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Temp lo Af ri cano P or ta l do Mestr e

* In ic iação do Batuque *

A iniciação na religião se faz durante um período de reclusão na casa de culto, a


qual implica vários tabus (proibições), tais como, as relações sexuais, certos
alimentos, o calor do sol, etc. Durante este período, o noviço se aprofunda nos
mistérios da religião. Esta iniciação exige uma série de banhos cerimoniais,
inclusive com o sangue de animais sacrificados. Diz-se que a pessoa "está no
santo" quando seu Orixá protetor se apossou de sua consciência, dela só se
afastando mediante o ritual do "despacho de santo", este realizado pelo
Babalorixá, Yalorixá ou por um filho mais velho e experimentado. Diz-se então
que o noviço "está feito": é "filho-de-santo". A partir daí é uma aprendizagem
contínua: a aquisição de conhecimentos é uma experiência progressiva,
iniciática, possibilitada pela absorção e pelo desenvolvimento de qualidades e
poderes. A aquisição de tais conhecimentos só é efetiva se houver contato
constante com o sagrado. O Batuque se diferencia de outras religiões porque o
indivíduo aprende pela observação direta, o que pressupõe sua presença a
prática ritual. Dentro de algum tempo, após cumprir todas as etapas da iniciação
e de ter recebido todos os "Axés": o direito e poderes para "olhar os Búzios" e
para cortar (sacrificar animais segundo o ritual) o filho-de-santo "pronto" pode
estabelecer-se com casa de culto própria, da qual será o Babalorixá ou Yalorixá.
O cumprimento de cada uma destas etapas, se de um lado confere prestígio,
direitos e privilégios junto á comunidade batuqueira, de outro, corresponde a
obrigações e comprometimentos cada vez maiores com o sagrado. O filho-de-
santo desde a iniciação até o fim da vida fica ligado ao seu Orixá por laços muito
rigorosos de obediência e cultos, não só por interesse de receber do Orixá as
graças e a proteção desejada, mas também para evitar castigos e as penas por
ele impostas ao seu filho que não procede com correção ou negligência os
deveres religiosos. Além disso, o "filho-de-santo" deve estrita obediência a seu
"Pai" ou "Mãe-de-Santo", subordinação esta tão extensa que atinge até a conduta
fora da casa de religião.
La vação da ca beça .

É a primeira obrigação da iniciação. O Babalorixá ou Yalorixá utiliza o Mieró


(ervas sagradas maceradas com água pura), enquanto tira-se o Erín, ou seja, a
reza do Babalorixá ou Yalorixá.
Debruçado sobre uma bacia de ágata, contendo o Mieró, o iniciando tem sua
cabeça lavada. Depois seca com uma toalha branca. A partir de então o iniciando
passa a ser "filho-de-santo", devendo respeitar e participar de todas as
atividades que ocorrerem no Ylê.
OBS: O Mieró deverá ser feito para a lavação de cabeças, de obrigações (Boris,
Ocutás, Vasilhas, etc) ou mesmo um banho de descarga.

Aribibó :

O Aribibó é a obrigação realizada com um casal de pombos pertencentes ao


Orixá. Nesta obrigação não feita nenhum tipo de assentamento, visto que se
trata de um reforço ou até mesmo um Axé de saúde.

Bori

O Bori de aves é a obrigação em que o filho-de-santo reafirma sua convicção


dentro da religião. É feito como uma preparação para o aprontamento, ou como
um "reforço de cabeça", que tem como objetivo melhorar as condições gerais do
filho-de-santo. Na obrigação do Bori são consagrados alguns objetos que juntos
também se chamam Bori: uma manteigueira de vidro ou porcelana, 01 moeda
antiga, alguns Búzios (de acordo com o número de Axé do Orixá) e 01 quartinha
(espécie de vaso de barro com tampa). Estes objetos são colocados dentro de
uma vasilha, juntamente com as guias e recebem o sangue (Axorô) dos animais
sacrificados, vasilha esta que fica no colo do filho que está sendo Borido,
enquanto este fica sentado no chão.O Babalorixá ou Yalorixá faz as marcações
no corpo do filho da mesma forma que foi feita no Aribibó, com a diferença de
serem sacrificados além de pombos, galos ou galinhas, de acordo com o Orixá
dono da cabeça do filho-de-santo. Na continuação da obrigação de Bori
conservam-se as mesmas etapas do Aribibó, porém no Bori há uma testemunha a
quem chamamos de Padrinho ou Madrinha de cabeça, devendo-se total respeito
ao Padrinho, que deverá ser alguém com feitura, filho-de-santo pronto, pois é o
Padrinho ou Madrinha que deverá ser procurado caso o afilhado necessite de
orientação e o Babalorixá ou Yalorixá estiver impossibilitado de auxiliar o filho-
de-santo. Terminada as etapas da matança o Borido é auxiliado a trocar de roupa
e deita-se no chão mantendo-se o mais próximo de sua obrigação. Os animais
sacrificados vão para a cozinha, onde são preparadas as inhélas (partes
extremas e vitais das aves, fritas em óleo) que serão servidas aos Orixás e com o
restante do corpo das aves serão preparadas às refeições para alimentar o povo
que permanecerá no Ylê durante o período de obrigação, ou então serem
servidas durante a noite de Batuque.A reclusão do filho de santo que está sendo
Borido varia de 03 a 04 dias em média. Durante este período o Borido reduz ao
máximo suas atividades e movimentos, permanecendo a maior parte do tempo
deitado ao chão. Após o Batuque e o término do período de reclusão levanta-se a
obrigação e monta-se o Bori: Faz-se uma cama de algodão dentro da
manteigueira e põe-se a moeda ao centro rodeado pelos Búzios.
Cobre-se com bastante mel. Agora o filho-de-santo tem o Bori (a manteigueira
com os Búzios e a quartinha cheia d'água), que ficará guardado no Quarto-de-
Santo, numa prateleira coberto por cortinas, juntamente com os Boris dos
demais filhos do terreiro, até que este filho se apronte e tenha seu próprio
terreiro. O Bori é considerado a "cérebro" do indivíduo, portanto exige certos
cuidados, não deve ser mexida, a quartinha deve estar sempre com água e deve
ser reforçado de tempos em tempos com nova obrigação.

Há vário s tipos de Bori

Bori de A ves :

Quando são sacrificados galos ou galinhas da cor pertencente ao Orixá de


cabeça e para o Orixá que rege o corpo da pessoa. É uma obrigação de iniciação
para o filho-de-santo novo ou de reforço para o filho que fez Bori e que precisa
renovar sua força espiritual.

Bori de Meio Qua tr o-Pés :

Como é chamado vulgarmente, pois é considerado como preparação para o


aprontamento, isto é, antecede o Bori de Quatro-pés. Esta obrigação é feita para filhos
que já tenham feito Bori de aves e também pode ser feito como reforço, para os que já
são filhos prontos. É sacrificado um casal de galinhas d'angola se o filho-de-santo
pertence a um Orixá de frente, casal de marrecos se o filho-de-santo pertencer á Oxum
ou Oxalá ou então, um casal de patos se for filho de Iemanjá. A feitura de um Bori de
Meio Quatro-Pés, vai depender da necessidade do indivíduo e/ou da exigência de seu
Orixá, o que será verificado junto ao Babalorixá ou Yalorixá através do Ifá.
Bori de Qua tr o-Pés :

Considerado como apronte de cabeça, principalmente quando junto ao Bori


ocorre o assentamento do Orixá de cabeça do filho-de-santo. Ocasião onde se
consagra não somente o Bori, mas também os objetos místicos: as ferramentas e
o ocutás onde será fixado o Orixá e a guia Delegum, guia com vários fios de
contas que variam em número e cor de acordo com o Axé do Orixá. È sacrificado
um animal de quatro patas de acordo com o Orixá do indivíduo. A partir desta
obrigação, aumentam as responsabilidades do filho-de-santo, assim como seu
prestígio junto á sociedade batuqueira. O período de obrigação, em que o filho
fica "preso" no Ylê é maior do que no Bori de Aves, variando de 06 até 20 dias ou
mais, isto vai depender da situação e das regras dadas pelo Babalorixá ou
Yalorixá.
Apr on tamento :

O aprontamento corresponde ao estabelecimento oficial e definitivo do vínculo


místico indivíduo/Orixá. Entretanto este vínculo precisa ser renovado de tempos
em tempos, pois o ato de colocar Axorô na cabeça implica na idéia de alimentar
o Orixá e fortalecer o seu filho.O aprontamento sempre ocorre na obrigação que
chamamos de matança e os principais passos do aprontamento são muito
semelhantes em todos os terreiros, e são eles:

1. O corte dos animais ofertados a cada um dos Orixás a serem assentados em


cima da vasilha que contém os objetos a serem consagrados.

2. No caso do aprontamento de cabeça o Axorô do animal também é derramado


sobre a cabeça do filho-de-santo que está se aprontando, tal como é feito no
Bori.

3. Os animais sacrificados são coureados, para que possam ser preparados e


servidos no Batuque que será realizado. Geralmente a matança se dá numa
Quinta-feira, sendo uma Obrigação fechada, comparecendo somente os filhos do
Ylê.No sábado dá-se o Batuque grande, quando comparecem ao Ylê grandes
números de pessoas, pertencentes ao Batuque ou não.
Após as etapas da matança segue-se a preparação para o Batuque que será dado
em homenagem aos Orixás que estão sendo assentados. A preparação do
Batuque compreende desde a decoração do salão, até a confecção dos alimentos
que serão servidos.
Axés de Obé e I fá (f acas e Búzios )

O filho-de-santo é agraciado com os Axés de Obé e Ifá, quando o Babalorixá ou


Yalorixá perceber o desenvolvimento, o empenho e o merecimento do filho para
com suas Obrigações e o comprometimento com seus Orixás e com os
fundamentos da Religião. Significa que o Babalorixá ou Yalorixá tem extrema
confiança no filho que irá receber os Axés, tanto em relação aos seus
conhecimentos, quanto ao seu caráter e honestidade, pois é através do Ifá que
se auxilia quem precisa de orientação e com o Obé realizamos os fetiches para
os Orixás.
A entrega destes Axés ocorre no Batuque de terminação, geralmente no sábado
posterior ao Batuque Grande.
Quando for entregue os Axés, os objetos que compõe o jogo de Ifá e as facas
deverão ser colocados em uma bandeja enfeitada com flores e folhas e se fará o
ritual de entrega. O padrinho ou madrinha segurará uma vela acesa
testemunhando a Obrigação. Antes de dar início à entrega dos Axés o Babalorixá
ou Yalorixá dirá um pequeno discurso sobre a importância e a utilidade dos Axés
que estão sendo entregues perante todos os presentes. A partir de então o filho-
de-santo é considerado pronto, isto é tem sua obrigação completa com o
assentamento de todos os Orixás e os Axés de Obé e Ifá. Depende agora de seu
desenvolvimento e aptidão e, com o consentimento de seu Orixá-de-cabeça e de
seu Babalorixá ou Yalorixá poderá ter seu próprio Ylê.
O Axé de F ala par a o Orixá

As primeiras manifestações do Orixá são muito rudes, diz-se que o Orixá nasceu
ao chegar pela primeira vez ao mundo. O Babalorixá ou Yalorixá começa então a
ensinar ao Orixá certos comportamentos e fundamentos necessários para o bom
desempenho do Ebó.

O Orixá não necessita f alar par a dar o seu Axé, porém a pós a tingir um
cer to nív el de desen volvimento o Ba balorixá ou Y alorixá concede a
per mis são da f ala par a que o Orixá possa auxiliá-lo dur ante o Ba tuque
nos a faz er es que acontecem dur an te o Ebó, além de auxiliar com os
Orixás que são mais n ovos e que estão em pleno desen volvimento .
É um Axé de muito se g redo e fundamento . O Ba balorixá ou Y alorixá
de ve jogar par a v er se pode dar a f ala e se o Orixá aceita. De ve
apr esen tar o Axé par a as te stemunhas e dar início à Obrigação , que
consis te numa pr ova par a v erificar a v er acidade da posses são ou não .
A con fir mação positiva da v eracidade e da f orça do Orixá é algo de
muita comemor ação . T odos os que par ticipar am da pr ova da f ala,
tes temunhas, Orixá s, Ba balorixá s e Y alorixás, entr am no salão e o
Orixá que r ece beu a f ala é v estido com uma ca pa e saudado por todos
os pr esentes ao Ba tuque.

