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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
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Profetas e "profetas":
E AS PROFECÍAS DE SAO MALAQUIAS ? 451
A Grande QuestSo:
A ALMA HUMANA É IMORTAL ? 475
Filosofía e Historia:
UMA DELIMITACAO PARA A FILOSOFÍA DA HISTORIA 482
NO PRÓXIMO NÚMERO :
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
REDACAO DE PR ADMINISTRAgAO
_ , _ . , „„„ Llvrarla Mlsslonária Editora
Caixa Postal 2.666 Ruft Méjdco> 168.B (Gástelo)
ZC-00 20.031 Rio de Janeiro (RJ)
20.000 Rio de Janeiro (RJ) Tel. : 324-0059
A FIM DE QUE O MUNDO CREÍA,..
O mundo inteiro recebeu com sensagáo e surpresa a
noticia da eleicáo do novo Papa Joáo Paulo I aos 16/10/78.
O fato sugere variados comentarios... Procuremos, & luz
da fé, repensar o importante acontecimento.
1) O novo Pontífice nao estava na lista dos papabilL
Isto é muito significativo: nao estava rotulado, nem dera
margem a enquadramentos... Mais urna vez os prognóstí-
cos e «profetas» foram desconcertados. Realmente os desig
nios de Deus nao sao os designios dos homens (cf. Is 55,9);
o Senhor conduz a sua Igreja por caminhos imprevisíveis,
tragados pela sua imensa sabedoria.
A relativa rapidez do conclave é sinal de que a Igreja, em
meio a um mundo dividido, está coesa; os eleitorés soube-
ram considerar com visáo de fé a sucessáo de Joáo Paulo I,
pondo de lado interesses espurios.
2) Joáo Paulo II é polonés... Já se disse que o Papa
nao tem nacionalidade, pois deve ser homem de Deus, guiado
por criterios transcendentais. Como quer que seja, o fato
de ter a escolha recaído sobre um filho da nagáo polonesa
tem sua importancia, visto que o plano de Deus se realiza
por meio dos homens:
— Temos um Papa que conhece de perto o sofrimento
e a perseguicáo. É alguém que está acostumado á vigilancia
e á firmeza e que procurará com grande empenho manter a
disciplina e preservar a integridade da fé dentro da S. Igreja,
como o declarou o próprio Pontífice em sua primeira alo-
cugáo aos Cardeais (17/10/78). De resto, os bispos polone
ses tém dado notável testemunho de coragem e intrepidez
diante das autoridades comunistas — o que tem contribuido
para manter viva a chama da fé e do zelo missionário no
povo polonés;
— É de crer que se ameliorem as relagóes entre a Igreja
e o Estado na Polonia e, quigá, em outros países da Cortina
de ferro. Os católicos poloneses háo de se sentir prestigiados
perante o Governo marxista de sua patria; este, por sua vez,
há de respeitar um pouco mais a Igreja Católica na Polonia,
brilhantemente sufragada pelos votos de um conclave inter
nacional. Joáo Paulo II conhece, como poucos outros Car
deais, as vias oportunas para obter mais liberdade em favor
dos cristáos sufocados pelo marxismo; a Ostpolitik, sabia
mente iniciada por Paulo VI, poderá assim prosseguir no
intuito de aliviar o jugo que pesa sobre a Igreja do Leste
europeu, sem que haja indevidas concessóes ao marxismo;
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Wojtyla sempre foi um esteio da resistencia as injuncóes do
comunismo.
Alias, a Polonia católica bem merecía a homenagem que
se lhe prestou na pessoa do Cardeal Wojtyla; os fiéis polo
neses tém urna historia dura e sofrida, através da qual vém
afirmando com heroísmo singular os valores da sua fé.
3) Salientamos também que o novo Papa foi professor
de Teología. É um homem de estudo, apto a discernir a ver-
dade e o erro em meio as diversas correntes de pensamento
que cercam e penetram a Igreja. Levará adiante a obra de
renovagáo programada pelo Concilio do Vaticano II, seguindo
a inspiragáo fundamental do Concilio, sem indulgencia para
com desvíos.
De resto, o nome Joáo Paulo II bem significa quanto o
novo Pontífice tenciona seguir as pegadas dos anteriores, as
quais foram de inegável fidelidade aos grandes principios do
Evangelho e da Tradigáo católica.
