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NOTA DE EMPENHO

O EMPENHO DA DESPESA É O ATO EMANADO DE AUTORIDADE COMPETENTE QUE CRIA PARA O


ESTADO OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO PENDENTE OU NÃO DE IMPLEMENTO DE CONDIÇÃO, CONFORME
ARTIGO 58 DA LEI 4.320/64.

Apesar de o empenho não ser a fase inicial de uma despesa, pois outros atos
vão antecedê-lo, não há dúvida de que se constitui em uma das fases mais
importantes. Nos comentários à Lei 4.320/64, os autores J. Teixeira Machado
Jr. e Heraldo da Costa Reis, afirmam: "O empenho é uma das fases mais
importantes por que passa a despesa pública, obedecendo a um processo que
vai até o pagamento. O empenho não cria obrigação e, sim, dá início à relação
contratual entre o Estado e seus fornecedores e prestadores de serviços".

Como se nota, o empenho é de suma importância na despesa pública. É uma


garantia ao fornecedor e ao mesmo tempo um controle dos gastos. O empenho
é o registro da despesa, o qual resulta na nota de empenho, sendo que a
primeira via deve ser entregue ao fornecedor.

"Para cada empenho será extraído um documento denominado Nota de


Empenho, que indicará o nome do credor, a especificação e a importância da
despesa, bem como a redução desta do saldo da dotação própria" (Art. 61 da
Lei 4.320/64).

Nenhuma despesa poderá ser realizada sem o competente empenho prévio, é


o que estabelece o Artigo 60 da Lei 4.320/64, e complementando em seu
Parágrafo 1º diz que "em casos especiais previstos na legislação específica
será dispensada a emissão da nota de empenho". Não se deve aqui confundir
nota de empenho com empenho prévio. Existem despesas que, por sua
natureza, dispensam a emissão de nota de empenho. A fim de simplificar e
regulamentar as normas gerais de Direito Financeiro para os pequenos
municípios, foi expedido o Decreto-Lei 1875 de 15 de julho de 1981, que em
seu artigo 4º estabelece os casos em que pode ser dispensada a nota de
empenho.

Art. 4º - Observado o disposto no caput do artigo 60 da Lei 4.320/64, é


dispensada a) emissão de nota de empenho, nas seguintes hipóteses:
b) despesas relativas a pessoal e encargos;
c) contribuição para o PASEP;
d) juros e serviços de empréstimos e financiamentos obtidos;
e) despesas relativas a consumo de água e energia elétrica, utilização de
serviços de telefone, postais e telégrafos e outros que vierem a ser definidos
por atos normativos próprios;
despesas provenientes de transferência por força de mandamento das
Constituições Federal, Estaduais e de Leis Orgânicas de Municípios, e da
execução de convênios, acordos e ajustes, entre entidades de direito privado
das quais façam parte como acionistas.

Nestes casos a nota de empenho será substituída pelos documentos


comprobatórios que deram origem ao empenho. Desnecessário se faz salientar
que o empenho não poderá exceder o limite dos créditos orçamentários
liberados.

Tipos de Empenho

Ordinário: emitido para um único fornecedor e referente a uma única


prestação. Empenho-ordinário ou empenho comum é aquele emitido para
determinado credor e relativo a uma única prestação, de valor indivisível.
Refere-se a um determinado fornecimento de material, à prestação de um certo
serviço ou à execução de uma obra. Não há parcelamento na liquidação da
obrigação, nem descontos, nem acréscimos. São perfeitamente definidos o
valor e o credor. Foi desta modalidade de empenho que tratamos até agora.

Estimativo: emitido quando não for possível determinar o montante da


despesa. Ex. utilidade pública.
Não sendo conhecido o valor da despesa, emite-se a nota de empenho-
estimativo, documento igual ao modelo exposto, modificando-se apenas sua
denominação. Não só o credor deve ser sempre definido, como também o
objetivo da despesa. A expressão estimativa significa, apenas, que o valor final
da despesa é estimado. Um exemplo ilustrará melhor o assunto: uma obra de
grande vulto será entregue parceladamente ao poder público; cada etapa
entregue corresponderá a um pagamento a ser efetuado à firma construtora; o
valor desse pagamento dependerá do resultado da medição parcial da obra; a
unidade administrativa fará a medição da parte entregue, definindo o valor a
ser pago; a despesa total será conhecida por aproximação e os pagamentos
parciais serão conhecidos somente após a medição do trecho entregue; para
esses pagamentos parciais emiti-se a nota de subempenhos.

Sempre que se emite um empenho-estimado faz-se necessário abrir um ficha


para controlar os subempenhos emitidos à sua conta; essa ficha passa a
funcionar como se estivesse controlando um crédito orçamentário.