Serão ou Cor te aos Orixás

A Religião Africanista é em seus fundamentos voltada para o passado, mantém


até hoje ensinamentos e preceitos, desde o tempo mais remoto, do negro na
África e chegou até nós através dos escravos. Sobreviveu a todos os períodos de
opressão e perseguição. Daí a enorme importância da obrigação de corte aos
Orixás, pois é a preservação da cultura que ao mesmo tempo em que ofertava
certos sacrifícios aos Orixás alimentava seu povo com a carne do sagrado.
Depois adiantando na linha do tempo, entramos nas casas comuns e nos terreiros
em que os animais andavam soltos no pátio e serviam para a subsistência
familiar, ainda não existia as facilidades que hoje são disponíveis nos
supermercados.
Há a crença de que a balança não pode ser aberta, isto é, as pessoas devem
permanecer de mãos dadas até que se inicie o alujá, caso a balança arrebente
algo de grave pode acontecer a um dos participantes da balança, podendo até
ser a morte. Mas caso haja alguma ameaça de arrebentar a Balança Axé dos
Presentes enquanto são saudados pelos presentes. Depois os bolos são servidos
aos convidados e o excedente é distribuído juntamente com os mercados. São de
costume também, os convidados ofertarem presentes ao Orixá do Babalorixá ou
Yalorixá por ocasião de seu aniversário de aprontamento. Os presentes mais
comuns são: flores, perfumes, doces, utensílios que podem ser usados no dia-a-
dia do Ylê etc. É neste momento o Babalorixá ou Yalorixá ou o próprio Orixá
apresenta á todos os presentes recebidos. Levantação limpá-las e guardá-las nas
prateleiras dentro do Quarto-de-santo. Mantendo um costume desde o tempo dos
escravos, o Passeio saindo do Ylê vão ate o centro da cidade visitar lugares de
grande significado para a comunidade.
O Serão ocorre geralmente na quinta-feira á noite, começa entorno dás 20:00
horas e estende-se muitas vezes até a madrugada, das obrigações de Bori e de
apronte que serão feitas.
No Serão são imolados animais quadrúpedes (aos quais chamamos vulgarmente
de quatro - pés) e de aves. As oferendas feitas aos Orixás são de origem animal
assim como vegetal (folhas, plantas, grãos) e mineral: os ocutás, a água, etc. Os
animais são ofertados os Orixás com o intuito de fortalecer o axé do Orixá assim
como a mente e espírito do filho-de- santo através do axorô (sangue do animal) e
das inhélas, certas partes dos animais que serão fritas e arriadas no Quarto-de-
santo (cabeça, pés, testículo no caso dos quatro-pés e cabeça, pés, pontas das
asas, do pescoço e da sambiqueira, pulmões e testículos das aves).
A carne dos animais imolados serão preparados em forma de canja, de amalá,
assados, enfarinhados e consumido pelo povo durante o período de obrigação e
pelas pessoas que comparecerem ao toque, Batuque. Os couros retirados dos
animais, depois de preparados são utilizados na confecção dos tambores,
instrumentos tocados durante o Batuque.

Nada é desperdiçado, por exemplo, no Ylê, é grande o número de animais


imolados, devido ao grande número de filhos que o Ylê tem, quando não é
consumida a totalidade de carne e de comida preparada, o restante é doada a
entidades carentes nas proximidades do Ylê.

Pr epar ação do T oque

No dia posterior ao corte, permanecem alguns filhos-de-santo no Ylê para,


prepararem todos os detalhes os toques que irá acontecer no sábado. As
principais atividades acontecem na cozinha, considerada a parte mais
importante do Ylê, depois do Quarto-de-santo. É necessário que um filho-de-
santo, mais experiente e de extrema confiança do Babalorixá ou Yalorixá auxilie
na organização de tudo que deve ser feito, pois os afazeres são muitos e o tempo
escasso.
Além de todas as comidas-de-santo, devem ser feitas comidas tradicionalmente
sagradas e significativas que serão servidas ás visitas que são esperadas mais
tarde no toque.
Com as aves preparam-se: canja, galinha assada, galinha enfarofada. Com a
carne do carneiro faz-se o Amalá, comida consagrada ao Orixá Xangô: A carne
cozida e desfiada são agregadas ao molho com folhas de mostarda picada,
servido com pirão de farinha de mandioca. Os cabritos e porcos são assados e
servidos em pedaços. Faz-se também canjica de milho branca e amarela, além de
uma grande variedade de doces como: sagu, pudim, ambrosia, quindim, docinhos,
etc... Para beber serve-se o Atã, bebida típica do Orixá Ogum, feita com frutas
minusculamente cortadas, misturadas com guaraná e xarope de groselha.Os
miúdos dos quatro-pés é cozido e picado de forma bem miúda para se fazer o
sarrabulho, uma espécie de farofa temperada com cheiro verde, cebola e os
miúdos picados. As filhas de Iansã, ajudadas por outros irmãos fazem o acarajé,
comida consagrada ao seu Orixá de cabeça. Havendo disponibilidade faz-se
ainda os bolos que serão ofertados pela ocasião do aniversário de assentamento
dos Orixás.
A preparação do toque segue com a arrumação do Quarto-de-santo que deve ter:
flores, perfumes, as comidas-de-santo, Atã, pelo menos uma porção de cada
comida que está sendo feita para o povo, frutas, balas enroladas em papéis
coloridos, os bolos de aniversário. Além das inhélas e das vasilhas contendo as
obrigações e de outros fetiches religiosos. Há ainda a arrumação do salão, onde
acontece o toque, e das demais dependências do Ylê que depois da limpeza são
organizadas para melhor receber os convidados, Babalorixás e Yalorixás que
juntamente com seus filhos-de-santo vêm prestigiar a obrigação.
O Mer cado

Também faz parte da preparação para o toque a confecção dos mercados que
serão distribuídos no final do Batuque.O significado e a explicação desta
denominação perdeu-se nos tempos, porém seu significado religioso continua
forte.
Os mercados são pacotes onde se colocam as comidas-de-santo para serem
ofertados ás visitas simbolizando a distribuição e a extensão do axé de
prosperidade, fartura e fraternidade a todos os lares e Ylês.
O axé obrigatoriamente deve ser dividido entre os que compareceram ao toque,
principalmente quando o Ebó é de quatro-pés. Cada Ylê acondiciona o mercado
da maneira que lhe convém: em bandejas, em pacotes, em caixas de papelão,
etc, porém o que não muda muito é o conteúdo do mercado.

O mercado deve conter: pedaços de carne de cabrito assada, frutas, bolo, Axoxô
(milho cozido, pertence á Obá), pipoca (pertence á Bará), batata doce frita em
rodelas ou acarajé (pertence á Iansã), doces - quindim, docinhos, balas (pertence
á Oxum), farofa de Xapanã (farinha de mandioca pilada com amendoim e açúcar).
No final do toque também são distribuídos, bolos, carnes, frutas.
O Babalorixá, muitas vezes presenteia os Babalorixás e Yalorixás que estão de
visita com flores do Quarto-de-Santo, para que sejam colocadas em seus Quarto-
de-santo, como sinal de agradecimento pelo comparecimento no Ebó. Caso ainda
sobre alguma comida ou fruta, deve ser doado a pessoas carentes ou instituições
de caridade.

O T oque

O toque geralmente inicia ás 23:00 horas, quando todos os filhos-de-santo devem


estar presentes e devidamente trajados de seus axós, para auxiliar o Babalorixá
ou Yalorixá a recepcionar os visitantes. O início do toque se dá com a chamada:
todos em silêncio, ajoelham-se, enquanto o Babalorixá ou Yalorixá em frente ao
Quarto-de-santo, tocando o adjá (espécie de sineta) saúda a todos os Orixás, de
Bará a Oxalá, fazendo pedidos de abertura, de paz, saúde e prosperidade a todos
os presentes. Os filhos-de-santo respondem com a saudação específica de cada
Orixá. Os alabês (tamboreiros), "puxam" os Eríns, isto é tocam os tambores
enquanto entoam os Eríns, para que os presentes respondam, e a roda se forma
no centro do salão, movimentando-se no sentido anti-horário. Os Eríns têm
coreografias adequadas a cada orixá ou a cada "passagem", (relação da reza
com alguma história daquele orixá), por exemplo: nos eríns do Orixá Ogum ora
dança-se simulando com as mãos o trabalho do ferreiro na forja, ora dança-se
simulando a utilização de uma lança, relacionando com Ogum guerreiro. Todos
podem fazer parte da roda, adultos, crianças, iniciados e prontos, porém alguns
detalhes devem ser observados. Participam da roda pessoas que estejam de axó
(calça comprida para os homens, e no mínimo saia para as mulheres, desde que
não seja curta), mulheres em período menstrual não participam do Batuque, mas
podem auxiliar na manutenção, na limpeza e na recepção dos convidados. As
pessoas que estiverem de luto também não podem participar do Ebó, ficando
somente na assistência.
Os Orixás que "chegam" usam o centro da roda para dançarem e darem os seus
Axés, com exceção dos Orixás "velhos" que são encaminhados a sentarem-se
nos banquinhos a eles destinados. Os Eríns seguem a hierarquia dos Orixás,
sendo de responsabilidade do Alabê a exatidão dos Eríns assim como a ordem
dos acontecimentos no decorrer do toque. Acompanhe a seqüência de tais
acontecimentos, segundo a Nação Jêge-Ijexá.

Balança ou R oda-de-Pr ontos

Chama-se balança ou Cassum em homenagem a Xangô e também por conter o


Axé de todos os Orixás em equilíbrio. Há um intervalo na movimentação da roda
e os presentes, inclusive os Orixás afastam-se do centro do salão, deixando
espaço para a roda da balança.
Só há balança quando há ebó de quatro-pés, que é constituída exclusivamente
por pessoas prontas na religião, que já tenham feito ao menos Bori de quatro-pés,
no mínimo 06 pessoas (conta de Xangô) podendo ser em número múltiplo de 06:
12, 18, 24, 32. Caso o número de prontos seja excedente, por ser feito mais de
uma balança, aí então se costuma fazer uma balança com pessoas de Orixá de
frente e uma balança com o povo de praia. Os participantes colocados lado a
lado, formando uma roda de mãos dadas, dançam ao ritmo do tambor que vai
gradualmente aumentando de intensidade. É quando ocorre o maior número de
ocupações ao mesmo tempo, sendo somente de Orixás jovens (Oxum, Iemanjá e
Oxalá velhos só podem chegar depois do início dos Eríns de Oxum). Ao terminar a
balança os Orixás cumprem o fundamento: Vão ao Quarto-de-santo, depois até a
porta da rua para cumprimentar os orixás da rua e depois dançam ao som do
Alujá de Xangô e do Alujá de Iansã, Eríns destinados unicamente pelos orixás de
frente. Há a crença de que a balança não pode ser aberta, isto é, as pessoas
devem permanecer de mãos dadas até que se inicie o alujá, caso a balança
arrebente algo de grave pode acontecer por dos participantes da balança,
podendo até ser a morte. Mas caso haja alguma ameaça de arrebentar a Balança,
cabe ao alabê, mudar imediatamente o axé indo direto para a execução do Alujá
de Xangô. Por causa desta crença, muitas pessoas esquivam-se de participar da
Balança, porém é uma obrigação muito forte onde se confirma que o ebó que
está sendo realizado é de quatro-pés, o axé que emana no salão durante a
balança é algo muito forte, sentido por todos os presentes.

Alujá de Xangô e Alujá de Iansã

Logo após a Balança os Orixás que estão no "mundo" dançam o Alujá do Xangô e
o Alujá de Iansã, respectivamente, ritmos do tambor, característicos destes
Orixás. Os Orixás jovens dançam em frente ao "pagodô" local mais elevado
(espécie de palco) onde ficam os alabês. Durante o alujá é contagiante o Axé e a
empolgação com que os Orixás dançam, proporcionando um momento de rara
beleza.

A S aída do Eco

Terminado os Eríns de Obá é hora da Saída do Ecó, que nada mais é do que o
despacho do Axé de Bará, e do Ecó de Bará Lanã e do Bará Lodê (alguidar com
água, farinha de mandioca e gotas de epô - azeite de dendê) e do Ecó de Oxum
(Vasilha de vidro com farinha de milho, água, mel e perfume e flores).

A saída do Ecó simboliza a saída de toda a negatividade que existe no ambiente e


nas pessoas presentes prepara o ambiente para os Eríns dos Orixás de praia, que
tem um toque mais brando. Enquanto sai o Ecó, os alabês continuam puxando os
Eríns, só que agora puxam os Eríns dos Orixás da rua - Bará Lodê, Ogum Avagãn
e Iansã Timboá - não há movimento da roda e a assistência evita olhar para o que
está acontecendo, virando para a parede. Diz a crença que quem olhar a saída do
Ecó atrai para si a negatividade ali contida.

Roda de I bedji

No Batuque de Quatro-pés há a roda de Ibedji, no Jêge-Ijexá ela acontece


durante os Eríns de Oxum. É o momento em que as crianças participam da
obrigação e as mulheres que pretendem a maternidade ou que estão grávidas
fazem os seus pedidos e agradecimentos. Os orixás, principalmente Oxum e
Xangô, distribuem aos que estão na roda e na assistência, as frutas, os doces
quindins, merengues, cocadas, bolos - que estão no Quarto-de-santo.

Axé dos P er fumes

Sendo Oxum a deusa da beleza adora perfumes, espelhos, em seus Eríns há um


momento especial em as Oxuns que estão no mundo recebem vidros de
perfumes, leques e espelhos. Dançam felizes, empunhando seus leques e
espelhos enquanto outras se banham com perfume e distribuem um axé
perfumado as pessoas que estão na roda e na assistência. Este axé faz uma
referência sobre a "passagem" em que Oxum está no rio banhando-se, num ritual
de beleza e encantamento.

Axés dos Pr esente s

Geralmente acontece quase no final do Batuque, os Orixás que estão


aniversariando "apresentam" seus bolos, tantos os Orixás quanto os filhos-de-
santo que não se ocupam, mostram a todos o seu bolo com a vela acesa
(correspondente aos anos de assentamento do Orixá), enquanto são saudados
pelos presentes. Depois os bolo são servidos aos convidados e o excedente é
distribuído juntamente com os mercados. São de costume também, os
convidados ofertarem presentes ao Orixá do Babalorixá ou Yalorixá por ocasião
de seu aniversário de aprontamento.

