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O impresso como intervenção social: educação e história na perspectiva de dario vellozo (1885–1937)
O impresso como intervenção social: educação e história na perspectiva de dario vellozo (1885–1937)
O impresso como intervenção social: educação e história na perspectiva de dario vellozo (1885–1937)
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O impresso como intervenção social: educação e história na perspectiva de dario vellozo (1885–1937)

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Na perspectiva de Dario Vellozo, figura notória que atuou intensamente no cenário educacional, na vida literária e na imprensa paranaense, o impresso ganha destaque como um dos principais mecanismos de divulgação e de mudança social. Nessa narrativa das estratégias de intervenção social elaboradoras por Vellozo, também a história e a educação entram como discursos legitimadores de ideais e caminhos de transformação.



"À Imprensa cabe, neste período de elaboração da psiquê nacional, importante desempenho.

É ela o veículo de idéias em contacto direto com a massa alfabetizada. A orientação, boa ou má, da escola, complemento do lar, lapida-se e amadurece ao contacto da Imprensa. Divulgando ideais gerais, programa de ação, sugestões úteis, para melhora coletiva, transmite ao povo a mais eficiente base cívica.

A Imprensa honesta e sincera é luz na formação nacional; é guia da opinião pública e - se compenetrada de seus fins - é Escola de todos."



Dario Vellozo
LanguagePortuguês
Release dateJan 1, 2016
ISBN9788547300630
O impresso como intervenção social: educação e história na perspectiva de dario vellozo (1885–1937)

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    O impresso como intervenção social - Ernando Brito Gonçalves Junior

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    À Imprensa cabe, neste período de elaboração da psiquê nacional, importante desempenho.

    É ela o veículo de idéias em contacto direto com a massa alfabetizada. A orientação, boa ou má, da escola, complemento do lar, lapida-se e amadurece ao contacto da Imprensa. Divulgando ideais gerais, programa de ação, sugestões úteis, para melhora coletiva, transmite ao povo a mais eficiente base cívica.

    A Imprensa honesta e sincera é luz na formação nacional; é guia da opinião pública e - se compenetrada de seus fins - é Escola de todos.

    Dario Vellozo

    Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

    (Fernando Pessoa)

    AGRADECIMENTOS

    Gostaria de agradecer às pessoas que me auxiliaram nessa caminhada, me apoiando em diferentes momentos da construção desta obra. Acredito que apenas estas linhas não serão suficientes para expressar toda a gratidão que tenho por todos aqueles que me auxiliaram, mesmo assim, estas frases são importantes.

    Ao Prof. Dr. Carlos Eduardo Vieira, que me acolheu com muito apreço. Agradeço por ter acreditado em meu potencial, por todas suas competentes orientações e por suas ideias esclarecedoras. Tenho certeza de que se não fosse por suas orientações este livro não teria sido concluído.

    À Prof ª Dr ª Leziany Silveira Daniel, pelas importantes contribuições para o meu trabalho.

    Ao Prof. Dr. Renato Lopes Leite, por sua leitura apurada, abrindo-me os olhos para questões que eu não havia notado.

    Ao Prof. Dr. Névio de Campos, pelas ideias e contribuições para pesquisa.

    À Prof ª Dr ª Liane Maria Bertucci, pelo incentivo à pesquisa, além dos importantes debates que tivemos.

    À Prof ª Dr ª Nádia Gaiofatto Gonçalves, pelo apoio à minha pesquisa e pelas importantes discussões que tivemos.

    Ao Prof. Dr. Marcus Levy Bencosta, pelas leituras de meu trabalho e pelas contribuições à minha pesquisa.

    Ao Instituto Neo-Pitagórico (INP), que ,com muito carinho e atenção, abriu as portas da instituição para minha pesquisa, prestando-me uma grande ajuda na elaboração desta obra. Ao atual presidente do INP Anael Pinheiro de Ulhôa Cintra, que se mostrou sempre muito prestativo. A senhora Rhadail Grein Vellozo, que com muito carinho me contou diversas história de seu avô; e, por último, ao senhor Rosala Gerzuze, que fez questão de me conhecer e conversar comigo durante a pesquisa. Um homem muito simpático e alegre, que tive a honra de conhecer antes de seu falecimento.

    Aos meus colegas de Mestrado Gisele, Jordana, Daniele, Claudineia, Juarez, Wanessa, Flavia e Dionei, pelas importantes discussões, pelas alegrias que tornaram nossa convivência mais harmoniosa e afetuosa.

    Ao Prof. Raphael Sebrian, pela sua grande amizade e companheirismo, por ter sido um grande exemplo de professor e pesquisador e pelas inúmeras discussões que travamos, além dos diversos auxílios que me prestou em diversos momentos da minha trajetória acadêmica sendo o principal responsável pela minha entrada no universo de pesquisa universitária.