No histórico da nota de empenho-estimado deve-se colocar em destaque, de


preferência no início do histórico, a expressão empenho - estimativa.

No final do exercício, os saldos não utilizados dos empenhos - estimativas


serão obrigatoriamente anulados e revertidos às dotações correspondentes.

Global: destinado à despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento.


Conhece-se o valor total da despesa (memória de cálculo) que será paga em
prestações mensais. Ex. contratos.
Empenho-global é o empenho que engloba pagamentos parcelados relativos a
determinado contrato. O credor e suas obrigações são perfeitamente definidos.
Em tudo, esta modalidade de empenho é igual ao empenho ordinário. O
impresso é o mesmo e a seqüência numérica é a mesma. O empenho global
distingue-se do ordinário apenas por seu histórico, onde se esclarece a forma
de pagamento. São despesas típicas de empenhamento global aquelas que se
referem aluguéis, a manutenções, a conservações, a limpeza, a pessoal etc.
Quase sempre o empenho global se refere os pagamentos mensais sucessivos
e do mesmo valor. No caso de aluguel, por exemplo, em que já existe um
contrato de locação, por período e valor mensal certos, não há necessidade de
se emitir uma nota de empenho em cada mês; para tais despesas emiti-se, no
início do exercício, um empenho global pelo total da despesa do ano,
esclarecendo-se no histórico o valor da prestação mensal.

Anulação de Empenho: Pode ser TOTAL ou PARCIAL; O valor anulado


reverte-se à dotação correspondente.
A nota de anulação destina-se a anular parcial ou totalmente o valor de um
empenho, seja ele ordinário global ou estimado. O valor anulado reverte à
dotação correspondente. O impresso é o mesmo, mudando-se apenas sua
denominação. Como no empenho, a nota de anulação demonstrará a posição
da dotação, a reversão do valor anulado e o seu novo saldo. No histórico é
necessário mencionar o número e a espécie de empenho cujo valor está sendo
anulado por inteiro ou parcialmente. A nota de anulação anula também, total ou
parcialmente, uma nota de subempenho, mas neste caso o valor anulado
reverterá à nota de empenho – estimativa e não à dotação.

Reforço de Empenho: Quando o seu valor se tornar insuficiente ao


atendimento da despesa realizada.

(Liquidação: Verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base


os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, conforme
Artigo 63, Lei nº 4.32064).

Após o efetivo recebimento do material ou serviço adquirido e a conferência da


exatidão da Nota Fiscal/Fatura correspondente, necessária se faz a emissão da
Nota de Lançamento de Contrato (através do comando >NLCONTRATO),
consistente no registro do que realmente foi faturado pela contratada.

Posteriormente é procedida a liquidação do empenho, a qual é realizada


através da emissão da Nota de Liquidação (mediante o comando >NL).

Ressalvado o disposto em lei complementar, é vedado aos Municípios


empenhar no ultimo mês do mandato do prefeito, mais do que o duodécimo da
despesa prevista no orçamento vigente. Essa vedação não se aplica nos casos
comprovados de calamidade pública.

Podemos dizer então que o empenho é uma das fases, passando pela despesa
pública, obedecendo a um processo que vai até o pagamento. É o registro da
despesa pela Administração, para controle dos gastos, e é a garantia do
fornecedor de que receberá aquilo a que o Poder Público está se obrigando.
Para cada empenho é extraído um documento denominado Nota de Empenho,
que indica o nome do credor, a especificação e a importância da despesa.
Nota de Subempenho

Emite-se sempre à conta do empenho – estimativa. Vale dizer que o empenho


– estimativo reduz como as demais modalidades de empenho, a dotação, mas
o subempenhos reduz o valor do empenho – estimativo.

Não se pode emitir subempenho cujo valor ultrapasse o saldo disponível


do empenho – estimativa.

No histórico do subempenho faz-se, obrigatoriamente, referência ao


número de empenho – estimativa que está sendo onerado.

O Sub-empenho assemelha-se ao emprenho, porem coma diferença de


que ele esta vinculado a um emprenho global.

Para entender como deve ser a seqüência de emissão do sub-empenho,


vamos dar um exemplo:

Digamos que exista um emprenho global no valor de R$ 1.200,00. Por


enquanto, nenhum pagamento foi realizado. Digamos que o primeiro
pagamento foi de R$ 300,00. Ainda temos o emprenho original. Nele nós
registramos o valor do pagamento de R$300,00. Depois do pagamento é
necessário emitir um sub-empenho que represente as mesmas informações do
empenho original, mas que tenha o saldo diminuído, isto é, R$ 900,00. O sub-
empenho somente deve ser emitido depois de um pagamento.

Quando for feito o segundo pagamento, nós emitimos outro sub-


empenho, e assim por diante.
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