Vontade: Consciência inteira
By Dulce Daou
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Vontade - Dulce Daou
VONTADE
CONSCIÊNCIA INTEIRA
Dulce Daou
VONTADE
CONSCIÊNCIA INTEIRA
Foz do Iguaçu – PR
2014
Copyright © 2014 – Associação Internacional Editares
1a Edição – Tiragem: 1.000 exemplares.
Os direitos autorais dessa edição foram cedidos pela autora à Associação Internacional Editares.
As opiniões emitidas neste livro são de responsabilidade da autora e não representam necessariamente o posicionamento da Editares.
Capa: Luiz Monken (arte final: Carla Thomasi).
Revisão: Equipe de revisores da Editares.
Produção Editorial: Epígrafe Editorial.
Impressão: Nova Letra Gráfica & Editora.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
D211v Daou, Dulce
Vontade : consciência inteira. / Dulce Daou — Foz do Iguaçu : Editares, 2014.
288 p.
Inclui glossário.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-98966-84-7
eISBN 978-85-8477-014-4
1. Conscienciologia. 2. Voliciologia. 3. Reeducaciologia I. Título.
CDD 133
Tatiana Lopes CRB 9/1524
ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL EDITARES
Av. Felipe Wandscheer, 5.100, sala 107, Cognópolis
Foz do Iguaçu, PR – Brasil – CEP: 85856-530
Tel/Fax: 45 2102 1407
E-mail: editares@editares.org.br – Website: www.editares.org.br
AGRADECIMENTOS
Aos voluntários técnicos da EDITARES, aos amigos da Epígrafe, e aos colegas autores da UNIESCON e, em especial, aos revisores Julieta Mendonça, Kátia Arakaki, Mabel Teles, Maximiliano Haymann, Roseli Oliveira, Rosemary Salles e Tamara Cardoso.
Aos amparadores extrafísicos, parapreceptores incansáveis, particularmente presentes no Holociclo, em momentos críticos durante a escrita desta obra.
Ao professor Waldo Vieira, propositor da Conscienciologia, pela tares pancognitiva e verponológica, inspiradora das abordagens aqui propostas.
Minha gratidão seriexológica.
A autora.
Outubro de 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
SEÇÃO I. VOLICIOLOGIA
01. Vontade
02. Abordagens Históricas
03. Ato Volitivo
04. Holossoma: Labcon Volitivo
05. Automobilidade Evolutiva
SEÇÃO II. INTRACONSCIENCIOLOGIA
06. Intraconsciencialidade
07. Temperamento
08. Automotivação Evolutiva
09. Autocognição Desafiante
10. Autocrítica Propulsora
11. Autocritério
12. Autocoerência
13. Autoprioridade
14. Autodefinição
15. Autodeliberação
16. Autodecisão
SEÇÃO III. VOLICIOLOGIA PATOLÓGICA
17. Alterações Volitivas
18. Protopensenidade
19. Subpensenidade
20. Voliciopatias
21. Manifestações Voliciopáticas
22. Debilidade Volitiva
23. Ectopia Volitiva
SEÇÃO IV. INTERVOLICIOLOGIA
24. Grupocarmalidade e Vontade
25. Contaminação Holopensênica
26. Intervolição Evolutiva
27. Voluntariado Conscienciocrático
SEÇÃO V. COSMOETICOLOGIA
28. Cosmoética Volitiva
29. Liberdade da Vontade
30. Intencionalidade Cosmoética
31. Autodiscernimento Volitivo
32. Teática Volitiva
33. Exemplarismo Volitivo
34. Cláusulas Volitivas
SEÇÃO VI. REEDUCACIOLOGIA
35. Autorreeducação da Vontade
36. Técnicas voliciogênicas
37. Consonância Intrapensênica
38. Capitalização Consciencial
39. Autolucidez Volitiva
40. Autodeterminação Evolutiva
41. Autopercuciência Energossômica
42. Ortovoliciopensenidade
43. Competência Volitiva
44. Vontade: Consciência Inteira
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
DICIONÁRIOS E ENCICLOPÉDIAS CONSULTADOS
WEBGRAFIA ESPECÍFICA
SELEÇÃO DE VERBETES DA ENCICLOPÉDIA DA CONSCIENCIOLOGIA
APÊNDICE 1
GLOSSÁRIO
ÍNDICE ONOMÁSTICO
ÍNDICE REMISSIVO
INSTITUIÇÕES CONSCIENCIOCÊNTRICAS (ICs)
TÍTULOS PUBLICADOS PELA EDITARES
INTRODUÇÃO
Mobilizadores. Dentre os agentes mobilizadores desta obra, destacam-se a coexistência do binômio voliciopatia-voliciogenia, as respectivas necessidades intraconscienciais e os compromissos intermissivos assumidos por esta autora.