Os presentes mais comuns são: flores, perfumes, doces, utensílios que podem
ser usados no dia-a-dia Ylê, etc. É neste momento que o Babalorixá ou Yalorixá
ou o próprio Orixá apresenta á todos o presente recebido.

O Axé do Alá de Oxalá

Pertence aos Eríns do Oxalá o Axé do Alá. Em determinado momento, os filhos-


de-santo com estatura mais elevada suspendem ao alto um grande Alá branco.
Enquanto a roda e os Eríns continuam, todos passam por baixo do Alá pedindo ao
Orixá do branco a paz e a proteção.

O Af oriba ou a Dança do Atã

O Aforiba é o momento em que Ogum e Iansã demonstram a passagem em que


Iansã embebeda Ogum para fugir com Xangô. O Babalorixá ou Yalorixá convida
um Ogum e uma Iansã para fazerem o Aforiba, então ela coloca no centro do
salão duas garrafas contendo atã (Aforiba) e as armas pertencentes a estes
Orixás (espadas). Iansã toma as garrafas e oferece á Ogum que logo se
embebeda, mas em seguida Ogum volta a si e vai atrás de Iansã empunhando sua
espada. Os dois lutam, mas Iansã consegue acalmar Ogum e os dois reconciliam-
se e voltam a dançarem juntos.
Tendo um Xangô no mundo poderá vir ele fazer parte do Aforiba. Xangô vem em
defesa de Iansã e com seu machado de dois gumes entra na luta com Ogum. Aí
então, Iansã acalma os dois Orixás.

Os Axêr es

Conforme o Batuque vai acontecendo, os Orixás chegam (ocupam-se da consciência e


do corpo de seus filhos) e fazem o fundamento da religião, conforme o ensinamento do
Babalorixá e da Yalorixá. Feita a obrigação os Orixás "sobem", vão embora. Os Orixás
são despachados, geralmente por filhos-de-santo mais antigos e experientes do Ylê,
porém eles ficam em "Axêre" ou "Axêro" (No Candomblé são chamados de Erês), estado
intermediário entre a ocupação do Orixá e da pessoa propriamente dita. Os Axêres agem
como crianças, tomam refrigerante e adoram fazer brincadeiras com as pessoas, pois
seu linguajar é confuso, trocam as expressões como, por exemplo: "tigue" (tigre) quer
dizer carro, "confeitaria" quer dizer bolo, "pouco" quer dizer muito, "feinho" quer dizer
bonito, e assim por diante. È um momento de descontração, porém deve ser mantido o
respeito, pois apesar de fazerem brincadeiras, os axêres ainda conservam a essência do
orixá.

A Le vantação da Obrigação

Terminada o período em que a obrigação deve ficar arriada, há a levantação,


termo que se refere ao ato de levantar as vasilhas contendo as obrigações de
corte que estavam arriadas, limpá-las e guarda-las nas prateleiras dentro do
Quarto-de-santo. Mantendo um costume desde o tempo dos escravos, as
obrigações são guardadas no Quarto-de-santo e ocultas por cortinas que
geralmente tem á sua frente imagens católicas que se referem ao sincretismo
religioso, assim como velas, castiçais, comidas de santo, flores e outros objetos
sagrados pertencentes aos Orixás.

O P eix e

A obrigação do peixe é feita pela manhã bem cedinho, e só ocorre em festas


grandes, com quatro-pés. Alguém encarregado deve ir ao rio ou ao mercado
público e trazer peixes ainda vivos para serem imolados aos Orixás, de Bará á
Oxalá, por isso não pode ser uma quantidade muito pequena. Os orixás de frente
recebem pintado como obrigação e os Orixás de praia recebem jundiá. No
Quarto-de-santo são imolados ao menos um peixe para cada orixá e a ele é
destinado: a cabeça, as barbatanas, a cauda e um pouco de axorô (sangue). A
carne dos peixes imolados é servida com pirão (ebó) no almoço e deve ser
consumida pelos presos (filhos que estão de Obrigação) e pelos que estão na
casa, pois o ebó de peixe simboliza fartura e prosperidade. Uma quantidade
maior de peixes é preparada frita para ser servida ao povo que comparecer ao
batuque de encerramento ou no Toque do Peixe - toque realizado na noite do
corte do peixe, porém com duração mais curta quando serão consumido o Ebó do
peixe e peixes fritos, além das comidas dos Orixás.

Mesa de Ibedji

A obrigação da Mesa de Ibedji é feita no Batuque de Encerramento e nas


ocasiões em que o Babalorixá ou Yalorixá acharem necessárias. É realizada no
início da noite e antecede o Batuque de Encerramento. Dela participam crianças
de zero á doze anos, além de mulheres grávidas, ou que queiram engravidar. São
"tirados" Eríns de Bará, de Xangô e Oxum (que representam os Ibedji) e dos
Orixás velhos. A Mesa de Ibedji é riquíssima de detalhes e constitui uma
obrigação religiosa com muito axé e beleza. Significa agradar e reverenciar aos
orixás das crianças que simbolizam pureza, paz e prosperidade.
Uma grande toalha branca é colocada ao chão e nela colocam-se 01 gamela de
frutas, 01 gamela contendo Amalá, flores, 01 quartinha, brinquedinhos, bolo,
doces e refrigerantes. As crianças participam em grupos de 06, 12...(números
múltiplos de 06, a "conta" de Xangô), sentam-se ao redor da toalha, as menores
acompanhadas por um adulto. Servem-se para as crianças: primeiramente canja
de galinha, depois os doces e refrigerante. Após terem comido o que foi servido,
são dados ás crianças uma colher de mel e um gole de água. Depois são lavadas
e enxugadas as mãos das crianças. Terminadas estas etapas as crianças são
levantadas da mesa por pessoas adultas ou por orixás que tenham "chegado" na
mesa e conduzidos a formarem uma roda ao som de Eríns de Xangô. São feitas
quantas mesas forem necessárias para que todas as crianças presentes
participem da Obrigação.
Encerrada a Mesa de Ibedji, os Orixás que chegaram durante e a Mesa de Ibedji,
recolhem os itens que ainda restam na mesa e levam até o Quarto-de-santo. Os
brinquedos são distribuídos entre as crianças que participaram da Mesa

Toque de E ncer ramento

É o toque que encerra as atividades públicas do Batuque Grande. Tem uma


proporção um pouco menor do que o primeiro toque, pois é antecedido pelo corte
do peixe e do corte de confirmação, quando são imoladas somente aves aos
orixás.A cor dos axós é preferencialmente o branco e pode acontecer a Mesa de
Ibedji antes do início do toque. É nesta noite que serão dados os axés de Obés e
Ifá. Entre os alimentos servidos aos convidados prevalecem os doces, além da
canja, da canjica e do Amalá (este feito com carne de peito de gado). Seguido do
toque, no dia posterior há a levantação da obrigação do corte de confirmação.

O P asseio

O término da obrigação para os filhos-de-santo que estão presos por motivo de


seu aprontamento ou por obrigação de Bori é o Passeio no dia posterior á
Levantação, pela manhã, antes, porém o Babalorixá ou Yalorixá leva os presos
até a porta da frente do Ylê e apresenta-os à rua (aos Orixás da Rua), liberando-
os para saírem fora dos limites do Ylê.
É comum no centro de Porto Alegre reconhecermos um grupo de presos
passeando juntamente com seu Babalorixá ou Yalorixá. Saindo do Ylê vão até o
centro visitar lugares de grande significado para a comunidade batuqueira: A
Igreja do Rosário construída com o trabalho do negro escravo (antiga irmandade
de negros), o Mercado Público - lá compram cereais, grãos, e velas, o Rio Guaíba
(que banha a cidade) lá reverenciam Oxum e jogam moedas ao rio pedido
prosperidade e fartura. Em seguida, vão visitar algum Ylê conhecido onde "batem
cabeça" cumprimentando os Orixás do Ylê e lá depositam parte das compras
feitas no mercado. De volta ao Ylê, batem cabeça no Quarto-de-santo e arriam o
restante das compras feitas. Cumprimentam o Babalorixá ou Yalorixá na nova
condição de Filho-de-santo pronto, ou borido (conforme a obrigação realiza).

As Quinz enas

As quinzenas são obrigações menores que duram normalmente dois ou três dias -
a matança e o toque (Batuque) é freqüentado por um número não muito grande
de pessoas e geralmente estão associadas a alguma data comemorativa ou a
obrigação de Bori de filhos-de-santo do Ylê. Há o toque dos Eríns dos Orixás, as
comidas-de-santo são ofertadas aos orixás e as tradicionais comidas servidas ao
povo: canja, canjica branca e amarela, amalá. Por ser uma obrigação menor,
exige um mínimo de aves a serem sacrificadas, cujo axorô e inhélas são
ofertadas aos Orixás. A carne das aves é consumida nos intervalos do toque do
tambor, servida enfarofada ou na canja, comidas tradicionalmente ofertadas as
pessoas que comparecem ao Ebó. Há ainda as "quinzenas secas", quando não há
sacrifício de animais. Os alimentos servidos ao povo são basicamente
doces.Sendo as quinzenas obrigações menores, constituem em excelente
oportunidade para a aprendizagem dos fundamentos do Batuque, dos Eríns e da
organização do Ebó.
Os Orixás Vão P ar a a Guer ra:

Realizada no período na semana Santa, não ligada ao catolicismo, mas um


período em que o mundo entra em luto pela crença católica. Por estar em luto a
humanidade fica fragilizada e desprotegida, então se faz nos terreiros à
obrigação de mandar os santos para guerra, Arriam-se novas oferendas, além de
doces e flores em sinal de agradecimento e alegria pela volta dos Orixás, e pelo
término do período de luto. Geralmente acontece na quinta-feira santa á noite, os
Orixás que costumeiramente chegam, manifestam-se em seus filhos-de-cabeça,
perto da porta da entrada do Ylê e com uma expressão mais pesada, com feições
mais sérias, como se estivessem tristes. Recebe no Quarto-de-Santo um
saquinho de tecido contendo grãos que simbolizam o axé e o alimento que serão
necessários na guerra. Levam também todos os axés que estiverem arriados no
Quarto-de-Santo, este permanecendo vazio até o sábado de aleluia em sinal de
luto. No sábado de aleluia, entorno dás 10:00 horas da manhã, abre-se o Quarto-
de-Santo, o tamboreiro toca os Eríns e os Orixás que foram para a guerra
manisfestam-se novamente, simbolizando a chegada da guerra. São
recepcionados com muita alegria, pois o período de guerra e de luto foi superado.
Arriam-se novas oferendas, alem de doces e flores em sinal de agradecimento e
alegria pela volta dos Orixás, e pelo término do período de luto.
A E ntr e ga do Ano:

Na concepção batuqueira, cada ano é regido por um Orixá que é acompanhado


por outros Orixás. A determinação de qual Orixá irá reger o ano é dada através
do Jogo de Búzios. Esta limpeza é diferente das demais limpezas feitas durante o
ano, pois é realizada com o Axé de todos os Orixás, mais 07 varas de marmelo.
(que pertencem a Ogum, para cortar as demandas), a vassoura de Xapanã (de
palha ou com 07 cores de tecido, para varrer as mazelas e feitiçarias) e com 01
ave do Orixá que está entregando o ano. É feita à marcação dos que fizeram a
limpeza e segurança amarrando-se ao pulso ou tornozelo um molho de linhas
com as cores de todos os orixás, o que significa que o indivíduo está puro e
seguro para enfrentar o ano que vai vir. Esta Limpeza é feita também nas
pessoas comuns que freqüentam o Ylê. Depois da Limpeza é feito o osé nos
Orixás, limpeza das ferramentas, dos ocutás e de tudo o que pertencem aos
Orixás. E finalmente é realizado o toque em homenagem aos Orixás que estão
entregando o ano e aos orixás que irão reger o próximo. A água contida nas
quartinhas dos Orixás são despachadas e trocadas por uma nova água, o que
simboliza a renovação do Axé. É uma obrigação com caráter festivo, porém não
deixa de ter seu caráter religioso.