4) Por certo, a tarefa de Joáo Paulo II nao será fácil.
O novo Pontífice terá que se adaptar as duras exigencias da
mesma,... especialmente duras para quem nao centava com
isso. Todavia o povo de Deus há de acompanhá-lo com as
suas preces; afinal de contas, o segredo das grandes realiza-
góes é a oragáo; é esta que dá fecundidade de agáo aos ins
trumentos que a Providencia divina escolhe, como também
sem a oragáo sao esteréis e perdidas as melhores qualifica-
góes humanas de qualquer chefe ou pastor.
5) Em síntese, os últimos tres meses foram marcados
por vultosos acontecimentos na historia da Igreja. Conside-
rando-os com olhar retrospectivo, o fiel católico encontra
razóes para conceber urna santa ufanía:... a ufanía de, por
graga de Deus, pertencer k santa e única Igreja de Cristo.
Esta tem dado provas de rica e singular vitalidade, surpreen-
dendo o mundo com novas e novas atitudes, do mais alto
valor, a fim de responder aos desafios que os tempos lhe
propóem. Enquanto a humanidade se debate em crises diver
sas, a Igreja Católica, sem deixar de sentir a repercussáo
dessas crises em suas fileiras, mostra dispor de urna fonte
de energía e vida que ultrapassa os valores humanos e que
denota a presenga do próprio Cristo em seu Corpo Místico.
Saiba o fiel católico compreender os sinais dos tempos
e compenetre-se dos motivos que lhe sugerem essa santa
ufanía! Consciente, pois, a novo título, da nobreza de sua
vocagáo crista, procure testemunhar com toda a coeréncia
possivel a presenga do Senhor Jesús que vive na Igreja e
vive em cada um dos membros desta... A fim de que o
mundo creia (Jo 18,23)!
E.B.
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«PERGUHTE E RESPONDEREMOS»
Ano XIX — N» 227 — Novembro de 1978
Profetas e "profetas":
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i «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 227/1978
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AS cPROFECIAS> DE S. MALAQUIAS
2. A autorídode éa «Profecía»
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6 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 227/1978
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AS «PROFECÍAS» DE S. MALAQUIAS
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8 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 227/1973
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Problema dos educadores:
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10 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS> 227/1978
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EDUCACAO SEXUAL ÑAS ESCOLAS? 11
Pergunta-se agora:
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12 tPERGUNTE E RESPONDEREMOS» 227/1978
2.1. Os genitores
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EDUCACÁO SEXUAL ÑAS ESCOLAS? 13
2.2. A escola
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14 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 227/1978
3. Como... ? E quando... ?
3.1. Con»... ?
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EDUCACAO SEXUAL ÑAS ESCOLAS? 15
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16 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS> 227/1978
3.2. Quando...?
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EDUCACAO SEXUAL ÑAS ESCOLAS? 17
Bibliografía: '
JoSo Mohana, Prepare seus filhos para o futuro. Porto Alegre 1972.
Gustl Gebhardt, Dos 5 aos 25 anos. Dinámica do sexo. SSo Paulo 1975.
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Urna tese batista:
1. Os Batistas : origem
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■ BATISTAS E SALVAgAO ETERNA 19
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20 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS> 227/1978
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BATISTAS E SALVACAO ETERNA 21
3. Que dizer?
Em primeiro lugar, reconheca-se que «vida eterna», se
gundo as Escrituras, é realmente vida imortal ou sem fim
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22 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS> 227/1978
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BATISTAS E SALVAgAO ETERNA 23
4. A doutrina bíblica
Pergunta-se: nao se poderia fundamentar na Escritura a
identificagáo de vida eterna e vida inamissível?
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24 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 227/1978
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BATISTAS E SALVACAO ETERNA 23
"Meus Irmaos, que aprovelta se alguém dlsser que tem (é, e nfio
tlver as obras ? Porventura a fé pode salvá-lo?... A fé, se nSo tlver as
obras, é morta em si mesma... Tu crés que sá um so Deua; fazos bem.
Tambóm os demonios o créem e estremecem. Porventura o nosso pal Abrafio
nao fol justificado pelas obras, quando oferecla sobre o altar o seu fllho
Isaque? Bem vés que a fé coopera com as suas obras e que pelas obras a fé
fol aperfelcoada... Vés entSo que o homem é Justificado pelas obras, e nfio
somonte pela fó... Porque, assim como o corpo sem o espirito está morto,
asslm também a fé sem obras é morta" (Tg 2,14. 17. 19. 21 s. 24. 26).
