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REGIMENTO,

REGULAMENTO
D O
HOSPITAL R E A L
D E

SANTA ABEL
D A
CIDADE DO FUNCHAL

SENDO PROVEDOR DA MESMA SANTA -CASA

O EXCELLENTISSIMO E RZVERENDISSIMO SENHOR

BISPO VIGARIO APOSTOLICO

De F R . JOAQUIM DE h4ENEZES
ATTAI.DE.

A N N O D E 181'6.

Confirmado por Provisaó Régia de 19 de Outubro


de 1 8 1 9.
REGIMENTO,

REGULAMENTO
HOSPITAL REAL

SfANTA ABEL
CIDADE DO FUNCHAL
ILHA D A MADEIRA,
SENDO PROVEDOR DA MESMA SANTA CASA

O EXCELLENTISSIMO E REVERENDISSIMO SENHOR

BISPO VIGARIO APOSTOLICO

DeF R . JOAQUIM DE MENEZES


ATTAIDE.

A N N O D E 1816.

Confirmado por Provisaõ Rkgia de 19 de Outubro


de 1 8 19,
T I T U+!LO.. I.'

Das Enfermarias , e Oficinas necessa~.ias do


Hosp'it a Z.

H Averrõ iio Bospi tal Enfermalias separadas, para-


as differerites molesties ; de maneira qiie na6 he per-
mittido entrar na E~iierniariacioei~te,que naó soffra a
molestia para que ella foi' destinada.

Estas Eiiferinarias seraõ ,classificadas , segundo as


molestias, da. fórinn .seguiiite : a Enfermaria das Febres
ser& denoriiinacin u Eiifenriaria de. S. Jotrquim ; a das
11i6lestias Chroiiicas da Yisita$aõ ; a dos Feridos de
Santo Arnaro ; n do mal Veiiereo de S. Rogue ; e a
dos Pdilitares de S. Sebastiaõ,
111.
A Enfermaria das Mullieies ser6 clenoiniriada de
Nossa Senhora cio Soccon-d ; e a das que soffrein rnal
venere0 de Santa Maria .Ma9dulena.
IV.
Ha mais duas huma dos Incu~aveis, e outra das
Incuraveis. Esta sejá denominada da Senhora d a Mi-
.sericordia , e aqiiella de 8..
Zgzaro.
A ii
A Enfermaria dos Inglezes será conhecida com o
nome de S. Patricio ; e a dos Partos occultos com 0
nome de S. Joa6. Nepomuceno.

130s moveis , ~ o u p e,s e utencilios necessarios ao@


Doentes.

A R T I G O I.
E M todas as Enfermarias haver6 hwu certo n b e r o 4
tle barras coin bancqs de ferro, e taboas de cabeccirri.
,
aurneradas tantas quantas permittir a capacidade d a
Eliferrnaria*
Ir*
Cada barra terá hum encùergaõ , hurn travessei-
ro, Iiuin cobertor no Veraõ ,-- no Inverno ,-$h~-
ziia coberta de chita. &.
<
#<3-c T e
%
.
-
<;& -.?

111.
Haverá certo núiaero de colchões para os Doen-
,
tes, e feridos graves os qiiaes sóineii te seraõ dis tri-
buidou por orciein dos Facultativos.

Para cada barra haverá tres pares de lençoes , tres


froiihas, e tres barretes brancos para os Doentes.

Cada Doente ter& h.um banco alto co,m, hiiina ga-


-veta, l~uiumpucarg maior para q o a , ($uma cadeisa
servipo cleiitro, peiiico, huma tigela com prato,
huiii
hum escarrador de estanho, garfo, colher, faca, e tres
toa1has pequenas.
VI.
Haverá tanibem no Hospital algumas comadres
staiilio , veritosas, orinóes de
ra sangrias , [e-ata&
*.

E m e~icluErnferinaria haver6 huina tina com ro-


das, e duas i):~~iaspecluenas de aiame, ou de barro
para os Doeiitt.~hrvarerri as niáos.
VIL H 1. > *
t-,
mais
pequena de =&e% para 1aiGnr os panrios dos feridos
q u e se drvciii i:ivar; e a mestria 1iavei.ù iia Eiife~rnaria
Veliei'ea.
IXe
Tambeníl haver& cial todas as Enfermarias hum ta-
boleiro com repnr tiq6cs püra as garrafas dos relliedios ,
e cópos para os Doelites toinarein o reincdio; de ina-
neira aiie se iiaõ coní'iiiida" o tiiboleiro de liuina com o
1

cle o u t r a Eiifertiiaria; para o que cada lium delles terá


o nome da Enfermaria a que perteiicer.

no Hospital liums cadeiriillia , e


I-le iiidi~~eiisavel
huma rede para traiislxxtar os Doentes que naõ tive-
,- quando esta6 impossibili-
rem meios de se co~~dùairein
tados de caininliarein pela sua molestia ; o que se na6
verificará sem ordem do Enfermeiro precedida d a
5;
iiiforuxqaõ do Parrocho sobre a pob~ezai ~ o Doente. j5-
T I T U L O
Da recepsaõ d o s Doentes.

Uniido chegar algum Doente ao Hospital; o Por-


teiro por h u m toque de sino cliaanará pelo Enfer-
rneiio Mór para o mandar examinar na Visita iinine-
A
diata,
II.
Vis to , e exaininado o Doente , o Enfermeiro Mór
o inandar8 coiicluzir pelo Enfermeiro respectivo á Eii-
fermaria u que pertencer a molestia, abrindo-se-llie pri-
meiiarxieiite lia Contadoria pelo Escrivaõ da Fazerida o
assento do costuine com as declarag6es necessurias.

O Doente. açsiin examiiiido será lavado na tina


,
coiripeteiite se a eiifermidade o l)er~iiittii., e depois se-
r i coiiduzido á caina, e na6 antes.
JV.
O Eliier17lieii.o fará hum rol dos vestidos do Doera4
t e , os ~ L I X S depois de dobrados seraõ entregues ao Al-
iiioxarife para os p a r d a r no liigar para isso deputado.

Nnõ saliirá Doente algiiln clo 130spital sarn ordeiri


do Professor assisteiite, qiie deve ser escripin na yape-
Jeta respectiva.
Q~iando vier algiim Doente, ou ferido perigoso ,
,
yiie iiecessite prompto remedio e a Visita estiver ~á
fei ta nesse dia , » Enfermeiro 2!fEGi- fará iminedi tamente
aviso ao Professor respectivo , e na falta deste ao pri-
meiro que apparecer para vir seiri deinora aciidir ao
.Doente.
VIL
Ainda ineçino fóra de horas, e alta iioute se rece-
berá o Doerite, e dsiá as providencias referidas no Ar-
tigo iilirneciiato.
171 1r.
As Mtilheres pejadits que occul trimen te vierem pa*
rir ao Hospital , tlever60 trazer a cara coberta , de i i m
iieira que iiaõ possa6 sei. coniiecidns; e o Porteiro clia-
niará o b:iil'eiiiieiro Mór a dotis toqiies de silm para a
,
fazer coiici~izir á Eiiferrnnria respectiva Lzeiido ~qetirar
do carnirilio todas as pessoas, que possa6 riicoiiLi*ar.

Depois de a conduzir á cariia que lhe destinar, de-


1 I

signará h u m a das Enfermeiras, que mostrar mais pro-


bidade para fazer o serviSo necessario sem que a Enf'er-
-he ,descubra
nia a cara, iiem a Enfermeira perguntar quem
ou donde vem.

Qiiando foi. occasiaõ o Enfermeiro Mór farh aviso


á Parteira da Ca,%a,que seinpre será a mais Iiabil e ,
sendo necessario fará aviso ao .Cirurgia6 o ~ i!Medico,
n •
Porém nestes casos o Capellaõ Mbr deve confessar
a Doente antes de qualquer operacaõ Cirurgica, para o
que será avisado pelo Enfermeiro Mór.
XII.
A crianqa que nascer será logo Baptizada na Sé,
e remettida aos expostos (se a Mãi na6 determinar o
,
coiitrario) fazendo-se termo de tudo na Coiitadoria até
de alguii signal distinctivo qiie a MZi queira pôr na
criança, para a procurar quando lhe convier.
xIIr,
Qualido for- tempo de sahir a Doente do Hospital
será conduzida pelo mesmo Enfermeiro M6r sómente,
e com as mesmas cautélas.
XIV.
Todos os Professores, Enfermeiro Mór ? e. Eiifer-
meiros, sein exceptuar o Capellaõ, daraõ juramento
Eieiãnte o Capellaõ Mór, e este perante o segundo Ca-
pellaij , de naõ revelarem O segredo a pessoa alguma ,
iiern de perguntarem á Doente o seu nome, ou donde
vem, nem taõ pouco fazerem diligencias para lhe des-
cobrir o rosto, excepto 110 caso de ser necessario para
salvaçaõ de sua vida,
xv.
Adverte-se que além do juramento esta6 sujeitos
a escomrnuiihaó maior, como se deixa ver da Pastoral
do Prelado deste Bispado, cuja cópia se mandará a%-
,
xar no Hospital guardancto-se o original no Archivo do
mesmo.
Naõ lie periniticlo a pessoa de f6ra fallar ou proa
curar a Enferma, que estiver de p a r t o , escepto se e\-
Ia rnesiiio o exigir coin as cautélas, e decencia neces-
sari a.

T I T U L O I.
Dos Capellies, e sa:ctotistaõ d o ITo-ital.