Os Rituais Fún ebr es Dentr o da R eligião Africanista

O Batuque cultua seus antepassados, e embora o culto aos que já se foram faz
parte do Fundamento Religioso do Batuque, as obrigações, bem como tudo o que
se refere aos rituais fúnebres é separado e diferente do culto aos Orixás.
Há muito respeito e um certo temor ao se falar em "Egun" - espírito dos que se
foram causando até mesmo pânico entre aqueles que não conhecem os
fundamentos religiosos. Babalorixás e Yalorixás que atingiram um grau mais
elevado na Religião possuem o Balê ou "Buraco", local específico para as
obrigações ligadas aos mortos, geralmente situado no extremo oposto á entrada
do terreiro, porém quando o Balê ou Buraco não é estabelecido, os rituais e
oferendas aos Eguns são feitos no mato. As obrigações de egun acontecem em
períodos pré-estabelecidos (geralmente próximo á Semana Santa e no Dia de
Finados) e anualmente no dia em se comemora a abertura do Balê, salvo ao fato
de algum filho-de-santo vir a falecer.
No caso de falecimento do Babalorixá ou Yalorixá dono (a) do terreiro, o luto no
templo permanece por um ano, neste período ficam suspensas obrigações de
corte, toques e fetiches, sendo somente liberado o Jogo de Ifá trinta dias depois
para que se possa manter a economia do terreiro. No Balê são feitas às
oferendas aos eguns, comidas ritualísticas específicas, flores, bebidas, cigarros,
perfumes, etc. - como forma de homenagear nossos ancestrais, desde aqueles
que deram início á nossa gôa (família religiosa) até aqueles que se foram mais
recentemente.
Ao falecer um iniciado na Religião Africanista é necessário realizar as
Obrigações de Desligamento e quanto maior for o grau de importância desta
pessoa dentro do culto, maior e mais detalhada será a obrigação, que significa o
desligamento do espírito da pessoa falecida com a vida material e terrena. Os
cânticos que no lado dos Orixás são chamados de Eríns, nos Eguns são
chamados de Ateté e são acompanhados ao som do tambor xôxo, não há
utilização de sineta e nem de agê, a roda movimenta-se no sentido horário
enquanto balançam-se os braços, os participantes usam sapatos, características
contrárias às das obrigações para os Orixás. Além de homenagear os ancestrais,
as Obrigações de Egun também servem para descarregar as cargas negativas.
Dia dos Orixás no Batuque:

Bará:

1) Bará: dia: se gunda – f eir a

Bará no Ba tuque

Bará é nome de um Orixá que se cultua no Batuque, religião afro-brasileira do


Rio Grande do Sul.

Por várias características pertencentes aos homens, Bará se apresenta como o


Orixá mais humano de todos os Deuses africanos, sendo sempre o primeiro Orixá
a ser servido em qualquer obrigação, nele encontraremos um Orixá prestativo e
presente, segurando todas nossas futuras necessidades, caso contrário devemos
nos preparar, sem exagero, para alguma coisa desagradável.

Como dono das chaves, dos portais, encruzilhadas, caminhos e comércio, deve
sempre ter suas saudações, obrigações e cortes quando necessário feitos em
primeiro lugar caso contrário caminhos trancados, mas não devemos taxar o
Orixá Bará de egoísta, para a segurança de nosso ritual é só servi-lo primeiro e
assim nosso ritual estará bem encaminhado. É o Orixá responsável pela boa
abertura dos trabalhos, esta para nossos negócios e vidas, destrancando
caminhos e abrindo portas ou trancando e fechando, dependendo de nossos
merecimentos e cumprimento de tarefas.

Saudação: Alúpo ou Lalúpo


Dia da S emana: Segunda-feira e Sexta (Bará Agelú)

Númer o: 07 e seus múltiplos

Cor : Vermelho

Guia: Corrente de aço (para alguns), vermelho escuro (Legba), vermelho (Lanâ,
Lodê, Adagui e Agelú)

Of er enda: Pipoca, Milho torrado, 07 batatas inglesas assadas e azeite de dendê.

Adjuntó s: Legba com Oiá Timboá, Lodê com Iansã ou com Obá, Lanã com Obá
ou com Oiá, Adagui com Oiá ou com Obá, Agelú com Oxum Pandá e às vezes com
Oyá

Fer ramen tas: Corrente, chave, foice, moeda, búzios, entre outros.

Ave: Galo Vermelho.

Qua tr o pé: Cabrito branco fosco mais ou menos marrom.

Bará Lodê: São Pedro, quando faz adjuntó com Iansã, São Benedito com faz
adjuntó com Obá.

Bará Lanã: Santo Antônio do Pão dos Pobres

Bará Ada gui : Santo Antônio

Bará Agelú: Menino no colo do Santo Antônio.

Os filhos de Bará possuem um caráter ambivalente, ora são pessoas inteligentes


e compreensivas com os problemas dos outros, ora são bravas, intrigantes e
ficam muito contrariadas. As pessoas de Bará não têm paradeiro, gostam de
viagens, de andar na rua, de passear, de jogos e bebidas. Quase sempre estão
envolvidas em intrigas e confusões. Guardam rancor com facilidade e não
aceitam ser vencidas. Por isso para ter-se um amigo ou filho de Exú é preciso que
se tenha muito jeito e compreensão ao tratar-se com ele.

Reza escrita de Bará:


Amac her e onibá E xu a banada ama cher e onibá E xu a banada.

Responder: Amachere onibá Exu abanada amachere anibá Exu abanda.

Exu ademi c hec hemirê

Responder: Exu ademi chechemirê

Exu ademi c hec hemibará

Responder: Exu ademi chechemirê

Exu jalana fuá

Responder: Exu jalana fumalé

Exu jalana didê

Responder: Exu jalana fumalé

Exu o Lodê

Responder: Exu ecuo bará Ianã

Bará Exu

Responder: Bará

Lanã Exu

Responder: Bará

Lodê Exu

Responder: Bará

Alupa gema

Responder: Alupagema

Alupao
Responder: Alupagema

Ai o que bará

Responder: Alupagema

Ai bará bará

Responder: Alupagema

Choni c honi c honi padô

Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô

Bará no ecó c honi padô

Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô

Ole barábô alar oiê a exulanã ole barábô alar oiê ae xulanã iamadecó eco
de bará ogum tala bô bará oeléf a e xulanã

Responder: Olebarábô alaroiê aexulanã olebarábô alaroiê aexulanã iamadecó eco


de bará ogum talabô bará oeléfa exulanã

Ole bará aléo modibará oele fa epô

Responder: Olebará aléo modibará oelefa epô

Ole bará o eléo

Responder: Ae ae olebará

Bará Exu berim

Responder: Exu berim Exu berim ianã

Lanã Exu berim

Responder: Exu berim Exu berim ianã


Ae ae ol ebaráo ae ae ole bará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae
ole bar ao

Responder: Ae ae olebaráo ae ae olebará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae


olebarao

Oiá oiá

Responder: oiá eléfa

Exu Demi modibará com seu ajo modipaim

Responder: Exu Demi modibará com seu ajo modipaim

Bará ramo J ecum Ioda barár amo jecum lodá eco barár undeo barár undeo
barár amo jecum r eum

Responder: Chegou Ioda

Barámo r eum

Responder: Chegou Ioda

Papainhale

Responder: Papainhale

Exulana f omiô barálana f umaléo

Responder: Exulana fomiô exulana fumaléo

JEJE

Ole bará ia boduma sana bor e oeléba

Responder: Olebará iaboduma sanabore oeléba

Ole bará ia boduma oaçaquer e equeoue

Responder: Olebará iaboduma oaçaquere equeoue


Ocor o ocor o ocor o quer e quer e o eléf a ia boduma

Responder: Ocoro ocoro ocoro quere quere ocoro ocoro ocoro e eléfa iaboduma

Ogum léba Ogum f ar erê

Responder: Ogum

Ogum dae ae ae

Responder: Ogum dae anaisô

Ogum anir a alase bó

Responder: Ogum anira alasebó

Ogum a béo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum

Responder: Ogum abéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum

AXE DO ECÓ

Exú olodê

Responder: Exú Ecuô Bará lanã

Lanã Exu

Responder: Bará

Lodê Exu

Responder: Bará

Eque bau E xú

Responder: Bará

Lodê Exú

Responder: Bará
Amac her e onibá E xú a banadá ioama cher e onibá E xú a banada

Responder: Amachere onibá Exú abanadá ioamachere onibá Exú abanada

Ademi c he chemirê

Responder: Ademi chechemirê

Ademi c he chemibará

Responder: Ademi chechemirê

Exu jalana fuá

Responder: Exu jalana fumalé

Exu jalana didê

Responder: Exu jalana fumalé

Lanã Exú berim

Responder: Exu berim Exu berim lanã

Bará Exu berim

Responder: Exu berim Exu berim lanã

Eque bau E xu berim

Responder: Exu berim Exu berim lanã

Alalupa gema

Responder: Alalupagema

Alalupao

Responder: Alalupagema

Choni c honi c honipadô


Responder: gam gam chonipadô

Me gê me gê

Responder: Ara Ogum megê mireo

Acará medieo

Responder: Ara Ogum megê mireo

Ogum beo aimpar a Ogum adio Ogum beo aimpar a Ogum adio Ogum
va gam

Responder: Ageóra oraóra ageóra

Ogum:

2) Ogum: dia: Segunda-feira para Ogum Avagãn Quinta-feira para os

demais

Ogum no Ba tuque

Orixá da guerra, das batalhas, dos metais, da agricultura, dos caminhos e da


tecnologia.
Orixá guerreiro, defendendo as leis e a ordem, representa todas as batalhas da
vida, ele faz parte de tudo aquilo que é preciso lutar para alcançar vitória.
Ogum ensina os homens a manufaturar o ferro e o aço, a ele pertence o "obé" – a
faca utilizada para os sacrifícios.
Em muitas lendas aparece como irmão de Odé e Bará. Um símbolo de Ogum
sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que
são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua
proteção. Depois de Bará é o Ogum que está mais próximo dos homens. Seu
símbolo principal é uma espada de ferro chamada idà, seu dia é a quinta-feira.
Senhor da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como
seus símbolos. Orixá do fogo e do ferro em que são forjados os instrumentos
como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá,
etc. É o dono do Obé (faca) por isso vem logo após o Bará porque sem as facas
que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das
estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das
casas e templos. Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros,
trabalhadores e agricultores.

Saudação - Ogunhê.
Dia da semana - segunda-feira para Ogum Avagãn e quinta-feira para os demais.
Número - 07 e seus múltiplos.
Cor - vermelha e verde.
Guia - vermelho e verdes escuros.
Oferenda - pipoca, farinha de mandioca mistura com dendê, costela de gado
assada e três laranjas de umbigo cortadas em cruz.
Adjuntós - Avagãn com Oyá Timboá ou Oiá Dirã, Onira com Oiá, Olobedé com
Iança, Adiolá com Oxum Pandá ou Iemanjá Bocí.
Ferramentas - alicate, espada, faca, bigorna, búzios, moedas, martelo, tenaz,
lança e ferradura.
Ave - galo vermelho dourado.
Quatro pé - cabrito branco, vermelho, malhado ou escuro, menos preto.

Ogum Avagãn - São Paulo


Ogum Onira, Olobedé e Adiolá - São Jorge.

Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos,


briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes
na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São
amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos,
despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos
sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu
grande amor.

Reza escrita de Ogum:

Ogum ario ario Ogum quer e


Responder: Ogum ario ario Ogum quere

Amajocô Ogun I o

Responder: Orumalé amajocô Ogum o orumalé

Abolelai oa bac hame siogun o oa bac hame siaolê Ogum

Responder: Abolelai oabachame siogun o oabachame siaolê Ogum

Ogum or um odô oamaconi e bó eloa boum anaisô oaja bomiô

Responder: Ogum orum odô oamaconi ebó eloaboum anaisô oajaba mio

Ar a Ogum or um odô

Responder: Ario ara Ogum orum odô ario

Er unde ococoeir o leoa gar eo

Responder: Erunde ococoeiro leoagareo

Ogum Ogum af oiba

Responder: Oamoro amofererê

Ogum Ogum o af abami

Responder: Oamoro amofererê

Iemanjá Lupetéo

Responder: Ogum Onira anaisô quereque

Sô sô sô

Responder: Ogum Onira anaisô quereque

Ogum adeiba

Responder: Adepa Ogum farerê


Ogum tala baic hor o obeçeo Ogum o

Responder: Ogum talabaichoro obeçeo Ogum o

Ogum talajô

Responder: Ogum Iai Ogum lai Ogum

Ogum onir a oaçeço e bó

Responder: Ogum onira oaçeço ebó

Or omiotala de or umalé

Responder: Oromiotala de orumalé

Ogum tala de tala Ogum

Responder: Oromiotala de orumalé

Onir a opeê onir a opê Ogum anirê Ogum onir a eco ateuá Ogum anirê
Ogum onir a eoa teuá Ogum anirê

Responder: Onira epeê onira opê Ogum anirê Ogum onira ecoateuá Ogum anirê
Ogum onira eoateuá Ogum anirê

E Ogum f er emi

Responder: Ara Ogum Ogum dê

E Ogum f eriamã

Responder: Ara Ogum Ogum dê

Ar a no ar eo ar a no ar eo eoama féqueoé

Responder: Ara Ogum Ogum dê

E oamaféqueoé

Responder: Ara Ogum Ogum dê


Ogum ademio

Responder: Eléfa tala ademio

E a ademio

Responder: Eléfa tala ademio

Ogum onir a Ogum lor o Ogum dalóc ha epê Ogum onir a Ogum lor o Ogum
dalóc ha ar umalé

Responder: Ogum onira Ogum loro Ogum dalócha epê Ogum onira Ogum loro
Ogum dalócha arumalé

Ogum de anirê irê irê Ogum ló acar adeo anirê ir e ir e Ogum ló

Responder: Ogum de anirê irê irê Ogum ló acaradeo anirê ire ire Ogum ló

Abela muja a bela mur e

Responder: Abela muja oquereo

Oquer eo

Responder: Oquicoro

Fará riri ma far a biá ma far a biá ma far a Ogum

Responder: Fará riri mafara biá mafara biá mafara Ogum

Ogum talajó

Responder: Ogum ló Ogum ló Ogum

Ogum f ará f ará f ará Ogum f ará mar ajó

Responder: Ogum fará fará fará Ogum fará marajó

Onir a opeê onir a opeê Ogum anirê Ogum onir a eo ateuá Ogum anirê
Ogum onir a eoa teuá Ogum anirê
Responder: Onira opeê onira opeê Ogum anirê Ogum onira eoateuá Ogum anirê
Ogum onira eoateuá Ogum anirê

