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LEITURA E ESCRITA

Após estudos de pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky pelos técnicos e professores do
SESIMINAS, evidenciou-se a necessidade de se efetivar substanciais mudanças nas estratégias de ação, na
área da Pré-Escola, no sentido de se conduzir o processo de alfabetização, observando e respeitando as idéias
originais que as crianças já trazem quando entram na Escola e a natureza e função desses objetos do
conhecimento a serem apropriados pelos sujeitos que aprendem.

Que atividades

favorecem a compreensão

e evolução da escrita?

Procurando criar uma pratica calcada nos pressupostos teóricos das mencionadas cientistas,
professores e técnicos se empenharam na criação e/ou adaptação de atividades que propiciassem à criança,
oportunidades de compreensão e evolução, respeitando-se suas hipóteses originais, ritmo e interesses, sem
descuidar dos conflitos cognitivos(obs: certo e errado) que provocam o surgimento de novos esquemas de
interpretação.
Além dos conhecimentos teóricos norteando a ação, as próprias crianças forneceram indicadores
quanto à propriedade das atividades, procedendo-se a alteração ou supressões, colhendo sugestões das
próprias crianças, conforme o feed back apresentado.
O preparo e postura da professora constituem aspectos muito importantes, pois ela precisa acreditar:
- na capacidade da criança que aprende;
- que o sistema da Linguagem Escrita é reinventado pelos alunos;
- que a criança evolui construindo e reformulando suas hipóteses;
- que não é necessário “ensinar” o tempo todo, mas possibilitar interações, interlocuções, confrontos e
troca de pontos de vistas;
- que os conflitos são benéficos e necessários, pois, provocam o progresso cognitivo;
- que é preciso criar um clima propício à socialização do saber e intercâmbio de opiniões;
- que o aluno tem a sua maneira própria de aprender.

Sem essas condições, qualquer atividade sugerida nesse trabalho poderá degenerar-se em praticas
tradicionais de ensino, num enfoque empirista (de fora para dentro), se o professor não acreditar ou
desconhecer a gênese de evolução da criança em relação à Lecto-Escrira.
Visando colaborar com professores da Pré-Escola que desejam atuar numa linha construtiva,
apresentamos, a titulo de sugestões, atividades que foram inicialmente criadas e desenvolvidas por algumas
professoras da Pré-Escola – SESIMINAS.
Enfatizamos que a reação da criança ante a atividade proposta, deverá servir de parâmetro quanto à
definição de sua propriedade, naquele momento.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES
1 – Atividades envolvendo o primeiro nome dos alunos.
- Uso de crachás.
• Seria interessante que a idéia para o uso dos crachás partisse das próprias crianças.
• As fichas deverão ter o mesmo tamanho e o nome escrito em letra de imprensa maiúscula.
• Poderá ser feito uma espécie de “colar”, fazendo-se dois furos na ficha para se amarrar um cordão, ou
colocar a ficha no plástico próprio de crachá.
• Durante um certo tempo, as criançasComousarãorespeitar
esse colarna(crachá), em uma parte do dia.
criança a sua legitimidade
de aprender, de acordo com
os níveis da psicogênese?
• No início, caso as crianças ainda não identifiquem o nome, a professora poderá ler a ficha, no
momento da distribuição. Posteriormente, as crianças saberão qual é a ficha que contém o seu nome.

Chamada usando o cartaz de pregas.


• Se possível, colar o retrato da criança em uma pequena ficha, separada do nome, colocando-a no
cartaz de pregas. Essa forma possibilitará o uso dos retratos em outras atividades.
• Colocar as fichas dos nomes no centro da rodinha. Cada criança no momento da chamada, procura o
seu nome e o colocara ao lado do seu retrato, no cartaz de pregas.
• Outra forma seria a própria criança fazer um desenho que possa constituir o indicador de sua ficha.
• Apresentar para a classe, uma ficha de cada vez, deixando que os alunos descubram onde o seu nome
está.