S A6 i i i d i ~ ~ c n s a u idniis
i a CnpellHes ; e
para o s e r v i p do Hospi ~ a l .
liiilii Saciiitn6

O Capeilaõ M6rl será senipre Iium Clerigo de p ~ o -


bidacle coilliecida , e bom exemplo, que dê demonstra-
qões de Caridade, e pacieilcia Cliristã.
111.
Naõ será admittido para Capellaõ M& aqi~elleque
na6 instruir o sei1 requerimento com a liceiiç de con-
fessar airibos os sexos, e testeinunlio do Ordiiiario so-
bre a sua conducta.
IV.
AS inesiiias qualidades se Yeqiierem para o Capellaõ
R
SiibçiJiario ; e a Meza na6 poderá alterar esta deposi-
çaõ sobre a noineasaõ de huin, e outro Capellaõ.
V*
O Capellaõ M& deve residir sempre no Ixospil;al
para acudir com os Sacramelitos aos Doentes, 0s quaes
se devem confessar no dia seguinte ao da sim entrada
no Ilospital naõ estando em perigo ; e só receberá o Via-
tico por ordem dos Professores, que naõ devem esperar
pelos ultiinos parocismos do Enfermo.
VI.
Pertence ao Capellaõ Mór x." adrniiiistrnr os Sacra-
3
i

,
iiieiitos necessarios agonizar os Mori buiidos , beiizer
nooa benta, receber os Santos Oleos na Catliedral , exi-
9
viiido -Certidaõ do estilo para se apreseiitar iia Mexa
b ,
g~arciar as chaves da Clausura do Hospital das iiovc
b
,
horas da iioute por diante no Iiiverno e das dez iio
Veraõ , reforinar as Fórmiilas Sagradas de aito elri. oilo
u
dias, observar se está apagada a luz do Sacrairiento e ,
,
vigiar sobre a deceiicia do 'I'abernaculo Vasos, c 13:~ra-
nien t os.
VII.
Igualmente lhe pertence presidir na Igreja aos Of-
,
ficios Diviiios cantando as Missas Solemnes enconi-
iiieiidar os mortos no lugar aonde se deposi.taõ, e dizer
Missa iios Domingos, e Dias Santos, de Inverno Bs dez
horas, e de Veraó ás iiove.

O segundo Capellaõ Subsidiario terá accbsso ao lil-


gar do Capellaõ Mór , quando vagar, mostraiido qiie
f ~ exacto
i no seu emprego.
Peeteiice ao seguiido Capellaõ coadjuvar o Cape\-
laõ Mór pela multipliciclade dos Doentes for
necessaria a sua assisteiicia, e supprir as suas faltas 110
caso de inolesi;iaa
X,
Ser$ obrigado a dizer Missa nos dias de preceito
ás sete horas da ~nalihãiio tenipo do I~iverno, e de Ve-
I

raõ ks seis; porém taiito liiiui 'como outro teraò livres


as teiições d i Missa.
XI*
Deve assistir ti refórzna d o Sacramento nos dias
deteilniiiadoç; e de tres ern tres mezes examinar os Pa-
r a m e n t o s , e o modo porque esta6 conservados para par-
ticiparem ambos h Meza , e por escripto , o estudo eiil
,
que se acliaõ , e 3s provitleil~ias que j iilgarein iieces-
sarias.
XII.
Será adinittido sóinente para Saciistnõ o que tiver
ao iiieiios Priiiia Toiisura, ou por Addido a alguma Igre-
j a , e tiver informações favoraveis ao seu coiiipor ta-

P e f ence ao Sacristaõ cuidar da limpeza da Igreja,


que deve ser vnrácla doas vezes na Semana, acompa-
riliar o Capellaõ Mór na administraçaõ dos Sacraameiitos,
accender a alampada ao Sacramento, e obedecer ao Ca-
pellaõ Mór viveiido deiitro do Hospital.
XIV.
Os Capellães , e Sacristaõ que pela primeira vez
R ii
Inncia 110 boin estado, e limpeza dos utencilios assiin ,
, ,
coino na Bolica e Cosinlia daiiilo conta ao Provetlor
das h l t a s e omissões que eiicoiilrar, e respoiidriic\o pe-
,
las coiisequciicias que dellas restiltarein.

Per teiice aos Professores assigiinrein o Mnppa das


raqões diarias das siias respectivas Eiifertiiarias.

assigiinrhõ o Mnppa das i.qões, iiem outra


qualquer (lcspeza, que lhe na5 br a1,i~eseiitada o iiiais
tiirdar n(i dia iiliincdiato ác(~ie1le - eiii que foi~aõ feitas;
s clespezas na6 seraõ abo-
e sein as soas ~ a s i g i i u ~ u i ataes
nadas,
VIHI.
Os Mappas ciewem ser coiiferidos coin ar, papeletas
que cleve:~ieitnr b c:ileccira dos Eiiferiiios ; e de outra
iiialieira os Professores 1 ~ as~i~liarhõ.
6

TITernõ cuiílacio', e assistir ao Mariria das eiltradas


I I

d o Eiifcrmos, que entra6 dinriarrieilte iio Hospital con-


ferindo-o coixi os billietes, que deveiii pausar a cada
Iiiiin dos Doeiites que adrni~tirem; poiqiie sein bilhete
cio Professor ,iiaõ serh algum adini~tido lias Eiifer-
~narlas.
X.
Estes bilhetes seraõ passados iia casa do Enfermei-
ro Mó?, cliarnada taiiibein a casa da Visita ; e nella se
esci'eveiá o nome doEnferino com a letra iiiicial da En-
ferinaria a que perteiice, coino o dia, inez e aiino, em
que he adinittido, e assigiiado coin O sobreiioiiie do
Professor.
Todos os billietes do dia seraõ reduzidos a Iium
Mappq que assigriará o Enfermeiro l\lk&@porn
c+
v os Pra-
fessores, o qual será entregue na Contadoria com os
billietes para se formar o Nlappa geral.

As mesinas formalidades se requerem para a sahi-


da dos Doentes, que os Professores julgarem em esta-
do disso.
XIIIe
Quando algum Professor jiilgar conveiiierite abrir
algum cadaver, fazer a dissecaõ avisando-se pe-
lo Eiiferineiro @ar u Cirurgiaõ operatorio do Hospital
descreveiido lias livros das dieseções a narraçaõ circiins-
tnnciacla do que achou notavel para aperfeiçoamento da
Arte,
XTV.
Tnnibeiri lie livre a qualquer Professor requerer
verbalineiite as juntas ou coiiferencias dos Companhei-
ros qiiaudo o jiilgar necessario, e em tal caso os Pro-
fessores iiaõ se escusaráõ ao aviso do Enfermeiro Mbr
para este fim.
xva
Neiihom Facultativo poderá ausentar-se para. fóra
da teria sem licença do Provedor, quando exceder a
Ires dias , porque até esse tempo basta dar par te ao Exi-
ferineiro Mói deixando outro em seti lugar.
XVI.
Qualquer Professor que faltar Iiurn só dia ao 1-10s-
pital ou ás visitas diarias, pxdarii pela primeira vez
aquella parte do seo ordenado, que correspoiide a hum
,
mez , no caso d e reincideiicia perderá hum quartel do
irieslrio orcleiiado, e 6 terceira vez será expulso do ser-

O Medico Siibsidiario servirá nos impedimentos dos


EKectivos, qilnil(lo for avisado do Enfermeiro d'
nsrden~do Provedor, kl

XVIIIe
He t uiillierri obrigado hs Conferencias para que for
requerido, Iica~ido SLIJci to ás iiiuitas do Artigo a este
,
cetle~i.te iio caso de oinissaõ.

Dos Ci)-u~yiões
do Iilospital.

IJC Gverhõ sempre dois CirurgiiJes cffectivos no Hor-


pita]., aos quaes pertence o curativo de todos os Doen-
tes de molestias Ciruigicas.

RepnrtirBõ entre si com igualdade os Doentes que


devein tratar, de maneira que o Doente seja curado
com o mesrno Professor.
111.
Devem assignar a Pasta diaria das rações perten-
cente 6 sua Enfermaria, combinando-a com as papelle-
tas dos Doentes,
16 )
Iv.
T e r a ~cuidado .em qiic sempre haja reserva Iium
certo núniero de apparelhos necessarios para as grandes
,
operaçòes ligaduras fios , compressas &c. danclo con-,
t a de tres ein tres niezes na Contadoria do q- u e he ne-
cessario por hum M a p a ,/ iq~i devem assig-nar.
.d L . , a 4
I ' ,.ii i

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d b <.:p,
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?
,
~. j 4 ,
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L.84

z >,J
c r
L_ v*
Toda a falta qiie Iioiiver neste objecto recalie nos
Pi-oiessores da Çiriiigia, , para o que participaráõ ao
Proveclor o que se ria6 prover na Contadoria.
VI,
Quando for necessario fazer alguma operaçaõ, o
Cirlirgiaõ requererá por escripto , ou verbalmente ao
&-A c:.'bii rna Coiife~eiicia de todos os Medi-
Enferineiro -NB+ i*

cos , e Cirufgioes d a Casa ( n qual iiliiica llie sei& nc-


g:idn ) para que jiriltos decida6 ; e na6 he periuit~iilo
seguir o contrario do que a Junta deciclii;

Todos os Facultativos devem assis~irá operaçaõ


iiidicada, a qual ein perigo eminente, qiie lia6 sofyra
la ec.iuena deliiora poderá ser feita pelo Prefessor, que a
J ulgna. Iiecessaria.
VIHH.
0 C i r ~ i r ~ i aque.fizer
õ a operaçaõ fará diarios de to-
dos os Doentes, a quem se fizer operaçaõ difficil e im-
p o r t a n t e , bem como das molestias ~ i r o r ~ i c hdse ciira
c\c\icada ; e estes cliarios seiaõ g~ial*tladosno Arcliivo do
,
J30spital e m tal ordem qge se possaõ ver sem demora
.quai~doforem necessarios.
O Ciruigiaõ que faltar 6s suas o b ~ i ~ a ~ incorrerá
ões
na niesma pena estabelecida no Artigo XVI. Titulo 11.
Secçaõ II.

