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Guerreira do Amor
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Guerreira do Amor

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Tudo é válido no amor e na guerra para reconquistar uma parceira predestinada…

Ser filha de Áries, Deus da Guerra, significa que Jessica Tindal é uma guerreira amazona, mas ela abriu mão de seus hábitos sanguinarios para se esconder e trabalhar como uma bruxa curandeira herbática. Pena que ela está presa em uma estação de gelo ártica com um assassino que deseja incriminá-la.

Mas, então, o Delegado Paranormal Carson Slater — urso polar transmorfo, com uma cabeleira prateada bastante jeitosa e, claro, ex-marido de Jessica — aparece. Carson chega à estação determinado a fazer duas coisas: prender o assassino e reconquistar sua mulher. Seus instintos protetores o fazem ficar sempre ao lado dela, o que é perfeito para seu plano de seduzi-la novamente até sua cama e de volta para sua vida. Agora tudo que ele precisa fazer é provar a inocência dela e ganhar seu coração, mas antes que o verdadeiro assassino ataque novamente.

LanguagePortuguês
PublisherBadPress
Release dateMay 14, 2019
ISBN9781547584291
Guerreira do Amor

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    Guerreira do Amor - Jennifer Hilt

    Jessica:

    ––––––––

    Jessica Tracey queria ser feliz. Ela realmente queria. Ela amava filhotes de animais, encontrar o par de sapatos perfeitos na promoção e se divertir com as amigas em noitadas. Mas se ela tinha aprendido algo em seus vinte e seis anos de vida era que ter deuses gregos como pais não era garantia de felicidade.

    Na verdade, ultimamente, estava sendo a garantia do oposto.

    Ali estava ela, a quinhentos quilômetros ao norte, no Círculo Polar Ártico, em novembro. A escuridão constante junto a temperaturas abaixo de zero e tempestades de neves constantes mantinham todos os paranormais dentro das estações científicas, exceto pelos transmorfos. Nada de bom acontecia. Ela tinha aprendido isso no último mês que estivera ali.

    Então, há apenas vinte e quatro horas, sua colega de quarto, Teague, tinha sido assassinada.

    Pois é. Completamente doido.

    Jessica ainda estava tentando processar o que tinha acontecido. E não estava tendo nenhum progresso. Ela não conseguia pensar em nada. Seus pensamentos continuavam voltando para o cadáver congelado de Teague.

    Por duas vezes, tinha procurado por um telefone fixo, determinada a ligar para seu gostosão transmorfo prateado. Carson saberia o que fazer — afinal, ele era um oficial paranormal dos Estados Unidos. As deusas sabiam o quanto ele amava seu trabalho. No fim, ela foi covarde demais para pegar o telefone, e outra, agora ele era o ex dela. As coisas não tinham terminado bem entre eles. Alguma ajuda chegaria, eventualmente.

    Agora, a única coisa que podia fazer era se exercitar. Isso, geralmente, a animava. Depois de um dia nada produtivo em seu laboratório de biologia, ela foi até a estação de treino para se exercitar no começo da noite. Graças à última nevasca, ela agarrou as cordas com as mãos enluvadas. Cordas de plástico estavam presas entre os prédios para prevenir que alguém se perdesse. O gelo quebrou sobre suas mãos, fazendo um som satisfatório parecido com papel bolha estourando.

    Todas as vezes que ia até ali fora, ela vestia um casaco laranja da estação e botas de neve. Geralmente, ela também usava um avental sobre as calças de neve, mas ela o tinha deixado para trás no laboratório naquela noite. Ela não estava preocupada com aquilo.

    Atrás dela, passos amassaram a neve fresca. Ela fechou os olhos e inalou o ar gélido da noite. Aquilo teve um efeito revigorante.

    Até o próximo passo parar atrás dela.

    Tudo que ela queria era um tempo sozinha. Sem companhias, simpatias ou fofocas. E, especialmente, nada de colhões.

    Mas ela não teve tanta sorte.

    Talvez ela não estivesse dando crédito suficiente para seu cabelo louro natural e curvas generosas. Ser filha de deuses gregos significava que sempre tinha algum resíduo mágico pairando em sua aura. Ela nunca havia conhecido um homem, humano ou paranormal, que não fosse, na maior parte do tempo, guiado por desejos sexuais.

    Alguém deveria bordar isso numa pequena almofada.

    O admirador mais recente dela, Randy, o feiticeiro, a seguiu até a academia. Chamar a casa móvel que havia sido restaurada de centro de treinamento físico seria um crime. Tudo naquele lugar eram barracas ou trailers de apenas um quarto. Sem árvores, qualquer madeira precisava ser trazida por caminhões sob condições ardilosas. Era mais fácil, e barato, mover uma unidade portátil. A não ser que as unidades fossem antigas, e haviam algumas dessas, a maioria delas tinha uma regulação térmica melhor do que as barracas e cabanas. E mais, manter qualquer coisa maior do que aquilo quente era difícil — as unidades menores facilitavam na hora de controlar suas utilidades.

    Jessica sabia coisas demais sobre os detalhes mundanos da estação em Icy Cap e havia uma explicação razoável para isso. A população era formada por apenas sessenta paranormais, noventa por centro deles eram homens. Na verdade, isso significava que, a qualquer momento, a maioria dos habitantes ficaria cansada e excitada.

    Jessica subiu os degraus escorregadios, sacudindo a neve para longe de suas botas. Ela abriu a porta da academia e acendeu as luzes. A decoração era de madeira falsa dos anos 1980, acompanhada por aquecedores elétricos com alguns espelhos verticais. Equipamentos de exercícios doados esperavam pacientemente por cientistas frustrados. Jessica pendurou o casaco num gancho e tirou os sapatos de treino do bolso da blusa.

