiada pelo M. da Guerra ), 1915; O problema
nacional português, visto da França, Bélgica e Suiça, 1927; Guia prático para determinação de pesos moleculares, 1919;
Educação nas democracias, 1913; Colégio Militar - Confronto dos programas do nosso ensino secundário com os de
alguns países estrangeiros, 1926; Como se faz turismo no Algarve, 1931; Leituras morais para a formação do carácter das
crianças e adultos, 1931; Problemas de Física e de Química para uso dos alunos dos Liceus e Escolas Superiores, 1932;
Nacionalismo Económico, 1933; Regime e cozinheiro dos diabéticos, 1934; Regime e cozinheiro dos hepáticos, 1934; A
Cartilha das Mães, 1934.

Em colaboração com Luís de Santana e João Carlos Guimarães, publicou livros de leitura e de ensino militar. Aplicou à
língua portuguesa o método de ensino rápido de leitura fundado no processo de Script, para combater o analfabetismo no
Exército. Dirigiu o Boletim Farmacológico, edição do Laboratório que fundou.

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