    À Profª Drª Karina Anhezini, por suas importantes contribuições em nossas conversas, pelo incentivo à pesquisa na graduação e pelo grande carinho com que ela sempre me auxiliou.

    À minha amiga Telma Faltz Valerio, pelas conversas e discussões acadêmicas, que foram de grande valia para a conclusão da minha pesquisa.

    À minha colega Daiane Vaz Machado, pelas suas contribuições a esta pesquisa, com leituras e questionamentos.

    À CAPES, pela bolsa de pesquisa, o que me possibilitou uma dedicação exclusiva a esta obra.

    Ao meu querido colega Douglas Belan, por sua leitura atenta da minha obra.

    Ao meu amigo Bruno José Zeni, que, apesar de estar começando no mundo acadêmico, contribuiu para a pesquisa escutando minhas ideias e se posicionando em relação a elas.

    Aos meus pais, Ivone Bernadeth Andrade Gonçalves e Ernando Brito Gonçalves, que sempre me apoiaram em minha vida e também no mundo acadêmico. Devo a eles todo o carinho e gratidão do mundo.

    À minha irmã, Kelly Brito Gonçalves, por sempre ter me dado apoio em minhas decisões e por ter me auxiliado em Curitiba, juntamente com sua amiga, que se tornou minha amiga, Maria Cristina.

    À minha esposa, Dafne Ribeiro Breda, minha eterna musa inspiradora, por ter-me aguentado em momentos difíceis, ter escutado minhas lamúrias e lamentações, sempre com uma palavra de carinho e alento. Por nossas discussões sobre minhas novas descobertas e decepções e por sempre estar disposta a me ajudar da melhor maneira possível.

    Agradeço, ainda, ao meu amigo Silvério Antonio Simon pala sua grande contribuição para que esta publicação pudesse se tornar realidade, bem como as instituições de ensino Colégio Lobo do Paraná e Sistema Educacional Platão em Guarapuava.

    Por fim, gostaria de agradecer a todos aqueles que passaram pela minha vida e que fizeram parte dela de maneira especial nos últimos dois anos.

    PREFÁCIO

    É com imenso prazer que escrevo o prefácio da obra O impresso como intervenção social: educação e história na perspectiva de Dario Vellozo (1885 – 1937), escrita pelo pesquisador Ernando Brito Gonçalves Júnior. Trata-se de um estudo produzido em ambiente acadêmico e, portanto, submetido a inúmeros processos de controle dos seus resultados, de maneira que as interpretações e as evidências históricas apresentadas são confiáveis e contribuem para a construção de um conhecimento cumulativo sobre diversos problemas historiográficos. Logo, considerando a qualidade e a complexidade da pesquisa, não pretendo fazer uma síntese das ideias contidas no livro, pois, além de esse objetivo soar pretensioso, ele seria inócuo, uma vez que os leitores não necessitam desse tipo de comentário prévio para guiarem as suas impressões. Sendo assim, farei apenas algumas observações sobre o potencial do problema analisado e sobre a opção de problematização adotada pelo autor.

    Dario Vellozo representa no cenário intelectual paranaense, entre o final do século XIX e início do XX, um personagem de enorme riqueza e complexidade. Sua ação foi decisiva para atualizar o debate cultural no estado em relação às correntes de pensamento e aos problemas que circulavam em outros espaços de sociabilidade intelectual, particularmente o Rio de Janeiro (local de nascimento e dos primeiros anos de formação de Vellozo) e a França (país de Voltaire e do movimento das luzes), na qual ele se inspirou para pensar um novo projeto civilizatório para o Brasil.

    Os investimentos culturais de Vellozo foram diversificados, com ênfase para a história, a literatura e a educação. Embora ele não fosse membro das tradicionais famílias paranaenses, logo se constituiu como liderança de uma geração, promovendo debates importantes e investindo na afirmação de teses republicanas, abolicionistas, laicistas e modernizadoras da escola. Entre as suas maiores marcas destacaremos a sua atuação na dinamização do movimento anticlerical, que dividiu opiniões e acirrou ânimos na pacata, católica e provinciana Curitiba. O anticlericalismo, para além de uma questão religiosa, envolveu uma revisão das formas de pensar e agir em relação a problemas candentes de ordem política, moral e intelectual. No caso específico da História da Educação, área na qual o presente livro se vincula, o personagem Vellozo revela interesse central, pois ele foi pioneiro na defesa da escola republicana, bem como de novos métodos de ensino que superassem a visão abstrata e livresca do processo de transmissão do conhecimento. Nos seus livros e, sobretudo, nas escolas experimentais sob sua responsabilidade, vislumbramos o princípio da educação voltada para a prática social, especialmente para o

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