Variações:
• Colocar todas as fichas no centro da rodinha e assim que encontrar o nome, a criança deverá explicar
porque ela sabe que aquele é o seu nome.
• Se surgir alguma confusão, no caso de nomes parecidos, deixar que as próprias crianças resolvam a
situação, buscando outros indicadores que possam ajudá-las na identificação.
• Distribuir as fichas nas mesinhas para que cada criança identifique o seu lugar.
• Fazer um barco grande e bem colorido, pregando-o no mural. Fazer fichas com nomes das crianças e
colocá-las espalhadas no centro da rodinha.

Cantar:
“Que coisa boa é navegar. Coloca
Marcelo”.
Seu nome no barco.
Olé, olé, olé, olá.
Cuidado pra onda não te molhar”

A criança, cujo nome foi citado, deverá procurá-lo e colocá-lo no barco, se possível, antes de terminar
o canto. Repetir até que todas as fichas se encontrem no barco.

Etiquetar os materiais individuais das crianças, colocando os nomes nas pastas, merendeiras,
cadeiras, etc.
Obs.: As etiquetas devem ser feitas pela professora para garantir o mesmo tipo de letras, o que favorecerá a
identificação e a permanência do registro.

Atividade de classificação:
• Os alunos poderão classificar as fichas dos nomes, colocando juntas as que se parecem em
alguma coisa.
Obs.: Em geral as crianças observam primeiro as letras iniciais depois as finais, e finalmente letras
intermediárias.
Variação:
• Pedir por exemplo que as crianças, cujos nomes comece como Danielle, fiquem de um lado, ou
formem um grupo, as que comecem como Evaldo, fiquem sem outro lugar, de acordo com o que for
combinado antes com elas, e assim por diante.

Fichas com os nomes havendo correspondência do tamanho da ficha com o nome.

Ex:

YURI CLAUDIA

FERNANDO MARIANA

• Além das atividades de identificação, as crianças poderão trabalhar com fichas em classificação,
seriação e conservação (quantidades discretas), sendo esta última, através do jogo “Bingo”, usando
feijão ou milho para fazer a marcação e fichas com letras isoladas.

Dinâmica:
• Cada criança identifica e recebe o seu nome. A professora apresenta uma letra de cada vez, podendo
dizer o seu nome se quiser, ou se as crianças perguntarem. Caso o nome tenha a letra apresentada, o
aluno marcará com o feijão ou milho.
• No final os alunos farão a comparação, 2 a 2. para verificar quem precisou de mais feijão, porque o
outro precisou de menos, e assim por diante.

Fichas sem correspondência de tamanho, ou seja, um nome grande com uma ficha pequena e um
nome pequeno em uma ficha maior.
Ex:

ANA
MAURICIO

LUIZ
PAULO

Explorar:
Quantidades discretas: Qual nome é maior?
• Por que ele é maior? (observar se a criança se guia pelo número de letras ou pelo tamanho da ficha).
• Qual é a ficha maior? (comparar a ficha maior com o nome maior).
• Agrupar as fichas que possuem o mesmo número de letras.

O jogo do “Bingo” poderá ser feito nessas fichas, possibilitando à criança perceber que embora a
ficha seja grande, ela usou poucos feijõezinhos para marcar as letras.
Obs.: Acreditamos que essa atividade ajudará a criança a evoluir-se em relação ao Realismo Nominal,
quando se liga ao tamanho do referente.

Brincadeira do trenzinho
Música:
Lá vem o trenzinho, bem enfileirado e
o maquinista puxa a manivela.
Alô, alô, que entre o ... (ficha com o nome de um aluno).
Obs.: O maquinista que será a professora (do início) apresenta uma ficha com o nome de uma das crianças.
Esta deverá reconhecer seu nome e se agarra ao trenzinho. A brincadeira continua até que toda a turma tenha
se incorporado ao trenzinho.

Recorte de letras
• Procurar, em revistas e jornais, várias letrinhas, recortá-las e formar o nome, colando-as numa
folha. (Não como dever de casa para evitar que os pais façam pela criança). O confronto da
produção da criança com a ficha poderá ocorrer se alguém, por iniciativa própria, quiser
comparar. A professora não precisa provocar esse confronto, de início.