Calulu

Responder: Óia a bela muja

JEJE

Ogum f ará f ará f ará Ogum f ará mar ajó

Responder: Ogum fará fará fará Ogum fará marajó

Ogum Dae ae ae

Responder: Ogum dae anaisô

Ogum onir a alase bó

Responder: Ogum dae anaisô

Ogum a beô Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum

Responder: Ogum abeô Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum

Ogum Macá Macá Ca becini Abeô

Responder: Ogum Macá Macá Cabecini Abeô

Ogum eléf a lai lai Ogum elé fa la lai

Responder: É de lai lai lai Ogum eléfa lai lai lai

É de lai lai Xangô edeue

Responder: É de lai lai Xangô edeue é de lai lai


Xangô edeue

Responder: É de lai lai Xangô edeue é de lai lai

Ogum edeue

Responder: É de lai lai Xangô edeue é de lai lai

Ogum onir a Ogum lor o

Responder: Oemaquere quere quere Ogum loro

Yansã/Oyá

3) Yansã/Oyá : dia: T erça- feir a

Oyá no Batuque
Também chamada Oiá, é o Orixá dos ventos e raios. Além disto, e Senhora dos
Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado
Eruexim - um dos seus símbolos. Guerreira, a mais agitada dos Orixás feminina,
foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô. É
irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e
impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas
casas é também dona do teto da casa, do Ilê. Suas cores são vermelho e branco,
marrom terracota ou ainda, rosa. De acordo com uma lenda Oyá Omo Mésàm (a
mãe dos nove filhos) derivou o nome de Iansã. Sua saudação é epaiêio!
Iansã é rainha dos raios, ventos e tempestades. É um Orixá feminino, enérgico,
sensual e autoritário.
Na mitologia dos Orixás Iansã foi casada com Ogum, mas o traiu com Xangô.
Saudação - Epaiêio.
Dia da semana - terça-feira.
Número - 07 e seus múltiplos.
Cor - vermelha e branca.
Guia - 01 conta vermelha, 01 conta branca.
Oferenda - pipoca, opeté de batata doce (batata doce amassada com as mãos
misturado ao azeite de dendê), maçã bem vermelha e sete rodelas de batata doce
fritas no azeite comum.
Adjuntós - Oiá Timboá com Bará Legba ou com Ogum Avagãn, Iansã Oiá Dirã com
Ogum Avagãn, Iansã Oiá com Bará Adagui, as vezes com Bará Lanã ou com Bará
Agelú ou Ogum Onira ou Xangô Aganjú ou Xapanã Jubeteí, Iansã com Bará Lodê,
com Ogum Olobedé, com Xangô Agodô, com Xapanã Belujá ou com Xapanã
Sapatá.
Ferramentas - espada, par de alianças, cálice, moedas, búzios e raio.
Ave - galinha vermelha ou carijó.
Quatro pé - cabrita branca.
Iansã Oiá Timboá - Santa Terezinha quando faz adjuntó com Ogum Avagãn.
Iansã Oiá Dirá - Joana D’arc.
Iansã Oiá - Santa Bárbara sem o castelo.
Iansã - Santa Bárbara com o castelo.
As pessoas filhas de Iansã são audaciosas, intrigantes, autoritárias, vaidosas,
pessoas sensuais, volúveis, com tendência a ter diversos relacionamentos
sexuais, inclusive aventuras extraconjugais. São extremamente ciumentas. Mas
quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são
extremamente companheiras.

Reza escrita de Oyá (Yansã)

Oiá madê oário acar ao oi jacoló

Responde r : Oiá madê oário acar ao oi jacoló

Oi ucadeo oiá docô oi jocoló

Responde r : Oiá madê oário acar ao oi jacoló

Ober ece manicéo

Responde r : Oiá docô obecéo

Osonir eo ober ece cari de Ogum

Responde r : Osonir eo ober ece cari de Ogum


Ober ece cari de Ogum oanir eu eoa teuá

Responde r : Ober ece cari de Ogum oanir eu eoa teuá

Ogum oiá mauer utê

Responde r : Obecéo or o corô

Ogum onir a eloa tauô

Responde r : Ario onir a obecéo

Ogum onir a eloa tomio

Responde r : Ario onir a obecéo

Eloa tauao

Responde r : Ario onir a obecéo

Eloa tomio

Responde r : Ario onir a obecéo

Amaia maia maia jarô jarô amaia omocepéo jarô jarô

Responde r : Amaia maia maia jarô jarô amaia omocepéo jarô jarô

Ogum méla méla deu

Responde r : Aliança é de loiá

Oiá calulu Iansã cenin e bó

Responde r : Oiá calulu oiá cenin e bó

Ogum siribó paco taco mar açó Ogum si ribó paco taco mar acó Ogum
siribó orixá oriocô

Responde r : Ogum siribó paco taco mar açó Ogum siribó paco taco
mar acó Ogum siribó orixá oriocô
Ogum Ogum siribó

Responde r : Orixá oriocô

Iansã Ogum siribó

Responde r : Orixá oriocô

Aliança é deloiá paliança aquilodá

Responde r : Aliança é deloiá paliança aquilodá

Aliança é deloiá aliança é deloiá aliança é deloiá é or umalé emodibau

Responde r : Aliança é deloiá aliança é deloiá aliança é deloiá é


or umalé emodibau

Aliança e deloiá par ananf o aquilojá

Responde r : Aliança e deloiá par anan fo aquilojá

Obiaodoa oiadê obiaodoa oiadê eleuará epê obiaidia oiadê

Responde r : Obiaodoa oiadê obiaodoa oiadê eleuará epê obiaidia oiadê

Aça geuae

Responde r : Adeuae

Aça geuemi

Responde r : Adeuae

Oidoni T otô Iansã adupê Odocoo Mar ejo

Responde r : Oidoni T otô Iansã adupê Odocoo Mar ejo

Ogum Laça padô Iansã

Responde r : Ococô Minhanhã Oiá


Ogum lepafune

Responde r : Epa

Ogum ele bará

Responde r : Epa

Iansã com Ogum

Responde r : Epa

Ogum com Iansã

Responde r : Epa

Beléu eléu eléu elisô

Responde r : Beléu eléu eléu elisô

Oiar ebete

Responde r : Ar epê

Onicor orô oquibiloiará aminila ba loquiloiá

Responde r : Onicor orô oquibiloiará aminila ba loquiloiá

Écodoéco onicorô

Responde r : Oiadocô oianiqué

Oia e eae

Responde r : Oia e eae

Fará Ogum f ará Ogum f ará daumiceró eró

Responde r : F ará Ogum f ará Ogum f ará daumiceró eró

Ogum alaie
Responde r : F ará Ogum f ará

Oloir e é par a amao oloiré é par atô

Responde r : Oloir e é par a amao oloiré é par atô

Er undê aoiadocô eró

Responde r : Er undê aoiadocô eró

Oiadocô

Responde r : Eró eró

JEJE

Obilaia obilaia

Responde r : Oiá maque quer e

Xangô Loiá

Responde r : Oquer e quer e ouquese

Xangô I ansã

Responde r : Oquer e quer e ouese

Oiá oiá oiá nogodô oiá nigodô sa pa ta nigodô

Responde r : Oiá oiá oiá nogodô oiá nigodô sa pa ta nigodô

Xangô Baí oiá Docô Aganjú ca becile Xangô Baí

Responde r : Xangô Baí oiá Docô Aganjú ca becile Xangô Baí

Xangô

4) Xangô : dia: T erça-f eir a


Xangô no Ba tuque

Divindade do fogo e do trovão e da justiça. Rei de Oyó. Tem grande importância


nos segmentos do candomblé com origem em terras Yorubá, importância esta
representada pelo seu instrumento sagrado chamado Xére - que é tratado e visto
com grande respeito por qualquer aborixá (adorador de orixá). XANGÔ é um Orixá
temido e respeitado, é viril e violento, porém justiceiro, e muito vaidoso. Xangô
era muito atrevido e violento, porém, grande justiceiro, sempre castigando os
ladrões e malfeitores. Por este motivo diz-se que quem teve morte por raio, ou
sua casa, ou negócio queimado pelo fogo, foi vítima da ira ou cólera de Xangô.
Seu símbolo principal é a machada de dois gumes ou dupla (Oxê). Tudo que se
refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos
trancados, pertencem a Xangô, Rei de Oyó, marido de Oyá, Oxum e Oba.
Deus da justiça e do trovão. Patrono da política, da diplomacia, da sedução e da
articulação.
Senhor da vida é o grande Rei entre os orixás.
Iansã, Obá e Oxum são suas esposas. Xangô controla o fogo, porém seu poder só
tem efeito se praticado junto com Iansã, de quem Xangô não pode se separar.
Saudação - Caô Cabeci ou Caô Cabecile.
Dia da semana - quarta-feira.
Número - 06 e seus múltiplos.
Cor - branca e vermelha.
Guia - 06 conta vermelha, 06 conta branca.
Oferenda - Amalá (carne de peito bem cozida e desfiada com a mão,
mostarda(verdura) cozida no bafo da carne, seis bananas catarinas, uma maçã
bem vermelha, pirão de farinha de mandioca bem cozido, um pouco de dendê e
seis folhas de mostardas para enfeitar o alguidar ou a gamela).
Adjuntós: Xangô Agandjú Ibedji com Oxum Pandá Ibedji, Xangô Agandjú com Oiá
ou Oxum Pandá ou Iemanjá Bocí, Xangô Agodô com Iansã ou Oxum Olobá
Ferramentas: Balança, machado de duas lâminas, livro, pilão, gamela, búzios e
moedas, brinquedos para Xangô Agandjú Ibedji
Ave: Galo Branco.
Quatro pé: Carneiro branco
Xangô Agandjú Ibedji: São Cosme e São Damião
Xangô Agandjú: São Miguel Arcanjo
Xangô Agodô: São Jerônimo quando faz adjuntó com Iansã e São João Batista
quando faz adjuntó com Oxum Olobá

Os filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer


influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos
honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira
violenta e incontrolável. Os filhos de Xangô são tidos como grandes
conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista sexual
assume papel importante em sua vida.
Odùdùa, um guerreiro que vinha de uma cidade do Leste, invadiu com seu
exército a capital do povo chamado Ifé. Esta cidade depois se chamou Ifé,
quando Odùdùa se tornou seu governante.

Reza escrita de Xangô:

Ebêo maiô, e bêo maiô, acar euáia Xangô maiô, acar euáia godô maiô

Responder: Ebêo maiô, ebêo maiô, acareuáia Xangô maiô, acareuáia godô maiô

Ala ba taô ca becile adeô

Responder: Alabataô cabecile adeô

Oluor Ogum Na bor ibor eléf a Orixá oluor og na bor ibor elé fa Orixá

Responder: Oluor Ogum Nabor ibor eléfa Orixá oluor og nabor ibor eléfa Orixá

Aganjuéco minaué jenjé or um jenjé a ganjuéco minaué jenjé ori Xangô

Responder: Aganjuéco minaué jenjé orum jenjé aganjuéco minaué jenjé ori Xangô

Ogodoci emir emi a ganjú amiçaor a ogodoamam er emi Xangô a ganjú


amiçaór a

Responder: Ogodoci emiremi aganjú amiçaora ogodoamam eremi Xangô aganju


amiçaóra
Aguntaô

Responder: Amiçaóra

Aladeum

Responder: Laúmquerê

Obomaré

Responder: Querequê obomaré querequê

Chor o c hor o onigodô

Responder: Choro choro onigodô

Chor o c hor o onigodô

Responder: Choro choro onigodô

Acumberi

Responder: Ara acumberi ara

Onipeni Xangô

Responder: Abado onipê oiabadô

Onipeni Iansã

Responder: Abado onipê oiabadô

Aganjuéco er epê

Responder: Aganjuéco saranhã

Sar anhã acaf amodé sar anhã acaf amodé

Responder: Oia badilê saranha acafamodé

Calulu calunudê
Responder: Anareum calunudê

Ogodo sala sala saô

Responde r : Eque bor euá ogodo sala sala saô eque bor euá

Na gorô na guiac haor o

Responder: Ago iê iê

Omodibau

Responder: Lai lai omodibau aiê omodibau lai lai omodibau aiê

Lai lai guiac haor o

Responder: Lai lai guiachaoro

Cao ca belecile omoc hirê omodibau

Responder: Cao cabelecile omochirê omodibau

Caô

Responder: Cabecile

AXÉ D A B AL ANÇA

Eliço godô acar ao anicéu anicéu

Responder: Eliço godô acarao anicéu anicéu

Adeoo

Responder: Anicéu anicéu

Anicéum acaorô

Responder: Anicéo acaorô


AL UJÁ

Acac hac há Xangô lou fine anixangô acac hac há Xangô lou fine Ana r euá

Responder: A ae e aee a e aee

Calunudê calunudê é de cão ca becile ae é de godô ca becile ae

Responder: Calunudê calunudê é de cão cabecile ae é de godô cabecile ae

Iocundeô

Re Ara decum decum decá

JEJE

Sobo undê

Responde r : Acalum alar undê aê aê acalum alar undê

Ococundê

Responde r : Acalum alar undê aê aê acalum alar undê

Ibedjis
5) Ibedjis : Dia da Semana: Sábado e Terça-feira

Ibeji no Ba tuque

Ibejis são divindades gêmeas infantis, é um orixá duplo e têm seu próprio culto,
obrigações e iniciação dentro do ritual.
Divide-se em masculino e feminino, (gêmeos). Cultua-se como erês ligado a
qualidades de xangô e oxun. Popularmente conhecido como Xangô e Oxun de
Ibeji.
Os orixás gêmeos protegem os que ao nascer perderam algum irmão (gêmeo), ou
tiveram problemas de parto. Em algumas casas de candomblé e batuque são
referidos como erês (crianças) que se manifestam após a chegada dos Orixás
chamados de axé erês ou axêros. Em outras são cultuados como xangô e ou
oxum crianças. Porém na verdade são orixás independentes dos erês.
Por serem gêmeos, estão ligados ao princípio da dualidade e de tudo que vai
nascer, brotar e criar.
Saudação: Ieieu Oxum Ibêdje e Caô Cabecile Xangô Ibêdje
Dia da Semana: Sábado e Terça-feira
Da Comemoração: 27 de Setembro
Número: 6 e seus múltiplos (quando Xangô Ibêdje) e 8 e seus múltiplos (quando
Oxum Ibêdje)
Cor: Amarelo claro (Oxum Ibêdje) e vermelho e branco (Xangô Ibêdje)
Oferenda: Todos os tipos de doces e guloseimas.
Ave: Casal de frangos branco.
Cosme e Damião