Do Bolicnrio , e Praticantes,
A R T I G O I.
Averh sempre iio Hospital hiiin Eotieaijo, e huin
L

Praticante pelo menos : mas naõ será admittido para Bo-


ticaiio sem que apreseiite as Cartas de Exame, e quan-
do por ellas conste que iiaõ fui unaniinenieiite appro-
vado naõ será admittido.

Eiltre os Oppositores a este lugar, será peferido


,
aquelle que além das Cartas de Exeiiie iriostrar Attes-
taqties alitlieii bicas, de que frequeritou as Aulas de Clii-
,
rnicu e Botaliica, o u ao liieiios, qrie se applicou a es-
tes coiiheciiueiitos com ulguin proveitrj.
111.
E m todo o caso o Pertendente se habilitar
deve
com Attestações da sua boa conducta, e iienhuin será
admittido sem dar lium fiador abonado , e de conheci-A

O Boticario deve residir sempre dentro no Hospi-


.tal, ou em lugar muito proximo para estar proinpto
em qualquer incidente repentino que possa haver : po-
C
rem o Praticante sempre assistirá da parte de dentqo pa-
ra de iioute preparar os rernedios a qualquer hora, ta»-
to para dentro, como para fóra tio Hospital.
v0
Deve avisar na Contadoria o tenipo proprio de pro-
,
corar as plantas Medicinaes producções desta Colonia
para se mandarem colher , e evi ter-se que venha6 cie
fóra com maior despeza $a Casa.

A s d e s ~ e z a sda Eotica seraõ feitas nela Coiitadoria


e o E()-~icorloreqiiererá ao Contador Fiscal as Drogas
que fereiri riecessarias para o pasto de hum anno for-
L i a iid o hiirna r e l a p õ &acta d a e qualidade
ctellas a qiial assigtlará, porque s e m esta formalidade
iiaõ se levai-tlõ ein conta.

T u d o o qiie aahir da Casa da Fazenda, ou Dispiil-


catorio para n Eotica se deve declarar por Iiiiin termo
.no Livro da saliida, e que o Boticario deve assignar.
VIHI.
Qualido se fizerem composições para depositas o11
reservas deve assistir o Medico, e Cirurgia5 da Casa 6
inaiiipu1:ií;ao
&

,
observando se eiitraõ na cornposiçaó as
doses competentes, e se ficaõ bein coiiservadas nos vi-
dros onde se devem recolher.
IX.
Feita a cornposiçaõ deve guardar-se na Casa da F3-
zeiida , e lavrando-se teirno da eixtrada no Livro respe-
ctivo, e declaiarido-se a quantidade resultaiite da m e s ~
rri;r çuinposi<;aò.
Offerecendo-se occasiaõ de encontrar alguma Dto-
9.a de melhor qualidade, e de preço mais cóininodo o
Boticar io a poderá comprar, precedendo approvaçaaõ
dos Medicos, e do Coiitador Fiscal.

O Boticario deve escrever na margem do Livro do


i.eceit,uario a iln taricia dos reinedios conforme o Re-
,
~ ~ e as re'ceitas qiie
g i m e to para fóra do Hos-
vi
1
tal serac rubricadas pelo -=A!!, na sua au-
seiicia p&Alinoxasif~, W e p M a -
t;& F i s d , ou ~ a p h h õ - - e n o mesino dia, ou
110 s e p i n t e o inais tardar 3 seraó registadas__ P& Esc&
_.

~ 6da -Fazeida no Livro, qiie para isso liaser8 e sem


-V
.- ,
esG formalidade na6 seia3 alioiiudas ao Boticario na oc-
casiaii do Balniiço.
XII.
Todos os mezrs se dar& baluiiço á --"--"-.--I
Botica seiido
41_..__-?.

presetites, o Coiitador, e _b1~ijiY-;19:-t,~~e&4~

As receitas da Casa seraõ escriptas iio Livro do re-


ceitilario , e só ein caso urgente ,'
se admitte receita
avulsa, a qual para se levar ern conta será rubricada
-pelo Eiiferiueiro 119019.
. XIV.

O Boticario, antes de sallirem os Professores, ex-


arninari o receituario do dia, e aahaiido qiie receitkraõ
Droga que naõ existe na Botica avisar& o Professor pa-
ra substituir outra, porque jiiinais he perinittido o Bo-
ticario supprir faltas desta qualidade.
C ii
Quaiido se alterar algum medicamento será exami-
nado pios Professores com o Escrivaõ da Fazenda, e
julgarido-se alterado o Escrivaõ fará o termo assignado
por todos, e dará sahida no Livro competente, para se
1alii;ar fóra o inedicameii to a1terado , e sem esta forma-
lidade o Boticario tem a responsabilidade pela iinpor-
triilcia do remcdio.
XVI.
Os Professores visiaráõ mensalmeiite a Botica ob-
servando a boa, ou rnic conservaçaã dos medicameiltos.
XVII*
Haverá huin Praticante do número , coni ordens-
,
d o , e outro extranumerario sem ordeiiado inas coin
i*a(;a<5.
XVIII,
O Praticante ~ii~raiiiirnerailo
seiido examinado no
fiiii cle tres annos pelos Pi-ol'essores, e julgando-se ctw
paz de exercer a Farrnacea, entrará no lugar do Pra-
,
,ticante do iiúmero passando aquelle para Boticario, iio
,
caso de vacatura .e de se mostrar habilitado como fica
dito.
.XIX
O Boticario que se julgar habil para ensinar os
priilcíl>ios Farmaceuticos , Chimica , e Rotanicn ser&
,
coiiteinplado coin ordenado c~mpet~eiitee em tal caso
o Provetlor póde admittir aquelles que se qtiizerem ap.
plicar a estes iuiportaiites coiiliecimentos.
XX.
,
Saõ prohibidos quaesquer j Ógos e ajunta rilentos
lia Botica, e os traiisgressores perderáõ pela primeira
vez o ordenado de hum mez, e pela seguiida seraõ ex-
pulsos.
'JTITULO V.

e iieccisidadc de l'iof'e,ssares, e 6 dif-


ficultlade de ineios paro se liabilitarein corn os coiiheci-
meiitos ~iecessariosáquelles q ~e i se des tiiiaõ ao curativo
das molesi;ias , haverá no Bospi tal hii ula Aula effectiva
~ e d i c o - ~ i r i i r i i ,c auiiico inei; de evitar o estiago da
huinauidade iiestn Coloiiia , prln igiioraiicia dos Barbei-
ros, que sein os coiihecirrieiitos proprios aiidaõ nos cain-
. . c. u r u ~ i d ogeiite, levando á s e p i ~ l ~ ~ os
pos i r aqiie airida
vivii'iaõ se fc.sue111 tratados DOI' babeis Professores , ou
1

meiios igiioran ~ e do s qiie seiiielliaii tes CuracLeiros.

fp Mestre desta Aula ser& Iiuiin clos Professores dq


Casa que a Mesa com o Provedor julgar mais habil
assignaiido-lhe ordenado
- coiiipetente.
,
Seraõ obrigados a esta Aula todos os Eiiferrneiros
do Hospital, e seraõ atlniittidos a ella todos aquelles
que a quizerem frequeritar, porém liuns, e outros na6
seraõ matriculados seiri despacho do Pr~vedor.
,
Aquelles que se houverem de matricular deverhõ
apresentar-se com Certidões que rnostrem autheiitica-
irielite q u e sabem ler bem, e escrever, e seraõ preferi-
dos os que souberem Francez, ou Inglez.

Seraõ obrigados a frequentar. esta Aula quatro an-


rios, ou tres aniios quando haja Professor qiie volunta-0
riaineiite queira explicar alguma das materias necessa-
rias.
VI.
No Anno o Professor explicará Ana ~ o m i a ,
e m Janeiro as Disseções dos Cadaveres pa-
ra iiistrucçaõ dos seus Discipulos.
VIIJ
No segundo Anno explicará Teiapeiitica: no .ter-
ceiro Materia Medica, e iio quarto Medicina Chimica.

Porém se algum dos outros Medicos do Hospital , por


,
utilidade pública quizer ensinar gratuitamente Materin
Medica o poderá fazer rio segundo Anno do Curso Le-
ctivo: ás oito horas da manhã no teinpo de Veraõ, e
ás nove no tempo de Inverno.
IX.
A Aula Medico-Cirurgica ~ r i n c i ~ i a rásá tres ~ O S W
da tarde n o Inverno, e ás quatro no Veraõ , e na6 du-
rará meiios tempo, que huma hora.
0 An:io Lectivo começará iio dia ciiico de Outu-
i ultimo de Junho , excepto Doiningos, e Dias
bro a ~ í ao
Saii tos, e as Quintas feiras de cada seinaiia , naG ha-
veilclo Dia Santo, porém os tres dias do Carnaval, d e e
de o Natal até os Reis, e de Domiligo de Ramos até
á. Pascoa lie teinyo feriado.
XI,
No fim do Anno Lectivo faraõ o seu Exame ph-
blico lia presença de seu I\lestre, e dous Professores que
o Provedor rioiliear , para o que requereráõ aiiticipada-
mente ao mesrno Provedor a fim de iioinear o dia para

O Exaine na6 ser$ concedido sem preceder infor-


maça;> do Leiite sobre a fieqiieiicia eff'ectivn da Aula, a
q u d deverá constar da Ceriidaõ do Porteiro.
XIH,$.
Todos que tiverem vinte faltas, sem causa justifi-
,
cada pelo Lente, perderá o Aiizio assiin como aquel-
Ir que for reprovado no seu Exame.

