Como fazer a guerra: máximas e pensamentos de Napoleão
By Honoré de Balzac and Paulo Neves
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Honoré de Balzac
Honoré de Balzac (Tours, 1799-París, 1850), el novelista francés más relevante de la primera mitad del siglo XIX y uno de los grandes escritores de todos los tiempos, fue autor de una portentosa y vasta obra literaria, cuyo núcleo central, la Comedia humana, a la que pertenece Eugenia Grandet, no tiene parangón en ninguna otra época anterior o posterior.
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Como fazer a guerra - Honoré de Balzac
Introdução
Balzac e o imperador
Voltaire Schilling1
Nas suas contumazes escapadas dos credores, Honoré de Balzac, um eterno endividado perseguido por letras vencidas, conseguiu alugar, em 1828, uma pequena e modesta vila na saída de Paris. Recorreu a um nome falso para assinar o contrato. Era um ponto estratégico situado entre o Observatório e um convento, o que permitiria a ele, em caso de extrema necessidade, saltar o muro dos fundos e ganhar o campo para desaparecer. Nessa nova moradia, uma das tantas em que ele viveu, condenado àquela vida de cigano fujão, colocou sobre a caixa que guardava os seus arquivos um busto de Bonaparte.
Prometera a si mesmo, naquela ocasião, inspirando-se na impressionante aventura ensejada pelo general corso, reconquistar a Europa com a pena de águia ou de corvo
. O que Napoleão fizera com o seu exército, submetendo o continente inteiro à sua vontade, ele se predispôs a fazer com seus livros. De fato, A comédia humana (La comédie humaine), obra composta ao longo de vinte anos (de 1830 a 1850), dedicada a cobrir as mais vastas e variadas diversidades sociais e culturais da França de então, atuou como a Grande Armée de Napoleão, arrebatando milhares de leitores em todas as partes do mundo. Fato que permitiu a Balzac, quando então escritor famoso, realizar inclusive uma campanha da Rússia
, pois graças às suas novelas conseguiu seduzir uma aristocrata russa, a Madame Hanska, née Rzowuska (que, enviuvada, tornou-se a sua esposa em 1850, mesmo ano da morte do escritor).
Seguramente foi o exemplo de Napoleão, um sujeito que saíra do nada, nascido numa ilha selvagem para alçar-se senhor do mundo, que lhe serviu de farol e modelo. A ele e a tantos outros escritores daquele século. Aquela soma de audácia e vontade inquebrantável que imanara da presença do general fez com que Balzac, aspirando à mesma fama, se tornasse um escritor-fábrica voltado exclusivamente para a produção de livros. Trabalhador incansável, movido a doses cavalares de café fortíssimo que ele mesmo gostava de preparar, enfrentava jornadas dignas de um condenado às galés.
Do mesmo modo como o jovem tenente Bonaparte, ainda nos seus tempos de anonimato, sonhava com as pirâmides do Egito ou em reproduzir as façanhas de Alexandre, o Grande, ou de César, a imaginação de Balzac, que deu seus primeiros passos escrevendo literatura do tipo B
, o empurrou para voos cada vez mais elevados. Ele se dedicou a conceber aventuras incríveis, criando um sem-fim de personagens que, segundo alguns peritos e especialistas no mundo balzaquiano, alcançou mais de dois mil tipos. A infantaria, a cavalaria e a artilharia dele foram suas novelas; o seu gênio literário fez as vezes de pólvora para lançar-se na conquista do mercado de leitores que se estendeu por grande parte da Europa.
Monumento literário inacabado, A comédia humana alcançou 26 tomos, compostos por 89 volumes de romances, contos e novelas. Nela, Napoleão, suas paradas militares ou suas batalhas aparecem como cenário de fundo de várias narrativas. O acampamento do imperador nas vésperas da batalha de Iena (1806) foi descrito em Um caso tenebroso; a batalha de Eylau, travada em 1807, é narrada no conto sobre o pobre coronel Chabert (O coronel Chabert), ocasião em que o personagem é gravemente ferido na cabeça, enquanto que a terrível e heroica passagem sobre o rio Beresina, quando o imperador retirava-se da Rússia em outubro de 1812, apareceu em Adeus.
O momento narrativo mais grandioso da presença de Napoleão na obra de Balzac dá-se no capítulo inicial da A mulher de trinta anos, quando o imperador, em Paris, passa em revista a Grande Armée, perfilada e alinhada, antes de ser lançada nas batalhas finais travadas na campanha da Alemanha de 1813. O vivo relato que o escritor faz das tropas enfileiradas no Champs de Mars, as fanfarras e o rufar dos tambores de guerra que anunciam ao povo e aos regimentos embandeirados a chegada eminente do grande homem, o