Seus filhos são pessoas com temperamento infantil, jovialmente inconseqüente;


nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram. Costumam ser
brincalhonas, sorridentes, irrequietas, tudo enfim que se possa associar ao
comportamento típico infantil. Muito dependentes nos relacionamentos amorosos
e emocionais em geral, podem então revelar-se teimosamente obstinados e
possessivos. Ao mesmo tempo, sua leveza perante a vida se revela no seu eterno
rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, sua dificuldade em
permanecer muito tempo sentado, extravasando energia. Podem apresentar
bruscas variações de temperamento, e certa tendência a simplificar as coisas,
especialmente em termos emocionais, reduzindo, à vezes, o comportamento
complexo das pessoas que estão em torno de si a princípios simplistas como
"gosta de mim" ou "não gosta de mim". Isso pode fazer com que se magoem e se
decepcionem com certa facilidade. Ao mesmo tempo, suas tristezas e
sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem deixar grandes marcas.
Como as crianças em geral, gostam de estar no meio de muita gente, das
atividades esportivas, sociais e das festas.

Reza escrita de Ibedjis:

Dioo dioo tala dibeije édioo tala dibeije édioo alar undeo
Responder: Dioo dioo tala dibeije édioo tala dibeije édioo alarundeo

Dioo dioo Xangô di beije é .dioo tala di beije é dioo

Responder: Dioo dioo Xangô di beije é .dioo tala di beije é dioo

Elecundiar eo

Responder: É cundiareo Ogum ló

Oo oo obunler undê diloque loua ajá ajá ocundê elecundiar eo

Responder: Ocundiareo Ogum

Elecundiar eo

Responder: É cundiareo Ogum ló

Ba ba r umalé oluf a

Responder: Babarumalé olufa

Tala di bedijo Xangò tala di bêdijo alar euá

Responder: Anibedijo

Alar euá

Responder: Anibedijo

Tala di bedi é di ouô tala di bedi é di ouô

Responder: Oia sençumalé tala dibedi é di ouô

Ubadê ubadê ubadê acorô

Responder: Dadá selé ubadê acorô

Açeçum sa pa tá eçula baê

Responder: Açeçum sapatá eçulabaê


Eçula baê eçula baê

Responder: Açeçum sapatá eçulabaê

Alaium alaium ar ur eba bá

Responder: Alauim alauim arurebabá

Or ocundeô

Responder: Ara decum decum decá

Odé/Otim
6) Ode / Otim : dia: S exta- feir a

Ode/Otim no Ba tuque

Orixás yorubanos da caça e do mato, no batuque, religião afro-brasileira do Rio


Grande do Sul. Odé é o terceiro filho de Yemanjá com Oxalá senhor da caça e rei
do ketu o único verdadeiro amor de oxum, diz uma lenda que ode um dia saiu de
casa e ficou preso nas matas de ossanha apesar de sua mae o ter avisado
teimoso foi ate as matas e ossanha apaixonada o prendeu la Yemanjá ficou muito
triste com a ausência de seu filho e se pos a chorar então Zambi deu ordem pra
ossanha soltar ode para ver sua mãe, mais por ter passado muito tempo ode se
acostumou em viver nas matas sendo assim visita sua mãe mais mora nas matas.

Divindades da caça que eles vivem nas florestas. Seus principais símbolos são o
arco e flecha, chamado OFÁ, e um rabo de boi chamado ERUEXIM. Em algumas
lendas aparece como irmão de Ogum e de Bará.
Vivem nas matas, caçando, por isso, protege os caçadores em suas expedições.
É casado com Otim formando um casal inseparável, onde está um está o outro.
Odé caça, mas fica com pena dos bichos e dá para sua mulher Otim que devora
tudo e por isso é gorda.
Saudação: Oquebambo
Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé, para
outros Segunda-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Azul forte e branco para Odé e Azul forte e rosa para Otim.·Guia: 01 conta
azul, 01 conta branca, 01 conta azul para Odé 01 conta rosa, 01 conta azul, 01
conta rosa para Otim
Oferenda: Miami doce, chuleta de porco frita no azeite comum e refogada com
azeite de dendê com uma pitada de mel, feijão miúdo, doce (balas e pirulitos)
Adjuntós: Odé com Otim ou Iemanjá Bocí (neste caso normalmente a Otim
passará para a "passagem"). Otim com Odé
Ferramentas: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios
Ave: Galo prateado claro ou pintado para Odé e galinha preta para Otim
Quatro pé: Casal de porco.
Odé: São Sebastião
Otim: Santa Bernadete ou Santa Efigênia

Seus filhos são pessoas espertas e com iniciativa, gostam de descobertas e


novidades.
São místicos e muito intuitivos. O lado emocional é sua característica mais
marcante, pois é carismático e carinhoso.
Costumam ser indecisos e inseguros, mas adoram se apresentar em público e ser
o centro das atenções.

Reza escrita de Odé/Otim:

Ossampa er epê amam olur o er epê

Responder: Ossampa erepê amam oluro erepê

Mineró mineró Odé mineró Odé o

Responder: Mineró mineró Odé mineró Odé o

Odé omota
Responder: Otimboró Odé

E mota é mota timboró

Responder: Odé omota timboró

Odé oma ta

Responder: Timbaró Odé

Ajacuna pamirô ajacuna ajacuna pamirô o ajacuna olemote emote


af arir eo ajacuna pamirô

Responder: Ajacuna jamirô ajacuna ajacuna pamirô o ajacuna olemote emote


afarireo pamirô

Olemote emote a farir eo

Responder: Ajacuna pamirô

Odé pamilar o

Responder: Odé pamilaro

Odé pamilar o saf amodé

Responder: Pamilaro safamodé

E a ba o a ba Odé

Responder: Ara çoçô a Odé

Cecar elê cacar elê

Responder: Ace ace carelê

Digalair e lair epe dia galair e lair epê digala

Responder: E epê digalaire lairepê digala

Eber eçulá e ber eçulo e ber eçulá ae ao


Responder: Ebereçulá ebereçulo ebereçulá ae ao

Otim e ae

Responder: E ae

Otim acarô

Responder: Acorô

Otim a beçu

Responder: Acorô

Eloamac hite adibeô

Responder: Eloamachite adibeô

Beni beni seodéo beni beni seodéo acacao dão cunf ar erê beni beni
seodéo

Responder: Beni beni seodéo beni beni seodéo acacao dão cunfarerê beni beni
seodéo

E a coquino quê

Responder: Oquê acoquino oquê o quê

Odé cemalaia ceçumalé Odé cemalaia ceçumalé

Responder: Oro oro cundê cemalaia ceçumalé

Ogum béo

Responder: Ogum béo

E edipê

Responder: Adioê

Adioelo
Responder: Adioelogum

Colimote coni c ha bim

Responder: Otim

Elibobô é com eleci com eleci ocutaô

Responder: Elibobô é com eleci com eleci ocutaô

JEJE

Eleoa br equete o a br equete oar a

Responder: Oia bobô e o abrequete o abrequete oara oiá bobô

Obá

7) Obá: dia S e gunda-f eir a ou Quar ta- feir a

Oba no Ba tuque

Orixá do rio Níger, terceira mulher de Xangô. Orixá, embora feminina, temida,
forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. Obá
divindade feminina, guerreira que às vezes é também citada como caçadora. Irmã
de Oyá (Iansã). Esposa de Ogum e, posteriormente, terceira e mais velha mulher
de Xangô. Bastante conhecida pelo fato de ter seguido um conselho de Oxum e
decepada a própria orelha para preparar um ensopado para o marido na
esperança de que isto iria fazê-lo mais apaixonado por ela. Quando manifestada,
esconde o defeito com a mão.
Saudação: Exó
Dia da Semana: Quarta-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Rosa
Guia: toda rosa
Oferenda: Canjica e feijão miúdos refogados com tempero verde e Abacaxi
Adjuntós: com Bará Lodê ou Lanã ou Adagui, com Xangô Agandjú, com Xapanã
Jubeteí ou Sapatá
Ferramentas: navalha, timão, roda, moedas e búzios
Ave: Galinha cinza com pescoço dourado
Quatro pé: Cabrita mocha de qualquer cor menos preta
Obá: Santa Bernadete.

As pessoas pertencentes a este Orixá são lutadoras, bravas, um tanto


agressivas, o que as levam a serem pouco incompreendidas. Freqüentemente
tendem a terem experiências infelizes e amargas. São ciumentas, pois são muito
zelosas com tudo que lhe pertencem. Porém, pessoas de grande valor e
dedicação. Tendem a alcançar seus ideais. Dedicadas e muitas vezes ingênuas,
principalmente em relação ao amor e as amizades. São extremamente honestas,
tolerantes e crédulas.
Sua principal característica é ser guerreira (o). Não cultiva amigos por achar que
são interesseiros. Não gostam de sexo.
Geralmente tem nariz largo, sobrancelhas grossas, rosto redondo, lábios
acentuados, pessoa de estrutura forte.

Reza escri ta de Obá:

Er unselé er unselé ba bair aô

Responder: Erunselé erunselé Jabairaô

Ana gorô ana gorô ba bair ao

Responder: Anagorô anagorô babairaô

Er unré ole gobunler o coquina bá

Responder: Erunré olegobunlero coquinabá

La ba ta

Responder: Alabata
La ba ta

Responder: Cochererê

Acac hopadomirô coco acac ha padomirô é inho

Responder: Labae acachopadomirôé inho

Oconi c haléu

Responder: Iá iá ode

Sa pador o

Responder: Cominhãnhã

Sa pador o

Responder: Caminhãnhã

Sa pador o

Responder: Cominhãnhã sapadoro c ominhãnhã

Oba baomi

Responder: Oiassueni

Oba baomi

Responder: Oiassueni

Oba baomi

Responder: Oiassueni obabaomi oiassueni

JEJE

Obá Onixangô Xangô de Obá obá Nerim

Responder: Obá Onixangô Xangô de Obá obá Nerim


Ossanha
8) Ossanha dia: Se gunda-f eir a

Ossanha no Ba tuque

Ossanha ou Ossãe é o Orixá das plantas medicinais e litúrgicas. Orixá das Folhas
e das Matas.
É fundamental sua importância, porque detém o reino e poder das plantas e
folhas, imprescindíveis nos rituais e obrigações de cabeça e assentamento de
todos os Orixás através do omieró ou abô (banho feito de ervas), assim como
sobre todas as cabeças. Também a ele pertencem os ossos, nervos e músculos.
As pessoas com defeitos físicos nas pernas. E que não possuem uma das pernas,
quase sempre estão ligadas de alguma forma a esse Orixá, pois ele se apresenta
sem uma das pernas, seja simbolicamente, assim como em transe dança com
uma das pernas encolhidas como se não a possuísse, muitos de seus filhos
conhecidos de todos nós, que não possuem uma das pernas quando da
manifestação de Ossãnha, dançam toda uma noite em uma perna só. Como as
folhas estão relacionadas com a cura, Ossãnha também está vinculado à
medicina.
Saudação: Eu-Eu
Dia da Semana: Sexta-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Verde e branco
Guia: 01 conta verde e 01 conta branca
Oferenda: Pipoca, linguiça de porco frita, figo e opeté de batata inglesa
esmagada com uma pitada de azeite-de-dendê, a qual se dá forma de um cone.
Ferramentas: coqueiro, muleta, bisturi, cágado, moedas e búzios
Ave: Galo cinza com vermelho
Quatro pé: Qualquer cor menos preto.
São Judas Tadeu - quando faz adjuntó com Iemanjá Bocí
São Cristóvão - quando faz adjunto com Oxum Demun

Os filhos de Ossanha são calmos, ingênuos e pacíficos. Defendem a ecologia.