Hiiin quarto depois de coiiieçar a Aula, o Portei-


,
ro ir8 observar os que fal táraõ a ella nporitnndo na Pari-
,
t a , que deve ter o Es~uclante que iiaõ veio á Aula
nesse dia.
XV.
Wo fim cla Exaine haverá escrutiiiio secreto dos
AA. e RR. para os Professores, que assistirá6 ao aqto ;
decidireill do rnereciinento delle,
Haverá hurn Livro, mandado rubricar elo Prove-
dor, em que lavre o termo de approvaçaõ ; ou reprova-
çaó do Exame, que assignaraõ os Professores, que ex-
uriiiriárztõ o Est~idante,

Feitos os Exames os Professores escolheráõ dos Caii-


i i Exame,
didatos aquelle que iiiais se d i ç t i i ~ ~ ~iio o na f're-
cl rieiicia da Aula, e na applicaçaó para o proljore~rlh
Rleza, que o preniiari colii 204000.
XVIII*
Todos os Sal>bados Lectivos haverá Sebatina, ou
recordaqaõ das Materias que se exylicúraõ na seiriaiia,
e para o Exaine iio fim do Anrio o Professor fará sepa-
raçaõ das Materias em pipeis separados, que os Exa-
extrahi~áõ, por sorte, na vespera do seu Exa-
iiii~ia~idos
ine, o qual deve ser vinte e quatro horas depois.

Pela Coritadoria se proverá o qiie for necessario


para o expediente da Aula, e as iniiltas dos Emprega-
dos, e de qiie se faz mençaõ neste Regimento seruo
ap~licadaspara as despezas da Aula.

. A R T I G O I.
H Averá sempre no Hopitai Iium Enfermeiro ~r
effectivo. L?tr+, CA
Naõ será admit~idopara este importalite Empre-
go qiiem na6 tiver infor~riaçõesfavoraveis sobre o seu
z e l o , e probidade ,
e naõ der próvas de paciencia ,e
caridade para com os Ellferrnos,

o que tiver conhecimentos


, \
i>ii ~ m a c e u t i i o spala nieihor
do seL, cargo.

Hiitnn vez adiiiittido para seindliante Emprego


aia6 puder& ser expulso s e m ser convenci~lode erro no
,
seu OEcio , o i I i i a l he vi tialicio para iiuó exporirioi a
1 1

sorte dos Doeiites a expeiielicias ca1~ricliosas, e arbi-


trarias.
v.
He logo iieressario , qiie a M e z a coin o Provedor
c ~ i l . 6 na escullitri do Su-
tei111a a 111ialor c i r ~ 1 t 1 1 ~ ~ 1 ~130ssivel
3

jeito para estes, e oulros E ~ i i ~' 5r e o oseinelhaiites


s ; tnee
,
como o dos Professores Enferiiieii.~M6r, Alinoxarife,
Coiitador Fiscal, e Escrivaõ da Fazenda, dos quaes de-
peiide a boa ecoiioinia da Casa, e tratamento dos Do-
elites, e ciijas occopri<;õessaõ vitalicias em quanto na6
comilietterem erro, oii faltas nos seus Eiiipregos, pelas
raz3es po~ideradasiio Artigo aiitececleii~e.

Pertence ao Enfermeiro Mór fazer diariameilte o


Mappa geral das rações, guiando-se pelas Pautas das res-
pectivas Enfermarias, sendo assignadas pelos Medicos
o mais,tardar até ao dia immediato, e cujas Pautas se
D
( 26L. :
-<
&.
,

Jeveiu ~ e i n e t t e ras
. o coin o Mat.pa gera?,
para este se fiscalizar n a Coiltadoria na presença da-
qiiellas. VIS,
dG"f:~" ", *

O Erifermeiro inspeccioiiará todos os Enfer-


meiros lias suas obrigações, assistirá 4s visitas dos Pro-
f i ~ s o r e siia recepcaõ dos Doentes, fará a relaçaõ diaria
,
dos q u e eiitraõ acoinpanliaiá os Medicos quniido assis-
tireiri a Dori~t~es perigosos, mandará distribuir OS inc-
,
tlicaii1eiit.o~ e a coii3ida L Iioras deterniiiia~iaspelos
PisoSessores, fiscnlizad os reinedios iia çun qualidade,
<jirniitirlatle, e rn:,iiipiilaqnõ ,
e o mesino fará. i10 cjiie
pci.Leuce. & repar~iqaõdo Alrnnxari fe e Coziiiha relati-, ,
?;ameli te ar, cr~rativodos Doentes.

KdaildarL fazer os avisos aos Professores, co~ifornie


o que lie estabelecido neste Eegimeiito, e vjgiarh coiri
l i cliilipeza
i ~ e ~ l ~ ~ ~ ~ ~ & ilia , ,
l a < i e asseio e reguluinen to tio
Hosl>itul.
IX.
NoiiiearL por escala dous Eiiferineii-os e doiis Ser-,
ventes para estarem de véla Bquelle Doeiite que es&
ver perigoso, lium desde as dez lioras da noiile até hs
(1 lias, e o~1ti.odesde as duas até hs seis da iiiridiilga<ls;
iuab serilpie veleisá L u i i i Eufermeiro coin huui Servente,
e naõ de oiitra fórma, recebendo do Enfermeiro respe-
ctivo o reg~ilatiieiitodo Doeiite sobre as horas a clue
se deve iniliis trar os remedios e aliineiiros. ,
O Ei~feriiieiroMór póde d a i liceiiça aos Eiifrrmei-
ros suba1ternos para sa hirem fbra ; deixando querri f a ~ s
+asuas vezes, sein prejuizo de outra alguma Eaiferma~
ria; porém excedeiiilo ii~aisque hurn dia he necessario
licença do Provedoi:
XI,
Da mesiria fórina dará liwyqa para ser visitado
qualquer Uoente por Pai , Mài , ou Irmaõ, e ainda
Priiiios sem exceptiiar Nlulher ou Marido, com tíinto
que iiaõ levem coirsa alguma ao Doelate, ao qual naõ
falta o que lie iiecessario para o seu curativo.

Todos os Eiifeirneiios, Enfermeiras, e Serveiites


do Hospital obcdccerA6 ao E~iierriieiiyoMó:, , no que he
relativo 6s siins obrigações, e ao ofEcio delles ; e de to-
das as faltas , e oiriissões , qiie houver 110s Einpregndos
do Hospital, de qrislqiier ordeni , e jeraivcliia que sejaõ,
o Eiifermeiiro MUr dará parte por escripta ao Provedor
para dar as Providencias declaradas neste Kegiinento.

O Eilfer1aleii.o -MOr deve assistir denitro do Hcsspi-


'.
t a l , e qiiundo iiaõ h;+ capncidacle para isso serk abri-
gado n eiitrar no . ~ ~ o & i t a6sl seis horas da manhã rio
tempo de Veraõ , hs sete de Iiiveino , e iiaõ sahirá del-
le aiites da liora ein que á noiile se fecliaõ as poltas.

Na auseiicia do Enfermeiro 'M6r pertence ao En-


fermeiro mais antigo supprir eiii tudo as uiias vezes, e
neste caso todos os outros llie obedeceráõ.
qr*
Para o Enfermeiro W a ~ a residir
1 õ hurn dia no
Hospital he necessaria a liÉèh.&i do Provedor.
O Eiifermeiro quando faltar ás suas obriga-
,
gões pela priiiieira vei , perde o ordeiiado de lium mez ,
pela segunda hurn quartel, e á terceira lie expulso.
XVII*
0 Enfermeiro -&%h+
.. receberá da Casa da Fazenda
,+o'

a roupa e utencilios necessaiius para todas as Enferma-


rias passaiido de tudo hum recibo exacto: e terá huiri
livro eln que auseritará cliariaineiite a roupa que der a
cada Eiiferineiro, e este assignará alli o seu noiiie.

No de cada me%:se dará Balanco, e faltando


6111
alguina cousa , o A1
I

cobrará o valor della do


urderiado do Enfermeiro , este exigirá outro tanto
doordeiiado do Enfermeiro eiii cuja ~GÍfermariahouver
-falta.
XIX.
O Enfermeiro Már; bem como os outros Enfer~
meiros e Serventes, quando adoecerem seraõ curados á
custa do Hospital
xx.
6f-4
O Enfermeiro responde por todos os Enfer-
meiros, que lhe saõ subordinadas.
Dos E ~ r m e i r o sti Serverites.
A R T I G O ]I*

C Ada Ei;frrnraria terá Iioin Enbrrneiro ordiiiaiiu


com doas Motos ou Çerventes osquaes veiicerfõ raça6
com ordenado.
11,
Os Eliferlneiios diçtribiiiráõ as rações,, e os reme-
dios aos seus respectivos Doentes lias prescrip~asneste
Regiinento, e pelos Faculta tivos, quando for iiecessa-
rio altera-las,
111.
Meia hora aiiLes do jantar ira6 receber c10 Almoxa-
rife o paõ para a sua ~iiferrnaiia,e prep;trar o qiie for
necesiiario para o jantar do Doente.
IV.
Fnraõ o Mappn diario das Rações da siia Eiifer-
maria, tendo ein vista as papelletus qiie devem estar
,
á cabeceira dos Doerites , dia da eii~ruda molestia,
, ,
uyiiip toiiias dieta e reniedios.

gS Este Mappa depois de conferido com as papelletas


pelo Medico, será assignado por elle , para immediata-
mente se apresentar ao Enfermeiro -4Lk&i, "
entrar
1

Mappa .geral das Raqães.


Os Enfermeiros faraõ varrer todos os dias, pelos
,
irioços respectivos, as suas Enfermarias as quaes infal-
,
livelrnente sem6 esfregadas e lavadas de quinze em
uiiize dias,

O despejo, e limpeza, estará feita pelas sete ho-


,
ras da inanhã , ou antes podendo ser, desde o primei-
ro de Abril até o fiin de Setembro, e ás oito horas
desde o pri~iieirode Outubro até o fiin de Marco.

Os u tencilios dos Doentes devem ser esfregados,


e lavados todos os dias; poréni os paniios qup serveni
d'apontos aos feridos chagados, seraõ laoçacios na tina,
e doze horas depois i raõ a lavar, para serem desenfesta-
dos, e toriiarein a servir.