Materpensene. Obter autoconsciência e automotivação teática para o emprego da vontade enquanto instrumento evolutivo foi o objetivo propulsor das pesquisas e reflexões apresentadas.
Objetivo. Este trabalho pretende contribuir para as autopesquisas da Voliciologia visando, em horizonte factível aos pré-serenões, a autolucidez e o autodomínio volitivos rumo à autovivência teática da Despertologia.
Extraconscienciologia. A condição da desperticidade retroalimenta a força da vontade, ao demarcar neopatamar volitivo, paradigmático: o autodomínio energético aliado à autovolição isenta de exoinfluência patopensênica.
Interdimensionalidade. No âmago da intraconsciencialidade, a vontade é recurso inalienável e disponível para as autossuperações e as ações evolutivas, em quaisquer dimensões existenciais.
Megaatributo. Considerando-se as duas abordagens clássicas da vontade, a liberdade de escolha entre objetos ou objetivos (liberum arbitrium) e o atributo da autodeterminação à ação de modo espontâneo, a partir da Evoluciologia, compreende-se ser a vontade, aliada ao autodiscernimento, megaatributo consciencial mobilizador da evolução.
Realidades. A coexistência dos 2 componentes básicos no Universo, a energia imanente (EI), omnipresente, e a consciência, dotada de inteligência, instaura a predisposição ínsita à ação consciencial.
Paradireitologia. A liberdade de evoluir faculta a todos os seres o emprego do livre-arbítrio sobre o próprio percurso evolutivo.
Interassistencialidade. A predisposição para agir, aliada ao senso interassistencial, norteia a dinâmica evolutiva.
Patamar. A capacidade de ação efetiva e discernida sobre as energias disponíveis no Cosmos define o patamar evolutivo da consciência.
Autocompetências. Ao longo da evolução, a qualificação dos atos conscienciais delineia as autocompetências para se agir, interferindo em extensão e efetividade nas realidades e pararrealidades.
Alternância. A alternância dimensional intrafisicalidade-extrafisicalidade constitui-se exercício volitivo eficaz, considerando-se os atos intencionais específicos das respectivas condições existenciais.
Cadência. Nesse sentido, a cadência evolutiva consciencial ocorre, em função de prerrogativas cósmicas, a partir da pertinência e utilidade cosmoética dos atos conscienciais vivenciados ao longo da seriéxis.
Intrafisicologia. A vida humana é cenário propício às realizações coletivas, nas quais a volição individual promove oportunidades subjetivas ímpares.
Paradoxologia. Segundo a Voliciologia, nesse contexto ocorre o paradoxo de a vontade, mesmo sendo megaatributo consciencial, depender da desenvoltura e coativação de outros predicados intraconscienciais, aqui denominados atributos voliciogênicos.
Intraconsciencialidade. A inteligência evolutiva (IE) faculta à consciência o emprego lúcido das energias conscienciais (ECs) a favor da autevolução. Contudo, as ações evolutivas apenas ocorrem a partir de autodeliberações, autodecisões e interações cosmoéticas e lúcidas.
Motivaciologia. Entre os pré-serenões, a aplicação prática da inteligência evolutiva intensifica-se a partir da vontade determinada ou da reeducação da vontade. Eis, relacionados na ordem alfabética, entre outros, 4 motivos para o intermissivista atilado priorizar os estudos da Voliciologia:
1. Completismo. A autodeterminação quanto aos autesforços diuturnos para atingir o compléxis (Autoproexologia) e o êxito preparatório da Pré-Intermissiologia.
2. Consréus. A autocapacitação holossomática para os trabalhos assistenciais junto às consréus (Reurbexologia).
3. Energossoma. O desenvolvimento de atributos energossomáticos essenciais no momento evolutivo, rumo à autoparaperceptibilidade lúcida (Autoenergossomatologia).
