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Gêmeas: Gêmeas, #3
Gêmeas: Gêmeas, #3
Gêmeas: Gêmeas, #3
Ebook127 pages1 hour

Gêmeas: Gêmeas, #3

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Livros para garotas de 9-12 anos: Gêmeas - Livro 3, A verdade... continua a história cheia de suspense de Casey e Ali, as duas garotas que se pareciam, descobrem que são gêmeas idênticas separadas no nascimento. Este livro é provavelmente o mais instigante e emocionante da série até agora!

Quais são as consequências da decisão das garotas de trocar de lugar? Elas são forçadas a revelar a verdade? E quais são as repercussões se elas revelarem? Qual o resultado, quando as duas garotas desenvolvem uma queda por Jake Hanley, o garoto mais bonitinho da turma? Você vai descobrir as respostas de todas essas questões e será cativado do início ao fim.

Este é outro livro incrível para garotas e para todos que gostem de uma leitura cheia de suspense e ação, repleto de crises de amizade, rivalidade entre irmãos, quedas por garotos e muito, muito mais! Uma ótima história para garotas de 9-12 anos!

LanguagePortuguês
Release dateMar 2, 2020
ISBN9781547581825
Gêmeas: Gêmeas, #3

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    Gêmeas - Katrina Kahler

    Livro 3

    A verdade

    ––––––––

    CAPÍTULO UM

    Ali

    ––––––––

    A pergunta da vovó Ann ecoou em minha cabeça. Você tem algo a me dizer?

    Eu devia ter ficado na cama aquela manhã. Se pelo menos eu tivesse esperado por Lucas e minha mãe acordarem, vovó Ann não teria me confrontado. Eu tinha a impressão de que ela sabia que eu não era a Casey. Eu acidentalmente deixei à mostra a marca de nascença em forma de coração no meu ombro, a caminho do banho. Por que não fui mais cuidadosa? Meu amor por blusas sem manga me colocaram nessa situação. Eu só tinha mais um dia até Casey e eu trocarmos de lugar de volta e lá estava eu prestes a arruinar tudo.

    Os olhos dela corriam dos meus olhos ao meu ombro. Eu colocaria uma blusa com mangas depois do banho. Com uma pequena levantada no pano eu seria descoberta.

    Meu estômago revirou, em parte por estar vazio, mas principalmente, de nervoso. Se eu dissesse a verdade – que eu era Ali, e que Casey estava na minha casa o fim de semana todo – o que ela diria? Ela obrigaria Casey a voltar para casa? Ou ficaria feliz em encontrar sua neta perdida? Eu tive o melhor fim de semana com minha família verdadeira e eu não queria perder esse sentimento assim tão cedo.

    Casey?, vovó Ann perguntou.

    Engoli em seco. Não, eu não tenho nada para te contar.

    Tem certeza?, vovó Ann perguntou firmemente.

    Eu já havia mentido durante todo o fim de semana sobre minha identidade. Era diferente estar cara a cara com uma acusação, mas eu tinha que manter o plano por mais um dia.

    Sim, tenho certeza. Por que você acha que tenho algo para contar?

    "Eu vi seu ombro esta manhã, Casey," ela disse. Eu percebi o tom que ela falou o nome da Casey. Era como se ela já soubesse que eu era uma impostora e queria que eu admitisse.

    Eu tentei fingir que não fazia ideia do que ela estava falando. Levantei a  manga do meu ombro – o que não tinha marca de nascença. Eu realmente não tenho ideia do que você está falando. Acho que vou indo—

    Vovó Ann esticou a mão, meu coração disparou. Seus dedos gelados tocaram de leve meu outro braço e ela puxou a manga do meu ombro dobrando-a para cima.  A marca de nascença em forma de coração estava completamente à mostra.

    Ela recostou na cadeira e olhou para mim. Respirei pesado enquanto ela me encarava. Seu rosto estava sem expressão e inflexível.

    Você, por acaso, conseguiu uma nova marca de nascença, Casey? ela perguntou. Eu nunca a percebi antes e tenho certeza que estaria ciente de uma marca tão incomum na minha neta. É quase uma forma de coração perfeita. Não devem existir muitas pessoas que têm uma marca de nascença como essa. Você se importa de explicar como ela apareceu aí?

    Ela entrelaçou os dedos no colo e me observou. Sua expressão era ilegível.