Os paiinos, ou apositos que servem aos Doentes


Veneieos jáinais se devem- mistiirar com os outros para
o aue ein cada Enfermaria haverá harna tilia separada
lia;endo cuidado, que vaõ separados, quando fAem a
lavar o que melhor se farA havendo dous saccos, cada
h u m com a letra iiiicial da Erifermaria a que pertencem.

Os enchergões que servem a molestias contagiosas


seraõ despejados, e a palha queimada ; e os pannos de-
pois de estarem na agoa vinte e quatro horas seraõ la-
/ -
vados, e naõ servirao sem serein passados por enxofre,
A' h01 n de j an inr os Enfermeiros ira6 coin os mo-
$os respectivos á. cosinha procurar as raçóes da sua EII-
feriiiniria, que pediráõ. pelo seu Mappa que devem le-
.var; e o Eiiferrneiro Mór msistirh a este acto para fis-
, ,
calizar a quantidade e ciualidade da comida que deve
ser a rnellior para os Doelites.
xIa.
Fiiializado o jaii tur dos Enfer.mos, os moyos coti-
dozirhõ a 1oilt;a h co~iiiliapara ser lavada, e depois de
limpa ~ o l t a i ápara a Ei~fzrinariaoude se deve guardar
no lugar para isso deyutndo.

Os Euferiiiciios aaõ obijignclos a niandarein lavar


as mzos aos Eiifciiiius aiitea do altnoc;o iiiiiiistraiido-llias
a bacia , e toalha Jes~iiiadapara isso.
XIVO
'I'era3 cuidado eni q u e as luzes das E~if<-i*inarias,
es-
tejaó seiiipre accesas, evi~auiloconi o iiiaior cuidado
naõ se aecei~daoutra l u z sem iiecessiclade urgente; e
/ -
,
ntinca couseiit,irao acceiider lume ou cigarrar lias ines-
mas Enfermarias.
XV.
Todos os Eiiferineiros saõ obrigados s esperarem
os Facultativos lia liora da visita & porta da siia Enfer-
,
maria e aco~n~anha-10s na visita dos Enfermos e na6 ,
poderá6 preiioitar fbra da iiiesma Enfermaria, nein sa-
liir fbra do Hospital, scrn licença do Eiiferiiieiro 'M6r,
na fórrna que fica dito.
Os Moiicos , ou Serventes faraõ o que mandar o
seu respeclivo Enfermeiro, e para sahirem fóra he ne-
cessaria a licença do E ~ i f e r r ~ e i r1Mór
o precedendo infor-
maçaõ do Enfermeiro sobre a necessidade que tem d o
Moço na sua Enfermaria.
XPTI.
He prohibido aos Enfermeiros, e Serventes entrar
lia Eiiferi~iariadas Mullieres , e das iiiciirnveis, I exce-
pçaõ do E~iferineiromais nnligo , o qual fica encarre-
gado de assistir á visita das Mulheres, e quando seja
iiecessario algum Moqo, e Enfermeiro na dita Enferiria-
ria, o Eiiiermeiio Mór fará aviso áquelle que lhe pa-
,
Tecer iiiais liabil e de maior probidade.

Q s Eiifermeiros, e Serventes que faltarem hs suas


,
obrigações, peucleráõ o ordenado de l ~ i i i r imez pela se-
gunda vez perderá hunl quartel, e á terceira seraõ ex-
pulsos.
XIXI
Os seus ordeliados saõ responsaveis á roupa, e iiten-
cilios, que se desencamiiihareiri da sua Enfermaria.

D a s visitas dos Doentes.

A R T I G O I.
As visitas da manliii serad feitas regularmente 6s
sete horas desde o ~rimeirode Abril até o ultimo de
Setembro , e desde o primeiro c!e Outubro até o u l ~ , i m o
de Marco
r;
6s oito lioras: reservando-se a visita da tarde
para aqueila hora, que os Facultativus julgarem mais
t i ~ i aos ,
l Doentes que a precisarem.
11.
Para evitar qualqiier engano t a n t o na Dieta, co-
mo iios icirieilios, iin6 se usar6 de al~bu~n
L? sigual Çliimi-
co , o u E';iri~iace~i~ico
; e as camas cios Doeiites serzõ
todas lau nieradas,

Os Eiiferiiieiros qiie a.companharein os Facultativos


,
nas suas respectivas visi tas á pioporçaõ que o ProEes-
R O passar
~ d e huina paimaoutra caina, iiaõ escreveiido
,:I. O o Bbrnero d a Cairia 2, o 1Wíalilei.o do Ke-
iiiedio 3. ' A letia cla Dieta o que o Fac~iítativodeve
que deve estar sempre á
taliiLeiii escrever lia pal>elle~u
r:ak~ecein.ado Doente c01110 o &Iedico deterininar.

F'ii-ida 3 visita c d a . Enle~1laeii.ofará dous Extra-


c ~ o sIi~iin das tlaçGes, para o Enferineiro Mór , outro
dos Remedios para o Facultativo lanqar no Livro coni-
peteiite, e ir para a Botica.

Se 310intervallo cle liuma a outra visita entrarem


Doeiites, o u feridos, e liouver em nlgiii,s dos que j6
, ,
assis tiraõ no Nosl~ital algulii accidente grave o Enfeia-
cmeiro Mór fará iii~mediatameiitesaber aos Faciilta tivos
respectivos.
V I*

Além dos .Nledicos, e Cirurgiões encarregados do


E
serviço do Hospital, nenhum outro tem direito Q Die-
t a , e reiiiedios dos Doentes, e menos ernbaragar o que
os Facultativos deteri-riináraõ.
VIL
O curativo dos feridos precederá sempre a visita,
e os Cirurgiões determinará6 o iiúiiiero das vezes que
devein ser cwadus os feridos.
T~IIIe
Neilhuin P~~ofessorpoderá, sein urgentissiina cau-
sa , alterar ns horas da visita da manhá.

T I T U L O IX*.
l)us Dietus e rações dos Doentes.

O pp;?
e em tempo que o
c1 eiie ser feito na vespera
possa dar as providen-
,
,tias ~iecessarias.
11.
Todos os Doentes que entrarem no Hospital de-
,
pois daq uelle Mappa feito, e conferido ficariõ a cal-
,
dos iio dia segiiiiite sendo de Febres, e $ meia raqaõ
toclos os outros,
111.
Haverá no Hospital quatro es~eciesde rações ora
,
diiiarias designadas pias Letras A , B , C .Da

He composta ,
de caldos de Vacca Vi tella Car-
, ,
neiro Franga ou Frango , como deteriiiinar o Profes-
sor ria papelleta, aonde tarnbein deve declarar o nú-
mero dos caIdos,
B*
He coinposta de caldos de gallinha, Iiurn quarto
de ave ., tres oiiças de paõ para o jantar ; e para a c&
hurn caldo de gallinha, tres onças de paõ , e ave quari-
do se declarar xia ppelleta.
C@
He coinposta de, cinco oiiças de Vacca, ou Vitel-
,
Ia coin Iiuilia d e arroz, em caldo, ciiico o n p s d e paõ
,
para o jalitar e tres onças de carne, liiima de arroz,
erii caldo, e ciiico de paõ para a cêa.

He coinposta de oito oiiças de vacca, oito de paõ ,


, ,
e diiiis cle arroz em caldo para o jaiitai. ; e tres 011-
ças tlc cnriie, quatro de p a õ , e duas de arroz ein cal-
do 1)ar:i a cêa.
IV,
A Marmita das Dietas das l e t r a s A , e B , deve ser
separada da dos outros Doentes ; e xiella se deitnráõ
para cada doze Doeiites seis arrates de vacca, &c. r
ocitras tantas de menos na Marmita geral, pois que a
,
eariie que serve para os de Dieta será distribuida pe-
los que tein raça6 da Letra B.

Haver6 além daquellas rações ordinarias , outras


,
tantas extraordinarias designadas coin as Letras E ,
F , G, H.
Consta de hum caldo de duns onças e meia de paõ
com meia onça de assucar.
F.
Consta de duas onças de sevadinha feita no caldo
da Rlarrnita geral.
6.
Consta de duas ongas de cliocolate com duas 011-
câs de pa3 torrado.
H"
Consta de duns onGas de paõ ein caldo de Marini-
t a geral.
VI,
Os Profes'sores podem prescrever para o almoço
dos seiis Doerites algiiin dos alinoços das Letras E,
F , 6. -

Poderáõ tainbein aboiiar tres onças de vinho ao jaii-


t a i , e a mesma p o r p õ para a cêa, q~iaiidoo julgarem
xiecessario,
VIIT.
O jantar será distribuido pelas onze horas, a c&a
pelas cinco desde o primeiro de Outubro, até o fim de
Mnrc;o , e pelas seis desde - o princípio de Abril, até o
fiin de Seteinbro, guardaiido-se a raçaõ daquelles Do-
elites,que por ordem dos Professores dever66 comer
fóra destas horas.
nx.
O Al~nosarifenaõ acceitará no pezo da vacca, ca-
, , ,
beça, coraçaõ pCs veiitriculo ou forçiira ; e iia6 se
pagark mais que o pezo que der qiiando eiitrar na dis-

O Eiiferiiieiro Mór assistirá á distribuiçaõ das ra-


ções, fiscalizaiido a sua qualidade, e yuan tidade.

O Enfermeiro M6r leva raçaõ inteira da Casa, os


outros Eiii pregados , os E~iferineiros ordiiiarios , Cosi-
iilieiros , Lavadeira , Porteiro, e Motos a raçaõ do
costuhne,
-

T I T U L O 1.

