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A UMA DESCONHECIDA Vejo como numa tela de Di Cavalcante a nega mais bela do Bugio passando em minha porta como

um gato gil e desconfiado. Observo a eletricidade de seus movimentos e lembro-me de Jack Brown eternizando-se no poema-asfalto do Bugio de meus pulmes e mente como um cigarro de maconha aceso. L vai ela como noite selvagem excitando meu sangue e sentidos. Alheia s minhas sensaes, a nega desaparece na esquina, fico bbado como Baudelaire. A msica pra de tocar no cd, repito o disco e fao a cabea esperando ansiosamente ela retornar. Creio que a vida pulsa por isso: bebo, fodo, fumo e morro para o sol do dia seguinte. (Pirro)

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