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O Deus de Toda Provisão: Esperança e Sabedoria Divina para a Igreja em Meio às Crise
O Deus de Toda Provisão: Esperança e Sabedoria Divina para a Igreja em Meio às Crise
O Deus de Toda Provisão: Esperança e Sabedoria Divina para a Igreja em Meio às Crise
Ebook217 pages3 hours

O Deus de Toda Provisão: Esperança e Sabedoria Divina para a Igreja em Meio às Crise

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About this ebook

A Bíblia narra histórias de homens e mulheres que enfrentaram crises físicas, materiais, morais e espirituais, porém foram alcançados pela providencia divina que interferiu nestas situações e as transformou em vitórias espirituais.
Ao longo dos 13 capítulos deste livro, o pastor Elienai Cabral aborda alguns destes relatos e traz um estudo completo que tem como objetivo te levar a um novo nível de fé e te dar a certeza que, mesmo em um mundo em crise, há um Deus que age poderosamente. Mas precisamos, de fato, saber quem Ele é e como age em nosso mundo.
Um Produto CPAD.
LanguagePortuguês
PublisherCPAD
Release dateSep 12, 2016
ISBN9788526314221
O Deus de Toda Provisão: Esperança e Sabedoria Divina para a Igreja em Meio às Crise

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    O Deus de Toda Provisão - Elienai Cabral

    provisão.

    Capítulo 1

    O DEUS DE TODA PROVISÃO

    Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário

    que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que

    é galardoador dos que o buscam.

    – Hebreus 11.6

    O melhor modo de entender a realidade de Deus é conhecê-lo pela sua natureza, quando se discute, não o que Deus pode ser, mas sim o que Ele é. A mente humana entende e define o que pode ser avaliado pelas limitações do pensamento humano. Então, é evidente que a mente humana e finita nunca poderá conceber de forma adequada a Deus e à natureza da sua existência. No Novo Testamento, declara-se e fala-se de Deus como aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja a honra e poder sempiterno. Amém! (1 Tm 6.16).

    No Catecismo de Westminster, a definição do texto apresenta a Deus como um Espírito infinito, eternal, imutável em seu ser, poder, santidade, justiça, bondade e verdade. A natureza de Deus tem sido revelada de maneira progressiva e, um dos modos dessa revelação é através de títulos e nomes divinos. Os nomes de Deus nas Escrituras revelam e descrevem o seu caráter. Além da revelação de Deus pelos seus nomes e títulos, Deus se revela através de atributos que lhe são próprios, isto é, qualidades que pertencem apenas ao Deus Trino, como eternidade, imutabilidade, onipotência, onisciência, onipresença. Existem outros atributos divinos que são comunicáveis, ou seja, Ele compartilha com suas criaturas racionais, anjos e homens.

    Neste capítulo queremos destacar que Deus é o Soberano absoluto que age livremente na história conforme está revelado no Antigo e no Novo Testamento. Um dos atributos divinos é a demonstração da soberania de Deus operando em um mundo que está em crise.

    Nos vários capítulos a seguir, destacaremos alguns homens e mulheres que enfrentaram crises físicas, materiais, morais e espirituais, os quais foram alcançados pela providência divina, interferindo em situações e transformando-as em vitórias espirituais. A palavra crise será tratada em experiências vividas por pessoas que a superaram com a ajuda do Deus da provisão. Portanto, a definição dessa palavra começa pelo seu significado original do latim krisis, que pode significar o agravamento de uma doença grave emocional ou mental; figurativamente, pode ser a manifestação repentina de um sentimento desagradável, ou pode atribuir-se a um estado de incerteza, vacilação, declínio moral e espiritual.

    O mundo está em crise, e para essa situação há um Deus que age poderosamente para detê-la ou para amenizá-la, mediante sua infinita justiça e misericórdia. Entretanto, para que entendamos os resultados da intervenção divina, precisamos identificar o Deus de toda provisão. Precisamos, de fato, saber quem é Ele e como age no nosso mundo.