4. Temperamento. As recins e transformações do temperamento, no megafoco exemplarista da autoimperturbabilidade da Serenologia (Autorrecinologia).
Neociência. A Voliciologia, ciência aplicada ao estudo e à pesquisa das manifestações da vontade da consciência integral e respectivas relações com o processo evolutivo, é abordagem própria do paradigma consciencial, e terminologia proposta por Vieira (2007, páginas 569 e 1002).
Dimensões. O trabalho aqui apresentado foi desenvolvido substancialmente no eixo da Autovoliciologia, a dimensão intraconsciencial, tendo em vista a autorreeducação da vontade em bases cosmoéticas. Considerou-se, também, a Intervoliciologia, dada a inarredabilidade evolutiva grupal e a inexorável necessidade de qualificação da Conviviologia, optando-se pela abordagem, mesmo reduzida, da dimensão interconsciencial, na seção IV.
Panorama. Conduzindo o leitor, desde conceituações básicas a técnicas para a qualificação da autovolição, os seguintes aspectos foram analisados e organizados em 6 seções, abaixo relacionadas na ordem lógica:
1. Voliciologia: as definições e conceitos relativos à vontade; a natureza da vontade; as sínteses históricas; as relações com os veículos de manifestação; o ato volitivo.
2. Intraconscienciologia: a interdependência da vontade; os atributos conscienciais evolutivos interrelacionados.
3. Voliciologia patológica: as voliciopatias.
4. Intervoliciologia: os atos voluntários, reações e consequências grupocármicas; o impacto da vontade na grupocarmalidade.
5. Cosmoeticologia: a qualificação da intencionalidade; a vontade e o ritmo evolutivo; as interrelações entre vontade e desassedialidade.
6. Reeducaciologia: a reeducação da vontade; o teste volitivo (Apêndice I); as técnicas reversivas; a vontade norteando a evolução.
Arbítrio. A influência mesológica, genética e paragenética exercem coerção relativa sobre as consciências, em função do percentual de liberdade já conquistado. Nesse sentido, a abertura do livre-arbítrio sinaliza o irrompimento da autonomia evolutiva sobre o determinismo patológico, ainda persistente no Zeitgeist planetário.
Historiografia. Sob a ótica da Voliciologia, a História Humana pode ser apreendida através da vontade totalitária dos tiranos e da vontade débil dos incautos, ambas retroalimentando os guetos patológicos de interprisões grupocármicas e as respectivas repercussões estagnadoras.
Reurbanologia. A reurbex e a reurbin planetárias, neste início do Século XXI, acentuam a necessidade da convivialidade lúcida junto a manifestações voliciopáticas das consréus ressomadas a serem assistidas.
Autolibertação. A reeducação da vontade impele a consciência para o eixo evolutivo. A resultante recin volitiva impulsiona a conscin rumo à autodeterminação cosmoética e interassistencial.
Autesforço. Vale manter o autesforço continuado pela reeducação da vontade, visando integrar-se ao maximecanismo interassistencial, usufruindo do amparo extrafísico, da ortopensenidade e da homeostasia decorrentes, mesmo incipientes e oscilantes, passando de assistido latente para assistente obstinado.
Moto-contínuo. A assimetria da natureza e a vontade ínsita a todo princípio consciencial promovem o movimento intraconsciencial em prol da evolução incessante.
Convite. Ao leitor intermissivista ou interessado nos estudos da Conscienciologia, proponho o mergulho, mesmo rasante, na intraconsciencialidade volitiva, para emergir rumo a autopensenizações, posturas e hábitos mais cosmoéticos.
SEÇÃO I
VOLICIOLOGIA
01. VONTADE
Definição. A vontade é a capacidade ou a faculdade de a consciência dirigir a autopensenização e empreender ação sobre as energias disponíveis no Cosmos, promovendo e/ou modificando conhecimentos, comportamentos, decisões, atitudes, realidades e pararrealidades.
Sinonímia: 01. Potencial autopensênico. 02. Empenho; esforço; ímpeto; impulso. 03. Ação; gesto; operosidade; realização. 04. Posicionamento; teática; verbação. 05. Inclinação; intenção; pretensão; propósito. 06. Obstinação; persistência; constância; pertinácia; talante. 07. Autodeterminação. 08. Anelo; anseio. 09. Arbítrio; alvedrio; escolha. 10. Voliciolina atuante.