Os filhos de Ossãe são, de um modo geral, pessoas equilibradas, controladas
tanto em suas emoções como em seus sentimentos. Agem de maneira racional,
não deixando que a amizade, a inimizade ou opiniões próprias suas interfiram em
suas decisões para com os outros, e sim do que de fato é direito de ser. Possuem
grande capacidade e eficiência.

Reza escrita de Ossanha:

No ajucuna baumi

Responder: No ajeuá no ajaim

Esseliná ba bá omam sueliná ba bá

Responder: Esseliná babá omam sueliná babá

Ossanha daimorê

Responder: Airomaio daimorê ariô

Daimorê

Responder: Airomaio daimorê ariô

Ossanha baic horô elomaio baic horô elomaio

Responder: Ossanha baichorô elomaio baichorô elomaio

No alaleio

Responder: Oia o agaleio erunfé


Ossanhim c heco c her eco

Responder: Chereco chereco checo

Eu eu ita bor Ossanha borisô

Responder: Eu eu itabor itabor Ossanha borisô

Eu eu Ossanha sae bó

Responder: Eu eu Ossanha saebó eu eu

Ossanha sae bó

Responder: Eu eu Ossanha saebó eu eu

Oa pecó suma r um

Responder: Oapecó sumaroxum

Aladao ben far a daumiçaue obemf ar a r arico

Responder: Aladao benfara daumiçaue obemfara rarico

E é com fã é com f ã

Responder: E é com fã é com fã

Ossanha bemar utê

Responder: Ossanha bemaruquefé

Ossanha no ajequim no ajequim ba balodocum

Responder: Ossanha no ajequim no ajequim babalodocum

No a galeio no a galeio no a galeio er unfé no a galeio er unfé Ossanha de


mar unquefé

Responder: No agaleio no agaleio no agaleio erunfé no agaleio erunfé Ossanha de


marunquefé
Onimoco

Responder: Vamos quereque

Oimicer o eró

Responder: Vamos quereque

Oimicero eró

Responder: Eró oimiceró eró eró

Ir e a ba ba omar m

Responder: Irê ababa omam irê

Ossanha rá of enite obenito totô

Responder: Ossanhará ofenite obenito totô

Oriquié macum orô

Responder: Ossanha ossanhesi

JEJE

Ossanha sar ue dai assar ue

Responder: Dai assurue dai assarue

Otim otimdeuá ossanhará otimdeuá

Responder: Otim otimdeuá ossanhará otimdeuá otim otimdeuá

Ossanha ser ebuá sa pa tá bocer ebuao

Responder: Oia oia boduma Ossanha serebuá

Oiá oiá bouma

Responder: Ossanha serebuá


Ossanha de Ogum lai lai Ossanha de Ogum lai lai

Responder: Ossanha sarue e de Ogum lai lai

Bele ossanhim Bele

Responder: Ao ao Bele ossanhim ossanhim Bele ao ao

Soueli Soueli

Responder: Acençura anareuá

Sou sou Ita giba

Responder: Acençura aiçareuá Sou Itagiba

Acençur a Anar ecuá

Responder: Sou Itagiba

Xa panã
9) Xa panã: dia: Quar ta- feir a

Este Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que
tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade, é muito respeitado em
todas as Nações da África ao Brasil. Pertence a Xapanã todas as doenças
materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele, como varíola e a
lepra, com estas normalmente castiga quem merece. Uma de suas missões no
mundo material e espiritual é varrer as coisas que não tem mais utilidade, por
este e outros motivos, é um dos Orixás que responde junto com Xangô e Iansã
pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em
defesa dos espíritos maléficos.
Saudação: Abaô
Dia da Semana: Quarta-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Vermelho e Preto
Guia: uma conta vermelha e uma preta
Oferenda: Pipoca, feijão miúdo torrado, feijão preto cozido, amendoim torrado,
um opeté de batata inglesa e sete tiras de carne crua sem gordura ou nervo
Adjuntós: Xapanã Jubeteí com Oiá ou com Obá, Xapanã Belujá com Iansã ou com
Oxum Olobá, Xapanã Sapatá com Iansã ou com Obá
Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, favas, moedas e búzios.
Ave: Galo Carijó (preto e branco) ou vermelho
Quatro pé: Cabrito Branco ou qualquer cor, menos preto.
Xapanã Jubeteí: São Roques quando faz adjuntó com Oiá, São Lázaros quando faz
adjuntó com Obá
Xapanã Belujá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Oxum Olobá,
Senhor dos Passos quando faz adjuntó com Iansã
Xapanã Sapatá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Iansã, São
Lázaro quando faz adjuntó com Obá

Seus filhos são obstinados e honestos, mas por outro lado são rancorosos.
Gostam muito de prestar ajuda aos outros e são extremamente sensíveis. Tem
rosto anguloso, tronco pequeno e, na maioria das vezes são magros e altos com
manchas no corpo.

Rezas escritas de Xapanã:

As sa ger o iafuao a bauor umalé

Responder: Assagero iafuao abauorumalé

Elemobele fa c hor ou imobele fa c hor ou

Responder: Elemobelefa chorou imobelefa chorou

Elea famã balanã

Responder: Assagero baoni oniobá assagero baoni

Ae ae ocor umã ocur amã alábami baorô

Responder: Ae ae ocorumã ocorumã afábami baorô


As suiça selo selo

Responder: Assuiça selo selo

As suiça colo colo

Responder: Assuiça selo selo

Lepô lepô lepô

Responder: Colejam jan colejan

Ninha ninha ninha

Responder: Cole janjan colejan

Emudiá mudiá mudiá cotan

Responder: Emudiá mudiá mudia cotan

Acar aloque loquê loque

Responder: Acaraloque loquê loque

Xa panã obéao Orixá obéleo

Responder: A ae orumaléo

Sa pa tá cutami

Responder: Olomilao

Sa pa tá coe bami

Responder: Olomilao

Sa pa tá obenite

Responder: Sapatá obeni obenite

Ele baráonite obelao baráonite obelao


Responder: Ele dandá baráonite obelao

Belojá belojó ololinha

Responder: Belojá belojó ololinha

Vamo dela iba ba lec ho

Responder: Vamo dela ibaba lecô

Le bô le bô le bô le bô

Responder: Carembó carembó

Xa panã ae xa panã mandou quer e xa panã mandou quer e eo quer e ae ae

Responder: Xapanã ae Xapanã mandou quere Xapanã mandou quere ae ae

Equer eque maitá

Responder: Equereque maitá

A copa oadê

Responder: Lonoribá lonorixé

Sa pa tá sa bauê anaisô onisobô

Responder: Sapatá sabauê anaisò onisobô

Sa bauê sa pa tá manda sunsê oboc hic he na suréba Xa panã a beçae

Responder: Sabauê sapatá manda sunsê obochiche na suréba Xapanã abeçae

Bará Bará nic horô sa pa tá luquelema nic horô

Responder: Bará Bará nichorô sapatá luquelema nichorô

Bará serácunê sa ssar uê onipéo bará ser acundê sassar uê onipéo

Responder: Bará serácunê sassaruê onipéo bará seracundê sassaruê onipéo


Oar a moquelema cobeoar a moquelema moquelema cobeoar a
moquelema co

Responder: Oara moquelema cobeoara moquelema moquelema cobeoara


moquelema co

Mocequéba mocequéba amorisô eae mocequêba mocequéba amorisô


aeae mocequéba mocequéba amorisô ae ae omocequéba mocequéba
amorisô ole bará

Responder: Mocequéba mocequéba amorisô eae mocequêba mocequéba amorisô


aeae mocequéba mocequéba amorisô ae ae omocequéba mocequéba amorisô
olebará

JEJE

Iemanjá c he gou suma beum amar erô

Responder: Iemanjá chegou sumabeum amarerô

Gamar usu beo eo

Responder: Gamarusu beo eo

Quando gama c he gou calmai o pepe calmai o pepe sa pa tá quando gama


che gou

Responder: Quando gama chegou calmai o pepe calmai o pepe sapatá quando
gama chegou

Abonisô sa pa taniséo ae

Responder: Aguaniséo ae sapataniséo ae

Sa bauê sa bauê amorisô ae amorisô nana ber equeti amorisô

Responder: Sabauê sabauê amorisô ae amorisô nanaberequeti amorisô

Soi soi sa pa tami soi soi sa pa tami

Responder: Ariaraue Ogum lai lai lai


Baia qu ebaiaiô

Responder: Baia quebaiaiô

Gama jar ro jar rô gama jar ro jar rô sa pa tá cutami

Responder: Gama jarrô jarrô gama jarrô jarrô sapatá cutami

Alupô

Responder: Pá pá

Alupô

Responder: Amasepé

Oxum
10) Oxum : dia: S ábado

Oxum no Batuque

Oxum é muito bonita, charmosa, e possessiva. É intuitiva e sente quando algo


não está bem.
É uma boa anfitriã e tem boa fé, não percebendo a maldade dos inimigos.
Nome de um rio na Nigéria, em Ijexá e Ijebú. Segunda mulher de Xangô, deusa do
ouro, riqueza e do amor.
A Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade,
por isso as crianças lhe pertencem.
Dona dos rios e cachoeiras gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à
vaidade, perfumes, etc.
Senhora soberana das águas doces. Todos os rios, lagos, lagoas e cachoeiras
pertencem a este Orixá. O casamento,
o ventre e a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, talvez por
consequência, a felicidade. O ouro e o dinheiro
em todas as suas espécies também são de Oxum. Pela hierarquia é o primeiro
Orixá doce seguida de Iemanjá e Oxalá,
formando assim o grupo de Orixás chamado de Cabeças Grande.

Saudação: Ieieu
Dia da Semana: Sábado
Número: 08 e seus múltiplos
Cor: Todos os tons de amarelo (amarelo claro: Oxum Pandá, amarelo escuro:
Oxum Demum, amarelo ouro: Oxum Docô)
Guia: toda amarela de um mesmo tom, o tom varia com o Orixá (amarelo claro:
Oxum Pandá, amarelo escuro: Oxum Demum, amarelo ouro: Oxum Docô)
Oferenda: Oxum Pandá - canjica amarela cozida, quindim, pêssego em calda, mel
e bala de mel; e as outras canjica amarela cozida, quindim e mel
Adjuntós: Oxum Pandá Ibedji com Xangô Agandjú Ibedji, Oxum Pandá com Bará
Agelú, Com Ogum Adiolá,
com Xangô Agandjú, com Oxalá Bocum, com Oxalá Olocum, Oxum Demun com
Ossanha, com Oxalá Olocum,
Oxum Olobá com Xangô Agodô, com Xapanã Belujá, Oxum Docô com Oxalá
Jobocum ou Oxalá de Orumiláia
Ferramentas: todos adornos femininos em ouro, peixe, leque, caramujos,
coração, moedas e búzios
Ave: Galinha amarela clara para Oxum Pandá e Demum e galinha amarela ou
vermelha para Oxum Docô
Quatro pé: cabrita branca ou amarela

Oxum Pandá Ibedji: Nossa Senhora de Fátima


Oxum Pandá: Nossa Senhora de Fátima quando faz adjuntó com Bará Agelú,
Nossa Senhora do Rosário quando faz adjuntó com Ogum Adiolá, Nossa Senhora
de Lourdes quando faz adjuntó com Xangô Agandjú, Nossa Senhora das Graças
quando faz adjuntó com Oxalá Bocum, Imaculada Conceição quando faz adjuntó
com Oxalá Olocum e Sagrado Coração de Jesus quando faz adjuntó com Oxalá
Olocum
Oxum Demun: Nossa Senhora Aparecida ou Nossa Senhora da Conceição
Oxum Docô: Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora Aparecida.

Qualidades de Oxum no Ba tuque:

Oxum P andá : moça, coquete e vaidosa.


Oxum Demum : de meia idade.

Oxum Docô : matriarca e idosa.

As pessoas de Oxum são extremamente sensuais e perfumadas.

São vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas,
tudo que se relaciona com a beleza. Gostam de chamar a atenção do sexo
oposto.

São boas donas de casa e companheiras, despertam ciúmes nas mulheres e se


envolvem em intrigas.

Reza escrita de Oxum:

Taladê omiotala ieiê mur ajó

Responder: Oxum taladê

Oxum taladê omiotala de or umalé

Responder: Oxum taiadê

Oxum taladê omiotala ieiê mur ajó

Responder: Oxum taladê

Oxum taladê omiotala ieiemio

Responder: Oxum taladê

Alaueti Oxum .