    QUEM É ESSE DEUS

    Se quisermos conhecer a Deus, antes de tudo, Ele se revela a nós. O apóstolo Paulo declara que para conhecer a Deus não temos que fazer qualquer coisa excepcional, porque Ele mesmo se manifesta a nós. O texto de Romanos 1.19 diz que porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Subtende-se, então, que Deus se faz conhecer pela demonstração dos seus atributos na natureza humana mediante a capacidade racional e pela lei moral que rege a vida do homem (Rm 1.20,21,28,32). Portanto, Ele se torna conhecido pela qualidade própria a qual denominamos cognoscibilidade.

    Ele É o Deus Cognoscível

    Em síntese, Deus se revela, independentemente da necessidade de precisar se revelar. Ele se revela para cumprir o desígnio da criação do homem numa relação pessoal. Dos atributos naturais, Deus é aquEle que [não] é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas (At 17.25). Ele existe por si mesmo e não depende de fonte alguma para existir. A palavra cognoscível significa aquilo ou aquele que pode ser conhecido. Podemos conhecê-lo como aquEle que é Espírito e Pessoa, e nos trata como pessoas. No seu livro dos Atos dos Apóstolos, Lucas registra as palavras da mensagem de Paulo em Atenas, perante os sábios e filósofos do Areópago, quando disse:

    Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre a face de toda a terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação, para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, o pudessem achar, ainda que não está longe de cada um de nós. (At 17.25-27)

    Quando Ele se revela aos homens, o faz mediante a identificação de nomes e títulos que o demonstram como Ser Pessoal. Visto que nunca foi visto por ninguém (Jo 1.18), Ele é o Deus que se oculta, conforme está escrito em Isaías 45.15, que diz: Verdadeiramente, tu és o Deus que te ocultas, o Deus de Israel, o Salvador. O que é que Deus oculta de nós? Ele é um Deus misterioso, e as circunstâncias do momento que Isaías, o profeta, e o próprio povo de Israel estavam vivendo escondiam os propósitos divinos para com seu povo. Ele só revelaria posteriormente, para que Israel aprendesse a reconhecer a soberania de Deus. Em outras circunstâncias, Ele é, também, o Deus que se revela e se torna cognoscível quando quer. Agar, a serva de Sara, quando despedida da casa de sua senhora, tomou o caminho do deserto de Berseba e, nesse deserto, em sua necessidade de água, Deus lhe abriu uma fonte para saciar a sua sede e a de Ismael. Mediante o milagre, Agar declarou: Tu és o Deus que vê (Gn 16.13, ARA). Ele quer que o conheçamos, não meramente por uma aparição materializada, mas como o Deus que é Espírito e Verdade. Portanto, Deus não mudou seus propósitos para conosco e, quando necessário, Ele se manifesta a nós de modo maravilhoso. Nas várias experiências de homens e mulheres mencionadas na Bíblia, o testemunho acerca das manifestações de Deus é incontestável.

    Ele É o Deus que se Revela por vários Modos

    Quem é Deus? Como ele se identifica em sua revelação? O que as Escrituras declaram acerca dEle? Três coisas revelam Deus como um Deus Vivo, como Ser Pessoal e como Espírito.

    O primeiro elemento que identifica Deus é o fato de que Ele é um Deus Vivo.Vários textos bíblicos declaram essa verdade. Depois que Deus escreveu as suas leis em tábuas de pedras, do alto do monte e do meio do fogo, Ele falou com Israel. Moisés falou ao povo de Israel que o Deus Vivente falou do meio do fogo (Dt 5.22-27). O testemunho da história do povo de Deus está registrado que Deus se revelou ao povo, aos profetas e líderes do povo de Israel como o Deus Eterno, Invisível, Poderoso e Vivo utilizando situações, circunstâncias históricas e demonstrações pessoais por meio de títulos, nomes que o identificavam como Alguém que é Pessoa e Espírito. Quando o Espírito Santo revelou a Pedro quem era Jesus, Pedro confessou e disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo (Mt 16.16). O monte Sião, onde está Jerusalém, é chamado a cidade do Deus Vivo (Hb 12.22). O Deus vivo é aquEle que se opõe a toda idolatria, por isso, qualquer imagem esculpida é abominação para Deus. Cultuar um ídolo significa cultuar um objeto morto, mas Ele é o Deus verdadeiro e Vivo, e Jeremias declarou que o Senhor é o Deus verdadeiro; ele é o Deus vivo; o rei eterno (Jr 10.10, NVI). Se Ele é o Deus vivo, significa que possui vida em si mesmo, e sua vida não veio de outra fonte. Como o Deus Vivo, Ele se manifesta a nós como um rio de águas vivas que a todos produz força, energia, refrigério, purificação. Como ser pessoal, Deus se manifesta contra toda ideia de panteísmo que o torna algo impessoal.