Antonímia: 01. Abulia; disbulia; impotência volitiva. 02. Inércia; imobilismo; desalento; desânimo. 03. Incompletismo. 04. Covardia; murismo. 05. Falta de objetivo. 06. Dispersão; inconstância. 07. Indisposição; insegurança. 08. Inapetência; anorexia volitiva. 09. Decidofobia; hesitação; protelação. 10. Energia estagnada.
Etimologia. O termo vontade deriva do idioma Latim, voluntas, vontade, ato de querer; desejo, projeto
. Surgiu no Século XIV.
Estrangeirismologia: o will power; a volonté général; a volontà di ferro; a voluntad racional; a wille (a vontade no sentido geral); a willenskraft (a vontade enquanto faculdade, o poder da vontade); a willkür (a vontade enquanto escolha livre).
Definição. A volição é a manifestação da vontade da consciência conduzindo-a a pensar, sentir e agir para determinado objetivo intencionado.
Sinonímia: 1. Uso da vontade. 2. Ato da vontade. 3. Ação da vontade. 4. Ação decisória; 5. Força de vontade.
Antonímia: 1. Inação. 2. Instinto. 3. Nolição.
Etimologia. O termo volição deriva do idioma Latim Medieval, volitio, provavelmente do francês, volition, ato em que a vontade é determinante
. Surgiu em 1721.
Perenidade. Dentre os atributos conscienciais conhecidos aos pré-serenões, a vontade parece ser o mais perene, arraigado e imprescindível à evolução, considerando-se as duas realidades fundamentais do Cosmos: Consciência e Energia Imanente (EI).
Abrangência. O aparato volitivo abrange amplo espectro de intenções e interesses, podendo ser classificado em relação ao universo de consciências diretamente envolvidas, basicamente do seguinte modo:
1. Autovoliciologia: intraconsciencial, relativo à ação pessoal; requer esforço individual (egocarmalidade).
2. Intervoliciologia: interconsciencial, relativo a ações interpessoais; requer influência coletiva e envolve liderança ou mobilização grupal (grupocarmalidade).
Coerção. Considerando-se o momento evolutivo planetário, a volição, em geral, é limitada, sofrendo, entre outras, coerção cerebral, mesológica, parapsíquica, xenopensênica ou paragenética. Reflete, desse modo, a inexistente ou ínfima inteligência evolutiva (IE) humana.
Natureza. A dimensão conativa (relativa à conação), expressa mais especificamente através do energossoma nas manifestações da conscin, parece ser a mais adequada e genuína para a natureza da volição.
Conação. "A conação é a tendência, inclinação, processo mental e / ou comportamental da consciência para atuar com lucidez, esforço e motivação na dinamização das manifestações autopensênicas através das energias conscienciais (ECs)" (Vieira, 2013, página 3.032).
Sinonímia. Conforme a respectiva Sinonimologia proposta por Vieira, a conação é processo da ação intencional, vontade de agir, autoconscientização pensênica, impulso às ações autoconscientes, força de vontade, voluntariedade psicomotriz e dinâmica mentalsomática.
Hipótese. Segundo a Autovoliciologia, a vontade seria o motor-gerador das energias conscienciais, a partir das energias imanentes, motriz das sinapses envolvendo todas as ações humanas.
Descoincidenciologia. A vontade, como qualquer função mental, passa pelo cérebro físico, sob ordem intraconsciencial, a partir do paracérebro, a exemplo dos atos volitivos serem possíveis e até potencializados na condição da descoincidência dos veículos de manifestação consciencial.
Evolução. A consciência mais evoluída emprega o aparato cerebral fundamentado no mentalsoma para a propulsão e manifestação da vontade, mesclando sentimentos elevados e energias conscienciais homeostáticas (ortopensenidade).
Principiologia. A partir da Voliciologia, eis, relacionados na ordem alfabética, 10 princípios relativos à evolução consciencial e à vontade:
01. Autoconsciencialidade. O princípio de não haver consciência lúcida sem vontade.
02. Autodisponibilidade. O princípio de a energia imanente (EI) ser a matéria-prima da vontade (Vieira, 1994, página 532).
