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(Ainda que a obrigação de ensinar seja conseqüência do amor aos demais, a obrigação de continuar
aprendendo, cada dia, é conseqüência do amor à verdade. Santo Agostinho)
OBJETIVO
Transmitir ao aluno o modo pelo qual deve ser implementada a contabilidade para fins de
valorização de estoques e apropriação dos custos para a apuração do resultado nas
empresas industriais, em conformidade com a legislação societária e fiscal pertinente,
considerando ainda os aspectos gerenciais dos custos para tomada de decisão.
EMENTA
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
MÉTODOS DE CUSTEIO
Custos do Produto X Custos do Período
Custeio Variável / Direto
Custeio por Absorção
Custeio Integral
Custo ABC
Custeio RKW
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2.1 Custos por Acumulação
O MÉTODO DE CUSTEIO define como deve ser feito o custeio dos produtos a ser adotado
pela empresa. Enquanto o sistema de acumulação está atrelado ao processo produtivo e ao
ciclo operacional, o método de custeio depende da visão conceitual que a empresa tem
sobre o método ideal de custeamento dos produtos.
Aspectos principais das informações sobre os produtos e custos industriais devem ser
observados para facilitar o sistema de coleta, armazenamento e tratamento de dados:
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2.2 Custeio por Absorção
ESQUEMA BÁSICO
CUSTOS
Indiretos Diretos
CRITÉRIOS
DE
RATEIO VENDAS BRUTAS
PRODUTO B
ESTOQUES (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
CUSTOS DE PRODUÇÃO
DESPESAS COMERCIAIS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Matéria-Prima
Mão de Obra Direta
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Obs:
* Custos DIRETOS
Custos diretamente relacionados ou apropriados aos produtos, bastando haver uma
medida de consumo. Ex: quantidade em unidades ou quilogramas de matéria prima,
horas da mão de obra direta.
** Custos INDIRETOS
Custos indiretamente vinculados aos produtos. Qualquer tentativa de alocação tem
de ser feita de maneira indireta por critérios de rateio ou estimativas. Ex: aluguel,
manutenção, salários da mão de obra de apoio a produção.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Exemplos:
Exemplos:
• Custos e Despesas -
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DEPARTAMENTOS DIVISÃO para controle CENTROS DE CUSTOS
1 - Departamento que contenha quase exclusivamente custos FIXOS* precisa ser rateado
para outros departamentos, quer de PRODUÇÃO ou de SERVIÇOS.
* Custos FIXOS
Custos com valor determinado que não variam de acordo com o volume de produção de um
período. Ex: mão de obra indireta, depreciação, aluguel.
** Custos VARIÁVEIS
O consumo dos custos diretos dependem diretamente do volume de produção. Quanto
maior a quantidade produzida, maior o consumo. Ex: matérias-primas, componentes,
embalagens.
PARTE VARIÁVEL
Com base no número de horas 45% 35% 20% ///////////// 100%
(mensuração por serviço prestado)
Materiais aplicados nos serviços R$
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Documento do Documento do
Microsoft Word Microsoft Word
EXERCÍCIO _07 EXERCÍCIO _08
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2.3 Custeio por Ordem de Produção e/ou Encomenda
Características principais:
As ordens de produção são emitidas e seus custos acumulados para cada produto ou lote de
produção;
Atividade industrial
Atividade de serviços
As ordens de produção – OP’s – são emitidas para dar início à execução da produção de
determinada unidade ou lote de produção. A OP acompanha o produto em cada etapa do
processo fabril até o estágio de acabamento, onde é encerrada. O termo ordem de serviço é
utilizado pelas empresas de serviços e segue a mesma metodologia das ordens de
fabricação.
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2.4 Custeio por Processo de Produção Contínua ou Por Processo
Características principais:
Os custos são acumulados por departamentos ou centros de custos, sendo esse um ponto
fundamental;
O custo unitário de cada unidade produzida é obtido pela divisão do custo total de cada
departamento pelo volume de produção.
Atividade industrial
Atividade de serviços
Os custos são acumulados numa ordem de produção ou conta específica para cada ordem
ou encomenda que são encerradas no término da produção ou apontamento da ordem,
podendo permanecer em produtos em elaboração até o seu encerramento.
PRODUÇÃO CONTÍNUA
Os custos são acumulados em contas representativas das diversas linhas de produção e são
encerradas no fim de cada período de apuração. Como os produtos transitam em diversos
departamentos, devem existir medidas e parâmetros para a correta avaliação dos critérios
de rateio utilizados em cada fase de produção.
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Outros aspectos relevantes
Devemos levar vários fatores em consideração para a melhor opção da forma como os
custos serão apurados
Estrutura organizacional
Departamentalização
Procedimentos operacionais
Processos de manufatura
Controles físicos
Algumas empresas pela característica do produto podem utilizar os dois tipos de sistema de
acumulação de custos. Exemplos: embalagens, automobilística, eletrodomésticos etc.
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EXERCÍCIO __ EXERCÍCIO__
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3. Custos para Tomada de Decisão e Controle
* Custos VARIÁVEIS
O consumo dos custos diretos dependem diretamente do volume de produção. Quanto
maior a quantidade produzida, maior o consumo. Ex: matérias-primas, componentes,
embalagens.
** Custos FIXOS
Custos com valor determinado que não variam de acordo com o volume de produção de um
período. Ex: mão de obra indireta, depreciação, aluguel.
Exemplo :
Os custos fixos em valores absolutos são estáveis, isto é não sofrem oscilação em função do
volume de produção, porém quando convertidos em custos por unidade de produto, o valor
desses custos torna-se variável.