    Ele É Deus Pessoal

    Ao definir personalidade, sabemos que a mesma é a soma de suas propriedades e qualidades que caracterizam a existência pessoal de alguém. Quando atribuímos personalidade a Deus, estamos falando de algo que é intrínseco à sua natureza como onipotente e onisciente. Nada pode ser comparado à personalidade dos anjos e dos homens que são limitados. Os textos bíblicos que atribuem à pessoa de Deus qualidades que nós, seres humanos temos, revelam apenas que Deus existe por si mesmo, sem depender de outro ser. Acima de tudo, revelam a capacidade de conhecimento desse Deus. Portanto, Ele se revela como Pessoa, e essa qualidade faz parte da essência do seu Ser. Ele não foi criado por nada e ninguém. Sempre existiu como o Deus Eterno, Pessoal, que se faz conhecido no seu relacionamento com o homem mediante seus nomes e títulos. Como Ser Pessoal, Deus se manifesta contra toda ideia de panteísmo que o torna algo impessoal. Ele se faz conhecer por nomes pessoais, porque Deus mantém relações pessoais com a criatura humana. Existem alguns antropomorfismos que ocorrem nas Escrituras em que Ele toma forma humana para se revelar aos homens. Ele ri, chora, pensa e deseja como os homens. Isso não quer dizer que Deus tenha caraterísticas físicas, mas significa que, mesmo sendo Espírito, Ele não é algo amorfo. O antropomorfismo revela a existência singular de Deus. O modo de Ele se manifestar com traços físicos, algumas vezes, devemos entender como expressões vivas pelas quais Deus se revela como Ser Pessoal. Entretanto, um dos modos pelo qual Deus revela sua natureza é por meio de nomes e títulos. Esses nomes e títulos comunicam em graus variados o conhecimento da natureza divina e revelam os mistérios inescrutáveis que envolvem a sua existência eterna.

    NOMES E TÍTULOS PELOS QUAIS DEUS SE FAZ CONHECIDO

    Uma das identificações mais extraordinárias da Bíblia acerca do nome de Deus, o Adonai de Israel, é quando Ele fala com Moisés no alto do monte Horebe. Moisés, então pergunta a Deus: Qual é o seu nome? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós (Êx 3.13,14). A identificação neutra que Deus fez a Moisés do seu nome não anula a sua realidade, mas revela o que Ele faz e pode fazer pelo seu povo. O nome de uma pessoa diz quem ela é; revela seu caráter, seu jeito de ser, sua etnia, raça, cor e estética. Por isso, em relação à Divindade, a palavra deus é neutra, porque, na linguagem do Antigo Testamento, o Deus de Israel se revela como Alguém Pessoal, mas se identifica por características de suas obras. Deus, o nosso Deus, não é uma coisa inerte; não é mera figura de retórica; não é um poder, um fogo, um símbolo. Ele é o Criador do universo, e os vários nomes e títulos atribuídos a Ele revelam a sua realidade.

    A Importância dos seus Nomes e Títulos

    É importante entender que nada pode revelar a Deus, senão o fato de que Ele só pode ser conhecido por meio da revelação que Ele faz de si mesmo. Nas Escrituras, o nome de uma pessoa expressa a natureza do seu portador. No mundo das criaturas humanas, os pais escolhem os nomes para seus filhos, e, geralmente, são nomes que expressam a cultura dos pais. Notamos que os nomes dados aos filhos de pais israelitas eram nomes que expressavam a crença em Deus e às atividades culturais influentes da época. Em relação a Deus, o nome atribuído a Ele tinha por objetivo distingui-lo dos demais deuses. A variedade de nomes e títulos para identificar a Deus não o torna um Deus plural. Pelo contrário, seus muitos nomes atribuídos referem-se às atividades de Deus no mundo dos homens. Uma vez que Ele não se apresenta por um nome específico, os vários nomes atribuídos a Ele são modos distintos de identificá-lo com as suas obras feitas. O Manual da Igreja do Nazareno expressa sua crença assim: Cremos em um só Deus eternamente existente e infinito, Soberano do universo. Que Ele só é Deus, Criador e Administrador santo em natureza, atributos e propósitos. Que Ele, como Deus, é trino em seu ser essencial, revelado como Pai, Filho e Espírito Santo.