03. Autoconsciencialidade. O princípio de não haver vontade sem autoconsciência.
04. Evolutividade. O princípio de a qualificação volitiva nortear a evolução.
05. Homeostaticidade. O princípio de o materpensene homeostático ser movido pela qualidade da volição.
06. Incompatibilidade. O princípio de as pendências volitivas refrearem a expansão do livre-arbítrio consciencial.
07. Interconectividade. O princípio de a vontade interconectar os 2 princípios básicos do Cosmos (consciência e energia).
08. Mentalsomaticidade. O princípio de as emoções mobilizarem a volição, enquanto o mentalsoma é o GPS evolutivo, qualificando a vontade.
09. Permeabilidade. O princípio de a vontade permear qualquer manifestação consciencial.
10. Teaticidade. O princípio de as manifestações teáticas conscienciais expressarem o percentual da vontade atuante.
Trinômio. Segundo a Intraconscienciologia, o trinômio intencionalidade-volicionalidade-autopensenidade constitui condição indissociável.
Autoconsciencialidade. A lucidez para os atos voluntários humanos e a avaliação mais exata das respectivas consequências são incipientes entre pré-serenões. Seja pelo erro de avaliação da extensão e abrangência das repercussões seja pelas implicações cosmoéticas.
Cosmovisão. A conquista contínua da autolucidez consciencial permite a ampliação da cosmovisão quanto aos próprios atos voluntários.
Inteligência. A aquisição crescente da inteligência evolutiva (IE) é processo marcante para a qualificação da intencionalidade, através da compreensão da importância da necessidade evolutiva e da lucidez consciencial quanto aos estímulos cosmoéticos.
Poderes. Perante a Evoluciologia, somente a maturidade consciencial possibilita o pleno poder da vontade pessoal.
Metavontade. Nesse sentido, insere-se a metavontade, a vontade de se ter vontade. É o impulso lúcido da liberdade de ação pessoal atuando diretamente sobre a autocapacidade volitiva em si.
Autoconsciência. A eficácia da determinação da vontade exige a autoconsciência quanto aos atos pretendidos. Qualquer manifestação consciencial contém implícitos, entre outros, estes 3 fatores:
1. Volicionalidade. A natureza da vontade envolvida.
2. Intencionalidade. A qualidade da intenção pretendida.
3. Lucidez. O nível de autolucidez empregado.
Responsabilidade. Contudo, vale lembrar, essa mesma autoconsciência quanto à manifestação da vontade aumenta a responsabilidade da conscin ou consciex em relação a seus efeitos e extensão.
Taxologia. Conforme a Conviviologia, a volição pode ocorrer, pelo menos, dentro dos 4 seguintes padrões, abaixo relacionados na ordem alfabética:
1. Volição assistida: a volição compartilhada entre conscin e consciex amparadora; a semipossessão benigna; o transe parapsíquico; a coadjuvação volitiva interassistencial (Intervoliciologia Homeostática).
2. Volição coletiva: envolvendo duas ou mais conscins; consensual ou da maioria; sadia ou patológica (Intervoliciologia Patológica; Intervoliciologia Sadia).
3. Volição individual: a autovolição; intraconsciencial; sadia ou patológica (Autovoliciologia Patológica; Autovoliciologia Homeostática).
4. Volição intrusiva: a heterovolição inconsciente; a exovolição promovida pela conscin ou consciex manipuladora, malintencionada ou guia amaurótica; patológica (Voliciologia Patológica).
Autexperimentação. As pesquisas conscienciológicas, realizadas através da autexperimentação, apontam realidades multímodas ao ampliarem o campo de análises e hipóteses.
Autassédio. É comum a conscin vulgar desmerecer da própria capacidade, enfraquecendo, na raiz, a autopotência volitiva, meramente ao considerar impossível realizar o que pode e deve executar.
Autovitimização. Dentre os maiores restritores evolutivos, ressalta-se o fato de a conscin não creditar a si própria os méritos e possibilidades da autovolição.
Dispersividade. A imaginação ou o excesso de teorização sobre determinada questão podem levar ao transpasse de limites úteis, impedindo a clareza de intenções e objetivos, fatores essenciais para se firmar a força de vontade de alcançá-los.
Atributos. A vontade plena e cosmoética pode ser cultivada através da vivência madura de atributos intraconscienciais mais avançados. A autoidentificação de traços pessoais (trafares, trafores e trafais) é passo importante para essa conquista.