Exemplo:
Pgto Qtde
Período por Período Produzida Custo Total
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podem ser encarados como encargos necessários para que a empresa tenha condições de
produzir e não debitado como encargo de um produto específico.
2 Por não estarem vinculados a nenhum produto específico ou a uma unidade de produção,
eles sempre são distribuídos aos produtos por meio de critérios de rateio, que contêm, em
maior ou menor grau, a arbitrariedade. A maioria dos rateios é feita com a utilização de
fatores, que na realidade, não vinculam cada custo a cada produto. Em termos de avaliação
de estoques, o rateio é mais ou menos lógico. Todavia, para a tomada de decisão, o rateio,
por melhores que sejam os critérios, não consegue definir o custo real de cada produto.
Basta verificar, que a simples modificação de algum critério de rateio pode fazer um produto
não rentável passar a ser rentável e isso sob a ótica gerencial influencia muito a análise de
rentabilidade, deixando margem para não confiar mais na contabilidade de custos.
3 Finalmente, o valor dos custos fixos a ser distribuído a cada produto depende, além dos
critérios de rateio, do volume de produção. Assim, qualquer decisão com base em custo,
deve levar em consideração, também, o volume de produção. Além disso, o custo de um
produto poderá variar em função da variação de quantidade produzida de outro produto.
Por essas razões e por sua grande utilidade para otimizar decisões, o custeio direto /
variável tende a ser muito utilizado como ferramenta de gestão de custos. Todavia, tendo
em vista que esse sistema não atende aos princípios contábeis geralmente aceitos e não é
permitido pela legislação tributária, sua utilização é limitada à contabilidade para efeitos
internos da empresa, a chamada contabilidade gerencial.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Documento do
Microsoft Word
EXERCÍCIO _
Documento do
Microsoft Word
EXERCÍCIO _
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3.2 Custo Padrão ou Standard
Uma das principais utilidades de um bom sistemas de custos é servir como ferramenta de
controle sobre as atividades produtivas, em todas as suas fases seus departamentos.
CONTROLAR significa conhecer a realidade, compará-la com o que foi previsto, tomar
conhecimento rápido das divergências e suas causas e tomar atitudes para sua correção.
Para poder ser considerado como parte integrante do mencionado conjunto de normas e
procedimentos de controles internos, o sistema de custos deve estar estruturado para
fornecer respostas as seguintes questões, entre outras:
Um dos melhores meios para que a Contabilidade de Custos atenda a tais princípios de
controles internos é a adoção do CUSTO-PADRÃO
Conceitua-se Custo Padrão como aquele determinado, a priori, como sendo o custo normal
de um produto. É elaborado considerando um cenário de bom desempenho operacional,
porém levando em consideração eventuais deficiências existentes nos materiais e insumos
de produção, mão de obra etc. De qualquer forma é um custo possível de ser alcançado.
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Vantagens do Custo-Padrão
Tanto os padrões de consumo como os padrões monetários devem ser revisados e alterados
sempre que ocorrerem mudanças nas especificações técnicas dos produtos, qualidade ou
mudanças de materiais, nível de mão-de-obra, alterações tecnológicas de equipamentos, ou
seja basicamente em todas as mudanças monetárias nos custos de produção aceitas como
normais.
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Aplicação prática do Custo Padrão
Horas Custo
BIKE CROSS CITY
MOD Total
Em Unidades
MONTAGEM 3 4 6 13
PINTURA 2 3 5 10
ACABAMENTO 1 2 4 7
TOTAL 6 9 15 30
Horas Custo
BIKE CROSS CITY
MÄQ Total
Em Unidades
MONTAGEM 3 5 7 15
PINTURA 3 4 6 13
ACABAMENTO 2 3 5 10
TOTAL 8 12 18 38
Produção Custo
BIKE CROSS CITY
por Período Total
Em Unidades
TOTAL 1200 800 600 2600
Orçamento de Gastos $
Custos indiretos dos produtos 127.777
Custos diretos dos produtos 287.800
Despesas 68.650
Total 484.227
Nos controles de fichas técnicas, identifica-se com precisão o valor dos custos de materiais
diretos consumidos por unidades produzidas:
Custo da Produção
Materiais Custo BIKE CROSS CITY
Diretos Unitário Q $ Q $ Q $
Por Unidades
Componente A 3 4 R$ 12,00 4 R$ 12,00 5 R$ 15,00
Componente B 5 2 R$ 10,00 4 R$ 20,00 3 R$ 15,00
Componente C 6 3 R$ 18,00 3 R$ 18,00 5 R$ 30,00
TOTAL 9 R$ 40,00 11 R$ 50,00 13 R$ 60,00
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Determinando o padrão de custos de mão-de-obra direta :
Produção Custo
BIKE CROSS CITY
por Período Total
Em Unidades
TOTAL 1.200 800 600 2.600
Horas de MOD 6 9 15 30
Total de Horas por Produto 7.200 7.200 9.000 23.400
Produção Custo
BIKE CROSS CITY
por Período Total
Em Unidades
TOTAL 1.200 800 600 2.600
Produção Custo
BIKE CROSS CITY
por Período Total
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Documento do Documento do
Microsoft Word Microsoft Word
EXERCÍCIO _ EXERCÍCIO _
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Referências BIBLIOGRÁFICAS
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos, 9ª edição. Editora Atlas. São Paulo, 2006.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial, 5ª edição - 2. reimpr. Editora Atlas. São
Paulo, 2008
PEREZ JR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luís Martins de; COSTA, Rogério Guedes. Gestão
HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de Custos:
uma abordagem gerencial, 11ª edição. São Paulo: Pearson Pretice Hall, 2006.
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