Responder: Alareuá

Ie bami Oxum peolomi ie bami Oxum peolomi ieiepandá elu fá ta gar ela
ie bami Oxum, peolomi

Responder: lebami Oxum peolomi iebami Oxum peolomi ieiepandá elufá tagarela
iebami Oxum peolomi
Ieieo Oxum per er ema

Responder: Ieieo Oxum pererema

Oieieoeleua ti Oxum eleua ti Oxum panda

Responder: Oieieoeleuati Oxum eleuati Oxum panda

Alas sicum o

Responder: Eleuatiobá

Ogumpeni leuá

Responder: Omineóra oraora omineóra

Auber e auber e aueni Oxum

Responder: Aubere aubere aueni Oxum

Aoenio

Responder: Aubere aubere

Oxum épanda par a éleo

Responder: Oxum épanda para éleo

Olomilo Oxum

Responder: Atonirê olomilo Oxum atonirê

Adunené a bomio

Responder: Oxum pererê Oxum pererê

Aio éinho

Responder: Beleué Ieué Oxum beleué

Edibombeleio anupemio
Responder: Edibamboleio anupeauô

Ac hio xum pandalossimio

Responder: Orum eléu achioxum orum eléu

Pandá como come Oxum olodeo

Responder: Amaiorô Orixá oieiêo amaiorô

Pandalossimio

Responder: Ominilabauaxim

Pandalossimibeum

Responder: Ominilabaxaebó

Onimamilum

Responder: Aladê ieiê elum Oxum maguéti

Per er e Ogum auma auma auma per er e Ogum maréogum

Responder: Perere Ogum auma auma auma perere Ogum maréogum

Oadeo oir e adeuá ominila ba adeo air e adeuá

Responder: Oadeo oire adeuá ominilaba adeo aire adeuá

Ominila ba

Responder: Adeo oire adeuá

Eloir e iadocomio

Responder: Ie elomário

JEJE

Fia fia odé sa pa tafia amaodé siman


Responder: Fia fia odé sapatafia amaodé sim fia fia ode

Pandá suami

Responder: Pandá anareui

Yemanjá

11) Yemanjá : dia: se xta-f eir a.

Iemanjá no Ba tuque

Iemanjá deusa da nação de Egbé, nação esta Ioruba onde existe o rio Yemojá
(Iemanjá). No Brasil, rainha das águas e mares. Orixá muito respeitada e cultuada
é tida como mãe de quase todos os Orixás. Por isso a ela também pertence a
fecundidade. Em todos os lugares, no dia 2 de fevereiro ou no ano novo fazem-se
homenagens a grande mãe Iemanjá. É protetora dos pescadores e jangadeiros.
Mãe da maioria dos Orixás é considerada a dona da maternidade, do casamento e
família e Mamãe Universal, este Orixá reina nas águas do mar e tudo que está
relacionado a ele, peixes, crustáceos, estrelas, algas, vegetais e outros, a
Iemanjá pertence.

Saudação: Omio Odô.


Dia da Semana: Sexta-feira
Número: 08 e seus múltiplos
Cor: azul claro
Guia: toda azul claro ou azul claro com branco
Oferenda: canjica branca, cocada branca e mel
Adjuntós: Iemanjá Bocí com Ogum Adiolá, com Xangô Agandjú, com Odé, com
Ossanha e com Oxalá Dacum, Iemanjá Bomí com Oxalá Bocum ou Oxalá de
Orumiláia, Nanã Burukun com Oxalá Bocum
Ferramentas: todos adornos femininos em prata, peixe, leque, caramujos, barco,
âncora, leme, conchas, lua, moedas e búzios
Ave: Galinha branca
Quatro pé: ovelha

Iemanjá Bocí e Iemanjá Bomí: Nossa Senhora dos Navegantes


Nanã Burukun: Nossa Senhora Sant’Ana

As pessoas de Iemanjá são sérias e impetuosas, domina a todos e fazem-se


respeitar. Dificilmente perdoam os erros dos semelhantes. Gostam de testar as
pessoas. Seu temperamento é muito difícil, são bravas, nervosas, mas possuem
um coração grandioso, são dedicados aos parentes e amigos, preocupam-se com
os outros e consigo. Gostam de coisas luxuosas. São honestas, gostam da casa e
da família, são ótimas esposas, mães ou pais.

São gentis, compreensivas, sensíveis, frágeis e apegadas à família. Honestas e


educadoras das crianças. Muito simples e organizadas. Seu coração é bondoso e
são muito determinadas. Tem um humor variável. Super vaidosas, principalmente
com os cabelos.

Seus filhos têm uma postura altiva e elegante, nariz arrebitado, estatura média,
maçã do rosto cheia e rosto comprido.

Reza escrita de Yemanjá:

emanjá seleodô ba baor omiô Iemanjá eleissaéo ba baor omiô

Responder: Iemanjá seleodô babaoromiô Iemanjá eleissaéo babaoromiô

Iemanjá pase que pasejo aelemanjá sessum or un ao ae balva ao xum


dipéo e ba baor omiô

Responder: Iemanjá pase que pasejo aelemanjá sessum orun ao aebalva aoxum
dipéo ebabaoromiô

Elemio xum ia baránir eo

Responder: É oao abéo écum amaraiso é ao abéleo


Adeoo a béleo

Responder: É ao abéleo

Or omilá oque é oque é oia a ganjú o xumlá oque é oque é oiá óia oélé
oelé

Responder: Oromilá oque é oque é oia aganjú oxumlá oque é oque é oiá óia oélé
oelé

Acaorô oque é oque é óia a ganjú o xumlá oque é oque é oiá oiá oelê
oelê

Responder: Acaorô oque é oque é óia aganjú oxumlá oque é oque é oiá oiá oelê
oelê

Oquerê oassésum –o

Responder: Oquere Orixá

Oquerê ioja bao

Responder: Oqueré Orixá

Iemanjá Ogum of orila ba tá omi f orilao

Responder: Iemanjá Ogum oforilabatá omi forilao

Iemanjá Ogum

Responder: Aorô

Iemanjá Bomi

Responder: Aorô

Aorô Aorô

Responder: Aorô

Iemanjá tomi tomi tomio


Responder: Atonirê emire emi

Oia ba adela ba baelê I emanjá Ogum ia ba baelê

Responder: Oiaba adela babaelê Iemanjá Ogum ia babaelê

Iemanjá elao

Responder: Iemanjá que bata batababaelê

Quetu nené quetu nené I emanjá elaô que baodé

Responder: Quetu nené quetu nené Iemanjá elaô quebaodé

Tototô oia beniqué oia beni oia beni oia beniqué

Responder: Tototô oiabeniqué oiabeni oiabeni oiabeniqué

Iemanjá seleolodô

Responder: Iemanjá seleclodô

Or ocumailê or ocumailó

Responder: Iemanjá seleolodô

Iemanjá marilê

Responder: Iemanjá seleolodô

Iemanjá marilê Iemanjá mariló

Responder: Iemanjá seleolodô

Odocumailê odocumailó

Responder: Iemanjá seleolodô

Iemanjá seleolodô

Responder: Iemanjá seleolodô


Omofir o er edéo omofir o er edéo anacum bêo omofir o er edéo anacumdêo

Responder: Omofiro eredéo

Anacum béo

Responder: Omofiro eredéo

JEJE

Anar euá anar euaeo

Responder: Anareuá anareuaeo

Ie Iemanjá anar euaeo

Responder: Ie Iemanjá anareuaeo

Etumaladidê tumaladidê nana bor ocuma oconssula etumaladideo

Responder: Etumaladidê tumaladidê nanaborocuma oconssula etumaladideo

Nana bor ocuma oconssula

Responder: Etumaladidê

Oniopé oassai rema

Responder: Ebó oniopé oassairema ebó

Bará cotim cotim cotim cotim bará

Responder: Bará cotim cotim cotim cotim bará

Bará que bará que bará baio

Responder: Bará quebará quebará baio

Ogum bará qu ebará baio

Responder: Ogum bará quebará baio


Emir e emir e emir e emir e equeoê nana bor ocuma equeoê

Responder: Emire emire emire emire equeoê nanaborocuma equeoê

Emir e emir e equeoê

Responder: Nanaborocuma equeoê

Amaquer e quer e eoese

Responder: Anareuá

Oxalá
12) Oxalá : dia: domingo

Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de duas


maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam. O símbolo do
primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal,
chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul,
do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira.
Sua saudação é ÈPA BÀBÁ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais
respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. Simboliza a paz é o pai maior
nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, é o criador,
portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os
olhos que vêem tudo (Oxalá de Orumilaia dono da visão no jogo de búzios).
Saudação: Epaô Baba
Dia da Semana: Domingo
Número: 08 e seus múltiplos
Cor: Branco e Branco com preto para Oxalá de Oromilaia
Guia: toda branca ou 01 branca, 01 preta, 01 branca para Oxalá de Orumiláia.
Oferenda: canjica branca, merengue e mel
Adjuntós: Oxalá Obocum com Oxum Pandá, Oxalá Olocum com Oxum Pandá,
Oxalá Dacum com Iemanjá Bocí, Oxalá Jobocum com Oxum Docô ou Iemanjá
Bocí, Oxalá de Oromilaia com Oxum Docô ou Iemanjá Bomí.
Ferramentas: jóias em prata, caramujo, sol, cajado, pomba de prata, moedas e
búzios, para Oxalá de Oromilaia acrescentamos olhos de prata
Ave: Galinha branca e galinha preta para Oxalá de Oromilaia
Quatro pé: cabrita branca e cabrita branca com pequenas manchas pretas para
Oxalá de Oromilaia.
Oxalá Obocum e Oxalá Olocum: Menino Jesus de Praga
Oxalá Dacum e Oxalá Jobocum: Sagrado Coração de Jesus
Oxalá de Oromilaia: Espírito Santo ou Santa Luzia

Oxalá Obocum e Oxalá Olocum: Menino Jesus de Praga;

Oxalá Dacum e Oxalá Jobocum: Sagrado Coração de Jesus;

Oxalá de Orumiláia: Espírito Santo ou Santa Luzia.

Os filhos dele não gostam de pedir ajuda aos outros, são introvertidos, tranqüilos
e reservados.

Uma característica marcante é a honestidade. Alguns possuem uma leve


sobressalência nas costas (corcunda).

Os filhos de Oxalá são calmos, responsáveis, reservados e de muita confiança.


Seus ideais são levados até o fim, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias
a suas opiniões e projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas. São muito
dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e
carinho. Respeitam a todos, mas exigem ser respeitado.

Reza escrita de Oxalá:

É de au au au ba baic horô

Responder: E de auê babarumalé é de au

Eleoa pecô o ba bá

Responder: Eoapecô orumalé


Eleca pecô Iemanjá

Responder: Eoapecô orumalé

Aiolomina o anar eo cori f oribalé

Responder: Aiolomina o anareo cori foribalé

Aifiola aiofila ieiê ba bar umalé

Responder: Aifiola aiofila ieiê babarumalé

Eleomaquer e quer e quer e eleomaquer e de Orixá

Responder: Eleomaquere quere quere eleomaquere de Orixá

Ominina ba tia ominina balocum

Responder: Ominina batia ominina balocum

Oeliéu eléu eléu omia to ba bac horô

Responder: Oeliéu eléu eléu omiato babachorô

Oeléoao eléde ba bao

Responder: Oeléoao elédebabao

Eléoao eléba bao

Responder: Eléoao elébabao

Oimanjá muque muquec hê

Responder: Alao oo oo babá

Oxalá de or omiláia ba baic horô or omiláia

Responder: Oxalá de oromiláia babaichorô oromiláia

Oxalá de or omiláia c hor o


Responder: Oxalá de oromiláia choro

Oxalá de or omiláia or omiláia c hor o

Responder: Oxalá de oromiláia oromiláia choro

Oibeler um beler um beler um Orixálá maleodô

Responder: Oibelerum belerum belerum Orixálá maleodô

Alafiolaê de ba bar euá

Responder: Alafiolaê de babareuá

Oxalá beler um

Responder: Quereremo fará

Oiquer er ema f ár a

Responder: Oiquererema fará

Oiba baribô Maconsé Oxalá Maconsé Ba baribô Maconsé

Responder: Oibabaribô Maconsé Oxalá Maconsé Babaribô Maconsé

Sa padô Otirê

Responder: Farabodó

Oquenia pec hor o oquenia pec hor o ialaos simam ialaossimam pec horô

Responder: Oquenia pechoro oquenia pechoro ialaossimam ialaossimam pechorô

Inhéo oinhéo ao inhéo deor omiláia ilao

Responder: Inhéo oinhéo ao inhéo deoromiláia ilao

Oiumpepeo airá ba bac hanirê olunfá airá

Responder: Oiumpepeo airá babachanirê olunfá airá


Colimo colimocum

Responder: Fararaiso colimocum fararaiso

Ieieo pa vià ieieo pa viá amas sélo locum acor o ieiê pa viá amasselo
locum acor o

Responder: Ieieo paviá ieieo pavià amassélo locum acoro ieiê paviá amasselo
locum acoro

Anajéo aduper eo

Responder: Anajéo adupereo

Ebô ololofila Orixalá

Responder: Ebô ololofila Orixalá

Ebô ba bálofila Orixalá

Responder: Ebô babálofila Orixalá

Oxalá ler um Oxalá ler um olo filo orixálá olo filo ba bá

Responder: Oxalá lerum Oxalá lerum olofilo orixálá olofilo babá

Onimocum será onimocum será

Responder: Babaribô onimocum será

JEJE

Orixauene Bocum

Responder: Babaorixauene Bocum ló

Taluben talauf ain taluben talauf aô

Responder: Taluben talaufain taluben talaufaô


Babalorixá Moacir do Bará
Rua: Odenir Dissenha 128
Uberaba – Curitiba – Paraná - Brasil
CEP: 81590-620
Tel: 41 – 3575-1387
MSN: moacirdobara@hotmail.com

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