Objetivando chamar a atenção das crianças para a letra seguinte à inicial, a professora poderá pegar
as fichas cujos nomes têm as mesmas iniciais (Luciano, Lílian, Leonardo, etc), cobrindo o restante
do nome, deixando só a inicial à vista.
Dizer: de quem será? Mostrar em seguida a 2ª letra do nome Luciano pra ver, por exemplo, se a Lílian
ainda acharia que a ficha seria do seu nome.
Explorar bastante as situações que surgirem, evitando apresentar soluções, mas esperando a criança
descobrir.

2 – Ditado:

Ditado individual para sondagem quanto ao nível de evolução da criança, ou para oportunizar o
exercício da atividade, escolhendo-se palavras familiares à criança, com diferentes números de
silabas.
Ex.: boneca, bola, pé, elefante, casa, mão, formiguinha, peteca, etc.
Obs.: Não é necessário que as crianças identifiquem essas palavras, bastando que as mesmas representem
coisas conhecidas e que sejam do interesse da criança.
Para avaliar o nível em que a criança se encontra, é necessário observar a produção e o progresso. Por
isso, logo após a escrita de cada palavra, a professora deverá pedir que a criança leia a palavra que escreveu,
apontando com o dedo.

Observar:
• Se a criança lê de forma global;
• Se faz a correspondência de uma letra para cada emissão de voz;
• Existência de formas fixas, etc;
• Se sobrar letras, pergunta, a criança se poderá tirá-las ou não;
• Explorar a produção da criança de modo a identificar o nível em que se encontra.
• Terminando o trabalho, anotar no verso as observações que forem julgadas necessárias, colocando
a data para que possa acompanhar sua evolução.

Ditado de palavras para as crianças escreverem em conjunto (pequenos grupos compostos de crianças
de diferentes níveis, porém não muito discrepantes, a fim de evitar que domine toda a situação).
• Embora em grupo, cada criança vai escrever na sua folha, ou seja, todas escrevem a mesma coisa,
podendo trocar informações.
• Uma só criança escreve e as outras observam, podendo interferir, colaborando na construção.
• Cada criança escreve palavras diferentes, podendo ser o nome próprio, nomes de outras pessoas,
de frutas, etc. (própria para os níveis finais de evolução).
Obs.: Esse trabalho em grupo possibilitará a interação entre as crianças, com apresentação de diferentes
pontos de vista, favorecendo também os “movimentos de interlocução”, de fundamental importância no
processo de construção da escrita.
A professora deverá observar como se efetivam as interações, facilitando o intercâmbio, porém, sem
interferir com correções ou opiniões sobre o “certo” e o “errado”.
As crianças poderão buscar ajuda de colegas, ditar letras, olhar produções uns dos outros, se
quiserem, num clima de espontaneidade, sem que haja a cobrança da professora para apresentação da forma
convencional.
O produto final será aceito do jeito que o grupo apresentar, respeitando-se a fase em que a criança se
encontra, na trajetória de sua evolução, a fim de não tirar o apoio lógico, no qual está embasada sua
capacidade de compreensão.
O ato de produção da escrita (sem ser cópia) levará os alunos a “refletirem sobre a pronúncia para
pensarem a escrita”.
As crianças aprendem a escrever, escrevendo e é nesse esforço que elas vão experimentando e
aprendendo as normas da convenção.

Ditado de palavras fazendo-se antes a analise oral das mesmas. Ex.: Peteca
• Tem a nessa palavra?
• Tem i?
• Tem e?, etc.
• Com qual letra ela começa?
• Como ela termina? E assim por diante. (Mencionar letras que têm e que não têm na palavra
ditada).

Após a analise oral, as crianças escrevem a palavra do jeito delas. Obs.: atividade recomendada para
os níveis: silábico, silábico-alfabético e alfabético.

3 – Mural de unidades de estudo


(frutas, aves, insetos, etc).

colocar as figuras e os respectivos nomes, sem preocupação com a retenção da palavra.