Da Administraçnõ , e Contador F i ~ a ã b ~
A R T I G O I.
H *ver& iiurn arrnazciri onde uoilardcin todos os ge-
neros, Drogas, e utencilios do Hospital com h i i l l ~Li-
vro para nelle se escrever o teriiio de entrada,
"8
e salii-
da : e-este arlnazernpeih fechado -com t$& cl-iêves ilif-
ferentê&pJiuina-- paxa-o--60ntaclor R d , outra para o
,
Escrivao da-Fazenda a -tesc&ii~ pPua-m%A1

G e i ~ e i oalgiim na6 dará en~radaneste arinazein


sein ser approvado pelos Facultativos do Hospital, Ia-
,
vraiido-se termo de approvagaõ assigiiado por todos ;
e sein esta formalidade naõ se levará em coii.ttl ao Coxi-

Será abonado sbinente o pezo, ou medida que der


deiitro do armazem, e de tudo que entrar, e saliir se
fará o terino competente com declaraçaõ de que o .ter-
1x10 da snhida será sempre assignado por aquelle, que
receber qualquer cousa do arinazein, pnin se verificar a
respolisabilidade pelo @e houver de receber.
Waveiido nlgiim geiiero alterado seraõ ciiarnudos
,
os Prokssores e j ulgniido-se insufficieiite faraõ termo
,
de 81t e r 4 2 6 do geiiero corroiiipido assigiiado por to-
,
dos, e se laiiçash fóra dando saliida no LivrQ?;efspe-
c kivo.
v.
I'e:.i;eiice ao @oiit,ador Vise& prover o Rospltal de
cg~iaaito for iiecessario para o tratamento dos Doeli tes .
conferencialido coin OS Professores sobre o *proviirieiitb
cios geilei-os, e drogas para o fornecimento de huin an-
n o , e fazeido kiiiii Mappa assignado por d o u ~Faculta-
tivos Medicos, para ser npreseiitado, e approvado em
,
Meza porque sein isto 11a.õ se levari ein conta.

Apresentará de tres em tres mezes o hlnppa Ge-


ral d a despeza, e do que ha em ser no ariiiazeiii, asp
signado-pelos- :C1aw&s1ai8ci.
VI I*
Todos os mezes durh ,Balaiiço-aloAlmoxa~ifecom-
binaiido os Rlappas Diarios das r a ~ õ e scom os termos
- da sahida do armazern para o. Almoxariiado

Eiitregará ao Enfermeiro MOF a roupa, e utenci-


lios iiecessaiios para as Enfermarias com as dec1arai;òes
que fi caó determiiiadas.
O Coritailor'iscdhe responsavel pel y falta;,
cj ioeEnfermeiro Nlór, -relativamente
z&:da do Hospital , de que este8 ~ n i ~ r e ~ a dencar-
dse
regár& e elle haverá dell#pglos seus ordeiiados taii-
t o quanto pagar pelo que lhe# faltou.
L4
'X.
Terá a seu cuidado a escripturaçaõ da Casa do
mesmo iiiodo que se pratica, e proporá liorn Escriptu-
rurio P y n ticarite para o aj lidar, a toniar conhecimento
tios Titulos, e negocios d n Fazcnrla.

Este Esciiptiirario Praticante iiaõ vencerá mais qiie


60$'000 por aiiiio, inas terá accesso aulugar de Essri,
vaõ da l-nzeilda, pasçaiido este para Contador, iio ca-
,
so de v;:catura e as &kza.:m6pbt~6~&.ã1%~2~r.e~ta dis-
&po+a6--se1nque o-O&c:inl da. Faz-eiidn-.que r e ~ t t i r , e o
Provetior llie iiegiie O A t t e ~ 6 & b ~ - p q t.conste
te dc que
tern servido coin zele, e-intelligencia

T I T U L O 11,

P Ertence ao Esçrivaii da Rsrnda fazer as termos das


,
entradas e sahidas de todos os generos Drogas e , ,
utelicilios que entra5 iio arinazem.
Fará igualmente os terinos dos Doentes que entra6
para o Hospilal, dos que sahiraõ curados, e dos que
lIIIOFTeM.
11I.
Asestir6 sempre aos Balanços deterinkados neste
Regularneilto, e só a elie compete fazer os termos.
IV.
Todas as Certidões de qualquer natureza, que el-
Ias sejaõ que perteiicerem á Casa só o Escrivaõ as deve
passar, e quando entrar a servir o seu Officio dará ju-
ramento perante o Provedor, e na sua falta o Escrivaõ
da Meza.
V.
He do seu cuidado, e obrigacaõ ordenar e ter em
boa conservaçaõ, e ordem o Cartorio da Casa, e Iie
respoiisavel por qualquer falta que Iiouver iielle.

,
Tanto o Contador Fiscal çoino o Escrivaõ da Fa- .
,
zenda qiie faltarem ás suas obrigações perderi$$ pela
vez hum inez do seu ordenado, pela segunda
,
buni qaartel pela terceira expulso#l do@.seusEmprego@.
A R T I G O I e

P E i t e n c e ao Aimoiiarife prorer a Cozii~hude quanto


ror necessario p r a ' os Doentes confoiins. o Mappa ge-
ral das iaqões, e quando houver causa extraordinaria ,
cli~eiiaõ esteja no Mappa, na6 dar8 s e v assignatura do
,
Pacultativo e Enfermeiro &16r.

Dar& conta todos os mezes da sua repartiçaó en- ,


,
tregaiido os Mappes findos daquelle rnez respondelido
ao Contador pelas suas faltas.
111.
Assis t i r i ao cortar da carne para as ira$es , 6s-
,
ralizniido qtiaii to Ilie for possivel que os alinien tos dos
,
Rili'el.inos, de que lie eiicarregado sejuõ da inelhor qua-
lidade , participalido iinmedia tamente ao Eiifermeiro ,
qualquer ~ I t e r a q a õque possa ser nossiva aos Doentes.

Estar& nolHospital até se fechar a porta do inesi


mo; e á noite prevenindo qualquer incidente que possa
acontecer para iiaó haver falta iio que for iieeessario da
sua repar t i p ó .

Perderá o ordeiiado de Iiuin inez qiiando fa11;ar ás


,
mas obrigações ' pela primeira vez liiirn qiiar te1 pele
seguiida, e á terceira .-serh expu'lsado do s e l i cargo.
Haveiá no Almoxarihdo lium Fiel , por quem res-
ponde o Alnioxarifc , para o que será sempre este Fiel
proposto pelo mesino ~lmo?rarife, 'e confirmado pelo
.PB'ov@$oT.
VIL
O Ficl deve no Hospital, para dar o q u e
for es~raordiiiuriairienteiiecessario pura os Doentes, e
sei& sempre sujeito ás ordens do Alrrioxarife, iiicorren-
do nas mesmas multas dos Enfermeiros, quarido faltar
ás suas o brigagões.

T I T U L O IV.
.Do Porteiro do Hosjoital.

Averá hum Porteiro no Hospital, que deve sei.


eKcrctivu iicile de noite, e de dia.

O Porteiro na6 deixará entrar pessoa alguma para


visibar Doente sem licença do Enfermeiro M96.i~.
111.
We sua obrigagaõ tanger o sino para dar signal
quando entraõ Doentes para o Hospital, d a fórma que
fica determinado no Sit ulo da. -ege+dos Enfermos.
Da iriesrna maneira será obrigado a tocar para a
,
visita dos Medicos para o jantar, e cêa dos Doentes.

Naõ deixará sahir Doente algum do Hospital. sem


bilhete do Enfermeiro $M&.
VI.
Todos os dias ein que Iioiiver A u l a , hurn quarto
depois de entrarem os Estiidantes, irá observar os que
fai ta6 marcaiido no Livro , que deve ter para este fim,
as faltas de cada hiii-ri,
Y 11,
Nas hora@;que estnó detorininadas fecliará o EIos-
pital , eiitregaiido as cliaves ao Capellaõ Mór mas ,
sempre deve estar proinpto .para receber ein qualquer
,
hora os Expostos qiie vierem á roda para seiii algurria
deinora os ;mandar entregar a quem compete a crca-
çaõ delles.

T I T U L O V.
Dos pagan1,entos.
A R T I G O I.
T o d o s os Facultativos, Contador, EFerivaõ , Enfer-
meiro. Mór , 7 e Capelláes seraõ pagos em

quarteis impreterivelinente.
t
H I.
Enderi~ieirosordiiiarios, RTapos, Porteiro, e os oii-
tros da rneuiiia ordem serao pagos todos oe mezes.
'li1I[*
far8 liuma folha mensal dos Ordenados
cluc i,odos os que recebem deverá^ asuignar : e a mesma
f d i n Iiaverá para os que recebem a quarteis.

'I'oc1:is as oiitras despezas pertencentes á Casa se-


raõ pagasaos Sabbadoi á vista das r e l a ~ õ e s ,que se
,
opre.:eritarciri por par te dos iii t,eressados que as tlevcni
assigiiar, e nunca se pagar66 sem primeiro se lariçareiii
por sua ordein iio Lirrro coiripetente, averbaiido-se nn
,
L

inesina relaçaõ pelo Escrivaô o laiiçaiiiento e ilrclnran-


do ao niesaio tenipo as folhas do Livro eiil rliic Li

I , : relações devem ser gualdadns com ordeiii


1,ai.a sci*vit.eiride Docil inenitos á Conta Geral , qi~niido
~ a r ser fiscalizada, mas iio 6iii cle cada
sc : ~ l u e w ' ~ l para
ariez tjei~aóapresentadas ao Provedor coiiio Mappa Çe-
ral da destreza para ser approvado.
V-l.
De tres em tres mezes o Provedor mandará con-
vocar a Meza para nella se averiguar a exactidaõ, e
Bilanpa da Fazenda, tanto pelo que perteiice á entra-
da como á sahida dos generos.
T I T U L O VI,
Da Policia, e asseio do Hospital.

A R - T I G O I.