    Identificando os vários Nomes e Títulos de Deus

    Quem É, portanto, o Deus da Bíblia? Podemos iniciar o entendimento sobre o Deus da Bíblia por alguns nomes especiais que descrevem o seu caráter e que estão inseridos na história do povo de Deus.

    Elohim. O principal nome na vida religiosa de Israel. Na escritura de Gênesis 1.1 e de Salmos 68.1, aparece Elohim com o sentido especial de Todo-Poderoso, em cujo nome consiste a plenitude da deidade, o qual, por ter um sentido plural, revela a pluralidade divina composta no único Deus verdadeiro. É um nome que aparece por mais de três mil vezes no Antigo Testamento. É, de fato, o nome proeminente de Deus, pelo qual Ele se revelou a si mesmo. Num sentido gramatical, Elohim é um termo genérico e plural que é similar a Eloah. Eloah é um nome utilizado para significar deuses ou deusas das nações vizinhas a Israel. O sentido que Israel dava a esse nome, Eloah, era de que o Deus de Israel era o Único Deus verdadeiro e representava a soma e a totalidade da divindade inerente a Ele. É um nome que expressa a plenitude e a glória dos poderes divinos, mas revela, também, a existência da trindade divina, como o único Deus em três Pessoas distintas. Na escritura de Gênesis 1.26, ao criar o homem, Deus disse: Façamos o homem. A forma verbal façamos e o pronome nossa aparecem no plural, como está escrito: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Portanto, Elohim criou o ser humano. O seu nome Elohim é derivado do prefixo El. Desse prefixo, El, podemos formar vários títulos atribuídos aos poderes do Deus de toda provisão, os quais trataremos neste capítulo.

    Os escritores dos livros da Bíblia tinham a noção exata da existência de Deus e evitavam citar o nome de Deus. Por isso, o tetragrama YHWH só tinha letras consoantes para esconder o verdadeiro nome de Deus. Israel foi orientado sempre a falar do Deus de Israel como Adonai.

    Adonai. O nome mais utilizado na Bíblia Hebraica é Adonai. Um nome que revela o senhorio de Deus e tem um sentido de soberania. Na Bíblia Hebraica, em seu glossário de palavras explicadas, o termo Adonai literalmente significa meu Senhor e designa Deus na linguagem hebraica. Adonai representa o tetragrama YHWH (Yahweh), que é o nome hebraico de Deus. Esse nome é o mais significativo para Israel, transliterado e pronunciado como Javeh ou Jeová na forma portuguesa. Na época do pós-exílio de Israel em outras terras, os judeus evitavam pronunciar o nome literal de Yahweh por entender que era um nome sagrado para ser temido por todos. Posteriormente, foram encontradas transliterações para o grego na literatura cristã. Portanto, esse nome é exatamente o único nome pessoal de Deus, porque pertence só a Ele. Quando Ele se revelou a Moisés no Monte Horebe (Êx 3.14), Ele se identificou como EU SOU O QUE SOU. Essa frase no hebraico é ehyeh Asher Ehyeh, traduzido por Eu sou / serei o que Sou / serei. Quando Moisés perguntou a Deus em nome de quem ele falaria ao povo, o Senhor lhe disse: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós (Êx 3.14). Desse modo o Senhor revelou a Moisés o sentido mais íntimo do seu nome. Essa identificação divina tem a ver com o temor e a reverência dos judeus em usar o nome de Deus em vão. Por isso, eles adotaram o nome genérico El e acrescentavam nomes que identificassem o Deus de Israel — aquEle que é poderoso (Gn 33.20).

    Os Nomes Compostos com El

    Os judeus criaram e formaram nomes compostos com o prefixo El que expressam as atividades de Deus nas várias situações históricas, enfatizam a natureza de Deus e o seu relacionamento com o seu povo. São nomes que revelam não apenas o Ser da Divindade, mas as suas obras, o seu caráter, o seu agir no universo criado por Ele.

    El Shaddai (Gn 17.1) revela um Deus Todo-Poderoso, onipotente,

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