O objetivo é que a criança conviva com farto e variado material escrito, propiciando as descobertas
quanto às diferenciações e semelhanças do sistema de representação da escrita.

4 – Quadro de palavras

Escrever em fichas e expor no quadro, durante algum tempo, palavras surgidas em textos e outras
situações de sala, sendo essas palavras selecionadas pelas crianças, a fim de ser garantida a ligação afetiva
que suscita o interesse.

5 – Aproveitar desenhos das crianças para que escrevam, abaixo, o nome (etiquetagem), do que foi
desenhado, de acordo com o nível da psicogênese em que cada um se encontra.

6 – Desenhar o que quiser e escrever o nome. (valem as mesmas observações do item anterior).
7 – Apresentar desenhos para as crianças usando letras recortadas de revistas ou de material
mimeografado.

8 – Usar letras recortadas em jornais, revistas, etc, para classificação, seriação, conservação (discretas)
e brincadeiras de “mercadinho de letras”.
Essa brincadeira pode ser conduzida da seguinte forma:
• Algumas crianças se encarregam do mercadinho.
• Vão vender as letras.
• As outras vão comprar as letras que precisam para compor as palavras que quiserem formar.
Ao final a professora observará as palavras que formaram (ditas pelas crianças), podendo observar
nível de evolução, existência de formas fixas, etc.
Obs.: Incluir nas atividades com letras recortadas, sinais de pontuação e numerais, observando se a criança
faz uso dos mesmos como se fossem letras ou quais as reações que aparecem.

9 – Brincadeira da forca

Escolhe-se o nome de uma criança (Renata, por exemplo).


Faz-se a analise oral da palavra.

(ver atividades nº 2, 3)
Desenhar-se a “forca”

CANTINHO DAS LETRAS REJEITADAS

As crianças vão falando as letras que acham que tem na palavra.


A professora faz a sondagem com as outras crianças, para ver se elas acham que tem aquela letra na
palavra e se a mesma deverá ficar no principio, meio ou fim da palavra.
No caso de ter a letra, a professora colocará no lugar definido pelas crianças, ou as próprias crianças
poderão colocá-la.
Se não tiver a letra desenha-se uma parte do boneco na forca e registra a mesma ao lado (local
combinado com as crianças, onde serão colocadas as letras mencionadas que não entram na palavra).
Se o boneco ficar pronto antes das crianças completarem a palavra, considera-se que a turma foi
enforcada. Se as crianças formarem a palavra antes do boneco ser completado, a professora é que será
enforcada, ou outra forma que a classe sugerir.
Obs.: A professora procurará dar a vez a todas as crianças, pedindo para falar uma letra que tem naquele
nome ou perguntando se tem à letra que o colega falou. Assim todas as crianças (pré-silábicas, silábicas e
alfabéticas) participarão da brincadeira. Todos ficam muito atentos e torcendo para que os colegas falem
letras que entram na composição da palavra, para evitarem a forca.
10 – Uso de palavras em destaque, dentro do centro de interesse do momento para:

• Fixar no mural, com ou sem desenho.


• Colocar na caixa de palavras da classe.
• Classificação.
• Seriação.
• Conservação e montagem da palavra em destaque.
• Montagem de palavras novas usando silabas recortadas.
Obs.: A professora chama a atenção das crianças para ver de quantas vezes, falamos determinada palavra.
Depois pede que recortem a palavra, separando esses pedacinhos. (Aceitar qualquer forma apresentada).
Com as partes recortadas, poderão formar outras palavras, de acordo com a evolução de cada um.
Essas atividades que envolvem sílabas, na forma escrita, só deverão ser desenvolvidas com os alunos
alfabéticos.

11 – Poesias

Trabalhar oralmente a poesia.


Registrá-la em cartaz ou em folha mimeografada para a criança ilustrar (função de registro).

12 – Elaboração de textos (coletivo ou individual).

Se coletivo as crianças ditam e a professora escreve no quadro ou cartaz.