    Eu evitei a olhar nos olhos. Ao invés disso, foquei nas minhas mãos que estavam inutilmente no meu colo. Meus dedos, que estavam entrelaçados, começaram a suar. Meu peito apertou e meus olhos começaram a lacrimejar. Eu poderia continuar mentindo, mas e se vovó Ann contasse à minha mãe que ela não achava que eu era a Casey? Eu poderia dizer que era uma tatuagem temporária ou algo parecido, mas e se ela quisesse que eu provasse e pedisse para eu lavar?

    Eu estava cavando meu buraco cada vez mais fundo e agora a única saída era contar a verdade. Mas aí, o que Casey ia dizer? Ela me culparia por arruinar nossa troca? Nenhuma de nós queria entrar em apuros. E fui eu quem sugeriu a troca para começo de conversa. Talvez se eu explicasse que era minha culpa, eles não ficariam bravos com Casey por também ter mentido. Eu queria poder voltar para o acampamento e repensar esse plano. Mesmo se Casey não estivesse doente eu deveria ter pensado em como isso afetaria outros à nossa volta.  

    Vovó Ann e minha mãe colocariam Casey de castigo por ter mentido? Eu piorei a situação para ela? E se Casey não quisesse mais falar comigo? Se eu admitisse a verdade, o que aconteceria depois? Vovó Ann ia me forçar a voltar para minha casa? E como eu faria a troca sem que minha mãe adotiva descobrisse? Iria piorar seu quadro? Eu não aguentaria ser responsável por machucar minha mãe e chateá-la logo agora, que ela está tão doente.

    Eu pressionei minhas mãos de cada lado da cabeça. Todos os cenários que eu pensei incluíam mais mentiras e deixariam a situação ainda pior. Não tinha mais nada a ser feito a não ser contar a verdade e esperar pelo melhor. Eu rezei para que Casey não ficasse zangada comigo. Eu tinha acabado de encontrar minha irmã e queria que ela confiasse em mim. Ela tinha que acreditar que foi só um deslize.    

    Respirando fundo, eu finalmente criei coragem para olhar para minha avó. Eu sempre tive essa mancha de nascença. E a razão para você nunca tê-la visto antes é porque você não me conhecia antes deste fim de semana.  Meu nome é Ali Jackson. E sou sua neta.

    Vovó Ann soltou um longo suspiro. Ela acenou com a cabeça suavemente e sussurrou, Eu sei.

    A forma calma com que ela disse aquelas palavras era tudo que eu precisava. Ela não estava chateada comigo. Eu podia ver em sua expressão e reação. Alívio preencheu meu corpo. Eu pulei da minha cadeira e a envolvi em meus braços. Ela era minha amável, compreensiva e carinhosa avó. A avó que eu desejei tanto a minha vida toda. Eu soltei todas as lágrimas que eu estava prendendo. Ela me abraçou enquanto eu chorava.  Eu só a tinha conhecido há alguns dias, mas a conexão entre nós já era intacta. Abraçá-la parecia a coisa mais natural e maravilhosa de se fazer, e a tranquilidade que eu senti naquele momento significava mais para mim do que palavras poderiam expressar.

    Eu odiei mentir para todo mundo. A troca foi só para eu conhecer minha família verdadeira. Eu não tive a intenção de ferir os sentimentos de ninguém. Essa era a última coisa que eu queria fazer.

    Ela acariciou minhas costas e me abraçou mais forte. Quando eu finalmente consegui recuperar o fôlego, tudo que eu estive guardando, saiu de uma só vez. Eu sabia que era adotada. E também sabia que tinha uma família biológica em algum lugar. Eu sempre soube disso. Lá no fundo, eu tinha certeza que tinha mais. Mas sempre que perguntava, meus pais evitavam falar sobre isso. E isso também parecia aborrecer minha mãe, então eu tive que deixar para lá.

    Mais lágrimas vieram, engasgando as palavras ainda na minha garganta. Eu não contei a ela que minha mãe adotiva estava doente. Isso sempre esteve no meu subconsciente, mas eu não queria que vovó Ann sentisse pena da gente.

    Ela se remexeu no sofá para eu sentar ao lado dela. Mas ela segurou minhas mãos nas suas, nos mantendo perto uma da outra.

    Então, nunca te contaram que você tem uma irmã gêmea? Seus pais adotivos guardaram esse segredo de você?

    Eu balancei a cabeça. "Eu não fazia ideia. Isso soa estranho, mas

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