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Novas dinâmicas para grupos: A aprendência do conviver
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Ebook199 pages1 hour

Novas dinâmicas para grupos: A aprendência do conviver

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Esse livro propõe reflexões e oferece subsídios para quem lidera grupos na escola, na empresa, na comunidade, na igreja, e para todos que buscam prosseguir no aprendizado da convivência, a fim de ampliar a compreensão dos fenômenos internos a cada grupo e entre grupos, renovando seu repertório de atividades.
As vivências propostas estão dispostas em três seções. A primeira reúne atividades com finalidades integradoras, que devem ser a primeira meta do trabalho com grupos novos ou com aqueles em que, embora seus membros já se conheçam, não se tenha conseguido o grau de interação desejado. Na segunda estão vivências voltadas a situações pilares das relações sociais, as quais proporcionam a prática de aptidões indispensáveis à vida em sociedade.
Como o aprendizado é um processo contínuo, a terceira seção tem como meta propiciar momentos de leveza. São instantes de confraternização grupal. Momentos oportunos para a avaliação do percurso realizado, com a finalidade de eventual correção de rumos para o futuro. - Papirus Editora
LanguagePortuguês
Release dateMay 20, 2015
ISBN9788544900963
Novas dinâmicas para grupos: A aprendência do conviver

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    Novas dinâmicas para grupos - Simão de Miranda

    NOVAS DINÂMICAS PARA GRUPOS:

    A APRENDÊNCIA DO CONVIVER

    Simão de Miranda

    >>

    Para

    Giovana, afilhada amada de simpatia balsâmica;

    Rubem Alves, que escreve com ternura a bondade e a afeição.

    O senhor... mire e veja.

    O mais importante e bonito do mundo é isto:

    que as pessoas não estão sempre iguais,

    não foram terminadas –

    mas que elas vão sempre mudando.

    Afinam ou desafinam.

    Verdade maior.

    É o que a vida me ensinou.

    Isso me alegra. Montão.

    Guimarães Rosa,

    Grande sertão: Veredas.

    Pelos contributos prestados, agradeço:

    ■ aos alunos

    da Universidade Estadual de Goiás, Unidade de Campos Belos (GO), pelo tanto que aprendi quando me propus a ensiná-los;

    do Centro de Ensino Superior Unificado de Brasília (Cesubra)/Faculdades Objetivo e da Faculdade JK – Taguatinga (DF), pela riqueza que dão aos nossos relacionamentos;

    da Escola Normal do Gama, pela importância que, para mim, possuem e, por isso, pela explícita afeição repartida entre nós;

    ■ aos leitores, aos ouvintes das palestras e aos participantes das oficinas que realizo, pelos comentários, contribuindo para que a ideia deste livro tivesse brotado;

    ■ aos amigos – próximos e distantes – e à família, reconhecendo que não aprendi ainda a gerenciar meu tempo para incluí-los em prioridade anterior à do trabalho;

    ■ antes, e prioritariamente, a Deus, que acolhe com bondade as sementes que tenho plantado, devolvendo-as em promessas de sombra, flores e frutos que quero compartilhar em um sábado ensolarado de amanhã com aqueles com os quais me privo.

    Prezado leitor, escolha uma placa e, a lápis, coloque seu nome

    SUMÁRIO

    PREFÁCIO (Paula Gomes)

    UMA CARTA DE RUBEM ALVES

    Parte 1

    RESPONDENDO À MISSIVA E SITUANDO O LEITOR

    Do usufruto da madureza

    Da precisão de achego

    Do princípio primitivo dos grupos sociais

    Da aprendência do conviver

    Da dinâmica de grupos dinâmicos

    Do caráter lúdico na dinâmica de grupos

    Deste livro: Modo de usar

    Parte 2

    VIVÊNCIAS E ESSÊNCIAS

    Primeira seção – Integrando os participantes: Chegada e encontro

    1.Ao me perceber, você me faz existir

    2.Cuidados angelicais

    3.Os últimos serão os primeiros

    4.Ideias associadas

    5.Os contrariados

    6.Palavra em formação

    7.Meus cumprimentos

    8.A senha

    9.Quem você quer ao seu lado?

    10.O amigo ao meu lado

    11.Fazendo alianças

    12.Em defesa de sua porção

    13.Procurando o companheiro

    14.Quem posará para o retrato?

    15.O diálogo arma laços

    16.A semente

    17.Quem estava onde?

    Segunda seção – Desenvolvendo habilidades: Experimentando, aprendendo e progredindo

    1.Revisitando os apelidos

    2.O que você viu?

    3.O navio está chegando

    4.Comunicação curiosa

    5.Perdas e danos

    6.Analogias

    7.A imagem e as janelas

    8.Duelo no quadrilátero

    9.Tão perto, tão distante

    10.Semelhanças e coincidências

    11.Pistas e despistes

    12.Passando a bola para frente

    13.Em defesa do seu tesouro

    14.Peculiaridades humanas

    15.A maçã

    16.Um copo aqui, um pouco ali

    17.A detonação

    18.Maquinista habilidoso

    19.Quem integrará a missão?

    20.Ofícios de todos nós

    21.Sabatina

    22.Muita coisa ao mesmo tempo

    23.Lidando com limitações

    24.Presença incômoda

    Terceira seção – Confraternização e avaliação: Marco de chegada e sinal de partida

    1.Os nós em nós

    2.Manjar dos deuses

    3.Rótulos positivos

    4.Atravessando veredas

    5.A revelação dos anjos

    6.Ata e desata

    7.A cada pergunta, uma resposta

    8.Tocando o barco

    9.Andarilhos

    10.Qualidades tantas!

