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Vencendo a nossa própria vontade: Aspectos cristológicos para uma vida submissa à vontade de Deus
Vencendo a nossa própria vontade: Aspectos cristológicos para uma vida submissa à vontade de Deus
Vencendo a nossa própria vontade: Aspectos cristológicos para uma vida submissa à vontade de Deus
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Vencendo a nossa própria vontade: Aspectos cristológicos para uma vida submissa à vontade de Deus

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Com uma abordagem mais teológica e de fácil entendimento, nesta obra será apresentada a origem desses males, tendo que explorar a estrutura ontológica do homem tripartido em corpo, alma e espírito, para mostrar a impossibilidade de, sozinhos, vencermos a nossa própria vontade. Assim nos diz Tiago, irmão do Senhor: "Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência" (Tiago 1:14). A palavra engodo se refere às armadilhas do nosso próprio coração, que nos "pesca", utilizando a nossa própria isca, que são as concupiscências. É somente através da obra redentora de Jesus Cristo e submissão à sua pessoa que poderemos nos ver livres desses maus desejos.
LanguagePortuguês
PublisherViseu
Release dateNov 1, 2018
ISBN9788554546533
Vencendo a nossa própria vontade: Aspectos cristológicos para uma vida submissa à vontade de Deus

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    Vencendo a nossa própria vontade - Farlen Rochiero

    abençoe!

    Introdução

    Deus, em sua infinita misericórdia, tem nos concedido abundante graça, pelo seu muito amor com que nos amou. Enviou ao mundo – sistema corrompido e depravado pelo pecado − seu filho amado, Jesus, O Cristo, cognominado por si mesmo de O filho do homem. Jesus, cujo significado é salvador, foi um nome dado pelo próprio anjo (que O mesmo havia criado, porque Ele é antes de todas as coisas) a uma jovem moça chamada Maria, desposada de José, descendente de Davi, da tribo de Judá, que trouxera ao mundo Aquele em que a humanidade, mediante a sua pessoa, poderia encontrar a salvação. Salvação essa inquerida por aqueles que, indubitavelmente, se empenharam no ministério ao qual foram chamados para exercer. Pois dessa maneira se expressou o apóstolo Pedro em sua primeira epístola endereçada aos judeus dispersos por toda a Ásia:

    Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormante testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, para as quais coisas os anjos desejam bem atentar (1 Pedro 1.10-12).

    Não somente o apóstolo Pedro, mas todos quantos puderam tocaram o verbo encarnado (1 Jo 1.1), sentiram as batidas suaves do seu coração (Jo 13.23). Tentaram, mesmo sem sucesso, compreender sua mente incognoscível na forma e métodos humanos. Mas não obtiveram êxito, pois estava muito além do que eles pudessem imaginar. Não puderam compreender que a sua vontade estava submissa à vontade do Pai. Que as suas palavras eram sancionadas em obediência ao Criador. Não se aperceberam, como João, o batista, que o Espírito Santo pairava sobre Ele e que fora outorgado de todos os dons ministeriais sem que houvessem medidas (Jo 3.34). Dessa forma, Jesus, 100% Homem, mas também 100% Deus, pôde reconciliar consigo mesmo a humanidade perdida. Porque somente Deus, e jamais outro, nos podia trazer a salvação. Como bem profetizou o profeta Isaías no capítulo 43, versículo 11, que diz: Eu, sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador.

    Nesta presente obra, me prestarei incessantemente a comunicar-lhes alguns dos aspectos que tem afligido muitos cristãos de todos os séculos. Todavia, não pretendo extinguir os assuntos que serão abordados aqui, até porque seria impossível esgotá-los, uma vez que se tratam de conflitos internos que já foram debatidos, discutidos e empenhados por vários homens e mulheres de Deus em suas gerações. Nesse aspecto, iremos verificar a preocupação de muitos cristãos em resolver esses dilemas, mesmo na época dos chamados pais apostólicos, teologicamente conhecida como Patrística,¹ quando a santidade era um alvo almejado por aqueles que sentiam na pele os algozes dos inimigos da cruz.

    O que iremos abordar neste livro diz respeito as nossas vontades, aos nossos anseios e desejos que permeiam as nossas vidas. Afinal, é impossível estarmos neste mundo sem expressarmos esses sentimentos. De certo modo, são nossos desejos a faísca propulsora que nos leva a alcançarmos os nossos ideais. Mas será que nossas vontades e desejos estão de acordo com o querer e os propósitos de Deus? Procuraremos, nestes capítulos que se seguem, condicionar os nossos anseios à vontade e submissão nAquele (Jesus) que confiou a cada um de nós, servos e servas, a importantíssima obra de evangelizarmos esse mundo depravado pelo pecado.

    É bem verdade que falar em vencer a nossa vontade nos dias que estamos vivendo é quebrar alguns paradigmas. É romper com um sistema que tem aprisionado a muitos por não obedecerem aos ensinamentos do Pai. É andarmos em direção contrária ao que está sendo proposto nos anais dos órgãos que legislam a nossa nação. Leis estas que confrontam os princípios estabelecidos por Deus na sua Santa Palavra.

    No entanto, todas as palavras que Jesus proferiu em seu evangelho, dirigindo-as aos seus discípulos, tratavam de ensinamentos preciosos, que permitiam entender qual era a boa e agradável vontade de Deus. Passaram pelos apóstolos, que deixaram escritas as doutrinas com a qual comporiam o novo testamento. Passaram por geração à geração. Romperam as fronteiras, quebraram os laços e derrubaram as paredes, até que aprouve a Deus, por sua vontade, chegar aos dias de hoje para nos mostrar que a vontade de Deus é o melhor para as nossas vidas. Glória a Deus! Porque essa é a vontade do Pai: a nossa salvação. Como disse o apóstolo dos gentios a Timóteo: Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (1 Timóteo 2. 3-4).

    Boa leitura!


    1 Nome atribuído aos pais da igreja nos primeiros cinco séculos de nossa era, que buscavam combater a descrença e o paganismo vigente.

    Capítulo 1: Vontade

    Todos nós questionamos o porquê de muitas coisas. Tristeza, dor, sofrimento, morte, violência... Indagamo-nos até mesmo da existência de Deus. Se Deus existe, por que têm tantas coisas ruins neste mundo? Por que não aniquila tudo o que não serve e deixa apenas o que lhe atribui honras e louvores? Na verdade, essas são questões existenciais intrinsicamente ligadas a cada um de nós. Como homens, mulheres, adolescentes e crianças, esses sentimentos se mostram como respostas latentes ao inconformismo com determinadas situações que vivenciamos. Aprofundando mais a questão para sabermos a razão de tais questionamentos, tomaremos como ponto de partida o princípio da criação, de onde derivam todos os aspectos ontológicos inerentes a cada ser, inclusive a sua vontade. Contudo, qual seria o significado de vontade ?

    A definição de vontade, na sua etimologia, origina-se do latim voluntas, que traz a ideia de desejo, aspiração, propósito. Está relacionada ao sentimento que cada pessoa tem, como de escolher; praticar ou mesmo deixar de praticar alguma coisa. É caracterizada pela liberdade voluntária em seguir ou não determinadas ordens. Razão pela qual escolhe o homem seguir a

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