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Complexidade
“Perceber a ordem é dar atenção a diferenças similares e similaridades das diferenças, isto é,
considerar não só as diferenças similares, mas também as diferentes similaridades das
diferenças.”
(Adaptado de: A totalidade e a Ordem Implicada, David Bohm; Editora Cultrix, 1992)
Em uma organização autopoiética só ocorre mudança quando o ser vivo percebe e fica em
congruência com o ambiente.. Como a única sobrevivência possível é em sincronismo com o
ambiente a organização autopoiética está em constante atualização com o ambiente.
Cultura organizacional
A organização autopoiética é uma organização que se produz a si própria, tem uma identidade
muito forte, é a sua cultura organizacional que opera sobre o ambiente, encara o ambiente como
uma ameaça ou oportunidade. Em uma organização autopoiética só ocorre mudança quando o
ser vivo percebe e fica em congruência com o ambiente. Como a única sobrevivência possível é
em sincronismo com o ambiente a organização autopoiética está em constante atualização com
o ambiente.
Quando uma organização tem redes informais com laços fortes, observa-se que as pessoas
passam mais tempo juntas, se auto-ajudam, tornam-se emocionalmente envolvidas e por
conseqüência surge a confiança mútua, que gera segurança, que é um potencial para a mudança.
As vantagens de ter laços fortes das redes informais para o processo decisório
A capacidade de decisão está diretamente ligada à base de informações ser completa, ou não,
que muitas vezes é fornecida pela rede informal. Não tendo uma base boa, as possíveis
alternativas serão reduzidas, e também análise dos resultados depende de um feeback preciso
que pode, novamente, depender dos laços, de relações, das redes informais.
1)Desenvolver habilidades sociais, para manter relacionamento e laços fortes entre as pessoas.
2)Tolerar os erros, discutir e argumentar as ações que não estão de acordo, explicar as ações
corretas e entender porque ocorreu o erro.
3)Focalizar a missão e visão organizacional para manter uma identidade na organização e todos
compartilharem essa visão.
4)Ser adaptivo, tem que estar apto a mudanças e atento às mudanças ambientais, ser flexível e
com mente aberta.
5) Delegar, saber delegar é uma característica fundamental para que a complexidade possa
funcionar.
6) Exercer o poder com autoridade, esta não é imposta, é atribuída, é merecida.
A) Multiplicar alternativas, ou seja, quando existe um impasse, ter várias alternativas de solução
para minimizar conflito. B) Equilibro de poder, evitar impor ou ter diferenças de níveis
hierárquicos ou de poder de decisão que podem gerar conflito ou ainda, ressentimentos que
provocarão desgastes futuros. Quando a solução é imposta só se está criando ambiente para
futuros conflitos e possibilidades de “receber o troco”, além da possível “sabotagem” das
soluções definidas. C) Aguardar pela qualidade do consenso, procurar entender como o
“outro” pensa, procurar obter sugestões de soluções, colocar argumentos embasados, claros e
trabalhar seguindo princípios.
Ou teoria das estruturas dissipativas, é a ordem por meio das perturbações com
evolução/reestruturação, com a criação de complexidade, por meio de saltos qualitativos, por
meio de mudanças estruturais com a simultânea destruição e criação da ordem. Por analogia
podem compara com a água que vai esquentando até que passa para a fervura e muda de estado.
Teorias autopoiesis, order from noise e order from fluctuations têm em comum:
Fatores necessários para ocorrer as transformações em uma empresa que evolui aos saltos
(organization through fluctuations)
Holística
É o Conjunto, ver o “quadro”. É a visão do conjunto, é uma visão universal interligada onde
tudo tem relação tudo e interfere em tudo. Sujeito e objeto são indissociáveis. O todo contém
as partes e está contido nelas. Conhecedor, conhecido e conhecimento são indissociáveis.
“...[o universo] não é uma coleção de acidentes ajuntados externamente, tal qual uma colcha de
retalhos, ...[ele é] sintético, estrutural, ativo, vital e criativo de maneira crescente, cujo
desenvolvimento progressivo é moldado por uma atividade operativa holística
única,..[abrangendo] até as criações e idéias mais sublimes do espírito humano e universal.. O
caráter de unidade ou totalidade sintética que tudo permeia, e que está em constante
crescimento nestas estruturas, nos leva a um conceito de holismo como sendo a atividade
fundamental subjacente e coordenado às outras, assim como a uma visão do universo como
sendo um Universo Holístico”.
Pierre Weil
Mudança
São eventos que afetam a realidade, que sem esses eventos estaria estável.
Mudança significa a passagem de um estado para outro diferente. É a transição de uma situação
para outra diferente. A mudança implica transformação, perturbação, interrupção, ruptura,
dependendo de sua intensidade. A mudança está em toda parte: nas organizações, nas cidades,
nos países, nos hábitos das pessoas, nos produtos e nos serviços, no tempo e no clima.
Kurt Lewin foi muito feliz ao retratar o processo de mudança como uma seqüência de
três etapas distintas:
Dialética
Complementaridade
Tem várias definições, como as de Piaget, Michaud, Jantsch e Morin, no entanto, contrapondo
a definição/função de especialistas e ultra-especialistas, nos primórdios não era feita a distinção
entra as várias áreas da ciência e do conhecimento, o reducionismo foi acentuando essa
dicotomia entra as várias áreas do conhecimento.
Logo, não gerando um novo reducionismo, parafraseando Morin, transdisciplinaridade seria a
comunicação e interligação de todos os domínios científicos sem que isso causasse redução das
realidades complexas a simplificações. Seria substituir o paradigma atual reducionista vigente
por um de completitude, que ao mesmo tempo separa e une.