Q SMór
meiuo
,
Faeultatiros os OEciaes da Fazeiid a , Enfei-
do Hospital, pedirá6 auxilio ao Oficial da
Guarda Militar para tudo quaiito for relativo á execu-
<;a6 do presente Regulamento.
II.
O Almoxaife terá a maior vigilancia para naõ
deixar sahir cousa slg~iinada Cozinlia, antes da hora
da distribuipó das ragões.

Em todas as E~mferrnariusliaverá candieiros cober-


tos cooi huin capi te1 , qiie teriniiie em hurn tubo par-
ticular oii coinmurn 'para conduzir o fuino fóra da En-
fermaria.
IV.
Tainbern haverá no Hospital Iium Barometro, e
l i ~ i mHoreinonietro para os Professores fazerem as suas
observações.
v*
A Enfermaria das molestias Venereas estará sempre
fechada para evitar a commiiiiicaçaó de s e i ~ ~ e l l l a n t e ~
molestias.
s haverá entre Iiuina, e
outra carxiia a dist s pelo ineiios

Todas as E~iferinarins, e inuito priiiciyalrneiite a s


das felsres, e aia latriiias seruõ caiadas de seis em seis
,
inczes coiriliuilia mistura de cal viva , e ngua eiii clliaii-
to dura a sua esicrvescericia, e por isso deve sómente
preparar-se :iqiiella. porca6 que se póde empregar eiri
qt~ailtoestci quelite: OS paviineritos depois de esfrega-
dos deverá6 tainbein lavar-se.corn agua da-.aat,

ma , o11 quaesriiirr Oiitros perllime , qiie iize1n 0 ar iile-


1

nos rliiro. Ein IiiDar destes peil'iiriirs se ua:ii-% de Lcitlo


tico r
iii~iria , , ou acu tico eiii vapores.
$-( " i'! d-

IX,
?'actos os Doentes qualido entrarem clespiiiiõ a siia
roupa , e se Ihes distribuirá6 Camizas , e Barretes do
Hospital, em quanto se conservurein na Enferinaria.

A roupa branca do Doente será lavada, e a outra


.perfumada com o enxofre, e vapores dos iicidos mine-
raeu, -depois atada e p a r d a d a lia casa da rouparia coni
,
o ~{orneda Enfermaria número da cama, e nome do
Doente,
Haverá. na Casa da Fazenda hum armario com E m -
tas divisões quantas saõ as Enfermarias para nellas se
giiar'dar a roupa da En+ferishrh a que p e r & ~ n c esem
,
que se confunda ou misture a roupa de hiima Enfer-
maria com a da outra.
XZI,
Os Doentes convalescentes venereos, e da Cirur-
gia nuiica eiitraiáõ na Enfermaria das ~ e b r e s ,nein os
desta nas daquella.
XIII.
Ncnhuin Doente se poderá deitar vestido, ou cal-
çado sobre a c a m a , ou ífentro della, e menos Iie per-
,
inittido j o m r , fazer motim proferir palavras indecen-
h
les nas Eriierrnarias : os Facultativos cada hum nas suas
i*espectivasEi~ferinariss, e na sua ausencia o Eiifermei-
ro Mór poderáõ castigarr pela priiiieira vez os transgres-
uores dimitiuindo-lhes a raçaõ , pela segunda vez estará
a ineia raçaõ sein poderem saliir do Hospital a t é o Pro-
,
vedor requerer ás Authoridades a qiiein os Doentes per-
tencerem, o castigo proporcioiiado ás suas culpas.
XIV.
As Enfermarias seraõ arejadas antes , e depois
,
da visita e curativo : seraõ varridas duas vezes no dia ;
a saber, a s da Febre antes da visita da manhã, a dos
Feridos, e Venereos depois do curativo, e todas depois:
.do jantar.
XV,
A paIlia dos enxergões renovar-se-ha quando esti4
ver moida, e quaiido os Facultativos o mandar.
,
As Ca<;arollas e Marmitas da Cozinlia seraõ de
,
ferro e o cobre fica prescripto do Hospital.
XVII.
Toda a roupa será, rnarcada com o nome da En-
fermaria a que pertence , e, a roupa de cada Enfermaria
será. lavada separadamente, sendo pessoal.

Naõ he ~errnettidosepultar os mortos na Igreja,


e inerios em Semiterio dentro do Hospital.
XIX.
Havei-6 huina pequena casa, em cjue se depositem
os mortos -por vinte e quatro lioras desliadas,. es6 com
expressa ordein do respectivo Medico se poclerá enter-
rar aixbes driquelle tempo.'
*x.
OSmortos seraõ conduzidos ao Semiterib em Tum-
ba coberta com panno preto, coiidusida por quatro ho-
,
ineiis com balandrúos duas alenteriias' com luzes, hu-
ilin-..Criii , e ao menos o Clerigo Sacristaõ coin sobre-

A roupa que servio ao morto será irnmecliatameii-


L5 lavada, e o Eiiferrneiro Mór mandará levantar a ca-
rna , varrer, e,lavar o lugar, ein que ella estava, e se
a molestia for contagiosa, a.palha será queimada, a lá
,
do colchaõ será bein lavada, e cardada e o panno do
encher8a.õ.; %eolchaõ (depois de passarem por duas li-
. p , ~ r f ~ a d :ocomm
! cliivias se,raõv
G
,
. s enxofre, ácido uitrico ,
&c. seiido primeiraineiite lavados, e antes de tudo isto
L

naõ poderá6 servir.


XXII,
,
Haverá hum Livro dos Obitos rubricado elo
Contador Fiscal, para nellese laiiçarem os termos dos
que inorrem .com as declarações necessarias, sem que
falte dc'clarar-se nelle o dia da entrada.

T I T U L O BTNICO,
D O Provedor.

Qgoverno
o
Proieilor da lisericordia he cncarrPeido de todo'
econornico do Hospital, devewproviclenciar
e
quarito for necessario para o 4ssei0, conservacaõ
r , e trad
tarnento c10"Jnfermos.

Deve inspeccionar todas as Oficinas , Fncul tativos


e Empregados no Hospital, e póde suspendellos quani
do for iiecessario, mas riaõ poderá expulsar dos seus
ampregos os Facultativos, Officiaes da. Fazeuda, En-
ferinciio Wr, e Boticario sein coiisentimento da Meza
e sóinente nos casos que se apontaõ nesteRegimento.

Todos os outros Empregados poderáõ ser despedii


dos pelo Provedor admittiiido outros em seus lugares.
IV.
O Provedor he encarregado da execuçaõ , e pbser-
,
iraiicja perfeita deste Regimeiitb e todos o hedwe&õ. ko
suas Ordens ainda no que for extraordinario por alguns
,
incidentes qiie possa6 occorrer e que se naõ podem
acautelar, nem prever no presente Regulamento.

Pertence ao Provedor, examinar, e apprpvar os


Mappas Mensaes , e apresenta-los em Meza t"dos os
P
tres mezes, assim como o Balanço que der o Cbntador
Fiscal.
VI.
Mandará fazer as despezas necessarias para o cura-
tivo dos Doentes, e conservaçaõ da Casa, inas nulica
se fará obra nova de consideraçaõ além dos coticertos
o u reparos sem approvapõ d a Meza.

Naõ emprestará para fóra do Hospital Ornamento


ou cousa que pertença á Igreja, liem a Meza poderá
conceder semelhante l i c e n p , r s6 c1uantio h i ~ j aabsolu-
t a iiecessidade de generos que se naõ encontreri na Ci-
dade, poderá O Provedor einprestar do Hospital o que
for necessario para acudir a qualquer Enfermo.
VIII.
Recommenda-se ao Provedor as visi tas, ami gd adas
ao Hospital ainda mesmo de q0it.e; a experiencia tem
mostrado quanto ellas saó uteis, e necessarias para vi-
,
giar e eoiiter os Empregados nas suas obrigações a fa-
1

vor dos Doentes,


IX.
O Provedor que mandar. fazer as obras acima re-
feridas sem consentimento da Meza ou dispÔr da Fazen-
da do Hospital para fins q u e naõ saõ contemplados nes-
G ii
te RegliLhento, responderá pela sua irnpo~&ancia,sua
geitandó-se á execucaõ da Cosa para o que 'Ao auto da
posse lhe será lido este Titqlo cte que se faT,á expressa
rneiigap iio terino, para ein todo o tenipo c~ristarque
se obrigou a esta CondiçaO.

TQnclo sido approvado pela Meaa este Regula-


tnento p 4 Acorda6 de dez de Agosto de mil oitocen-
tos e dexeseis , os actuues Bdrniniatradores pedeiii a SUA
MAGESTADE haja por bem de o Approvar , para
maior firmeza, em attengaõ k g-rniic'le iitilitlade que tem
~ t s u l t a d oda observancia de114 Fuiichal erii llleza 27
de 1Mai.p de 1818.

O Coneqo Joa6 iManoe2 <$e Ccuto And?,nde.


O ~ l i e s b i c , , e i ~Jl4drLttcio
-o Antonio Lopes Rocha,
$>ar, c i ~ José c ~d'-Oliveira,
ia.laz'hins Coj'ren! de Azevedo.
P~rai.zciscsSoa6 Mo i2 ix.
W ; T ~ n ~ eFerreira
2 Pestana.
JosL FrlxnczSco de Freitus filartins,
Clemera te Alexandrino Salgado.
O Coaego Thomaa Tolentino da Silva.

Pagou oitocentos réis de Sello. Funchal 28 de


Marco de 1818. 2 Nabuco. s AEonceca. g Pestana.
EXTRAVAGANTE
Capitulo Uizieo dos Ordenados.
--

O Cspdla6 levara ein folha trezentos mil réis


de Ordeiiado, pagos a quarteis ; e o sepah,GPlkõ
G i i& ,
pagos da mso)ai=£iruia.
I I.
acT - -J:< ' "L"

O . Coo.tad.or levará qii&troce:3;1,-~-d


cri vai5 da I3i&adzr--%rezent u s ,;_pagos 8-quaeis.