    Estava gelado ali. Ela não queria que seus faróis ficassem acesos por baixo do sutiã esportivo, então continuou vestindo a camiseta de manga comprida. As botas tinham sido deixadas na porta para evitar pegadas de neve. Assim que seus tênis de exercícios foram colocados nos pés, ela foi direto para o stepper.

    Apesar da estação ser conhecida como Icy Cap, na verdade, aquela comunidade ficava a oitenta quilômetros. A estação era uma sobrevivência no ártico com rodinhas de apoio, sessenta paranormais amontoados numa antiga instalação de pesquisa militar na tundra congelada no meio do nada.

    Se o tempo permitisse, pessoas e suprimentos chegavam de avião. Ninguém queria   andar pelas trilhas terrestres, com exceção dos ursos polares.

    — Como está minha bruxa preferida? — Randy, o feiticeiro de rosto pálido, subiu na esteira ao lado dela, ignorando todos os outros quatro aparelhos vazios.

    — Oi — disse Jessica, assentindo, mas não fazendo qualquer contato visual ao colocar os fones de ouvido. Ela respirou fundo antes de começar sua série de exercícios.

    Ela não era uma bruxa, mas era um disfarce que dava pro gasto. Até os paranormais achariam difícil acreditar que uma guerreira amazônica estava vivendo entre eles. E, mesmo se ela falasse a verdade, tudo que gostariam de fazer seria desafiá-la num combate de queda de braço. Ela e as irmãs guerreiras viviam em Fairbanks, disfarçadas de bruxas.

    E aquilo fazia bastante sentido. O pai dela era Áries, Deus da Guerra. Ela rejeitou sua origem violenta como parte de sua adolescência rebelde. Ela gostava de irritar Áries, o que significava que preferia curar pessoas ao invés de machucá-las. Ela se dedicava às ervas medicinais. A resposta dele tinha sido enviar algumas das irmãs delas até Fairbanks para ficaram de olho nela.

    Que droga! Aquele lugar cheirava a colhões suados. Paranormais excitados e sem banho tomado cheiravam tão mal quanto mortais. E aquele cheiro sempre a fazia lembra do verão quando ela e as irmãs invadiram um acampamento só de meninos. Atena estava farreando com alguma ninfa, então aquelas guerreiras amazônicas jovens deram sua primeira olhada em homens mortais. Alerta de spoiler: foi uma grande decepção. Sem mencionar que a bronca de Áries por terem fugido deixou uma impressão muito mais duradoura do que os homens. Agora, tudo de que ela se lembrava era do cheiro. Mais de uma vez, ela considerou instalar um perfumador de ar de bolo de canela.

    Esse pensamento eram uma ladeira escorregadia morando tão perto de outras bruxas e feiticeiros. Além das bruxas e feiticeiros, havia um punhado de transmorfos e vampiros. Havia uma cláusula de proibido magia ali, então ela não precisava nem inventar desculpas pela sua falta de poderes.

    Já que muitos paranormais viam o lugar como um acampamento de treino para a Antártica, os selecionados concordaram rapidamente. Quando chegaram ali, como todo o resto, a vida tomou características diferentes. Um grupo com a maioria sendo bruxas e feiticeiros, estava destinada a quebra de regras. Mas todos tentaram lidar com aquilo de maneira discreta. Por isso a academia cheirava daquele jeito e não como uma padaria francesa.

    O propósito de não usarem magia era prevenir a adulteração do experimento de outra pessoa, por acidente ou de propósito. A estação provia um lugar seguro para que os paranormais praticassem apenas ciência. Jessica gostava de fingir ser uma pessoa normal. Era muito mais simples. Assim que sua descendência fosse descoberta, todos começariam a agir estranho por terem uma deusa guerreira aposentada por perto.

    Jessica começou suas repetições no stepper. Os glúteos dela queimariam por horas depois. Isso era bom, porque um demônio de verdade servia sorvete macio de graça a todo momento na cafeteria. Uma genética boa não era garantia contra pneuzinhos. Ela preferia o stepper, porque o terreno de Icy Cap era plano, e ela precisava manter sua resistência para escaladas. Na primavera, ela estaria vasculhando as cordilheiras de montanhas ao lado de Fairbanks, procurando plantas. A especialização dela era tratamentos com ervas.

    Parte da pesquisa dela ali envolvia o impacto do frio extremo nos líquens, musgos e pequenas ervas floridas que cresciam tão longe no Norte. As outras partes do trabalho dela requeriam atualizar um catálogo bastante grande de sementes que havia por ali. A vida dela era tão animadora.

    Jessica ajustou os fones de ouvido.

    — Está frio o suficiente para você? — Randy abriu a última edição do Feitiçaria na Geologia Hoje na frente do rosto dele.

    Feiticeiros geólogos eram os piores. Estavam sempre tagarelando sobre como iriam transformar pedras comuns em ouro. Todos se referiam à eles como Rumples, como em Rumplestilskin, pelas costas deles.

    Se Jessica ganhasse uma moeda para cada vez que um Rumple a tivesse cantado com aquela frase, ela teria um quarto cheio de ouro.

    — Quer dar uma passadinha no meu laboratório mais tarde? Descobri algumas informações interessantes. — O rosto de Randy a fazia lembrar de um filhotinho de cachorro. Não do jeito bom, quero beijar seu rosto, mas mais como "queria que ele parasse de babar por todo lugar e espero que não faça xixi

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