• Registros de novidades trazidas pelas crianças.
• Registro de acontecimentos ocorridos na sala ou na Escola.
• À vista de gravuras sugestivas.
• Estórias mudas.
• Estórias seriadas (com ou sem gravuras).
• Inventar estórias em capítulos, mimeografar para as crianças desenharem ilustrando os fatos.
• Cartas e bilhetes.
 Para colegas faltosos.
 Para colegas doentes.
 Para colegas de outra sala.
• Bilhetes que a professora envia para alguém e que as crianças tentam adivinhar o seu conteúdo.
Posteriormente, a professora lerá o bilhete para a classe ouvir.

• Noticias para o jornalzinho da classe.


• Outras situações.
Obs.: Nessas oportunidades de construção de textos, explorar:
Como as crianças são organizadas na frase, quantos espaços existem em determinadas frases,
pontuação, parágrafo e tudo mais que as crianças forem capazes de perceber.
Importância de se escrever algo à vista das crianças.
• Valorização de suas idéias.
• Analise de aspectos espaciais e motores.
• Direção da escrita.
• Sinais gráficos.
• Possibilidades da descoberta de que se escreve tudo que se pronuncia.
• Provocação de conflitos, que favorecem a evolução.
• Fonte de informações em vários níveis.

Os textos produzidos devem ser trabalhados posteriormente:


• As crianças tentam lembrar o que ditaram.
• Localizar a frase onde está escrito tal coisa.
• Numerar as frases do texto.
• Procurar as palavras que conhece.
• Remontagem do texto que pode ser recortado em frases.
• Outras de acordo com a evolução.

Para quem vamos escrever e por que?


• Para que outras pessoas possam ler o que inventamos.
• Para os pais ou diretora ficarem sabendo.
• Para que o outro turno saiba que ganhamos um coelhinho, etc.

Injunções da metalingüística

As crianças, no contato com textos, irão percebendo que usamos alguns sinaizinhos diferentes de
letras, mas que são necessários na escrita (:), (.), (?), etc.
Explicar, em linguagem clara, de modo que a criança possa entender porque usamos esses sinais.
Com relação ao parágrafo, quando a professora for registrar no quadro uma estória, combinar que
deixará um pedacinho (espaço) para que todos saibam que a estória está começando.
Observar ainda os títulos das estórias, poemas, musicas, rimas, etc.
Os textos poderão ainda ser interpretados fazendo-se perguntas, através de desenhos, dramatização,
imitação, etc. (função semiótica)

13 – Distribuir folhas com gravuras de Unidade em estudo e varias fichinhas de palavras para a
criança procurar a palavra e colocar debaixo da gravura.

Ex.:
MAÇÃ

UVA

P RA

14 – Usar um caderno de desenho, para arquivar estórias inventadas pelas crianças, casos acontecidos
em sala de aula ou na Escola, outros.

15 – Criar frases sobre desenhos ou gravuras.

16 – Completar frases:

Meu nome é __________________________________


Estamos no mês de _____________________________

17 – Cruzadinha

Primeiro apresentar o desenho com espaço para a criança escrever o nome.

Ex.:

18 – Recortar pequenas estórias com ilustrações, colar em cartolina e colocar no cantinho dos livros
para a exploração da criança.

19 – Dominó

Desenho e escrita em fichas, de acordo com algum assunto em estudo. Ex.: animais, plantas, frutas,
etc.
Variação:
No final do 3º período, se a professora já estiver abordando a transposição para a letra cursiva, poderá
organizar um dominó, com palavras conhecidas, usando as duas formas de letras.

20 – Telefone sem fio

Fazer uma ficha com uma palavra.


A criança lê a ficha, ou caso não de conta, a professora diz baixinho no ouvido da criança que vai
começar a brincadeira.
No final, a professora escreverá a palavra que foi dita pela ultima criança e as mesmas vão verificar se
é a mesma palavra.
21 – Jogo de “fedo”

Organizar duas fichas iguais, de cada palavra. Esconder uma ficha no inicio do jogo.
As crianças vão “casando” as fichas iguais. Quem ficar com a ficha sem para ser o “fedo”.