O .Medico effec~ivolevará duzentos mil réis i.+-.e .


Siibsidiaiweem mil réis a qusrteis.
IV.
O Professor da Aula Medico-Cirurgica, levará cen-
t,n c ciiikoe~itaiiiiil réis a quarteis, e os dois Cirurçióes
, ,
o rrics trio ordeiiado cada hum pago tainbem a quaiteis.

VI.
O Letrado levará cincoenta mil réis, e o Procura-
dor A gerite quarenta aos semestres.
VII.
O Sacrista.6 vencer& sessenta mil r&, pagos aos
niezes, assim como os Enfermeiros, Ajudantes, e 310-
ços seiaõ pagos todos os mezes.
G iii
A Meza naõ poderá augrnentar os Ordenados refe-
ridos sem ~ i c e n ~dea SUA MAGESTADE, nem alte-
rar o que fica disposto neste Regimento, ou augmentar
os Empregos., sem faculdade do Mesmo Senhor.
IX.
,
Naõ se pagará quartel algum sein a Neza coube.
cer do curnpriinento das obrigaqões de cada huin dos
Empregados : e tambem se na6 pagar6 aos Enfermeiros,
e. Ajudantes, sem que salvem a sua responsabilidade
com certificado do Enfermeiro Mór.

O Conego Joaó Manoel de Cgttto e Aiidrade, Escre'vaa;


J~aõFrancisco de FZorençà Pereira.
O Thesoureiro Mdr -Luci; Antonio Lopes Rocha.
Diogo Telles de Meneses.
Q Padre h s é Gomes de Andrade.
O Yi'gario Joaõ Clh-ysostomo Bspinola.
Francisco Joaõ Monig.
Joaó Joaquim Correa JTasconcellos.
O M J O A ~por G r a ~ ade Deos Rei
do Reiiio-Unido de 13prtugal, e do
,
Brazil e Algarves 'd'aquem e d'
aléin Mar, ein Africa, Senhor de
Guiné ,&c. F a p sabei., que o Pro*
vedor , e Mezarios da Santa Casa d a
Misericordia da Cidade da Funchat
na Ilha da Madeira, tendo ordena*
do hum Novo Regulamento para o
governo economico do seu Hospital ; a fim de evitarem
a d i n i n i ~ t r a ~ aarbitraria,
õ que hia ~ o n d oem riiiiia aquet-
le Pio Esta.belecirneiito, pozeraõ o dito Regulaineiito
lia Miiiha Rea 1 Yreseiiça , pedindo-Me que fosse Servi-
do Confirma-lo. E visto o seu Requerimento, e o mesino
Regulamento , escripto nas vinte e duas mcias follias
d e papel aiitecedentrs, de número tres atC. vinte e qua-
tro inclusivè; a Inforinacaõ que se houve pelo Juiz de
FÓra da referida cidade, servindo de Corregeclor da
respectiva Comarca; a resposta do ~rocurad; da Mi-
nha Real Coroa, que Mandei ouvir ; e que a iiispecçaõ
do mencionado RBgulameoi@ko aboriri Theoi*icnnieiii.e as
suas providencias, e a pratica coino resultado da sua
observancia nos tres ultimos aniios , próva o seu Bene-
ficio, ao mesino tempo que a Casa nunca esbeve mais
bem provída: Tendo a tudo Considersçsõ : Hei por
bem Confiirnar, coma coin effeito Corifirmo, eHei por
Co~ifirinadoo Ree~ilarnentode q u e se t r a t a , ordenado
para o governo Gononiico do Ilospital ~ e de d Santa
Isabel da Cidade do Filnchal, e approvado Meza
da Misericordia da dita -dade , em Acorda6 de dez
de Agosto de mil oitocentos e dezeseis e Mando se ,
cumpra, e guarde muito inteiramente como nelle se
,
conténi e esta Provisaõ que valerá, posto que seu
effeito haja de durar mais de hum a n n o , sem Embargo
da Ordenapaõ do Livro segundo titulo quarenta em
contrario. Pagáraõ de Novos Direitos quatrocentos réis ,
que fora6 carregados ao Thesoureiro del!es a fol. 177
do Livro 28 d e sua Receita, corno constou de hum Co-
nhecimento em fórma registado a fol. 104 do Livro 83
do Registo Geral. ElRei Nosso Senhor o Mandou pe-
los Ministros abaixo assigiiadoç do seli Co~isellioe seus
Dezembargadores do Pago. Joaquim Feireira dos Santos
a fez ern Lisboa a 19 de Outubro de 18119 annos. Desttz
oitocentos réis, e de assigixvturns mil &.õitocentos réis.
Joaõ d a Silveira Z u z a ~ t ea fez escrever. ç: Fr:tncisco
José de Faria Guiaõ =r Manoel Vieente Teixeira d e
Cnrvallio -, Maiioel NicolLo Esteves Negiaõ .= Pagou
riu,iiihentos e quarenta réis, e aos Officiaes mil réis.
Lisboa 21 cle Outubro de 1819. = L). MiEuel José da
Cainara Maldonado. 2 Registada lia C1;ar;cellaria Mór
da Corte e Reino no Livro dos OHicios, e Mercrs a
f01. 255. ,- Lisboa 21 de 0~1tcijni.ode 1819. c: Apos- 0

tinho de Sousa Salvador. 2 Por Despaclio do Dezem-


hargo clo Paco de 6 de Setcinbio tle 1819. = Pagou
oitocentos ré'is d e Sello. s Lisboa 20 de Outubro de
1819. = Sequeira Co~itiiiho.
1 Easindada a conferi ., e concertei
com o proprio
Original , que recoriiieço por verdadeiro, ao qual me
,reliio. Funchal 28 de Fevereiro de 1820. F,u José da
,
Gosta Leal Tabellia6 Público de Notas a fiz ccrever,
aobescrevi, e iissig~ioem PGblico e riizo &c.

Eni tesi;einunho de ~erdacls

José d a Custa Leall

AOrdern de
as
Ntoliio .Toa& Gonpalves de Alrneida , Caruileiro
+Christo , Deputada, Escrivsõ na Jupta
da R c a l ~Fazenda deute Estado, Juiz das Justificaçóes
Ul trainniiiias, e mais Cri-os arkexos , por S. M. E: i i i e
Deos g u a r d e , &c. F a p saber, que ine constoii por fé
do Escrivaó , qiie esta passou, ser verdadeiro o signal
]>úI~lico,e razo do Tabelliaõ José da Costa Leal, qiie
li rina a Pública Fórrna retro. O que hei por justifica-
do. Fitnchal 14 de Março de 1820. Eu Francisco Fer-
reira de Abreli, Escrivaõ das Justificações Ultramari-
nas, a escrevi.

Antonio José Gonçalves de Almeida.


O Doiltor Manoel de Mattoa Pinto de Carvalho d e
,
Albuquerque Commeridador da Ordein de Christo do ,
Dezembargo de S. M. F., seu Dezembargador da Re-
,
laçaõ e Casa do Porto, com Exercicio de Juiz de 111-
dia e Mina, das Justificaqões Ultraniarinas, e Direitos
Reaes nesta Cidade de Lisboa, e seu S e r i n o , coiii Al-
qada, Auditor do Exercito do Mesmo Seiilior que ,
Deos guarde, &c. Faço saber, que por i6 do Escri-
, ,
vaõ que- esta sobscreveo me constou ser o sigiial sop-
pra de Antonio José Gonpalves de Almeitla. O que I i e i
por justificado. Lisboa 18 de Nlaio de 1 820. E eu Ueii-
t o Gualdino da Silva Valadares, a sobscrevi.

Manoel de Mattos Pinto de Carvalho de Aihuguerqua


INDICE
TITUEOS QUE CONTE'M ESTE REGIMENTO.

T I T U L O 1. Das I í q e r m a ~ i l í ~e ,O f i c i n a s na-
cessarias do ilospital, - - - - - - - - - pag. 3
I .I . Dos moveis , roupas, e utencilios ne-
cessarios @os Doentes, - - - - - - - - - - - 4
TIT. 111. Da r-ecepcnõ dos Doentes, - - - - -
r> - 6

Tr~rur.oT. Dos C o p e l l ~ e s e, Sacristaõ do Hos-


pila/,--------------- - 9
Tier. II. Dos Il/lededicos do Ihsjoital, - - ---- 12
TIT. 111. Dos Cirzlryi6es do .Efospitcrl, - - - - 15
TIT.I V . 2)o Boticat-io, e PI-aticantes , - - - - 17
Aula Medico-Cirurgica , - - -
Tirr. V . D<I. - - 21
Trr. V I . Do Ej?fermeiro Mór, - - - - - - - - 24
---
TIT.VIT. DOS &nferrneiros, e S e ~ ~ u e n t e s , 29
TIT. VIII. Dos visitas dos Boentas, ----- 32
TIT. IX. D a s Dietas, e rnções dos Doentes, - 34

I. Da Admiriistragaõ, e Contador Fis-


TITULO
c a l , - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 38
TIT.41. Do .Escrivaõ da Fazenda, - - ---- 40
-
TIT. III. DO Almoxarifk, - - - - - '- - - - - 42
TIT. IV. DO Porteiro do Hospital, - - - - - 43
TIT. V.' Dos pagamentos, - - - - - - - - - - - 44
TIT. VI. Da Policia , e asseio do Hospital, - 45
UNICO.DOProvedor, - - - - - -
?'IT. - - 50 --
EXTRAVAGANTE.
Capitulo Unico dos Ordena-
53
P r o v h a õ , - - - - - - e - - - - - - - - - - d w55
-

NA TYPOGRAFEA DE BUIJHOENS. 1820.

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