Tipologia. A volição apresenta, entre outras, as seguintes modulações de manifestação, listadas na ordem alfabética:
1. Contínua: constante; estável; inviolável; refratária; imperturbável.
2. Débil: fraca; tênue; dispersa; frágil; manipulável.
3. Forte: firme; férrea; viçosa; inquebrantável; galáctica; javalínica.
4. Intermitente: pontual; restrita; fugaz; descontínua.
Biocronologia. As faixas etárias humanas influenciam de modo direto a capacidade volitiva do pré-serenão vulgar, em função do nivel de lucidez predominante. Até atingir a maturidade biológica, a vontade humana estaria mais sujeita às demandas holossomáticas, conforme os seguintes exemplos abaixo relacionados na ordem lógica:
1. Neonato: semi-inconsciente, dependente e involuntário
.
2. Adolescente: refém dos hormônios e das descobertas relativas ao próprio soma.
3. Adulto: vivencia plenamente os atributos mentais voliciogênicos.
4. Idoso: a sabedoria faculta a plenitude da volição lúcida, contudo, em geral, ocorre a perda de autonomia somática.
Evoluciologia. O nível atingido na Escala Evolutiva das Consciências (Vieira, 2002, página 690) reflete diretamente o potencial volitivo consciencial.
Energias. O autodomínio energético, condição evoluída do ser desperto, desse modo, demarca a condição de liberdade da vontade mais ampla, isenta de interferência exopensênica inconsciente (heterassedialidade).
Autodesassedialidade. A erradicação de autassédios e autocorruções torna-se premente para eliminação da heterassedialidade, objetivo prioritário da conscin lúcida quanto à volicionalidade evolutiva.
Desperticidade. Considerando a interferência de consciexes sobre conscins (exopensenes) e a pressão do holopensene circundante deduz-se ocorrer apenas a partir da desperticidade o pleno uso do livre-arbítrio e a emissão de pensenes isentos de modo mais constante.
Serenões. Cabe cogitar sobre a flexibilidade holossomática evoluída do Serenão recém-ressomado, ao manter lucidez, sem perda mnemônica, podendo, mesmo constrito ao útero materno, manter a liberdade volitiva através da projetabilidade lúcida (PL), por exemplo.
Atos. Os atos intencionais exigem do pré-serenão a máxima autovigilância pensênica possível, no momento evolutivo, visando a predominância diuturna da Cosmoética.
Teste. "O teste da vontade é o ato de a conscin lúcida pôr à prova a estrutura intraconsciencial da autodeterminação, com intencionalidade sadia, cosmoética e maxifraterna, objetivando a dinamização da execução correta da autoprogramação existencial até o compléxis" (Vieira, 2013, página 10.528).
Objetivos. De nada vale o esforço da vontade sem a observância pertinente de objetivos prioritários.
Cosmoeticologia. O código pessoal de Cosmoética (CPC) da conscin volitiva explicita o nível de coerência intraconsciencial entre o conhecimento teórico e a vivência prática.
Compléxis. Razão relevante ao intermissivista para a qualificação da vontade é o completismo existencial, a prova teática da teoria intermissiva.
Pré-intermissiologia. No contexto atual da Comunidade Conscienciológica Cosmoética Internacional (CCCI) (Ano-base: 2013), torna-se imperativo ao intermissivista empenhar-se na qualificação dos atributos voliciogênicos visando a autocapacitação para a liderança assistencial, na próxima intermissão, conforme proposto por Vieira.
Maturidade. A autoconfiança é grande sustentáculo da vontade. A dosagem entre a autoconfiança e a autocrítica é sabedoria própria da maturidade volitiva – o emprego lúcido da vontade voltado para as prioridades evolutivas.
02. ABORDAGENS HISTÓRICAS
Voluntas. O conceito de vontade, do idioma Latim, voluntas, ocorre pela primeira vez na Filosofia em Lucrécio (Século I a.e.c.), poeta e filósofo latino, na obra Rerum natura (Sobre a natureza das coisas, II 257), e em Cícero (106–43 a.e.c.), filósofo, orador, escritor, advogado e político romano, nas Tusculanas (IV, 6, 12).
Gregos. Na Grécia Antiga, Platão (428–348 a.e.c.) e Aristóteles (384–322