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Fernando Pessoa - Ficcoes do InterludioFERNANDO PESSOA FICES DO INTERLDIO

"Criei em mim vrias personalidades. Crio personalidades constantemente. Cada sonho meu imediatamente, logo ao aparecer sonhado, encarnado numa outra pessoa, que passa a sonh-lo, e eu no." "S uma grande intuio pode ser bssola nos descampados da alma; s com um sentido que usa da inteligncia, mas se no assemelha a ela, embora nisto com ela se funda, se pode distinguir estas figuras de sonho na sua realidade de uma a outra." Poemas de Alberto Caeiro: O meu olhar ntido como um girassol... Pensar em Deus desobederecer a Deus Num meio-dia de fim de primavera tive um sonho.... Sou um guardador de rebanhos... Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois... Se eu morrer novo, sem poder publicar livro nenhum... Assim como falham as palavras quando querem exprimir... Pouco me importa... Odes de Ricardo Reis: Vem sentar-te comigo, Ldia, beira do rio... Ouvi contar que outrora, quando a Prsia tinha... Segue o teu destino, rega as tuas plantas... To cedo passa tudo quanto passa... Para ser grande, s inteiro... Poesias de lvaro de Campos: Passagem das horas: Trago dentro do meu corao... Tabacaria: No sou nada, nunca serei nada... Apontamento: A minha alma partiu-se como um vaso vazio... Aniversrio: No tempo em que festejavam o dia dos meus anos... Magnificat: Quando que passar esta noite interna... Todas as cartas de amor so ridculas... O Binmio de Newton to belo como a Vnus de Milo... Poema em linha reta: nunca conheci quem tivesse levado porrada...

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