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A Grande Questáo:
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28 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS 227/1978
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ALMA HUMANA & IMORTAL 29
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30 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 227/1978
2. O desejo natural
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ALMA HUMANA É IMORTAL 31
3. A sangao da ¡ust¡;a
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32 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS* 227/1973
Mais aínda:
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ALMA HUMANA B IMORTAL 33
A propósito:
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Filosofía e Historia:
1. O problema
O crescimento do campo teórico da Historia — como,
de resto, das demais ciencias sociais — fez com que se
desenvolvesse toda urna teoría e toda urna metodología da
Historia. Problemas epistemológicos e metodológicos, até há
pouco relegados a segundo plano ou simplesmente nao exis
tentes, passaram a ser objeto de interesse por parte do
historiador.
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FILOSOFÍA E HISTORIA 35
2. A epistemología histórica
A epistemología histórica estuda a natureza do processo
histórico. Como lembra Blanché, ela é urna das abordagens
epistemológicas possíveis, á qual se acrescentam a epistemo
logía direta ou intemporal, de caráter físico-matemático, e
a epistemología genética, de fundo biológico.1
Questóes como a dos ritmos temporais, a da construgáo
do conhecimento histórico, a do instrumental de análise do
processo histórico, a da explanagáo histórica, sao problemas
de natureza epistemológica na Historia.
Inseparável déla é a problemática metodológica, pois de
um posicionamento epistemológico fluí o criterio seletor dos
métodos aplicados ao estudo do passado. Problemas de perio-
dizagáo, de selecto e análise documental, de interdisciplina-
ridade na investigagáo, constituem por sua vez o fulcro de
urna metodología da Historia.3
A epistemología e a metodología da Historia constituem,
atualmente, o arcabougo teórico do conhecimento histórico.
Sao, efetivamente, os elementos que lhe dáo a necessária
cientificidade: nenhum historiador — ao contrario do que
ocorria há poucas geragóes — pode dispensá-los e simples-
mente mergulhar de forma desordenada no empirismo da
pesquisa.
Tal estado de espirito reflete a descoberta de urna «Nova
Historia», urna Historia em que há nao um, mas varios
níveis de acontecimento num mesmo momento histórico. Ou,
como situou em texto já clássico Braudel:
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36 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 227/1978
3. A filosofía da historia
Como situar, face a tais revolugóes do pensamento his
tórico, o status e o papel da Filosofía da Historia?
A Filosofía da Historia é, antes de tudo, como colocou
Morente, urna necessidade espiritual do homem. Nao é urna
teorizagáo da «praxis» histórica; neste sentido as filosofías
materialistas da Historia sao epistemologías e metodologías
da Historia, já que buscam esclarecer os processos cognitivos
de abordagem do passado, e nao urna meditagáo especula
tiva sobre o destino do Homem.
Necessidade espiritual que se acentúa, segundo Morente,
ñas épocas de crise e que se diluí em momentos de transfor-
magóes mais lentas:
"O orgulho do homem chega ás vezes — sobretudo em épocas
de próspera regularidade — ao extremo de esquecer que a suprema
direcáo do transcurso histórico pertence a Deus, e acredita que a vida
dos homens —' tanto a Individual como a coletlva — pode estar intel-
ramente determinada pelas averiguacdes científicas que obtém o exer-
cíclo metódico da razSo. Mas um dia, de repente, no horizonte sereno,
aparecem densas nuvens de tormenta. Estala o confuto, sobrevém a
crise. A vida... se faz angustiosamente problemática. As leis das cien
cias sociais, moráis, jurídicas, económicas, essas lels naturais de que
táo ufano se sentía o homem, revelam-se Imprecisas, ineficazes, falsas".4
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FILOSOFÍA E HISTORIA , 37
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Á XII ASSEMBLÉIA GERAL DA FEDERADO
INTERNACIONAL DAS UNIVERSIDADES CATÓLICAS
De 21 a 24 de agosto pp. teve lugar em Porto Alegre
(«Campus> da Pontificia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul) a XII Assembléia Geral da Federagáo Internacional
das Universidades Católicas (FIUC). Este organismo con
grega cerca de 160 das 600 Universidades Católicas do mundo
inteiro, procurando promover entre as mesmas o conheci-
mento mutuo e o intercambio de valores. Em Porto Alegre
estavam representadas 98 Universidades ou Associacóes Uni
versitarias Católicas provenientes de um total de trinta na-
Qóes. Além do que, se assinalavam o representante do Dire-
tor Geral da UNESCO, o do Conselho Internacional do En-
sino Católico, o de «All India Association for Christian Higher
Education», o da Associacáo Internacional das Universidades
e outros varios, que contribuiam para abrilhantar os debates
da assembléia.