22 – Mini-dicionário

Organizar com os alunos um dicionário:


• Usar palavras importantes surgidas no dia-a-dia da sala e selecionadas pelos alunos.
• Explorar o significado dessas palavras, as características de pessoas conhecidas, etc.

23 – Uso de dicionário para pesquisa de significado e maneira convencional de escrever.

24 – Álbum de receitas (para o dia das mães)

O álbum poderá ser composto de receitas experimentadas e selecionadas pelas crianças, na classe.
Ex.: Depois que fizerem um bolo, com base na receita colocada no quadro, as crianças poderão ditar para a
professora escrever no estêncil, os ingredientes e o modo de preparo. Depois cada aluno vai tirar a sua copia
no mimeografo. Posteriormente organizarão o caderno de receitas, dando oportunidade a cada um de fazer a
capa de seu caderno e de escrever o seu recadinho para a mamãe, oferecendo o presente.

25 – Planejamento diário (escrito no quadro ou em fichas)

Esse planejamento será feito com as crianças, devendo o professor também apresentar suas sugestões.

26 – Lojinha

Uso de embalagem, rótulos, fichas.


As compras podem ser feitas com o próprio rotulo ou a ficha da palavra correspondente.
No caso de frutas, a compra pode ser feita com a ficha que contem a palavra.

27 – Biblioteca

Usar a ficha com o nome do livro para retirá-lo da biblioteca.

28 – Classificar palavrinhas conhecidas que vão sendo estudadas no desenvolvimento das unidades e
outras atividades que poderão ser guardadas na “caixa ou baú das palavras”.

29 – Usar fichas de palavras e pedir as crianças que as recortem como devem ser separadas.

Ex.: BO NE CA
Guardar os pedacinhos em saquinhos de papel para usarem em outras atividades tais como:
• Colocar junto as que se parecem.
• Separar os pedacinhos que formam uma determinada palavra.
• Separar o pedacinho que começa o nome de “fulano”.
• Outras.
Obs.: Só para alfabéticos.
30 – Jogos que se encontram no mercado e outros que poderão ser confeccionados.

• Joguinhos de letras, que podem ser coladas em cartões de papelão.


• Bloquinhos de madeira, com letrinhas em alto relevo.
• Letrinhas de plástico.
• Joguinhos de baralho, usando a figura e o nome.
• “Atenção vai haver uma revolução”.
Brincadeira explorando sons iniciais e falas. (dimensão sonora)
Ex.: Vamos pensar e descobrir palavras que comecem como “Patrícia”.
• Jogos dos pares, usando cartões com letras.

31 – Dramatização

Contar uma estória. Ex.: A galinha Mara.


Durante a atividade, apresentar os nomes dos personagens ( GALINHA RUIVA–PATO–PORCO ...).
Quando for fazer a dramatização da estória, perguntar usando as fichas.
Quem quer ser o ... “PERU”? A criança tenta descobrir o nome do bicho e escolhe a máscara
correspondente.

32 – Estórias em capítulos

Fazer pequenos cartazes com desenhos e textos.


Explorar bem a gravura e depois o texto (partes, frases, palavras, etc).
As crianças tentam adivinhar o que está escrito. A professora, ou as crianças em fases mais evoluídas,
lêem o texto para a classe ouvir.
Como a estória continuará, farão a previsão do próximo capítulo.
Conforme foi observado, as atividades envolvem trabalho com textos, frases, palavras e letras, ao
mesmo tempo. Isto porque é na complexidade que a criança busca as diferenciações e as regularidades.
Reafirmamos que se faz necessário, um bom embasamento teórico para que a professora saiba “o
que” e “por que” está desenvolvendo tais atividades.
Daí a nossa preocupação em não apresentar estas sugestões, sem que haja um suporte teórico que as
justifique.