    TEXTOS DE APOIO

    1.Convenções – Luis Fernando Verissimo

    2.O presente dos anõezinhos – Grimm e Grimm

    3.Como escutar na discussão hábil (ou em qualquer ocasião) – Rick Ross

    4.Roda viva – Chico Buarque de Hollanda

    5.Tecendo a manhã – João Cabral de Melo Neto

    6.Amanhã e Jajá – Lúcia Pimentel Góes

    7.Tranquilize-se (fragmento do texto original) – Rubem Alves

    8.Eu tenho valor – Silvino Fritzen

    9.Terapia da auto-estima (fragmento do texto original) – Karen Katafiasz

    10.Estatuto do homem – Thiago de Mello

    MAPA 1 – Classificação geral

    MAPA 2 – Classificação por objetivos

    NOTA

    BIBLIOGRAFIA

    SOBRE O AUTOR

    OUTROS LIVROS DO AUTOR

    REDES SOCIAIS

    CRÉDITOS

    PREFÁCIO

    Caras leitoras, caros leitores

    Se fosse apenas um relato de atividades exequíveis em grupos, seria simples. Mas não. Novas dinâmicas para grupos: A aprendência do conviver possui a urgência de um apelo: Extrair da jornada coletiva, todas as possibilidades de felicidade e ventura que ela pode ofertar a nós. Apelo que é esperança: a ideia de que, na relação, o outro nos proporciona instantes de superação de nossas mazelas, de nossas infelicidades, de nossas limitações. A convivência aprendida por meio das constantes interações vislumbra um horizonte de sobrevivência pacífica e prazerosa. E como isso nos é caro e vital!

    O apelo reflete também a vocação filosófica do ser humano para a vida, como nos indaga Carlos Fuentes, citado aqui por Simão: Viemos aqui para viver ou para chorar, estamos por morrer ou por nascer?. O outro nos redime da solidão e nos presenteia com nascimentos. No encontro com o outro, renascemos para a partilha, para a participação, para o entusiasmo, para a motivação, para a liderança e a criatividade. Bem sabemos que não se trata de um imperativo, mas de escolhas, como argumenta Simão de Miranda: renascemos melhores ou não. Nossos grupos em permanente mutabilidade compartilham – porque influenciam – cada ressurreição nossa, cada devenir. Tal processo indica uma vocação humana primeira, a qual se inscreve num fluxo de vida. O que nos seria reservado pelo destino já nos pertence, pois já é por nós criado desde que fiquemos juntos, como nos lembra Carlos, o Drummond: (...) não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

    E, por fim, o apelo é criação do desejo. É a dimensão da ausência que caracteriza o desejo. Desejo é falta. Desejamos, quando a realidade não nos basta, porque uma agonia íntima nos impulsiona para desbravamentos e novos movimentos. Fazemos o caminho em direção ao outro pela necessidade da sensação de pertinência, de sentir-se parte integrante, ativa e incorporada ao todo. Portanto, a aprendência do conviver faz-se necessária para dar alento ao desejo por interações grupais mais produtivas, porque verdadeiras e felizes.

    Assim, a quem ousa aproximar-se deste navio, ancorado em porto de tantos apelos, dou graças. Não há aprendizagem que dispense a viagem. Pois que partam. Desbravem interiores e exteriores distantes. Bifurquem em algum lugar. Mas, por Deus, não sigam sozinhos, levem os seus e que seja leve a viagem!

    Paula Gomes[1]

    UMA CARTA DE RUBEM ALVES

    Campinas, janeiro de 1999.

    Prezado Simão:

    O tempo passou mais depressa do que eu desejava. Lembro-me de quando eu fazia as contas para saber a minha idade, se eu estivesse vivo na passagem do século. Terei 66 anos. É incrível! Quando meu pai fez 60 anos, eu tinha 24. Eu olhava para ele com carinho e tristeza. Aos meus olhos, o seu era um rosto crepuscular. Me era inimaginável que eu, algum dia, fosse tão velho assim.

    O tempo passou. Envelheci. Mas não tenho queixas. A vida tem sido generosa. Tenho muitos amigos. Mesmo quando estamos distantes, sei que eles estão lá. Não existe nada mais precioso. As coisas mais bonitas – viagens, cenários, festas, música – são tristes sem os amigos.

    Não tenho planos para coisas novas. Desejo apenas tranquilidade para pôr em ordem e gozar as coisas que já tenho.

    Estou tentando terminar um livro sobre educação. Um outro, sobre a estética do envelhecer, já está bem adiantado. Gostaria, também, de ter tempo para compartilhar as coisas que aprendi como terapeuta. E ainda vou escrever um livro de teologia alegre.

    O que me causa ansiedade: as montanhas de cartas que não posso responder uma a uma. Tempus fugit – sou limitado. Se for fazer o que me pedem, eu não poderei fazer o que me peço. Espero que perdoem.

    Obrigado pela amizade.

    Carpe diem! Goze o dia como se fosse um fruto maduro.

    Vai o meu abraço.

    Rubem Alves

    1

    RESPONDENDO À MISSIVA

    E SITUANDO O LEITOR

    É o futuro que dita a regra ao nosso hoje.

    Friedrich Nietzsche, Humano, demasiado humano.

    Do usufruto da madureza

    Sim, Rubem, os acontecimentos mais belos perdem instantaneamente seu valor quando não percebemos o grupo. Debilitam-se. Negam ênfase. E

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