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XII ASSEMBLÉIA GERAL DA FIUC 39
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40 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 227/1978
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livros em estante
Hlpóteses sobre Jesús, por Vittorlo Messori. Tradugáo de Jorge Soa-
res. — Ed. Paulinas, SSo Paulo 1978, 132 x 200 mm, 364 pp.
Tal é a narracao feita pelo próprio Lebreton nesse llvro, que vem a
ser a sua quase autobiografía. Admiram-se, através dessas páginas, a fir
meza de caráter do autor e a acfio da Providencia Divina, que amparou
Jacques Lebreton de modo a fazer dele, mutilado e cegó, um dos grandes
heróis da humanidade. Els um dos trechos fináis do livro:
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42 «PERGUNTE K RESPONDEREMOS» 227/1978
Jacques Fesch, após duplo crlme, passou tres anos e olto meses
na prlsSo da Santo em París, á espera de julgamento e condenacSo. De
ateu que era, tornou-se crlstio no cárcere e morreu santamente, pela gul-
thotlna, a 1"?/10/1957. O Itinerario espiritual desse homem ó narrado ao
vivo pelo próprlo J. Fesch em cartas dirigidas a familiares e amigos. Tais
depolmentos sfio Interessantísslmos, pols vém a ser o espelho de um drama
Interior, que val sendo aos poucos Iluminado e-suavizado pela entrada de
Cristo e a vida de fé. Trata-se de experiencias multo pessoals e profundas,
que se assemelham á do bom ladrfio do Evangelho (cf. Le 23, 40-43).
"Pouco a pouco ful obrlgado a rever meue conceltos, nSo tinha mals
certeza da inexistencia de Deus, eslava Meando receptivo, sem no entanto
ter fé. Tentava crer por meló da razio, sem rezar ou quase nada rezando.
E depols, no flm de um ano de pilsáo, me velo urna dor afellva multo
forte, da qual sofrl multo, brutalmente, e em poucas horas Uve a fé, orna
certeza absoluta. Acredite! e nSo compreendla mals como tinha sido possl*
vel delxar de crer. A graca me vlsilou, urna grande alegila me Invadiu e,
_ 490 —
PREZADO ASSINANTE,
TURA ANUAL.
GRATOS,
DIRECAO E REDACAO DE PR
AMIGO, SE ESTA REVISTA LHE É OTIL, AJUDE-NOS A DIFUN-
DI-LA PARA QUE OUTROS SE POSSAM DÉLA BENEFICIAR. SABEMOS
QUE MUITOS PROBLEMAS SAO TAIS ÚNICAMENTE POR FALTA DE
RETO EQUACIONAMENTO DOS RESPECTIVOS DADOS.
ASSINATURAS NOVAS
1) Nome:
Enderece completo :
2) Nome:
Endereco completo
3) Nomet
Endereco completo
4) Nome:
Endereco completo :
5) Nome:
Endereco completo :
ASSINATURA DE CORTESÍA
Endereco completo:
Doador : •-—■■
sobretudo, urna grande paz. Em poucos Instantes tudo ficou claro. Fol urna
alegría sensivel multo forte, talvez agora tenha a tendencia de querer sen-
tl-la aínda, quando o essenclal nSo é a emocáo, mas a fe" (p. 31).
Louvado o Senhor, que, como diz S. Agostlnho, "nunca permitirla o
mal se dos males nao soubesse tirar bens aínda malores" !
O sangue pela Justlca. Pe. Joao Bosco Ponido Burnler SJ., por Pe.
José Coelho de Souza S. J. — Ed. Loyola, SSo Paulo 1978, 140 x 208 mm,
251 pp.