Colaboraram na elaboração desse trabalho:

Professoras:
Izabel Felix Pereira Rodrigues
- Conjunto Assistencial Mariza Araújo

Cidléa Barbosa Novais


- Conjunto Assistencial Mariza Araújo

Eva Maria D’Arc Correa


- Conjunto Assistencial Alvimar Carneiro de Rezende

Elizabete Maria Barbosa Mesqueira


- Cat. Monsenhor Cardjin
Efigênia Superbi Lemos
- Chefe de Grupo Técnico da Seção de Ensino Pré-Escolar

BIBLIOGRAFIA BÁSICA PARA O PROFESSOR ALFABETIZADOR (INCLUINDO A PRÉ-


ESCOLA)

As professoras Maria da Anunciação Duarte Carvalho e Leda Maria Pereira de Mello, do


Departamento de Estudos e Projetos da Fundação AMAE para Educação e Cultura, oferecem, como sugestão
aos professores alfabetizadores, uma bibliografia básica que poderá ajudá-los em sua prática educativa.

BOAS, Heloísa Vilas, Alfabetização: Nova Alternativa Didática. São Paulo, Brasiliense, 1988.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é o Método Paulo Freire. São Paulo, Brasiliense, 1981.

FARIA, Anália Rodrigues de. O Pensamento e a Linguagem da Criança segundo Piaget. São Paulo, Ática,
1989.

___________________________________ O Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Segundo


Piaget. São Paulo, Ática, 1989.

FERNANDES, Alfredo Antônio (Tradução). O Desenvolvimento da Criança do Nascimento aos Seis Anos.
São Paulo, Pioneira, 1979.

FERREIRO, Emília. Os Filhos do Analfabetismo: Proposta para a Alfabetização Escolar na América Latina.
Porto Alegre, Artes Médicas, 1990.

FERREIRO, Emília e PALACIO, Margarita Gomes. Os Processos da Leitura e Escrita. Porto Alegre, Artes
Médicas, 1989.

FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre, Artes Médicas,
1985.

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler. São Paulo, Cortez, 1985.

FURTH, Hans G. Piaget na Sala de Aula. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1970.

GEEMPA, Alfabetização em Classes Populares. Porto Alegre, Kuarup, 1988.

___________________________________ Alfabetização em Novas Bases. Porto Alegre, Kuarup, 1989.

KAMII, Constance. A Teoria de Piaget e a Educação Pré-Escolar. Lisboa, Instituto Piaget, Revista
Aprendizagem/Desenvolvimento.

MARINHO, Heloísa. Vida, Educação, Leitura. Rio de Janeiro, Papelaria América, 1976.

MARZOLA, Norma. Escola e Classes Populares. Porto Alegre, GEEMPA, Kuarup, 1988.

PIAGET, Jean. Psicologia e Epistemologia – Por uma Teoria do Conhecimento. Rio de Janeiro, Forense,
1973.
____________________________________ Seis Estudos de Psicologia. Rio de Janeiro, Forense, 1972.
____________________________________ A Formação do Símbolo na Criança. Rio de Janeiro, Zahar,
1971.

PILLAR, Analice Dutra. Fazendo Artes na Alfabetização – Artes Plásticas e alfabetização. Porto Alegre,
GEEMPA, Kuarup, 1988.

REVERBEL, Olga e OLIVEIRA, Sandra R. Ramalho – Vamos Alfabetizar com Jogos Dramáticos? Porto
Alegre, GEEMPA, Kuarup, 1989.

SILVA, Leda Dias e CARVALHO, Maria Vicentina de. Linguagem – Comunicação. Belo Horizonte, Virgília,
1974.

SILVA, Maria Alice S. Souza. Construindo a Leitura e Escrita. São Paulo, Ática, 1988.

SOARES, Magda. Linguagem e Escrita. São Paulo, Ática, 1986.

TEBEROSKY, Ana. Psicopedagogia da Linguagem Escrita. São Paulo, Trajetória Cultural – UNICAMP,
1989.

TEBEROSKY, Ana e CARDOSO, Beatriz. Reflexões sobre o Ensino da Leitura e da Escrita. São Paulo,
Trajetória Cultural – UNICAMP, 1989.

VOTRE, Sebastião Josué, BISOL, Leda e outros. Suportes Lingüísticos para a Alfabetização. Porto Alegre,
Sagra, 1976.

AMAE Educando – Abril de 1990

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